The Cruel Beauty escrita por Tsu Keehl


Capítulo 34
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!!!
Demorei mas eis aqui o novo capítulo da fanfic! Desculpem a demora mas fim de ano/começo de ano é fogo! Foi bem corrido por aqui até conseguir colocar tudo mais ou menos no ritmo para o novo ano. No quesito de fanfics além da do Cruello, estou escrevendo a High School Disney em parceria com uma amiga, na qual os personagens estão em um universo alternativo odne são alunos e há a presença do Cruello ali também! Um pouco diferente do Cruello da Cruel Beauty mas ainda assim nosso Cruellinho!
E se tudo der certo, pode ser que role um projeto de fanfic com uma amiga mas ainda não tenho como divulgar os detalhes.
Enfim...esse capítulo foi bem complicadinho de escrever, procurei fazer o melhor possível e espero que gostem!



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~*~

Valder dirigia com cuidado pelas ruas molhadas da cidade. Como de praxe, chovia em Londres e á noite, tudo ficava mais difícil. Por sorte devido a ser começo de madrugada e o clima, havia pouco movimento nas ruas, o que lhe permitia não apenas dirigir com calma, mas pensar na gravidade do que poderia ter acontecido e olhar vez ou outra para o retrovisor e se certificar que a pessoa no banco de trás estava bem.

Bom, na verdade “bem” era algo que ela estava longe de estar. Igraine parecia devastada e, embora não estivesse aos prantos, Valder percebia que ela segurava o choro mesmo com as lágrimas vertendo em seus olhos.
Retomou a atenção ao volante, se recordando do que presenciara uma hora antes.

**flash-back**

Valder encostou-se na parede e olhou no relógio no pulso, lamentando-se que ainda teria que trabalhar a madrugada inteira porque na certa aquela festa demoraria para acabar. O problema era que Cruello já estava ausente da festa há um bom tempo e isso começou a ser notado pelos convidados.

  Foi então que viu em uma das saídas menos movimentadas, Cruello e Igraine caminhando á passos apressados e pegando um elevador. Poderia até pensar que Cruello perdera o bom senso e decidira levar Igraine para dar uns amassos na sala da diretoria, mas logo descartou essa hipótese ao perceber que tanto seu chefe quanto Igraine tinham expressão de fúria e decepção.

  Decidiu então procurá-los. Não iria se intrometer mas se houvesse algum extremismo pelo menos poderia tentar intermediar.  Procurou-os por toda parte mas a Devil’s era enorme e se Scarlet percebesse que ele não estava na festa, ouviria um monte depois.
  Mal havia saído do elevador pela terceira vez quando avistou Cruello atravessando o corredor. Ele caminhava com passos duros, os cabelos despenteados mas as roupas impecáveis. Porém havia algo no olhar dele, algo diferente.

  Quando notou o funcionário, Cruello se empertigou.
— Ótimo que esteja aqui.  – ele apontou para a porta entreaberta no final do corredor. – Coloque-a no carro e leve para a casa dela. Cansei.

  Ele entrou no elevador e logo o som indicou que descia. Valder ficou alguns segundos estático, tentando processar o que poderia ter acontecido mas a certeza era que não era algo bom.

  Caminhou até  o final do corredor e quando abriu a porta, deparou-se com Igraine sentada no chão, os braços e a cabeça sobre a poltrona, parecendo uma boneca. Lágrimas silenciosas desciam por suas bochechas e ela parecia fitar aturdida, um ponto no tapete persa.

Valder encarou a cena confuso, quando respirou fundo.


— Igraine?! - ele chamou porém só obteve o silêncio. - Igraine, o que houve? - ele aproximou-se mais e ainda assim não obteve resposta. Foi só quando sentou-se ao lado dela que a jovem ergueu o olhar. - O que aconteceu?

 Por um momento, um pensamento passou em sua cabeça e ele foi tomado pela preocupação. Seria possível que...não. Ele afastou rapidamente tal pensamento da cabeça. Cruello jamais faria algo ruim com ela.


— ...quer me contar o que aconteceu?
— Eu...eu... - a voz dela misturavam se ao choro e era quase impossível entender algo.

  Valder levantou-se a fim de pegar água para a jovem, quando tropeçou em algo pequeno, que logo notou se tratar de uma caixinha de veludo com um anel dentro. Voltou-se para Igraine surpreso.


— Igraine...não quer mesmo conversar sobre o que aconteceu?

Igraine bebeu um gole grande de água do copo que ele lhe oferecia, enquanto as lágrimas desciam pelo rosto.


— E-eu e...o Cruello....nós, nós terminamos....- as lágrimas voltaram com força, fazendo Valder abraçar a amiga.
— Calma, calma...vamos embora. Vamos embora daqui, você precisa relaxar.

Com cuidado, ele ajudou Igraine a se levantar. Tirou o paletó e colocou sobre a garota. O vestido era decotado e seria bom que ela não pegasse friagem quando saíssem.


— Eu...eu não quero ver ninguém...
— Não se preocupe. Conheço caminho para a garagem através da saída de funcionários, nem passaremos perto do salão de festas.

Enquanto Igraine ajeitava o paletó sobre si, Valder rapidamente pegou o anel e a caixa de veludo e meteu no bolso da calça. O jovem agarrou a amiga pelos ombros e a conduziu para longe daquela sala.
  Igraine não entendeu quando ele murmurou algo no headseat que usava, arrancando-o em seguida. Mas para Igraine nada mais importava.

**flash-back**

Quando o carro parou na frente da casa de Igraine, as lágrimas da jovem tinha cessado. Valder colocou a mão no ombro dela em sinal de apoio.


—Igraine..?
—Tudo bem Valder, eu vou ficar bem...
—Tem certeza que não quer conversar?
— Eu só quero tirar essa roupa e ir para cama. E não sair mais dela.

Igraine desceu do carro e encarou a fachada da casa, aquela bruma londrina que fazia esfriar era nostálgica. Valder a seguiu.


—Melhor entrar logo, vai se resfriar se ficar aqui fora.
—Eu não ligo. - ela murmurou, e diante da porta, Igraine então percebeu que estava sem as chaves. Vasculhou a pequena bolsa, sem sucesso.


— O que houve?
— Eu...acho que não peguei minhas chaves.
— Vamos tocar a campainha.

 Não demorou muito para ouvirem um clique e a porta ser aberta por Nanny, que estava com os cabelos soltos e envolta em um roupão.


— Igraine?! - ela exclamou, surpresa. - Pensei que...menina, você está linda! Mas o que está fazendo aqui?

Igraine olhou para Valder e depois para  Nanny e caiu no choro, agarrando a mulher.
— A gente terminou Nanny...a gente terminou...!

~*~


— E devo dizer mais uma vez...este desfile foi esplêndido! Esplêndido!

O sheik Abdulah cumprimentou Cruello com um aperto de mão forte e o rosto sorridente, o qual o rapaz retribuiu com o sorriso mais simpático que tinha.

— Estava magnífico, tudo muito bonito! Incluindo sua garota.  – o sheik rapidamente levantou a mão. – Sei que ela não está á venda mas não posso deixar de elogiar. Bela escolha! Um pouco geniosa, talvez...
— Espero que tenha gostado das peças que arrematou.
— Adorei! Excelente negócio, sim! Peças belíssimas...Cruella Devil ficava esplêndida naquele casaco  de tigre! Uma mulher fantástica, ela era.  Mas o senhor está se saindo muito bem, muito bem.
— Fiquei sabendo da excelente aquisição que fez, meu senhor. – Scarlet se aproximou. – A esposa que ganhará este casaco será uma grande felizarda.
— Oh, os outros casacos sim, mas o casaco de tigre não ser pra nenhuma delas. Casaco ser para mim! Obviamente, uma peça daquelas é única!

“ Como ele vai usar um casaco de peles naquele calor de Dubai?!” — indagaram Scarlet e Cruello em pensamento.

  Um dos filhos do sheik se aproximou do mesmo, lhe dizendo algo em árabe. O sheik trocou algumas palavras e então se virou para os dois empresários.

— Preciso  me retirar agora, muitas coisas para resolver em Europa ainda!
— Pedimos desculpa por estender tanto a festa...
— De modo algum! Festa magnífica como você, minha querida! – ele segurou a mão de Scarlet. – Nos encontraremos antes de eu voltar a Dubai, faremos uma reunião para acertar os detalhes que forem precisos!

  Após mais alguns momentos de conversa, o sheik se despediu e, quando ele, seus filhos e seguranças saíram do local, Scarlet suspirou aliviada e logo um sorriso soberbo surgiu em seus lábios.

— Conseguimos! – ela exclamou. – Ele foi o último convidado e agora podemos relaxar! – ela tirou os sapatos, chutando-os para um canto. – O sheik fechou parceria conosco novamente!! Eu juro que tinha dúvidas quanto á isso porque desde a morte de sua tia, pelo que você me disse, ele passou a ser mais moderado nas compras e ações feitas á Devil’s! Mas o desfile de peles era o que precisava para motivá-lo a voltar a investir na Devil’s com maior porcentagem! Logo já teremos que começar a pensar em itens com mais temas animais, ele e a família gostam disso! E pelo que disse uma vez a segunda, ou seria a primeira, esposa dele tem uma grande apreço por estampa de cobra, na certa a mulher deve ser uma víbora mas enfim...não poderia ter sido melhor! Confesso que eu estava extremamente receosa do sheik fechar a cara quando você disse que não aceitaria se casar com a filha dele e pensei que estaríamos com a parceria comprometida e comecei até a cogitar um plano B mas o sheik aceitou isso sem problemas! Provavelmente ele deve estar pretendendo oferecer a mão da filha para casar com algum filho de político influente ou empresário do ramo hoteleiro mas enfim...vamos dar um pequeno descanso para nossos estilistas  essa semana mas ainda temos trabalho a fazer! Pedirei que a equipe de marketing acompanhe a repercussão do desfile na mídia, os comentários são muito importantes!  Nossos concorrentes irão se retorcer pois garanto...foi tudo tão impecável e profissional que nem Patrick Star poderá te criticar! Eu vi como ele parecia ansioso para conseguir algum furo e saiu da festa com frustração estampada na face por não ter algo para criticar! Você deveria ter visto!
E o leilão das peças de sua tia foi um sucesso! Finalmente conseguimos nos livrar daquele amontoado de casacos , vestidos e acessórios que estavam guardados e quase mofando na mansão Devil! Foi uma excelente ideia sua arrumar aquilo, deixar como novo e botar a leilão!  Tudo foi vendido e pela expressão nos rostos desses compradores esnobes, tirando o sheik porque ele é legal, todos saíram muito satisfeitos!

  Ela tomou fôlego e após desamarrar o corset, respirou aliviada antes de continuar.
— Devo dizer que Igraine me surpreendeu, Ela realmente se comportou muito bem e não deu vexame. Odeio ter que admitir mas ela foi um arraso visualmente. Você mesmo dizia que ela tinha potencial e embora ainda tenha muito a aprender, ela se saiu muito bem! Acho que poderemos ficar mais tranquilos caso ela precise aparecer com você nas...
 
   Scarlet então se calou, finalmente percebendo o semblante de Cruello. Que ele parecia diferente quando voltara do leilão era algo perceptível mas logo ele estava sorrindo e se despedindo dos convidados com seu charme, orgulho e glamour típicos.
   Mas agora, ele sentava-se em uma cadeira, se desfazendo da jaqueta e fitando algum detalhe no chão.
  Todas as vezes após um desfile, por mais cansado que estivesse, Cruello não diminuía a empolgação e satisfação. Ainda mais quando tudo ocorria sem problemas. O desfile, a festa e o leilão haviam sido um sucesso, era para ele estar dando brados retumbantes e enchendo a cara. E não sentado ali como se estivesse dado tudo errado.

— Ei, por que está assim?!
— ...nada. Eu estou bem. – ele se levantou. – Preciso descansar. Nos falamos depois na Devil’s.
  Antes que Scarlet pudesse dizer qualquer coisa, ele já havia saído.
— Eu hein...tem alguma coisa estranha aí...

~*~

Os primeiros indícios da manhã começavam a surgir quando Igraine sentou-se na cama, envolta em um cobertor e com uma caneca de chocolate quente em mãos.

Mesmo surpresa e repleta de perguntas, Nanny obrigou Igraine a livrar-se do vestido e entrasse em um banho quente. Igraine chorou por um bom tempo no chuveiro, mas aquilo pareceu fazer seu peito aliviar-se ainda que um pouco.
   Nanny secava os cabelos da garota com uma toalha, temerosa em ver a garota tão abatida. Enquanto Igraine estava no banho,Valder sentou-se na cadeira da escrivaninha. Valder tomou um gole da bebida que Nanny tinha preparado e encarou Igraine.


— Igraine, você deveria imaginar que uma hora isso ia acontecer, o senhor Devil é o herdeiro de Cruella e todos sabem que a  Devil’s é uma das únicas que mantém o ramo de confecção de peças em peles legítimas, por mais horrível que isso pareça. Tradições são muito difíceis de serem quebradas, ainda mais quando há consumidores disso.
—Mas...ele deveria ter me contado, mesmo eu sendo contra! Ele não confiava em mim? - as lágrimas voltavam  a tomar os olhos da jovem.
— ...se ele tivesse te contado que faria um leilão de peles pra gente rica, você ia aceitar?
— LÓGICO QUE NÃO! Isso é um absurdo, é crueldade! Por mim ele tacava fogo naquelas peças ou fazia um enterro decente pra ela em memória aos animais cruelmente abatidos! Faria ele se conscientizar de que comércio de peles é errado!
— ...bom então está óbvio que ele não ia contar isso para você, já que você não ia aceitar. Ele optou sabiamente por fazer esse leilão não apenas em segredo seu, mas também da mídia e da maioria dos convidados e funcionários. Eu mesmo não sabia disso.
—VALDER! - Nanny irrompeu na conversa. - Em um relacionamento deve haver sinceridade em ambos os lados.  Não defenda o senhor Devil!
—Não estou defendendo, eu só...
— Ele disse que tinha cansado de mim...- Igraine fungou sentindo as lágrimas descerem. - Igual aquela bruxa da ex-peguete coroa dele tinha falado!
— Minha querida...você e ele apenas tiveram uma discussão, isso é normal em relacionamentos. Logo vocês voltam a se falar!
— Não, Nanny...ele...ele,ia me dar um anel...e...e...eu comecei a dar chilique...taquei meu sapato nele... e eu estraguei tudo!
— Ora, não veja as coisas assim...vocês tiveram uma briga e sendo o Cruello estou até surpresa que tenham demorado tanto para brigarem. Vocês se desentenderam, mas tenho certeza que ele irá te ligar para que conversem e se entendam, não é?
—   Acho difícil.
— Valder, não diga uma coisa dessas!
— Foi mal, mas conhecendo o jeito do Cruello..ele não é o tipo de pessoa que pede desculpas. Fora que ...
— Fora o quê?
   Valder se remexeu desconfortável na cadeira.

— Bom...pelo que você contou, você foi onde ele pediu pra não ir. E ele estava no trabalho dele, vendendo as roupas e tal...você brigou por algo que não precisava...
— Vai jogar na minha cara que eu fui enxerida??? Eu fiquei brava e indignada! Estava sozinha na festa com um monte de gente esnobe, Scarlet estava ocupada demais tentando flertar com um dos filhos do sheik e o Cruello simplesmente desapareceu se preocupando unicamente com o sheik, a ex-peguete coroa dele e a chance de ganhar ainda mais dinheiro! É só nisso que ele pensa!
— O Cruello estava trabalhando no leilão de peles e pelo que contou, você estava quase surtando lá, na frente de gente poderosa!
— Gente poderosa e desalmada! Comércio de peles é ilegal e cruel!
—  Eu sei mas aquela gente não liga pra isso! Eles são ricos! E se você irritasse o sheik?!
— Eu sei que ele é seu patrão mas não o defenda, Valder!! Eu não estava surtando!! Como pode falar isso de mim?!
— Eu sei o quanto o Cruello tem falhas, mas na situação temos que tentar aguentar e colocar máscaras...Igraine..ali no leilão estavam investidores importantes, se eles fossem ofendidos ou destratados poderiam tirar o investimento que fazem na Devil's ou até fazer uma reclamação publicamente, tentando difamar a empresa.
— Ele estava vestindo uma pele de tigre parecendo bem feliz em se mostrar para aquelas pessoas e lucrar com a morte de vários animais inocentes!
— Igraine... - Nanny retomou sua atenção. - Eu entendo sua indignação e revolta pelo tal leilão de peles afinal nós sabemos que é uma crueldade e algo que você abomina mas...o maior motivo de sua raiva não foi isso, não é?
— Ele queria que eu usasse as roupas que ele queria, que agisse como ele agia... que perdesse minha essência! Cruello nunca se importou de eu ser eu mesma! Não sei porque ele quis ficar comigo sendo que não queria que eu fosse o que eu sou e sim o que ele queria que eu devesse ser! Foi praticamente isso que ele me disse!

Os dois continuaram observando-a.


— E quando eu disse isso para ele, ele disse que eu tinha que mudar... aí, eu gritei com ele, que ele não era carinhoso... que eu queria atenção. Aí gritei com ele de novo, disse que estava cansada e que ele não entendia nada de perder as coisas e...ele jogou uma caixinha no chão.
— Caixinha? - indagou Nanny e Valder tirou-a disfarçadamente do bolso. - Han...
— É...bem...era arriscado deixar lá...vai que algum empregado entrasse e...bom... vou deixar aqui. - ele colocou sobre o aparador.

Nanny se levantou e pegou a caixa com a joia.


— Igraine... - ela murmurou olhando a joia. - Pelo que você contou, o que você disse mesmo á ele pouco antes de ele dizer que queria terminar e jogar isso?
— Ele disse que eu não sabia de nada! - Igraine sentiu a raiva e a dor se misturarem. - Para ele eu nunca sei de nada, porque ele sempre acha que está certo, que tudo o que faz não pode ser contestado!
— Ele sabe que eu o amo e na primeira oportunidade, na primeira vez que eu digo não á exigências dele, ele simplesmente me descarta! - ela arrancou a caixa da mão de Nanny. - Pra ele foi muito fácil acabar com tudo! Simplesmente pegou isso e jogou em mim! Falando só “cansei". Depois dessa, vocês acham que eu deveria ficar como?! Ser compreensiva com ele?!
— ...ele te deu um anel...
— Foda-se o anel! De que adianta me dar presentes sendo que no fundo não gosta de como eu sou e fica querendo me mudar?! Se ele acha que eu não sou digna de ficar ao lado dele sendo como sou, então ele que procure uma modelo fabricada e gananciosa!  Eu estou cansada de seguir as ordens dos outros. Meus avós podiam mandar em mim, mas o Cruello não! Ele tem que me aceitar do jeito que eu sou! 
— Bom, acho que o que você precisa agora é descansar e esfriar a cabeça. - Nanny se levantou e Valder fez o mesmo. - Hoje foi um dia e uma noite em tanto para você. Logo Cruello irá vir falar com você.
— Ele não virá Nanny... ele não virá - ela fechou a caixinha e colocou sobre a escrivaninha.
— Ora confie no que eu digo. Agora tente descansar, minha querida.

  Nanny fechou a porta e seguiu com Valder em direção á cozinha.


— E então...- Nanny sussurrou. - Como Cruello agiu quando pediu para você trazê-la pra cá?
— Confesso que nunca vi o Cruello com aquela cara, ele tentou disfarçar, mas... dava para ver que alguma coisa estava errada. Cruello estava com o cabelo desarrumado...e bem... nunca o vi assim. Ele estava bem satisfeito e empolgado como  desfile e para no final ficar com aquela cara que ele fez quando me mandou trazê-la pra cá...acho que foi algo que tocou lá no fundo dele.
— Acho que os dois explodiram sem necessidade...e só eles podem se resolver. O problema maior é...qual deles irá dar o braço a torcer? Pelo que Igraine me contou, ele errou mas ela também errou, ainda que não admita.
— ...verdade....bom, eu vou indo.
— De jeito nenhum! Já é madrugada, fique aqui e vá embora de manhã.
— Nada de "mas”! Eu já estou com a cama arrumada e duvido que Igraine saia do quarto dela tão cedo.
— Hãn...certo... - ele sorriu sem jeito.

~*~

  Mas ele não pediu desculpas, tampouco procurou saber como ela estava. Nenhuma ligação, nenhuma mensagem.
  Igraine checava todos os dias as redes sociais, mas não havia nenhuma atualização significativa. Cruello apenas compartilhava ou curtia alguma foto ou matéria elogiando a festa e o desfile da Devil’s e mais nada. Nenhuma indireta ou mudança de status.

  No primeiro dia após o ocorrido, Igraine quis se isolar de tudo e todos. Passara o  dia inteiro no quarto, chorando e dormindo e nem mesmo o carinho de seus mascotes foram o suficiente para melhorar seu humor, mas pelo menos lhe deram algum conforto. Nanny contara o ocorrido á Yumie que mesmo chocada com a situação, respeitou o isolamento da amiga e não exigiu sua presença na ONG.

  Os dias foram passando e Igraine percebeu que precisava se mexer. Continuou olhando todas as redes sociais e verificava constantemente o celular na vã esperança de que Cruello entrasse em contato. A tristeza foi dando lugar á frustração e no quarto dia, Igraine já estava – ainda que pensar nisso doesse seu coração e lhe fizesse ter vontade de chorar  – visivelmente melhor.
  Era final de tarde e ela estava terminando de ajeitar em um quartinho,  as rações e acessórios doados por voluntários para a ONG quando Yumie surgiu, carregando uma caixa.

— Essa aqui é a última. Nossa, hoje cansei!  Quero férias! O que acha de pegarmos um fim de semana para irmos na fazenda dos seus avós? Sei que estou me auto convidando mas você sabe que eu adoro lá! Em todas as vezes que fui, voltei revigorada!
— É...pode ser...
— Igraine...como você está se sentindo?
— ...eu estou bem! Só bastante ocupada mas não tem pro...
— Você não tentou falar com o Cruello?
— ...não.
— E não pensa em conversar com ele?
— ...por quê?! Foi ele quem quis ter-terminar comigo! Primeiro, ele tenta me moldar como uma boneca no que ele acha que vai ser o melhor para mim  tentando sempre me deixar o mais apresentável possível para as pessoas com as quais ele realmente se importa! Depois mente para mim e descubro que ele está fazendo um leilão com casacos e acessórios de peles! Nunca vou esquecer aquela sensação que senti quando vi Cruello vestindo o casaco de tigre albino e parecendo muito orgulhoso disso!
— ...eu imagino o quão pode ter sido mas...você disse que quando discutiram ele estava para lhe dar um anel.
— E daí?! – os olhos de Igraine marejaram. – Na certa ele queria fazer alguma demonstração na frente das câmeras, por puro marketing!
— ...sério que você acha isso?
— Se não fosse ele não teria jogado a caixa no chão daquela maneira! Você tinha que ver,..na hora fiquei em choque mas depois percebi. Ele nem ligou, pra ele foi super fácil terminar comigo, pouco importa o anel! Afinal, ele é rico como gosta de lembrar sempre! Eu não tenho que ficar correndo atrás dele posso ter me apaixonado mas não sou uma idiota que fica rastejando por homem!
— Certo, certo...não está mais aqui quem falou. Mas e a situação? Como vai ficar?
— Não sei! Nem quero pensar nisso! Yumie, você  é a pessoa que não se prende a relacionamentos! Me ajude a sair dessa fossa emocional e não fazer eu me manter nela!
— ....mesmo que eu te apresentasse outros caras, nenhum deles chegaria no nível do Cruello! Fora que homem bonito e hétero está em falta ultimamente.
— ...isso é verdade. Maldito Cruello! Canalha metido, sem coração! Sem caráter! Nem para mandar uma mensagem, nunca admite os próprios erros! Arrogante, egoísta! Droga! Droga!
— Pare de chutar os sacos de ração...

   Igraine chutou o saco com tanta força que ele se rompeu. Ao perceber o olhar inquisidor de Yumie, ela estremeceu.

— É...eu...eu...desculpa, vou arrumar isso.
— Se quer tanto esquecê-lo, pare de ficar vendo se tem alguma mensagem ou notificação dele de cinco em cinco minutos. E descarregar sua raiva em objetos e comida de cachorro não vai resolver a situação.
— ...mas pelo menos me acalma.. – ela se baixou para juntar a ração que se espalhara - Cruello idiota...

~*~

Por que e deixei isso tudo acontecer comigo?! Por que não aprendi após todos estes anos que eu não devo me apegar?
Porque eu não presto. Eu sou um merda, afinal.

   Cruello Devil olhou para o uísque dentro do copo antes de sorvê-lo todo em um único gole. Tornou a encher o copo e bateu a garrafa com um pouco mais de força na mesa.

— FILHO DA PUTA!!
  Cruello jogou o copo contra a parede seguido pela garrafa de uísque. O ruído do vidro espatifando foi seco e não satisfeito, ele começou a jogar tudo que estava sobre a mesa. Só se deteve no computador porque sua consciência o lembrou de que teria alto prejuízo se quebrasse tal peça. Em compensação, levantou-se e jogou violentamente a poltrona por cima da mesa, fazendo-a bater na parede e riscar a pintura. Voltou sua raiva para a prateleira de livros e arquivos, jogando-os no chão enquanto gritava com raiva.
  Olhou desvairado ao redor, procurando mais alguma coisa para lançar. Levou as mãos aos cabelos, puxando-os para trás com força e respirou pesadamente.

Imbecil.

  Era isso que ele era. Era isso que Cruella Devil diria se viesse o estado emocional em que se encontrava. Não acreditava como poderia ter chegado a esse ponto. Logo ele, Cruello Devil, famoso por ser um grande pegador, orgulhoso e convencido, isento de baboseiras sentimentais parvas agora estava naquele estado.

Bom, ao menos estava conseguindo disfarçar isso muito bem perante á mídia e os funcionários. Isso era importante. Muito importante. Se a mídia soubesse, seria o caos...e o mesmo valia para os funcionários. Conhecia bem todos eles: o que tinham de talentosos, tinham de fofoqueiros.

Olhou para o escritório repleto de coisas quebradas no chão e suspirou.
Batidas na porta que logo foi aberta, surgindo Scarlet e atrás dela vinha Alfred, carregando algumas pastas. Ele virou-se na direção da janela, observando o tempo nublado.
    Que merda. Todos os dias eram iguais.
   Scarlet e Alfred observaram a destruição na sala e trocaram um rápido olhar.

— O que tiverem de entregar, deixem aí que depois eu resolvo.
— ...a bagunça na sala também? – perguntou Scarlet fitando as costas do rapaz.
— Pedirei que a faxineira venha e ajeite isso aqui.
— Para ela sair fofocando sobre o que poderia ter acontecido e os rumores começarem a aparecer? Já faz quase sete dias que você não posta nada de novo em suas redes sociais e tampouco comparece em qualquer reunião ou convite casual de investidores e conhecidos. Tudo bem que podemos utilizar a desculpa de um “recesso” pós-desfile mas isso não pode durar muito dias. Você precisa voltar á ativa não apenas vindo e saindo daqui sem quase falar com ninguém e destruindo a sala ocasionalmente. As pessoas começarão a suspeitar sobre o que aconteceu.
— ...as pessoas....sempre “as pessoas”... – ele se virou. – Afinal, por que nos preocupamos tanto com o que os outros vão pensar e especular?
— Você sabe que é assim, não vai me voltar com crise de consciência agora, depois de todos esses anos?
— Não! Mas...
— Mas chega! – Scarlet se aproximou. – Você sabia que não seria fácil, você se tornou uma pessoa muito diferente desde que se tornou Cruello Devil mas isso agora é parte de você!
— Então eu devo seguir de boas, como se nada tivesse acontecido?
— Sim. Nas outras vezes você fez isso! Essa vez pode ser difícil, mas você consegue!
—  Ah!! – Cruello caminhou pela sala. – Desde que o desfile aconteceu, não tive um momento para pensar! Só havia trabalho, responsabilidade, metas, transações, entrevistas, acordos, supervisão, CONTROLE! Eu não aguento mais! Estou há quase duas semanas vestindo uma máscara maior do que a que vesti quase toda a minha vida!
— Por isso não pode fraquejar agora! Senão todos irão perceber e...
— Sinceramente? Eu estou cansado!

 Então, Scarlet e Alfred perceberam algo em Cruello que ambos pensaram nunca chegarem a ver novamente. Mas ao notar, o rapaz rapidamente se recompôs, passando a mão no rosto e voltando-se para a janela.

— Quero ficar sozinho aqui, tenho trabalho para fazer. E fiquem tranquilos, isso já está passando! – ele mantinha os braços cruzados. – Vida que segue e tenho muito mais coisas na Devil’s para lidar do que ficar remoendo bobagem! Eu sou um Devil!
— ...você não falou mais com ela desde aquele dia.
— O que isso importa?! – ele se virou diante da afirmação de Alfred. – Por que eu deveria falar com ela?! Não foi o culpado! ELA É QUEM DEVERIA VIR FALAR COMIGO! Ela que quase deu um showzinho politicamente correto durante o leilão com aquela coisa de crueldade com animais e por pouco não ofendeu o sheik, quase comprometendo meu trabalho! Depois ela começou com todo aquele papo de eu querer transformá-la no que eu acho que ela deveria ser! Ela não enxerga que eu estava fazendo isso para ajudá-la a não ter que ser criticada e alfinetada pela alta sociedade e pela mídia fashionista?! É uma ingrata, isso sim!

— ...não querendo me meter mas já me metendo...- Alfred se pronunciou. – Para ela sendo do jeito que é, deve ser difícil aguentar toda essa pressão e se adaptar. Nós três aqui sabemos bem como é isso, não foi fácil pra gente mesmo você já tendo sido criado no meio disso e a Scarlet sempre tendo vontade de mudar...mas tipo, eu até hoje lembro bem o que eu senti....
— Você ainda sofre por conta daquele seu cabelo ensebado?!
— Não era cabelo ensebado! Ele era muito bem tratado e vendi ele há um bom preço mas mesmo assim o valor sentimental não se perde!
—  Você só teve que cortar o cabelo e entrar em uma academia pra ganhar músculo! E eu que tive que ter que entrar em dieta rigorosa, colocar silicone e começar a adorar o estilo de vida que eu vivia criticando e me enchendo de responsabilidades?!
— Ei! – Cruello se aproximou. – Vocês vão começar a jogar na cara que eu sou escroto que obriguei vocês a se tornarem o que eu achei que era o melhor para se tornarem e viverem essa vida junto comigo?! Vão alegar que eu fiz em você o que tentei fazer em Igraine, de moldá-la no que eu esperava que ela pudesse se tornar para ser aprovada pela alta sociedade?!
— Eu mudei porque eu quis! Alfred mudou porque quis!
— Vocês no fundo também acham que receber a responsabilidade de herdar a Devil’s  DO NADA tenha sido motivo de alegria para mim?! Se pudesse eu tacava o foda-se pra tudo isso naquela época...o problema é que agora... mesmo que eu não adore, eu gosto!  Me acostumei e me dei bem nisso! É errado eu ter me adaptado?! É errado eu querer vender os casacos e acessórios de Cruella Devil?! É errado eu tentar fazer com que uma pessoa enxergue o potencial que ela própria não enxerga em si?!
—  Não! Então fale isso pra ela!
— Eu falei! Mas ela não entende! Ela que fique lá pagando de defensora e continuando a achar que não tem atrativos! Eu sou muito bom, não tenho que ficar me rebaixando e me preocupando com isso!

   Scarlet sentiu o próprio sangue ferver.
— Quer saber?! Você está pistolando todos esses dias por birra! Liga pra ela, vai na choupana que ela chama de casa e resolva essa situação!
— Porque eu deveria ir? A culpa não é minha!
— Porque nesses dias você está mais insuportável do que normalmente é!! Fica fechado aqui o dia todo, mal olha pras pessoas e está com um mau humor pior do que drag com TPM!
— Tá incomodada, fofa?! Eu aturo seus TPMs todo mês há mais de dez anos!
— Não vem com ironia pra cima de mim não que eu não sou sua camponesa com tranças de ordenhadora de vacas! Quem mandou você se apaixonar?
— Eu não me apaixonei!
— Se não tivesse se apaixonado não estaria assim!
— Não estou apaixonado!
— Se não estivesse, no segundo dia já estava indo para as boates GLS  passando o rodo em geral enquanto enchia a cara com bebida cara e gritava que era o putão do rolê.
— Eu pensei que você iria me defender, Alfred!  
— Por mais que eu deteste admitir, eu acho que a caipira está certa em não entrar em contato com você. - rosnou Scarlet.
— COMO ISSO?! Eu sou Cruello Devil! Não há motivos para ela achar que eu tenho de ficar correndo atrás dela, pedindo desculpas por algo que não errei! Sou empresário, tenho que agir como tal!  Tinha muito a ganhar e lógico que não vou perder a oportunidade e além do mais aqueles bichos já estavam mortos há anos! Melhor do que deixar aquilo apodrecer, é ganhar dinheiro com isso! E se Igraine não quer se tornar uma pessoa realmente bafônica, é ela quem está perdendo!
— Esse é o motivo. – Scarlet apontou para ele. -  Você se tornou o tipo de pessoa que se acha sempre certa. E não é todo mundo que vai te aguentar, na verdade a quantidade de gente que te aguenta está bem limitada.
— Não me importo!
— ...mesmo se for alguém que você gosta?
— Pode ir parando de querer bancar a psicóloga, Scarlet! Tá querendo que eu reate com a Igraine por quê?! Você mesma vivia dizendo o quanto ela era um estorvo que só dava trabalho e ferrava com seus planejamentos!
— Ah quer saber?! Não vou perder mais meu tempo! Fique aí dando seus pitis, se achando o ser supremo que está sempre certo! Depois que a mídia e Patrick Star forem entulhar Igraine de perguntas sobre o fim do relacionamento de vocês, aguente as consequências! – ralhou a morena. – Vamos embora, Alfred. Deixe ele aí sofrendo e se lamentando porque terminou com a namoradinha.
— Eu não estou sofrendo nem lamentando! Estou pouco me lixando para ela! Ela que fez a merda, ela que venha me pedir desculpas ou que se foda!

  Assim que Alfred e Scarlet saíram do escritório fechando a porta atrás de si, Cruello lançou um enfreite contra mesma, que ao choque se espatifou em cacos no chão.
— Sou Cruello Devil não preciso ficar correndo atrás de ninguém! NINGUÉM!

~*~

 
   Sete dias haviam se passado. E  nenhuma mensagem.
  Igraine cansara de chorar, acatara a sugestão de Yumie e se focara no trabalho da ONG. Incrível como conviver com animais tinha um efeito fantástico em seu humor e saúde emocional. Ainda mais com a chegada do novo voluntário e os preparativos para reintegrar á natureza, a raposa resgatada. Fora a chegada de duas ninhadas de gatinhos e a ideia de Yumie de organizar um dia para um evento de adoção consciente na ONG.

    Por conta disso,  embora fizesse as coisas quase que mecanicamente para não pensar Nele, sentia um peso constante no coração e quando tencionava descansar, acabava por reviver a discussão até o ponto que começou a perceber que talvez devesse ignorar seu cérebro e seguir seu coração mas um orgulho birrento que ela não sabia que tinha, sobrepujava isso e quando percebeu, a semana já passara. Até porque, Cruello Devil sempre deixava claro o quanto ele era bom e desejado e logo, ela não faria qualquer falta na vida dele que não pudesse ser substituída. Esse pensamento fazia seus olhos lacrimejarem e ela logo pensava em todas as vezes que se irritara com ele a fim de não começar a chorar por ele.

     Estava tentada em acatar a sugestão de Nanny de usar o final de semana seguinte para ficar com os avós na fazenda. Uma mudança de ares era sempre bom. Olhou para o celular sobre a mesa e verificou as notificações. Nada.


— Sou mesmo uma idiota.

   Terminou de arrumar sua bolsa e colocou-a no ombro.
   Acariciou Furacão, Mimo, DoisTons e Golias (que devoravam suas rações no pratinho) e lembrou-se de pegar a marmita que Nanny deixara preparada em sua bolsinha térmica.

Certo. Estava pronta para mais um dia na ONG, longe de qualquer pensamento Nele. Quanto menos pensasse, menos sentiria.


— Tchau crianças, mamãe volta logo!

 Atravessou a sala e quando abriu a porta, não conseguiu conter um grito de susto, derrubando ambas bolsas. Ali, á sua frente, parecendo surpreso e como se estivesse prestes a tocar a campainha, estava Cuello Devil.


— O que faz aqui?! – ela exclamou, mais alto do que pensara.

Ele percebeu que ela estava abatida mas fora isso parecia bem.  Talvez ficar longe de um Devil fizesse mais bem do que mal, afinal.


— Será que... - ele começou. – Podemos...conversar um pouco?

~*~


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Notas finais do capítulo

Oi gente! Por favor, não me taquem pedras!
Terminei o capítulo aqui mas porque foi necessário. Esse cappie foi difícil de escrever e quero pedir desculpas se ele não tiver ficado muito bom, procurei dar o meu melhor nele mas eu mesma não estava nos meus melhores estados nesses últimos tempos. Começo de ano é sempre complicado, a crise tá aí e ficamos tentando replanejar muitos projetos e rever muitas coisas.
Quero agradecer imensamente á minha amiga Hime por me ajudar com algumas partes da história, sem ela acho que eu não conseguiria escrever. Obrigada!
Bom, o que será que vai rolar agora? Cruello e Igraine tendo a primeira DR! Será que vão ser capazes de se explicar, se desculpar e reatar? Ou simplesmente vão se separar ou “dar um tempo”?
Bom, enquanto o novo capítulo não chega, convido você a conhecer a fic High School Disney, uma história de comédia onde todos os personagens da Disney vivem dramas da vida adolescente e o melhor...tem Cruello lá também!



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