Na semana depois do baile, todos na escola só falavam sobre a festa e como queriam ter sido convidados. Melody ficava falando sobre a festa o dia inteiro e Safira apenas concordava com o que a Melody. Safira também estava evitando Thomas, pois tinha medo que ele a reconhecesse, mas sempre esbarrava com ele em algum lugar da escola. Ele sempre que a via fazia alguma piada dela, deixando ela irritada.

No último dia da semana Melody não foi para a escola, ela ia visitar familiares em algum lugar que Safira não lembrava o nome. Então Safira ficou aliviada, porque já não aguentava mais ouvir falarem da festa.

Hoje o Nicolas tinha vindo a escola, ele havia faltado muitas vezes durante as últimas semanas. Safira perguntava dele para Melody, mas a única coisa que ela falava era que ele não se aproxima de ninguém e que era para ficar longe dele. Mas Safira estava cada vez mais curiosa sobre ele, queria conhece-lo. Quando estava no intervalo ela foi procura-lo, mas ele não estava em lugar nenhum.

Ao acabar a aula, ela começou a segui-lo, porem quando estava na trilha ele desapareceu. Então ela continuou seu caminho para casa, até que viu entre as arvores uma sombra. Ela entrou na floresta sem pensar duas vezes, ela pensou que poderia ser o Nicolas.

Safira andou por cinco minutos em linha reta, mas ela perdeu a sombra e se perdeu. Começou a tentar sair, mas viu que não conseguiria sozinha. Quando ela ia chamar a Cléo, alguém perguntou:

– Por que está me seguindo?

Safira olhou por toda parte procurando o dono dessa voz, até que a sombra se aproximou e disse:

– Por que está me seguindo, Safira? – Quem apareceu era o Nicolas, que parecia zangado.

Safira ficou um pouco surpresa, mas logo se recuperou e respondeu:

– Queria falar com você.

– Sobre o que? – Perguntou ríspido.

– Queria que pudéssemos ser amigos. Quero conhece-lo – Respondeu Safira dando um passo na direção de Nicolas.

– Não quero amigos, Safira. Estou bem sozinho – Falou Nicolas se afastando.

– Não me interessa se você quer ficar sozinho. Eu quero conhecê-lo! – Retrucou Safira com a voz mais alta, ela já estava ficando irritada com a conversa deles.

Isso fez Nicolas rir e Safira ficou surpresa com a reação dele. Nicolas então se virou e caminhou para dentro da floresta, Safira foi atrás dele.

Logo a floresta começou a ficar menos densa, um pouco depois dela dava para ver o mar. Nicolas continuou o caminho até que chegaram a praia. Safira parou no começo da areia e ficou admirando o mar mais azul que ela já tinha visto. Nicolas foi até uma pedra perto do mar e sentou nela, Safira foi atrás dele.

– Então desistiu de fugir de mim? – Perguntou ela se sentando ao lado de Nicolas.

– Ninguém nunca quis tanto ser meu amigo – Respondeu ele sorrindo triste e olhando para o mar – Não acho que vou conseguir afasta-la. Você é muito determinada, Safira – Disse ele agora olhando para Safira.

Safira apenas concordou com a cabeça e olhou para o mar sorrindo.

– Mora aqui perto? – Perguntou Safira depois de alguns minutos admirando o mar, Nicolas que estava olhando para ela durante todo esse tempo a deixou envergonhada quando percebeu.

– Moro um pouco mais para lá, na praia – Respondeu Nicolas apontando para uma casa de praia a 10 km de onde estavam.

– Que legal morar perto da praia. Quando eu era pequena queria morar na praia – Disse Safira voltando a olhar para o mar.

– E você? Mora aonde? – Perguntou Nicolas que continuava a olhar para ela.

– Moro um pouco depois da cidadezinha – Respondeu Safira tentando não parecer que estava mentindo.

Nicolas percebeu que ela estava escondendo algo, mas não quis incomoda-la. Eles ficaram conversando até que o sol começou a se pôr. Safira então percebeu que tinha que ir para casa. Nicolas foi com ela até a casa dele.

– Já que quer ser meu amigo, Safira. Então vamos voltar juntos da escola. Vou espera-la no portão da saída todos os dias – Disse Nicolas indo para casa.

– Tudo bem! – Gritou Safira, que já estava longe da casa dele.

Safira estava muito feliz e Nicolas também.

Quando Safira foi dormir naquela noite, a última coisa em que pensou foi o Nicolas.