Anthony foi se deitar com mais pensamentos do que acordou e tentando organiza-los fez uma lista mental:

1 – Uma funcionária do ministério estava na escola

2 - Harry estava com pouca credibilidade

3 – O próximo que dissesse que Harry era mentiroso iria morrer lentamente

4 – Encontrou Tom McFair na plataforme por um motivo que não sabia já que ele já tinha se formado

5 – Melanie Burnes estava em Hogwarts pronta para infernizar sua vida

E com esse simples pensamentos adormeceu...

***

O sol o acordou, como todas as manhãs, ele se levantou e olhou o relógio, 8h30, o café já estava sendo servido e a fome já batia em seu estomago, pagou uma almofada e tacou em Peter, que levou um susto e colou da cama, reapareceu xingando os ventos e com metade do cabelo arrepiado. Anthony entrou no banheiro, lavou o rosto, bagunçou o cabelo e vestiu o uniforme, desapertou a gravata e levantou a gola, seu visual perfeito de Potter rebelde

Ao sair do banheiro, Peter entrou.

– Peter – ele chamou

– O que? – ele respondeu do banheiro

– Vou indo sem você okay?

– Okay

Anthony caminhou até a porta, girou a maçaneta e a abriu

– Oi!

– Santo Deus! – ele exclamou

Ele quase caiu para trás de susto, se dobrou um dois perto da porta

– O que você quer? – ele perguntou, já perdendo a paciência

– Pensei em te acompanhar até o salão

– Sei caminhar sozinho Burnes, obrigado – e passou por ela

– Mas companhia não faz mal – ela disse o alcançando

– Mas sem conversa

– Mas que graça tem?

– Escuta Melanie – ela sorriu ao ouvir seu nome – não adianta sorrir, o fato de eu falar seu nome não muda nada. Aquele Anthony que namorava com você não existe mais, ele morreu. Eu não gosto de você, eu estou com outra pessoa e eu gosto muito dela. Você estar aqui não vai mudar isso, nunca. Eu prometi para mim mesmo nunca voltar com você e vou manter isso, não importa o que você faça.

– Me deixa conhecer o novo Tony – ela disse mordendo o lábio

– Você é surda? Não ouviu o que eu acabei de falar? Não importa você estar aqui, não importa você ser bonita e tudo, eu gosto de outra pessoa. Isso não vai mudar.

– Vai sim

– Não vai – disse já perdendo a paciência – você é possessiva, neurótica e ciumenta e eu não suporto ninguém que chega ao seu nível.

Ele lhe deu as costas, saindo pelo buraco do retrato, sinceridade era o que ele mais tinha a oferecer, mas ele sabia que Melanie não desistiria, ela nunca desistia.

O salão estava cheio quando ele chegou, vários alunos já tomavam seu café calmamente, ele se sentou no meio da mesa, onde tinha poucos alunos, e viu quando Melanie entrou no salão e sentou na outra ponta.

Ele colocou um pouco de cereal no prato e comeu um muffim, mas alguém tampou sua visão enquanto ele mordia

– Ham... – ele pensou – ruiva?

– Não precisa me chamar de ruiva o tempo todo – disse Isabelle, se sentando ao seu lado

– Eu sei – ele deu de ombros – mas eu gosto

– Eu meio que também gosto – ele deu de ombros e pegou um cupcake

– Se mudando para os leões? – ele brincou

– Não posso tomar café com meu namorado?

– Claro que pode, foi só uma pergunta – ele deu de ombros

Nesse momento Minerva passou distribuindo os horários e Peter e Megan se juntaram a eles

– Bom dia dorminhocos – disse Isabelle aos dois

– Trocando de lado? – perguntou Megan, arqueando as sobrancelhas

– Não, só vim tomar café com meus amigos

– Temos Defesa Contra as Artes das Trevas hoje! – exclamou Peter

– Com quem? – perguntou Anthony

– Lufa-lufa – disse Megan, que olhava o horário de Peter

– Ele perguntou para mim – disse Peter

– Calado – disse Megan

– Vem calar – disse Peter e Megan o beijou – pode me calar de novo?

– Bobinho – disse Megan, dando tapinhas no ombro do namorado

– Mas estou falando sério – disse Peter, com biquinho

O resto da manhã passou normalmente, Anthony e Peter tiveram Tranfiguração, onde aprenderam a transfigurar objetos em animais, depois Herbologia e depois do almoço a tão esperada aula de DCAT

– Já percebeu que a professora tem cara de sapo? – perguntou Peter a Anthony, os dois já estavam sentados quase no fundo como de costume

– Verdade – concordou Anthony, finalmente notando porque a achava familiar

– Boa tarde classe – disse Umbridge com um vozinha doce e melosa – esse ano vão aprender com um método totalmente seguro e sem riscos

Ela começou a distribuir livros com a varinha

– Quero que leiam o primeiro capítulo do livro para que possamos debate-lo

Anthony não tinha gostado dela, mas odiou o livro, as primeiras páginas o deixaram com sono e então percebeu um coisa

– Professora – ele chamou, ela levantou a cabeça gorducha – não tem nada aqui de feitiços

– Claro que não – Anthony ia retrucar, mas ela o ignorou completamente

– Por que não?

– Alunos devem falar quando tiverem permissão na minha aula

– Okay, eu posso falar? – ele disse

– Sim, Sr. Potter

– Por que não tem feitiços defensivos no livro, senhora?

– Por que vocês não vão precisar praticar esses feitiços na minha aula, a teoria já basta

– Mas se não praticarmos, como vamos nos proteger?

– Se proteger do que querido?

– O nome da aula já diz, DEFESA Contra a ARTE das TREVAS – ele deu ênfase nas palavras

– Não há nenhum bruxo que queira ataca-los senhor Potter

– Devo lembra-la de quem ressurgiu ano passado?

– Ninguém ressurgiu ano passado – ela disse, docemente – é uma grande mentira

– Desculpe, mas eu acredito na palavra do meu irmão

– Está me chamando de mentirosa

– Você disse isso não eu

– Detenção senhor Potter – ele se virou para sua mesa

– Não pode me dar uma detenção! – ele disse, indignado

– Cala a boca – sibilou Peter ao seu lado

– E por que não posso? Sou a professora aqui

– De acordo com o artigo B, lei número 234.442, um funcionário do corpo de professores da escola, só pode dar uma detenção ou advertência ao aluno que a atingir verbalmente com xingamentos, zombar da matéria ou contraria-la e nesse momento estou expondo meu ponto de vista para a turma e conversando civilizadamente, de acordo com a senhora que me deu permissão para falar. Tecnicamente não insultei a senhora por que somente disse que a senhora própria se ligou a mentirosa, eu não te chamei de mentirosa – e sorriu convencido

– Bom saber que conhece as regras – disse com raiva

– E a detenção? – ele arqueou as sobrancelhas

– Foi revogada por sua excelente memória – ele disse como se cada palavra a doesse

Ela se virou para voltar a sua mesa, e se sentou voltando a analisar os papeis, Anthony percebeu que suas roupas rosas estavam mais escuras e seu rosto adquiriu um tom purpura

– Você é meu herói – disse Peter

– Às vezes namorar Isabelle Mitchell e ficar horas na biblioteca tem suas vantagens – ele deu de ombros