Encontros, desencontros e novos encontros escrita por LoveSeries
Notas iniciais do capítulo
Pesando as ações!!!
Por Anita:
Eu subi as escadas caminhei pelo corredor, ainda perdida depois de tudo, e resolvi me refugiar no quarto da mamãe e do Ronaldo, acredito que a Meg esteja em casa e no quarto que nós dividíamos, e definitivamente eu não queria encarar ninguém naquele momento, acho que eu queria fugir de mim mesma, e eu queria muito conseguir, minha vida estava desmoronando a minha volta, e parece que com o mesmo sentimento de angustia do passado e eu não sabia o que fazer para impedir, que todo aquele sofrimento voltasse a me atormentar, apesar de que eu já pensava que era tarde para eu fazer alguma coisa para impedir.
O Ben e eu, éramos pessoas ,que pareciam que se desdobravam em duas, quando o assunto era o hoje e o que passou, parece que as vezes tinha outra pessoa dentro de mim, aquela mesma menina frágil, que viu a vida atropelar tudo, sem que ela pudesse fazer absolutamente nada para impedir, e isso me proporcionava um vazio e um medo absurdo, que me paralisava.
Eu me joguei em cima da cama atravessada, olhando para o chão, querendo que tudo terminasse ali, que tudo se resolvesse, já que eu não sabia o que fazer para solucionar toda confusão dentro de mim. No momento o que eu mais pensava era como eu iria encarar o Ben depois de tudo que aconteceu naquela sala, eu não sabia mais o que eu queria e nem o que eu iria fazer da minha vida, minhas certezas foram embora junto com a discussão e com aquele beijo, talvez eu tivesse que escolher entre o que era sensato, e aquilo que era a única forma da minha felicidade plena voltar, a única forma para mim me livrar dos fantasmas do meu passado e isso me angustiava demais. Talvez o Ben tivesse razão o que eu era soava falso, mais não pelo motivo que ele pensava, mas sim porque eu me transformei o oposto daquilo que eu queria, eu fiz escolhas que não eram as que eu pensava em fazer, por isso que era tudo tão estranho e incompatível, mais apesar de tudo eu superei os obstáculos e me realizei, e fui feliz, mais existia algo inebriado em minha vida, e eu tinha que admitir era a forma como minha relação com o Ben acabou e foi abortada depois de tudo. Meus olhos ardiam, nem minhas lágrimas caiam mais, tamanho era meu estado perdido e confuso, minha cabeça parecia uma sala vazia, onde as vezes eu só escutava o som da minha voz e da voz do Ben, e tudo que foi dito por nós dois um ao outro, meu beijo com o Ben passava em minha cabeça, silencioso, como a imagem em uma tela, que se vê no cinema. De repente eu ouço o rangido da porta abrindo-se.
– Pedro oi. – Disse eu, e o pequeno veio até mim com uma cara aflita.
– Cadê a mamãe. – Quando ele me perguntou aquilo, foi aí que me lembrei que tinha que conversar com todos, sobre ela, como o Ronaldo havia pedido.
– Ela tá bem, vai ficar essa noite no hospital, só pra descansar. – Eu respondi me reerguendo, com ele sentando em meu lado.
– Mais o que ela tem. – Perguntou o pequeno com uma cara séria.
– Ela tá cansada, segundo o médico com um quadro de estres, nada de mais. – Afirmei a ele passando a mão em sua testa e cabelos.
– Ah bom. – Disse ele, me dando um sorriso.
– É, você tá bem, quer me perguntar mais alguma coisa. – Me lembrei que ele podia ter escutado minha discussão com o Ben.
– Não, tá tudo certo, eu tava lá no quarto vendo um filme na TV, nem vi vocês chegarem. – Falou ele, e eu não pude deixar de dar um suspiro de alivio.
– Então volta pra lá, eu vou tomar um banho e depois vou fazer um jantar pra gente tá. – Respondi com um sorriso. – E cadê Sofia, Giovana e Vitor. – Perguntei me lembrando que eu e o Ronaldo não havíamos conseguido avisar a eles que a mamãe tinha passado mal.
– Eu não sei, a Sofia ontem me disse que tinha um negocio de trabalho na Barra, e a Giovana e o Vitor, iam a um show aí, de manhã bem cedo foi o que eles disseram. – Explicou ele. – Eles não sabem da mamãe não é. – Afirmou ele, curioso.
– Não, mais depois que eles chegarem à gente explica, eles tão ocupados também, nem adianta preocupar. – Eu disse, lhe dando um sorriso.
– Cadê o Ben. – Questionou Pedro curioso.
– Não sei, ele tinha ficado lá em baixo. – Falei apenas, não querendo prolongar o assunto.
– Eu vou voltar pro meu quarto então. – Pedro falou saindo apressado.
– Vai lá. – Disse dando uma risada confusa depois de tudo.
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– Hey, psiu, psiu, loira, quer dizer Meg. – Marcelo, chamava ela na porta do quarto, a garota o escutando parou de ler por um instante.
– Tu ouviu. – Perguntou ele, sussurrando para ela, e entrando.
– Hãm, o que. – Meg perguntou levantando da poltrona onde estava sentada.
– O barraco, entre o Ben e a Anita. – Se explicou ele, com uma cara assustada.
– Ah ouvi, infelizmente sim, e fiquei muito chateada pelos dois. – Meg respondeu. – Mais achei melhor não me meter, eles precisam se resolver, essa magoa e implicância toda. – Falou ela, fechando o livro e colocando sobre a mesa de cabeceira.
– É, barra, não é, eu preferi não me meter também. - Afirmou ele. - Mais agora eu to preocupado, porque tá um silêncio, lá em baixo, será que eles se mataram Meg. – Disse ele apreensivo. – Não porque do jeito que a coisa tava, sei não. – Marcelo afirmou, intrigado.
– Hahaha, Ben e Anita. – Meg debochou dele. - Até parece que você não conhece eles, eles são incapazes de fazer mal pra alguém, ainda mais um pro outro. – Mais tá tudo tão quieto. – Meg ficou intrigada também, e acabou preocupando-se.
– Conheço, e sei também que eles são, explosivos, impulsivos, sem paciência, e com um monte de minhoca em relação um ao outro na cabeça. – Afirmou Marcelo, realmente preocupado, cruzando os braços..
– Ai meu deus! - É melhor a gente ir lá ver, pensando por esse lado. – Meg assustou-se.
– Não precisa acabou a palhaçada já, vocês podem guardar as energias de vocês. – Anita entrou como um relâmpago pela porta do quarto
– Ah ufa, então tá tudo bem, mais cadê meu Brother, se não matou ele não né. – Marcelo questionou o paradeiro e Ben, fazendo uma cara assustada.
– Não, fica frio, ele não tinha morrido ainda, tinha ficado bem vivo, parado lá em baixo, mais agora, depois que eu sai eu não posso me responsabilizar por nada não é. – Anita acabou rindo do jeito dele.
– Eu vou falar com ele, boa noite gente. – Disse Marcelo saindo.
– É você esta bem. – Perguntou Meg, preocupada com Anita, que parecia estar com uma cara abatida.
– To sim. – Afirmou Anita, querendo disfarçar qualquer coisa.
– Anita se tem certeza que, você não quer conversar, porque desculpa, mais não deu pra deixar de escutar, partes da discussão de vocês. – Meg falou realmente preocupada.
– Tá tudo ótimo tá, eu vou tomar um banho. – Disse Anita esboçando um sorriso. – E depois, a gente conversa. – Afirmou Anita, pegando uma roupa, que estava no armário.
– Tá se você tá dizendo eu acredito. – Meg achou melhor deixa-la, quieta em seu canto.
– Ben, oi. – Falou Marcelo, se aproximando do amigo que estava sentando no sofá, olhando para o chão.
– E aí. – Ben respondeu, erguendo a cabeça, para encara-lo.
– Se tá precisando de alguma coisa. – Ele perguntou ao amigo, vendo que ele não estava bem.
– To, que você não pergunte nada ok, não hoje, também eu nem saberia por onde começar. – Afirmou Ben, levantando do sofá.
– Tá bom, qualquer coisa, pode pedir. – Marcelo atendeu ao pedido dele.
– Eu vou dar uma volta, se alguém perguntar por mim, avisa que eu saí tá. – Pediu Ben.
– Tá, tá bom, eu aviso sim, e a Vera, tá tudo bem com ela. – Questionou o garoto ainda.
– Tá sim, depois eu te explico melhor. – Ben respondeu, realmente sem cabeça para falar de qualquer assunto.
– Claro, vai lá. – Marcelo disse, já vendo ele, abrir a porta para sair.
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