O Segredo dos Potter - Segunda Temporada escrita por Maax


Capítulo 14
Capitulo 14 - Sala Precisa


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora para postar, mais esse capitulo vai ser maior e pretendo postar com mais frequencia agora que tenho a historia mais completa na minha cabeça. Não me abandonem
Beijinhos e Boa Leitura!



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As semanas seguintes passaram arrastadas, Tony estava ficando entediado e Peter também.

– Precisamos pensar em algo – disse Tony, deitado no gramado com Peter

Os dois estavam na beira do lago como sempre, Anthony contemplando o céu e Peter jogando pedras no lago

– Como o que? – disse Peter, jogando outra pedra

– Qualquer coisa – disse Anthony, se levantando – vamos explodir um banheiro ou um dormitório

– Talvez o escritório do Dumbledore – disse Peter

– Exagerou agora – disse Anthony

– Você disse qualquer coisa – disse Peter, dando de ombros

– Mas não algo que possa nos expulsar

Felizmente algo os tirou do tedio, Rony, Harry e Hermione vieram até eles, com caras animadas

– No que podemos ajudar o trio de ouro? – perguntou Peter, jogando mais pedras

– Viemos fazer um convite – disse Hermione – sei que são um ano mais avançados que nos, mas ainda queremos que se juntem

– Se juntar a que? – perguntou Anthony

– Umbridge não quer nos ensinar nenhuma magia defensiva, então vamos aprender sozinhos – disse a garota

– E quem iria nos ensinar? – perguntou Peter

– O Harry – disse Rony

Anthony olhou para a face do irmão, que parecia acanhado e um pouco desconfortável

– Vocês podem me ajudar – disse Harry – são um ano avançados e com certeza tem algumas magias que não conheço. Sua namorada poderia nos ajudar também Tony

– Verdade – disse Peter – Isabelle é uma biblioteca ambulante

– Estamos dentro – disse Tony, ficando de pé – estava mesmo precisando de uma animação, estava muito chato a vida de bom garoto

– O que você já aprontou Tony? – perguntou Rony, com um sorrisinho

– Muitas coisas amigo – disse Tony – conheço muita gente e muita gente me conhece

– Como aquele seu amigo vampiro? – perguntou Peter, parando de tacar pedras e parando ao lado de Tony

– Ethan é um cara legal apesar de ser um vampiro – disse Anthony

– Mas não são perigosos? – perguntou Hermione

– Toda criatura é perigosa, tudo depende de como vai trata-la

– Quando vai ser? – perguntou Anthony

– Na próxima visita a Hogsmeade – disse Hermione

– Ótimo, estaremos lá – disse Peter – onde vai ser exatamente?

– No Cabeça de Javali, é um Pub na área um pouco afastada do vilarejo, mas podemos entrar sem problema

– Que pena – disse Anthony – estava precisando de um pouco de confusão

– Não por minha conta por favor – disse Hermione

– Sem problema – disse Anthony, dando de ombros

Hermione saiu com um sorriso no rosto, Rony a seguiu, mas Anthony segurou Harry um pouco

Peter logo percebeu que era particular e fingiu correr atrás de um passarinho.

– O que está acontecendo Harry? – Anthony perguntou

– Nada – mentiu Harry

– Você não consegue mentir para mim – disse Anthony, com um sorriso maroto

– Sobre o que você está falando? – disse Harry, fingindo de desentendido

– Hermione disse que não está se preocupando com os deveres, não está tão próximo deles quanto antes... tem comprido muita detenção com Umbridge?

Harry olhou para os dois lados, como se esperasse um trem, ele parecia indeciso em contar

– Sabe que pode falar comigo sobre o que quiser não é?

– Sei sim – disse Harry, desconfortável – mas não está acontecendo nada

– Certeza?

– Sim

Harry saiu e voltou para dentro do castelo, Anthony sabia que ele estava mentindo, uma das qualidades que se orgulhava era conseguir ver a mentira nos olhos das pessoas. Ninguém mentia para ele sem que soubesse.

O sol estava a pino, o calor fazia Anthony suar, ele resolveu caminhar para dentro do castelo, tentado a invadir a cozinha e pegar algum sorvete ou bebida gelada, mas decidiu não provocar mais a dona Umbridge, todos os alunos estudantes estavam andando pelos corredores ou deitados no gramado com jarras de suco de abobora gelado.

Ele subiu as escadas, andar por andar, ele adorava o quanto tudo era de aspecto velho e borrado, como nos antigos filmes policiais. Peter também gostava, sempre pensou em como seria sua vida se nunca tivesse conhecido Peter, quem ele levaria para o caminho errado? Quem ele atormentaria com perguntas até tarde da noite? Quem seria o completo retardado que o tiraria do tedio? Anthony se lembrava como se fosse ontem de quando conheceu o garoto.

Remo o tinha levado para o parquinho do vilarejo, haviam várias crianças brincando nos balanços e sorrindo enquanto subiam e desciam na gangorra. Ele se sentou perto da areia e se divertia fazendo flutuar e criar figuras. Quando um garoto apareceu na sua frente, de ponta cabeça em uma barra de exercícios, seus cabelos indo em direção ao chão e de bracos cruzados, observando a areia flutuar pelo ar.

– Como faz isso? – perguntou o garoto

– Eu não sei – respondeu Anthony

– Eu consigo voar igual essa areia – disse o garoto sorridente

O garoto soltou os joelhos do ferro que o segurava e desceu flutuando até o chão, sorrindo convencido.

– Sou Peter – disse o menino

– Anthony

Tony sorriu ao lembrar disso, o tempo de criança era tão fácil, tão simples, eram só grãos de areia voando e garotos surgindo do nada, ele gostaria de voltar para aquela época, esquecer um pouco do presente, voltar para aquele parquinho, para conseguir olhar para as estrelas sem ser interrompido, acampar na grama macia ao redor do parque.

Com um clique, uma porta surgiu do seu lado, de madeira, enorme. Ele caminhou até ela, lentamente a abriu e lá estava ele, no parque. Os balanços enferrujados, o escorregador de madeira a areia fofa. Ele não acreditava no que via, estava ali, naquele lugar, como desejara.

Caminhar na areia novamente foi uma sensação de liberdade, ele tirou os sapatos e desejou um barraca para que pudesse acampar, e logo apareceu, com cobertores e travesseiros fofos. Ele se deitou, finalmente relaxando, Finalmente esquecendo dos problemas e se acalmando.

***

A semana passou arrastada, Anthony estava impaciente em esperar o fim de semana, mas também queria voltar para aquela sala, mas dessa vez com Isabelle, para mostrar a ela o quão perfeito era aquele lugar.

Na noite de sexta feira, Anthony estava deitado de cabeça para baixo no sofá do salão comunal da Grifinoria. Tentando pensar no que poderia fazer. Ele estava sozinho ali, já passava das nove horas, Peter havia saído com Megan, os dois estavam fora desde as cinco da tarde e de não voltaram até agora provavelmente dormiriam fora. Anthony se perguntava se existia outro casal mais perfeito que os dois, sempre brincando e fazendo piada, mas mesmo assim gostavam tanto um do outro.

– Para mim chega – disse Anthony, irritado

Ele subiu as escadas até o dormitório de Harry, antes passando rapidamente no seu para pegar uma coisinha, e felizmente o garoto ainda não estava dormindo, ele era o único acordado.

– Ei Harry – chamou Anthony, somente com a cabeça pela porta

– Entra Tony

– Não precisa, posso te pedir uma coisa?

– Claro

– Me empresta a capa de invisibilidade?

Harry não esperava por essa, já fazia um tempo que ele não usava a capa, ele não tinha motivos para perambular pelo castelo de noite agora

– Tudo bem – disse Harry, se abaixando e abrindo seu malão, ele pegou a capa do fundo da mala e entregou a Anthony – onde vai?

– Dar uma voltinha – disse Anthony – valeu Harry

– Nada, mas tome cuidado

– Assim não tem graça

Anthony sorriu e piscou para Harry, saiu do dormitório com a capa debaixo do braço por precaução. Os corredores estavam praticamente vazios, já devia estar perto das dez horas, logo todos estariam em seus dormitórios. Ele caminhou até a torre da Corvinal e esperou até que alguém aparecesse.

– Anthony

Ele se virou e encontrou Luna Lovegood, com seu tradicional olhar sonhador, o encarando curiosa

– Oi Luna, pode me fazer um favor?

– Quer que eu chame a Belle?

– Como sabia? – ele perguntou

– O que mais estaria fazendo aqui?

– Tem razão – disse ele – pode chama-la?

– Já voltou

Ele entrou na torre, Anthony encostou na parede de braços cruzados, esperando Isabelle, observando o chão e a sola de seu sapato arrastar na madeira polida.

– O que faz aqui Tony?

Isabelle tinha saído da torre, vestida com o uniforme da escola, seu cabelo amarrado, e por estar sem a gravata e a capa ele presumiu que ela já estaria indo dormir.

– Vim te ver

– Essa hora?

– Preciso te mostrar uma coisa, vamos dar uma volta?

– Vamos nos encrencar

– Você não confia em mim? – ele perguntou, lhe estendendo a mão

Desconfiada ou não ela pegou sua mão, esse era um dos motivos por gostar tanto dele, sua facilidade em ser feliz e não se preocupar com regras.

Ele a levou até o sétimo andar, onde ele se lembrava que a sala magica estava.

– Para onde está me levando?

– Você vai ver

Ele parou diante da parede, desejou um gramado fofinho, uma barraca de acampamento e estrelas no céu e diante deles a porta se fez presente.

– Não acredito que funcionou – disse Anthony, maravilhado

– Você encontrou a sala precisa! – exclamou Isabelle

– A o que?

– A sala precisa Tony!

– Depois me conta sobre isso, vamos entrar

Anthony a puxou para dentro e estava exatamente o que Anthony tinha desejado.

– Como você a encontrou? – perguntou Isabelle

– Não sei – disse Anthony – somente encontrei

– Fascinante – disse Isabelle – por que me trouxe aqui?

– Porque você é a única pessoa com quem eu dividiria um lugar como esse – ele disse

– Você pode ser um bagunceiro – disse Isabelle – mas é o bagunceiro mais fofo e romântico que eu já vi

– E sou todo seu – ele disse

Uma música lenta começou a tocar no fundo, e as únicas luzes eram as estrelas.

Isabelle olhou em volta, admirando o quão sortuda era por tê-lo junto a si, o quão feliz e viva ele a fazia se sentir. Ele estava sorrindo, segurando uma rosa vermelha. Ele lhe ofereceu sua mão, ela a segurou sorrindo. Anthony a segurou pela cintura, ela passou os braços pelo seu pescoço e eles dançaram a música lenta que estava tocando. Um mais feliz que o outro.

– Belle – Anthony chamou

– Oi? – ela disse, abraçada a seu peito

– Promete ficar comigo para sempre?

Ela o olhou curiosamente, ela não pensava em outro jeito de passar a eternidade, senão junto com seu moreno de olhos verdes.

– Por quanto tempo a vida me levar – ela disse

– Por quanto tempo a vida nos levar – ele disse – por que não importa o que eu esteja fazendo daqui a cem anos, eu vou sempre lembrar do quanto seu cabelo brilhante é maravilhoso, de quanto seus olhos me lembram o céu e do quanto eu sou grato por Peter ter me dito seu nome e me garantir que você nunca sairia comigo

– Isso te deixou mais persistente?

– Não – ele disse, sorrindo – foi o fato de eu ter me apaixonado por você sem ao menos perceber

Ela sorriu de felicidade, será que tudo isso era mesmo real? Ou ela estava em um mundo paralelo em que contos de fada e garotos perfeitos existiam? Ele sempre sonhou em algo assim, dançar com alguém especial, com uma música lenta e estrelas no céu. Ela o puxou para si, seus lábios se encostando lentamente, proporcionando o calor e o choque como da primeira vez que os dois se beijaram, na biblioteca.

Anthony manteve os olhos fechados mesmo depois de soltar seus lábios do dela, aproveitando o gosto de morango e uva que ela deixara em sua boca.

– Diga que eu não estou sonhando – ele sussurrou

– Não está – disse Isabelle, sorrindo

– Que bom – disse Anthony

Ele a puxou de volta para si, a beijando com mais fervor, ela agarrou sua nuca, o mantendo perto. As mãos dele pousadas na cintura dela, a apertando contra seu corpo, mantendo-a perto. Isabelle deu um passo para trás e isso foi suficiente para que os dois caíssem na grama.

Seus olhos estavam na mesma linha, os dois se olhando, desejando mais. Isabelle estava arfando por baixo de Anthony, as mãos dele estavam apoiadas no chão, uma em cada lado da cabeça de Isabelle. Como se fizesse uma flexão Anthony a beijou novamente. Ele se deitou ao lado dela na grama, ela o abraçou e se aconchegou em seu peito, desejando que pudessem ficar ali para sempre.

– Alguém sabe que você saiu da torre da Grifinória? – perguntou Isabelle

– Não – disse Anthony, mexendo nos cabelos ruivos da garota – quando sai, Peter ainda estava sumido com a Megan

– Os dois estão sozinhos por ai?

– Sumiram desde as cinco horas da tarde

– Onde acha que eles estão?

– No mesmo lugar para onde fugiram no dia do baile ano passado

– Eles estão aprontando

– Tenho certeza que sim

Isabelle estava observando sua entrelaçada com a dele, a rosa que ele segurava antes estava na grama ao seu lado.

– Observe com atenção – disse Anthony, quando viu que ela olhava a rosa

Ela observou a flor, então percebeu que algo brilhava em seu interior, um anel dourado.

– O que...?

– Eu ia te entregar amanhã, mas decidi por hoje – ele disse

– É lindo – ela disse, ela olhou atentamente, gravados no interior estavam a palavras: Anthony e Isabelle * 03/09/1994 – esse não foi o dia em que começamos a namorar

– Não – disse ele – foi o dia em que e vi pela primeira vez e soube que estava apaixonado

Os olhos de Isabelle estavam molhados, uma fina lagrima desceu por seu rosto

– Está chorando? – ele perguntou

– Não – ela disse, enxugando a lagrima – caiu um cisco no meu olho

Anthony riu e segurou sua mão novamente, agora usando um anel igual ao dela.

Eles passaram a noite toda olhando as estrelas e Isabelle admirando as mãos deles juntas, as duas usando alianças e como se encaixavam perfeitamente.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Deixem comentarios e me deem opiniões, criticas são construtivas e comentarios me deixam feliz! Até a proxima!