Na manhã seguinte Safira acordou com uma das empregadas do castelo levando seu café na cama. Elas traziam comidas da Terra por pedido dela, apesar de as comidas desse planeta não serem tão diferentes da Terra.

Quando terminou o café, se levantou, trocou de roupa e foi para o salão principal. Chegando lá, Safira viu a rainha falando com uma mulher muito parecida com ela, mas com o cabelo mais curto e os olhos verdes como os da Sunny e ela usava um vestido amarelo claro. Ao perceberem a presença de Safira a rainha falou:

– Safira, hoje começa seu treinamento de magia. E sua professora será minha irmã Lucy.

– Olá, Safira. Muito prazer – Disse Lucy com o mesmo sorriso gentil que a rainha tinha.

– Oi – Falou Safira tímida como sempre e logo depois perguntou a rainha - Mas rainha se vamos aprender magia em casa, então o que vamos aprender na escola?

– Sobre o planeta, as criaturas que vivem nele, entre muitas outras coisas.

– E não vamos aprender a fazer magia?

– Não. Naquelas escolas, vocês, para eles não tem poderes. Mas existem várias turmas diferentes na sua escola, tem a turma de feiticeiros, de vampiros, tem várias. Na sua turma você aprende sobre os feitiços, mas não praticam. Porque na sua turma, os alunos não tem poder algum. E na escola da Sunny, são alunos de várias espécies misturados, então lá eles não praticam também.

– E por que eu tenho que fingir não ter poderes?

– Porque as pessoas não podem saber que vocês são as princesas.

– Mas eles não sabem? – Questionou Safira a rainha.

– Eles sabem que encontramos as princesas, mas não sabem quem são. E é por isso que você e a Sunny não vão estudar na mesma escola.

– E por que não contam?

– Queremos que vocês se acostumem, aprendam e tenham a oportunidade de fazer amigos. Antes de falarmos para as pessoas quem vocês são – Respondeu a rainha não sendo muito sincera com Safira.

Safira assentiu sem perceber a mentira da rainha e ficou em silencio por cinco minutos até que a Sunny desceu de pijama e pantufa com o cabelo amarrado em uma trança. E quando Lucy viu a Sunny sorriu e disse:

– Finalmente desceu, Sunny.

– Estava dormindo e princesas dormem o quanto querem – Respondeu Sunny coçando o olho.

– Se acha que vida de princesa é assim, então tem muito para aprender, Sunny – disse Lucy com o olhar desapontado para a Sunny, que baixou a cabeça triste. E então Lucy continuou – Sigam-me as duas.

Sunny ia segui-la quanto parou, olhou Lucy confusa e perguntou:

– Quem é você?

– Esqueci de me apresentar. Sou Lucy Ann Jensen Cairnsmore, Irmã da rainha e 12º Anjo da guarda da luz.

– Anjo do que? – Perguntou Sunny.

Lucy muito depressa explicou a elas:

– 12º Anjo da guarda da luz. A guarda da luz protege o reino da luz e tem a guarda das trevas que protege o reino das trevas. Em cada guarda a 12 anjos e tem o 13º anjo que comanda as duas guardas. Vocês vão conhece-los mais tarde. Agora, podemos ir? – Perguntou Lucy a Sunny que concordou.

Lucy ia na frente enquanto as duas a seguiam até a única porta do salão principal, que ficava ao lado oposto dos tronos. Chegando perto da porta ela se abriu sozinha. A porta dava a outro salão menor que o salão principal. Nesse outro salão tinham três portas, uma a esquerda, uma a direita e outra do outro lado da porta que estávamos. Lucy foi para a porta da esquerda e a mesma se abriu quando chegaram perto. Essa porta levava a um longo corredor com outras dez portas, cinco de cada lado. E elas foram a 3º porta a direita.

Dentro havia uma sala que se parecia com uma sala de aula com quatro fileiras de três carteiras e uma mesa maior. Lucy se sentou na cadeira da mesa maior. Sunny se sentou na primeira carteira da segunda fileira e Safira se sentou na primeira carteira da terceira fileira. Quando estavam acomodadas, Lucy começou a falar:

– Essa será a primeira e última aula de vocês, porque qualquer coisa que queiram fazer, basta seguir o mesmo processo sempre. Exceto se forem fazer uma poção que precisa seguir uma receita. Mas fazer magia é fácil.

– Fácil? Essa história de achar que tudo o que é muito maluco é normal, é coisa de família? – Perguntou Safira se lembrando do dia em que a sirene tocou.

– Acredito que seja um problema de família. Agora quero que façam uma caneta aparecer.

– Como? – Perguntou Sunny sorrindo.

– Concentrem-se em uma imagem de uma caneta em suas mentes. Depois quero que imaginem a caneta em cima da mesa e sintam o poder percorrer seu corpo até suas mãos.

Sunny fechou os olhos com força e então um brilho de luz rosa começou a crescer nas mãos dela até que desapareceu e no lugar tinha uma caneta rosa igual a luz que apareceu das mãos dela. Safira ficou olhando a Sunny com os olhos arregalados e Sunny quando terminou abriu os olhos, sorriu e disse:

– Isso é incrível. É como se eu fosse invencível.

– Espera fazer algo difícil então, vai se sentir a dona do mundo – Falou a Lucy muito feliz – Agora Safira é a sua vez.

Safira fez como a Sunny e fechou os olhos. Imaginou uma caneta roxa e a imaginou em cima da mesa. Ela se concentrou e começou a sentir um poder vindo de seu coração e seguindo para as mãos até que parou e ela abriu os olhos. A caneta estava lá e então Sunny disse com brilho nos olhos:

– E agora, Lucy, o que vamos aprender?

– Não sei, Sunny. Não esperava que fossem aprender tão rápido.

Lucy ficou em silencio até que disse:

– Acho que já aprenderam tudo o que precisavam. Qualquer coisa que queiram fazer é só fazer o que aprenderam aqui.

– Então fazer magia é muito fácil Lucy – Disse Sunny sorrindo.

– Viu, Safira, é problema de família – Falou Lucy rindo e apontando para Sunny e fazendo Safira rir também.