Addiction escrita por Catherine


Capítulo 4
Capítulo Quatro


Notas iniciais do capítulo

Oiiii ~~~~!
Primeiro que tudo, obrigada pelos comentários, vocês são ótimos *-*
Segundo, apesar de não estar muito confiante no capitulo, espero que vocês gostem :) não sei quando irei postar o próximo, mas prometo que vou tentar de tudo para o fazer ainda esta semana :)



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Aconteceu tudo demasiado depressa. Num segundo, Natasha abraçava Bruce, no outro, o Hulk atirava-a contra a parede da suíte, grunhindo na sua direção. A ruiva tentou levantar-se, mas caiu, certamente com a perna partida. Decidida, arrastou-se na direção dele.

– Não te vou fazer mal – Era como um porquinho a dizer ao lobo mau que não o ia comer.

O Hulk parou, fitando-a enquanto passavam inúmeras reações pelo seu rosto, desde confusão a angústia, Natasha pensou estar a olhar para os olhos castanhos de Bruce Banner, antes de o Hulk rosnar e atravessar a parede, jogando-se da Torre Stark para o vazio.

– Bruce!

Steve visitou Natasha quando ela foi internada, levando flores.

A ruiva estava deitada na cama a encarar a parede do quarto, com a perna engessada virada para cima. Bateu na porta e entrou, mas ela nem sequer olhou na sua direção. Aproximou-se da cama, fingindo que não se tinha magoado com a atitude dela, e sentou-se na cadeira, sorrindo-lhe.

– Encontraram o Bruce?

Sentiu o próprio sorriso murchar – Ele manda-te para o hospital e ainda te preocupas?

– Não foi ele, foi o Hulk.

– É a mesma coisa.

– Não, não é.

Suspirou, não querendo discutir com ela mesmo que fosse para chamá-la à razão e mudou de assunto – Trouxe flores – Os olhos verdes de Natasha viraram-se na sua direção durante uns segundos, antes de voltarem à parede.

– Obrigada.

No terceiro dia de visita, Steve vinha preparado com um bloco e um lápis, já sabendo que não queria conversar. Sentou-se, ao seu lado, em silêncio, totalmente concentrado no que fazia. Natasha não lhe fez quaisquer perguntas, mas morria de curiosidade para ver o que ele desenhava.

No quinto dia, a mente de Natasha continuava a repassar a cena no quarto de Bruce, vezes e vezes sem conta. Mal tinha dormido aquela noite depois de sonhar com ele. Estaria bem? Havia noticias dele? O Capitão nunca lhe dizia nada e Tony não lhe atendia o telemóvel. Sentia-se frustrada e incapacitada.

– Natasha? – Olhou para o loiro ao seu lado, encontrando olhos azuis preocupados – O médico disse-me que tens alta amanhã, vais poder ir para casa, mas precisas de ficar na cama até puderes tirar o gesso e alguém vai ter de cuidar de ti. Tens quem o faça?

– Não.

Ele fechou o bloco, fitando-a seriamente.

– Posso cuidar de ti.

– Não preciso de uma babá.

– Precisas de ajuda, não podes andar Nat.

– Não pedi a tua ajuda Capitão, tens que parar de bancar o herói.

– Sabes que isso é impossível – Natasha revirou os olhos, olhando para a janela – Estou sem missões e tu não tens ninguém que cuide de ti, eu posso fazê-lo.

– Por quê? – Perguntou, contemplando-o rapidamente.

– Então, porque... És minha colega de equipa – Nat esforçou-se em manter a cara séria quando o viu corar, achando o rosto vermelho dele adorável.

– Não vejo o Stark em lado nenhum, e ele é meu colega também.

– Ele anda ocupado.

– Com quê?

– Com... Ahm... Coisas.

– E essas coisas implicam encontrar o Bruce?

– Sim.

Ela era boa, pensou incrédulo, olhando para a mulher á sua frente. Tinha-o distraído o suficiente para que falasse sem mesmo antes de saber o que dizia. O silencio instalou-se no quarto, até que Nat suspirou e olhou para ele. Pela primeira vez em dias, sorria, mas Steve não foi capaz de adivinhar o que lhe passava pela cabeça. Ela era uma incógnita.

– Tudo bem, eu aceito a tua ajuda.

No dia seguinte, Steve abriu a porta do seu apartamento e empurrou Natasha com a cadeira de rodas para dentro. Ela parecia uma criança birrenta, resmungando a cada segundo, mas ele compreendia-a. Nat não gostava de depender dos outros, e aquela situação incapacitava-a. As malas dela chegaram pouco depois com o motorista do Stark. Nenhum dos dois o via desde que Tony encontrara Natasha desmaiada no quarto de Bruce após o ataque, mas quando saíram do hospital, lá estava o motorista à espera deles, dizendo que tinha ordens explicitas para acompanhá-los no que fosse necessário.

– Queres alguma coisa para beber? – Perguntou, enquanto a levava para a cozinha.

Natasha franziu a testa, pensando - Tens suco de laranja?

– Não, mas posso fazer.

Tudo bem, primeiro, ela nunca tinha pensado dormir no sofá do Capitão América. Uma vez, passou. Segundo, nunca, mas nunca na vida, lhe passou pela cabeça viver com ele. Ok tinha partido a perna e precisava de ajuda. O cúmulo mesmo era vê-lo preparar um suco para ela.

Viu-o cerrar as sobrancelhas, confuso, enquanto colocava as laranjas na máquina e olhava para os inúmeros botões. Não aguentou e riu, atraindo a atenção dele.

– É só carregares no botão verde Capitão.

Ele corou antes de lhe sorrir abertamente – Obrigado Nat.

A tarde passou a correr. Steve colocou um filme e aconchegaram-se no pequeno sofá. Nat tinha a perna apoiada num banco e apesar de lhe incomodar, logo esqueceu as dores para estar atenta ao que se passava na televisão, ignorando os olhares que o Capitão lançava na sua direção.

Quando ele a levou para o quarto, contudo, não evitou rir.

– Cama de solteiro?

Ele olhou-a confuso – Algum problema?

– Quando trazes a namorada como fazem para dormir?

– Não tenho namorada – Admitiu, encolhendo os ombros, a face mais uma vez a ficar vermelha.

Natasha esboçou um sorriso malicioso, achando demasiado divertido provoca-lo – Que pena, elas não sabem o que perdem – Empurrou a cadeira até ás malas, puxando uma para cima da cama e tirando uma camisola de dormir preta. Steve olhava-a um pouco atordoado pelo que ela tinha dito, e Nat ergueu a sobrancelha, sorrindo – Vais ficar aí enquanto mudo de roupa? Não vou dar um showzinho Capitão, a menos que insistas.

Durante as duas semanas seguintes, Steve aproximou-se mais de Natasha. Passavam praticamente os dias inteiros juntos, fosse a falar ou em silêncio, enquanto ele a desenhava. Ela não sabia, é óbvio, mas ele fazia-o quando ela preferia ler ou estava demasiado perdida no seu mundo. Natasha sorria com mais facilidade e passava o tempo a provoca-lo, e apesar de Steve saber que ela tinha esse tipo de amizade com Tony, deu por si a querer que ela se interessasse nele de verdade.

Talvez ela fosse o que ele precisava para esquecer Peggy. Talvez.

Natasha suspirou irritada, querendo quebrar o telemóvel contra a parede. Tony nunca atendia as suas chamadas e quando perguntava por ele a Pepper, ela mudava de assunto depois de dizer que nem mesmo ela sabia o que ele estava a fazer. Pensou em Bruce, perguntando-se onde ele estaria e depois amaldiçoou a própria condição, desejando melhorar rapidamente.

Precisava fazê-lo entender que ele não tinha culpa de nada.

Tony não sabia dizer quando foi a ultima vez que tinha dormido em condições. Ultimamente passava mais tempo no laboratório que no resto da Torre e a sua dieta consistia principalmente em café. Pepper ligava-lhe mais que cinco vezes ao dia, insistindo para que dormisse um pouco, mas não era capaz. Não ficaria sentado enquanto Bruce estava sabe-se lá em que parte do mundo, destruindo-se a si mesmo. Natasha era outra das pessoas que lhe ligava constantemente, mas nunca atendeu, nem mesmo quando ela mandava mensagens ameaçadoras sobre procurá-lo em casa e esganá-lo durante a noite. Imaginava que ela o fosse culpar por tudo o que tinha acontecido e não estava preparado para ouvi-la. Ele mesmo se sentia culpado. Bruce tinha perdido o controle devido á sua mania de provocar.

Pousou a cabeça na mesa, sentindo-a demasiado pesada, e fechou os olhos, quando algo começou a apitar, ecoando no laboratório.

– Sr, localizei o Dr. Banner.

Deixou escapar um sorriso aliviado – Bom trabalho Jarvis, liga para a Srta. Romanoff.

Bruce tinha perdido noção de quanto tempo tinha passado. Os seus dias eram dividos entre pesquisa e ajudar a pequena população que o tinha acolhido. Eram coisas pequenas, mas tinha aceitado até mesmo trabalhos pesados para se ocupar.

À noite, sonhava sempre com Natasha. Primeiro, os sonhos começavam muito normalmente, apenas os dois a conversar, ele nem sabia dizer do quê, mas depois mudavam e Bruce perdia o contrôle. O Hulk aparecia e esmagáva-a.

Sempre que acordava de madrugada, quando os pesadelos eram piores que o normal, punha-se a trabalhar na sua pesquisa, decidido em encontrar uma solução para o problema. Nesses dias, o Hulk berrava na sua mente, furioso e ele sabia que o verdão culpava Nat, culpava-a por Bruce se querer livrar dele. Tinha-a marcado como inimiga, confundido a confusão e receio que Bruce sentia ao estar perto dela por medo.

Decidiu que não iria voltar, pelo menos enquanto não tivesse uma solução.

Não ia arriscar a segurança de Natasha.

Stark! – Rosnou a voz feminina do outro lado.

– Natashalieeeeeeeeeeee!

– Stark! Porque não atendias as minhas chamadas?

– Demasiado ocupado, sei que morreste de saudades minhas – Riu, ouvindo-a resmungar para si mesma – Mas tenho uma boa noticia.

– O Bruce?

– Encontrei-o, está algures na América do Sul. Hoje mesmo vou buscá-lo por uma orelha e dar-lhe umas palmadinhas por ter fugido.

Não!

– Não? – Questionou confuso.

Não. Eu quero ir, mas preciso de algum tempo até recuperar.

Pensou em dizer-lhe que o melhor era procurá-lo imediatamente, antes que ele mudasse de localização, mas desistiu. Apostava que Natasha era melhor na arte da persuação e que Bruce não viria de outra maneira – Tudo bem.

Promete-me que não o perdes enquanto melhoro.

– Está prometido, eu não vou perder o verdão de vista – Ouviu o suspiro aliviado que ela soltou e sorriu. Se o Bruce soubesse o quanto a Nat se preocupa com ele.

Oh, e Stark...

– Sim?

Obrigada por o encontrares.


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