Strangers escrita por Hana


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Isso é uma fic de capítulo único, que conta uma aventura de Sadie Kane (CDK) e de Nico di Angelo (PJO/HDO). Não ligo para os mimimi da homossexualidade do Nico, eu gostei de imaginar ele juntos e espero que vocês também.



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A autora recomenda esta música para a leitura do capítulo

Talvez fosse um ótimo dia para passear por Brooklyn, exeto para Sadie Kane.

Sadie já estava há mais de uma hora e meia sentada num banco qualquer da rua, esperando pela carona do irmão, mas ele ainda não apareceu. Sem pensar duas vezes no assunto, ela se levantou, dirigindo se ao subterrâneo para pegar o metrô. Comprou o ingresso enquanto o metrô chegava e se juntou às pessoas que esperavam que as portas de correr se abrissem para entrar.

Assim que as portas se voltaram a fechar atrás das suas costas, andou pelo vagão e se segurou numa barra de metal quando ouviu o barulho do metrô começando a andar. Pegou em seus fones e os colocou. Eles podiam afastar as vozes, mas não podiam impedir Sadie de ver algo que despertou a sua atenção.

Alguns centímetros do local onde estava, ela encarava um garoto sentando que mantinha o seu olhar fixo no chão. Vestia uma jaqueta de aviador por cima do moletom cinzento e uma calça jeans preta, uns headfones à volta do seu pescoço e com ele uma estranha sacola. Mas não era isso era despertava a atenção a Sadie, era a sua aparência que lhe era tão familiar. Seus cabelos negros e desgrenhados, que emolduravam o seu rosto fino e pálido, desnutrido talvez e os seus olhos escuros e com olheiras.

– Anúbis? – Deixou a voz escapar e logo tapou a boca com a mão livre. O garoto levantou a cabeça e o seu olhar se desviou até encontrar o de Sadie por alguns momentos e voltou à posição inicial.Droga Sadie, pensou para si mesma, Aquele garoto não pode ser o Anúbis, ele está hospedado no corpo do Walt. É obvio que ela tem razão, mas o que ela não sabe é que o garoto mesmo à sua frente é Nico di Angelo.

Mesmo assim, Sadie continuou encarando Nico. Queria saber porquê ele era tão parecido com Anúbis, tinha que haver uma explicação, nem que tivesse que segui-lo. É claro que, basicamente foi exatamente o que ela fez. Quando o metrô parou numa saída a norte de Brooklyn, o garoto se levantou e saiu, mas Sadie não o queria perder de vista, então correu atrás dele.

Ao fim de alguns metros, Nico sentiu a presença de Sadie mas decidiu não reagir. Não ali. Não ainda. Se dirigiu até uma rua escura sem saída e logo parou, desaparecendo nas sombras. Apareceu segundos depois atrás da garota.

– Quem pensa que está seguindo garota? - A sua voz soou fria como gelo quebrando e Sadie sentiu um arrepio na pele ao ouvir aquela voz. Deu meia volta ao corpo e se viu frente com o garoto e empunhava uma espada negra, que apontava para ela. Como esse cara tem uma espada?! pensou Sadie. – Não me faça repetir de novo. – Ele resmungou impacientemente.

– Anúbis. - Foi a única coisa que conseguiu dizer, por estranho que pareça, o corpo de Sadie estava paralisado de medo, porquê ele irradiava a morte. Não como Anúbis, pois ele era a própria morte, mas sentiu que garoto também estava ligado a ela.

– Que? – Nico pareceu surpreendido porém perplexo e ainda assim erguendo a espada para a garota.

– Eu achei que você era outra pessoa… Alguém que eu conheço. - Mas ele parecia não acreditar nela ou confiar.

– Por isso resolveu me seguir? E ele se chama Anúbis, é isso? – Sadie abanou a cabeça em sinal de afirmação e parece que os músculos de Nico relaxaram e finalmente baixou a sua espada e a prendeu no cinto. – Por que alguém chamado Anúbis seria tão parecido comigo?

– Ora, isso eu também queria saber ou não estaria aqui com você, não acha? – Ela repreendeu cruzando os braços junto ao peito e Nico pareceu surpreso pela sua atitude. – E por que anda com uma espada? Isso devia ser ilegal! – Momentos depois algo se passou pela cabeça de Sadie. – Você é um psicopata?! – Nico começou rindo, não tipo maníaco, um riso leve e sincero.

– Calma garota, apenas pensei que pode-se ser um monstro.

– Sei que não sou muito bonita, mas não precisa esbarrar na cara! E eu tenho nome, okay?!

– E qual é seu nome afinal? - Ele se aproximou o suficiente de Sadie para poder mexer nos fios de cabelos loiros e mechas coloridas dela sem demonstrar qualquer afeto.

– Sadie. Sadie Kane.

– Prazer Sadie. – Nico estendeu a mão para a garota, esperando, mas logo algo o fez correr a mão em direção à espada. Eles estavam numa rua sem saída e Nico sabia que algo estava vindo. – Garota, se esconde!

– O quê? Você não manda em mim!

– Faça o que lhe falo. SE ESCONDE! RÁPIDO! – O garoto berrou, agora com alguma urgência na voz, mas Sadie persistia e ficou observando Nico, com a espada na mão e então viu um leão atrás dele. Um grande leão. Correu para trás de umas caixas de papelão sozinha. E se deixou levar a ver onde o garoto estava. Ele continuava no mesmo lugar e à sua frente estava o leão. Porém, não era exatamente um leão. Ele tinha um rosto humano e uma cauda rija e pontiaguda. Sadie tinha a certeza que aquilo não fazia parte do seu mundo, mas sentia que o tinha de enfrentar e não podia deixar o garoto com aquele monstro sozinho. Começou correndo na sua direção mas parou.

Nico desviava-se dos ataques da manticore, mas não podia continuar assim para sempre, ele iria ter que atacar em alguma hora. Decidiu que teria de ser agora. O chão começou a tremer e uma abertura começou se abrindo na calçada e tudo à volta escurecia. Quatro esqueletos começaram se erguendo da abertura, mas então uma chama de fogo vibrante formou um muro entre Nico e os guerreiros esqueletos se tornaram cinzas. Uma raiva invadiu o corpo de Nico e se virou para trás, vendo a garota loira, Sadie, com uma espécie de cajado em sua mão.

– Foi você quem fez isso? O que pensa que está fazendo?!

– Eu estou salvando sua vida! Você não vai conseguir vencer essas coisas só com uma espada!

– Posso muito bem me virar sozinho, você reduziu meus esqueletos a cinza. Como você… - Mas ele não terminou sua frase, pois a manticore estava lançando espinhos da sua cauda tentando lutar ainda contra o muro de chamas. Sadie agarrou no garoto e o jogou para trás, desviando os dois dos espinhos. Nico caiu de costas no chão e Sadie por cima dele. Eles se olharam por momentos e depois de levantaram, retomando às posições.

– Suas chamas não vão durar muito mais tempo. – Falou Nico.

– Por que você acha isso?

– A gente precisa distrair dele. – Sugeriu Nico.

– O quê? Você é louco? Ele vai nos matar! – Sadie começou berrando, mas não foi mais preciso uma resposta, pois à sua frente, onde estava antes um muro de chamas vivas, agora estava uma manticore correndo em direção a Nico e ele foi atirado contra a parede. Sadie começou lançando alguns feitiços, mas nenhum tinha efeito sobre o monstro, apenas o fogo parecia conseguir o manter afastado, mas o tempo dela estava a se esgotando. A manticore fez lhe um corte com as garras no braço que segurava o cajado fez ele cair e soltou um grito de agonia, colocou a outra mão sobre o ferimento a fazendo ferver de dor.

Sem magia, o garoto desmaiado, talvez ele não volte a acordar. Ela estava sem saída.

Então o que ela viu depois, não durou mais de um minuto: o monstro à sua frente virar pedra e logo em seguida virando pó como aconteceu com os esqueletos do garoto. Foi a última coisa que ela viu antes de se deixar cair e perder os sentidos, porém Nico chegou com a espada na mão e a segurou.

Quando Sadie voltou aos sentidos, ela estava deitada num banco de jardim. Se tentou sentar e viu que estava precisamente à frente da ponte de Brooklyn. Olhou em volta e viu o garoto sentado ao seu lado, olhando o rio East.

– Obrigada. – Sadie sussurrou. O garoto a olhou como se fosse pensar que era pegadinha mas depois revirou os olhos.

– Está com frio? – Não era essa a resposta que ela esperava, mas ela na verdade estava tremendo muito. Estava sem sua jaqueta vestida, lembrando que ela se deve ter rasgado. E o vento que vinha do rio não ajudava.

– Não obrigada, eu estou bem. - Mesmo assim Nico ignorou ela e retirou sua jaqueta, colocando sobre as costas de Sadie. – Você é um necromante?

– Como? – Falou Nico.

– Necro. Mante. Necromante. Podem invocar espíritos dos mortos. – Explicou ela.

– Acho que não é esse nome que lhe dão. Mas sim, eu posso controlar alguns corpos de mortos e sentir ela. Sou filho do senhor do submundo.

– Espera, você é filho do Anúbis!? Isso explica porque vocês são tão parecidos! Mas não sabia que os deuses egípcios podiam ter filhos.

– Garota, do que você está falando? Não sou filho de Anúbis nenhum! Sou filho de Hades! E que papo é esse de deuses egípcios? - Sadie parecia estar confusa, como ele podia ser filho de Hades, se ele era um deus… grego?

– Os deuses gregos também existem?

– O que você quer disser com…

– Em Manhattan existem outros deuses né? Meu tio falou há muito tempo que nós não podíamos morar em Manhattan porque existiam outros problemas e era melhor mantermos tudo separado. Os deuses egípcios existem, assim como devem existir deuses gregos, certo? – O garoto parecia ter acabado de receber um choque, mas parecia estar a entender tudo o que Sadie falava com atenção. – O nosso povo é constituído por uma linhagem de magos…

– Aquele seu cajado, fez você conjurar o muro de fogo? – Ele perguntou e Sadie confirmou com a cabeça. Depois não falaram mais nada durante o resto do tempo, ficaram em silêncio, olhando o sol desaparecer.

Sadie se levantou, devolvendo a jaqueta ao garoto que ficou olhando para ela perplexo.

– Acho que é agora que nos despedimos. – Sadie estendendo a mão para Nico. Ele se levantou e vestiu a jaqueta e pegou na mão de Sadie.

– Prazer em conhecê-la, Sadie Kane.

– Também foi um prazer conhecer você… Eu não sei seu nome!

– Sou Nico di Angelo. – Ele deixou escapar um pequeno sorriso, largaram as mãos e antes do o último raio de sol desaparecer, eles se olharam uma última vez.


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Notas finais do capítulo

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