A Bengala de House escrita por Kori Hime


Capítulo 2
Segundo




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A bengala de House

2



Por algum motivo não se recordava do porque estar dormindo no escritório, cheio de copos descartáveis em volta de si. Olhou para o lado e viu a bengala preta. As lembranças vieram rapidamente. Aquela destruidora de sonhos havia acabado com o seu novo record.

Levantou-se, espreguiçando braços e pernas. Pensando em alguma punição para a bengala. Sim, porque aquilo não iria passar em branco, fora ela que lhe fez perder horas e horas de trabalho e sono.
A primeira providência foi pendurar a bengala do lado de fora do prédio. Quem sabe se ela não caísse la de cima, poderia quebrar a cabeça de alguém, mas também ela seria a prova de um assassinato e passaria o resto de seus dias numa sala fria e escura como evidência.

 

– House? O que está fazendo. – James estava há alguns minutos no outro lado da porta de vidro, vendo o que o amigo aprontava daquela vez. Entrou no escritório, enquanto pisava nos copos descartáveis no chão.


– Apenas dando lições para aqueles que me prejudicam. – Bateu as duas mãos, como se estivesse limpando-as.


– Não vai me dizer que você agora esta cuspindo nas pessoas lá embaixo?


– Oh! Não, essa fase já passou.


– Ontem eu te liguei, estava preocupado. Onde você estava?

 

– Aqui mesmo. Sofrendo dos males da solidão. – Abriu os braços sentando-se na sua cadeira.


– House, ontem não havia nada aqui no hospital. Geralmente isso acontece quando eles interditam alguma coisa, e o seu andar foi interditado.


– Eu ainda não entendo porque, aquela mulher não tinha cólera, chagas ou qualquer doença, era somente uma senhora que não tinha nada pra fazer e resolveu comer camarão estragado.


– É mas não é bem assim que funciona as coisas. Você fez um escândalo na televisão só para tratar de uma doença que não existia.


– Mas esse é meu trabalho, devo denunciar aquilo que não está de acordo com as leis.


– House...


– Vocês não estão nunca satisfeitos. Quando eu escondo brigam, quando eu abro o jogo, brigam também.


A porta se abriu e Cuddy passou por ela nervosa. Antes de conseguir falar tudo o que queria, pisou em falso nos copos e segurou-se nos braços de Wilson.


– Mas o que está acontecendo aqui?


– Uma brincadeirinha, se você adivinhas quantos copos tem aqui, ganha um prêmio. – House se levantou, observando a bengala ainda pendurada do lado de fora.


– Porque aquela bengala esta ali presa no seu paletó, e na janela? House, se isso cair lá embaixo e machucar alguém, eu vou ter que interditar o restante do hospital.


– Tudo bem, vou arrumar outra forma de puni-la. – Ambos olharam House mancar ate a janela, retirando o paletó da janela, mas a bengala escapou, e caiu.


– House!!! – Cuddy gritou.


– Ah que pena, era minha bengala favorita. – O médico ironizou, enquanto os outros dois corriam pra janela afim de ver se alguém se machucou.


– Droga! Porque você não poder ser um pouco normal? – Nervosa, ela saiu da sala batendo o salto alto no carpete cinza.



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