Uma outra história escrita por Sorvete de Limão


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Heeeeey people!!
Nenhum comentário sobre a falta de comentários no último capítulo, teve poucos e eu agradeço a todo mundo que comentou *----*. Sim, eu sinto falta de algumas pessoas que comentavam e não comentam mais, mas eu sou legal e não vou ficar cobrando de ninguém. Se quiser comentar deixe uma autora feliz, se não não tem problema.
Nota grande, bléé.
Boa Leitura!!!!!
Beijos,
Sorvete de Limão.



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Take off all of your skin / I'm brave when you are free / Shake off all of your sins / And give them to me

– A gente não pode mãe! – disse pela milésima vez pra minha mãe que a gente não podia se mudar pra aquele prédio.

– Eu não sei porque, eu gostei tanto daquele apartamento além de ser perto do meu trabalho.

– Eu sei, mas...

– Mas o quê?

– A gente não pode. – Minha mãe bufou e tamborilou os dedos no volante. Estávamos atrás do carro do corretor, eu convenci minha mãe a ver outros apartamentos e saímos por aí. Olhando cada apartamento, mas sabia que ela não ia ficar com nenhum. Ela tinha gostado realmente do apartamento do prédio do Peter. E devo confessar era o apartamento mais bonito que tínhamos visto até agora, mas eu não ia desistir. O sinal abriu e o nosso carro e o carro do corretor foram em direções diferentes. – O que o Justin disse? Ele vai ver outros apartamentos? – Justin era o nosso corretor.

– Vai, já que a senhorita não quis ficar com o apartamento mais bonito que a gente viu. Porque?

– Ah mãe! – bufei e afundei no banco do carro.

– Diz! – ela pediu.

– É complicado. – Até cogitei a possibilidade de contar pra ela, mas ela ia dizer “O que te impede de pelo menos conhecer esse menino?” eu não podia dizer “Percy. Sabe o filho do seu irmão? Então, aquele mesmo a gente tá ficando arriscaria até dizer que podemos estar em breve namorando” Namorando? Repreendi-me mentalmente. Não, não poderia dizer isso. Se eu dissesse apenas a parte do Peter, ela ia me jogar nele. Eu sei, eu conheço a minha mãe. “Ah Peter me desculpa te incomodar, mas a minha mãe está pedindo uma xícara de açúcar” ri sozinha, a clássica desculpa da xícara de açúcar.

– Você pode tentar. – ela disse enquanto estacionava em frente ao restaurante.

– Talvez! – saímos do carro e entramos.

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Consegui convencer minha mãe de uma tarde divertida no shopping, fomos ao cinema e tomamos sorvete, jantamos por lá mesmo. Chegamos um pouco mais tarde do que planejávamos, então escovei os dentes e me joguei na cama.

Quando acordei vi que estava atrasada para a escola, mas era irreversível já passava das 10 horas. Sorri comigo mesma, faltei aula! Espera vou colocar música alta e começar a dançar que nem uma louca. Minha mãe não gostava que eu faltasse aula, eram extremamente raras as vezes que isso acontecia. Vou atrás da minha mãe, ela deve estar doente tadinha. Saí ouvindo música no fone. Entrei devagarinho no quarto de minha mãe e lá estava ela dormindo quietinha. Dei um sorriso e desci as escadas. Lisa estava lavando a louça.

– Bom dia! – disse sorrindo. Lisa se virou para mim e riu. – Está ouvindo os passarinhos cantando? – Me sentei na mesa e olhei para ela.

– Porque todo esse bom humor?

– Faltei aula hoje!

– Tá, mas e toda essa sua felicidade acima do normal?

– Minha mãe não deixa eu faltar aula, e são 10 horas da manhã e ela está dormindo! Thalia, Jason e Percy foram para a escola?

– Foram. Só estão vocês aqui, todo mundo saiu.

– Hum. – Disse pra Lisa que ela não precisava fazer nada pra mim, peguei um iogurte e fui para a sala.

Estava assistindo Top Chef quando Sally chega.

– Oi querida!

– Oi! Como está a reforma da sua casa?

– Está quase acabando, quando ficar pronta vamos fazer uma festa de boas vindas, estão todos convidados. – Deus! Esse povo ama fazer festa! – Está passando Top Chef?

– Ahã.

– Nossa adoro esse programa!

– Eu também! – dei um sorriso que ela retribuiu. – Senta aí. – Me endireitei e ficamos assistindo.

Depois de dois episódios, Sally se lembrou de um compromisso com a designer e saiu correndo. Depois de um tempo Thalia, Jason e Percy chegaram.

– E aí? Aproveitou bem a manhã? – Thalia perguntou. Eles jogaram suas mochilas no chão e pegaram minha pipoca.

– Sim. – disse mudando de canal. Thalia pega o controle da minha mãe e coloca em um canal de filme. Ninguém mais fala nada e vemos filmes pelo resto da tarde.

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Assim que Jason e Thalia subiram, a última com um sorriso malicioso no rosto, Percy chega mais perto de mim e passa o braço pelo meu ombro.

– E aí Sabidinha? Como foi o seu dia? – Me viro para ele.

– Sabidinha? – Ele riu.

– Não sei, achei que esse apelido combinava com você.

– Ok, Cabeça de Alga. – ele virou para mim e me olhou com os olhos arregalados. Dei de ombros.

– Esse apelido também combina com você. – O puxei para um beijo e continuamos assim por um bom tempo.

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Quando acordo, percebo que já está tarde olho para o relógio que marca 9 horas em ponto. De novo? A porta do quarto está semi aberta. Olho para o corredor e ouço minha mãe gritando do seu quarto.

– Ela não pode voltar, você não pode fazer isso com ela. – Dizia minha mãe, enquanto segurava alguns papéis em uma mão e andava em círculos, sua cabeça estava baixa e parecia que estava chorando. – Você não entende! Duas mudanças tão repentinas na vida dela são muito ruins! Desestrutura tudo que ela construiu! – A voz do outro lado da linha também gritava. – Inacreditável! Você é inacreditável! – Desligou e jogou o celular na cama, suspirou e passou as mãos nos olhos, como se fosse para enxugar algumas lágrimas e se virou para a mim. – Annabeth? Acordou cedo!

– Com quem você estava falando mãe?

– Com ninguém de especial, seu pai. – Seria até engraçado se eu não estivesse tão aflita.

– É sério mãe. O que está acontecendo? – Ela suspirou e passou a mão pelos seus cabelos. Sentou-se na cama e deu tapinhas no espaço ao seu lado, e sentei. – Pode falar. – Ficamos frente a frente.

– Você sabe que eu e seu pai estamos nos divorciando e que ele está morando com a namorada dele e toda aquela história. Você sabe também que ele já tinha convidado você para morar com ele, mas depois de tudo aquilo que aconteceu com você ele não teve como cobrar uma resposta.

– Eu já tinha dado uma resposta: Não.

– Você acha que ele ia desistir tão facilmente? – Desviei o olhar. – O fato é que ele pediu uma audiência com o juiz para que ele fique com a sua guarda total. – Olhei para ela de novo e arregalei os olhos.

– Como?

– A audiência vai ser daqui a duas semanas. Seu pai requisitou urgência total.

– Eu não acredito nisso, eu não posso ir embora mãe, eu não quero! – Ela me abraçou e comecei a chorar em seu ombro.

– Eu também não querida, só nos resta esperar.

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O dia da audiência chega, finalmente hoje vou saber o que vai acontecer da minha vida. A única que sabe sobre isso é Thalia e disse para ela não contar para ninguém. Não contei para Ginger porque sabia que ela ia ficar histérica não queria que ela criasse falsas esperanças, quando nem eu mesmo sei. As duas últimas semanas se passaram normalmente. Hoje era quarta-feira, a audiência ia ser agora só saberia o que ia acontecer quando chegasse em casa. Os “E se...” não paravam de invadir meus pensamentos não queria pensar sobre isso. Não queria, não vou.

Tomei um banho e coloquei um vestido.

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Desci as escadas e tomei o café-da-manhã com Thalia e Jason, Thalia de vez em quando me olhava como me perguntando se eu estava bem. Fomos para a escola no carro do Jason e a música Empire da Shakira passava no rádio. Apesar de a música ser legal, ninguém estava no clima para cantar e como se não bastasse tudo aquilo, começou a chover. O céu estava refletindo meu humor hoje. Chegamos à escola e corremos até a porta, estava com vestido e nenhum casaco, então usei minha bolsa pra tentar me proteger um pouco, mas não adiantou muito. Thalia e Jason tinham se protegido um pouco por causa dos casacos, mas também estavam encharcados. Então, Jason foi para a aula de Física e eu e Thalia para a aula de Biologia.

A aula de Biologia era dada pelo professor Greg um cara de 20 e poucos anos, estranho, mal-educado e que não dava a mínima pra gente, apesar de tentar não consegui entender nada da aula dele. O cara só escrevia no quadro a matéria e depois sentava na cadeira e passava o resto da aula ouvindo música ou fazendo alguma coisa no seu notebook. E hoje não foi diferente. A sala ficava uma zona e quase ninguém copiava a matéria. Depois de copiar eu e Thalia ficamos conversando com Zoe e Rachel que estavam na mesma aula e sentadas do nosso lado. Vários professores que não davam aula no primeiro horário passavam pela porta aberta, mas ninguém dava bola para o que acontecia na aula do professor Greg.

Depois a aula foi com a adorável professora de Literatura Angie, aquela mulher era muito delicada e morava no mundo da Lua. Eu adorava ela! Apesar de tentar prestar atenção na leitura do livro Emma de Jane Austen, eu ficava imaginando como deveria estar sendo o julgamento, o juiz devia estar com muita raiva da gente porque marcava em um dia e ninguém nunca ia. Mas essa ia ser a certa, ela ia decidir o que iria acontecer comigo. E eu estava ansiosa por isso.


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Notas finais do capítulo

Música: Empire - Shakira



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