Broken Crown. escrita por Paula Greene


Capítulo 7
Capitulo 7 - Get Back.


Notas iniciais do capítulo

- Bom, eu devia ter avisado isso antes, mas essa fic foi dividida em duas partes. Uma vocês já leram que foi quando elas se conheceram e a caçada ao lobo. Essa é uma nova parte que se inicia, muitos anos se passaram Regina esta infeliz e Emma volta a floresta encantada com Killian e Tinker Bell.
— Robert é um tirano odiado.
— Muitas coisas acontecem nesse cap, se eu fosse escrever tudo o que eu tinha na minha cabeça ia ficar muito grande e sem sentido por isso eu meio que resumi, pois o foco é Swan Queen não é mesmo?

— E uma ultima coisinha, no ultimo cap o lobo era realmente Ruby, ok? Eu achei que tinha deixado subentendido, mas enfim, e a garota que ela atacou e que Emma salvou era a Belle, mas eu esqueci de dizer kk'

— Beijos e aproveitem.



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O garoto veio ao mundo do mesmo modo que a mãe havia passado os últimos nove meses, chorando. Diferente dela, que não tinha nada ao que se apoiar o choro do menino cessou quando a mão o amparou em seus braços.

– Majestade, é um lindo menino.

Regina o abraçou, suas lágrimas se misturavam ao suor, mas nada importava naquele momento ela finalmente ganhara algo pelo que viver.

Robin ficara ao lado dela o tempo todo, mas ela tinha certeza de que era somente para se garantir que nasceria um menino. Era tudo o que ele queria e ele só falava a respeito disso.

– Deixe-me pegá-lo.

Ele não esperou que Regina dissesse nada e tomou o menino dos braços dela.

– Qual é o nome, majestade? – O parteiro perguntou com um olhar gentil. Robin ficou desconfiado quando lhe disseram que seria um homem a trazer seu filho ao mundo, mas se tranquilizou quando conheceu o homem. Regina nunca soube o que eles conversaram, mas depois daquele dia passou a não confiar nele. Ele tinha um jeito simpático e sempre a tratava bem, mas as pessoas cochichavam a respeito dele e diziam que ele mexia com coisas ruins, bruxaria, feitiçaria, mas ninguém discordava de que era o melhor parteiro que existia naquela região e por isso Regina deixou de lado todas as suas cismas e permitiu que o homem fizesse seu trabalho.

– Roland.

– Henry.

Regina e Robin falaram ao mesmo tempo. O rei sabia que aquela era um batalha perdida, pois todos que estavam no quarto suspiraram quando ouviram o nome do falecido rei inclusive o parteiro que lançou um olhar complacente ao novo rei.

– Henry. – Ele repetiu a contragosto. – Que seja.

Robin já ia devolver Henry para a mãe quando viu algo de que não gostou.

– O que é isso? – Perguntou sem se preocupar em esconder a irritação.

– Robin?

Ele segurou o menino desajeitadamente e a criança começou a chorar, com a mão livre ele segurou o colarinho do parteiro e quase ergueu o pequeno homem do chão.

– O que você fez?

– É uma marca de nascença, vossa graça, não é uma anormalidade. – O homem disse ainda com um sorriso estranho no rosto. – É provável que tenha herdado da mão ou do pai ou talvez de nenhum.

Robin estava furioso, mas a explicação do homem o acalmou o suficiente para que ele deixasse o assunto para outro dia. Devolveu o menino para Regina e se retirou todo aquele drama já tinha sido o suficiente para uma noite.

Regina foi procurar aquilo que havia sido motivo da irritação de Robin e começou a chorar instantaneamente. No punho esquerdo do garoto uma marca escura pequena, mas grande o suficiente para ser identificada. Uma flor perfeitamente desenhada como se fosse uma tatuagem.

O homem, o parteiro sorria pra ela como se pudesse ler seus pensamentos.

– Nunca sabemos de que forma o passado pode vir nos assombrar, não é mesmo? – Perguntou ele se levantando.

– Do que esta falando? – Regina só então percebeu que eles eram os únicos no quarto.

– Você sabe do que eu estou falando.

Regina o encarou sem forças. Lágrimas molhavam sua face e ela sentiu que não poderia lidar com aquilo naquela hora, não quando tinha acabado de dar a luz.

– O seu rei veio até mim com ameaças. – O homem caminhou pelo quarto se certificando de que as janelas e as portas estivessem trancadas.

– Então puna a ele e não a mim.

– Ah sim, eu irei, com o tempo você verá. Mas as ameaças não eram contra mim. Eu me pergunto como um homem como ele pode querer ameaçar a rainha e o pequeno príncipe sabendo que o povo os idolatra, sabendo que nunca o amarão como rei.

Regina escutava com atenção, temia por sua vida, mas agora mais do que nunca temia pela vida de seu filho recém nascido. Soube no momento em que se casou com Robert que ele não a faria feliz, mas com o tempo ele foi mostrando que mais do que isso, ele a faria sofrer e agora ameaçava matá-la.

– Veja, vai chegar um dia em que eu precisarei de sua ajuda. – Ele disse caminhando de um jeito não muito normal. – E eu preciso que você e seu filho vivam para isso.

– Qualquer coisa que você quiser se puder nos manter a salvo. – Ela murmurou sentindo sãs forças restantes a deixarem.

– Qualquer coisa? É um acordo?

– Sim.

A escuridão a engoliu e podia jurar que a ultima coisa que viu foi o homenzinho desaparecendo em fumaça roxa.

***

Onze anos depois...

Henry corria apressado pela estrada de chão que ia até o porto da cidade com Grace em seus calcanhares.

– Anda Grace ou iremos perder.

A garota tentava acompanhar e mesmo já sendo mais alta que ele era difícil correr como o garoto.

– Sua mãe vai nos matar.

– Não vai se não descobrir.

Regina havia proibido Henry de ir até o porto, pois sabia o quando Robin ficava violento quando percebia que o garoto estava por ai brincando em vez de estar treinando.

O garoto nunca obedecia, é claro, odiava ter que ficar estudando e treinando enquanto podia sair por ai e viver as suas próprias aventuras e isso era ainda melhor com Grace que era sua melhor amiga. O pai de Grace trabalhava para o reino e por isso toda vez que ele viajava ela ficava com eles, era quase como uma irmã para ele.

Aquele era um dia muito especial para ambos. O pai de Grace, Jefferson sempre que voltava de suas viagens trazia histórias de aventuras. Algumas pareciam muito fantasiosas, mas tinha uma que Henry sempre adorava ouvir e sabia que mais de noventa por cento era verdade. Era quando Jefferson contava histórias sobre o pirata e a salvadora. Henry sabia que eles eram reais, pois Jefferson lhes contara que já os conhecera pessoalmente e que a garota já tinha estado ali naquele reino e que tinha sido amiga de sua mãe e que juntas mataram um lobisomem. Quando Henry perguntou sobre isso a sua mãe ela ficou triste e lhe pediu que nunca mais tocasse no assunto.

Mas o que fazia daquele dia tão especial era que os dois, o pirata e a salvadora estavam retornando a cidade depois de tantos anos fora. Não sabiam os motivos, mas sabiam que queria olhá-los de perto para saber se eram realmente tudo aquilo que imaginavam ou que contavam as histórias. Se tivesse sorte de poder chegar perto deles Henry desejava poder pedir que lhes contasse uma de suas aventuras.

Ao chegarem ao porto puderam ver ao longe o estandarte que o navio trazia. Um gancho e uma flor extremamente familiar.

– Henry... – Grace chamou. – Aquele não é...

– Sim. – Henry disse puxando a manga da camisa e reconhecendo a marca que carregava desde o dia que nascera como sendo também a marca da salvadora. – É igual.

***

O navio atracou e uma multidão de pessoas se reuniu para recebê-los. Emma estava nervosa de voltar aquele lugar, durante onze anos esteve se impedindo de fazer isso, mas a hora finalmente chegou. Killian observava a multidão, muito mal humorado, ele gostava do ouro, mas detestava os fãs. Trazia no ombro a fada verde que brilhava balançando as asas e sorria para as pessoas que a olhavam admiradas. A maioria nunca havia visto uma fada na vida e morria de vontade de fazer um pedido, mas Killian se certificava de que ninguém chegasse perto da sua fada de estimação. Emma sorriu para algumas pessoas, mas admitia também não gostar daquilo preferia quando era só uma caçadora de recompensas reconhecida, agora era uma heroína famosa. Os pais contavam suas aventuras para seus filhos e ela se sentia de certa forma culpada, pois todas as suas histórias eram adulteradas. Emma e Killian na verdade eram piratas que rodavam o mundo roubando e enganando. Todas as suas aventuras eram fajutas e eles se aproveitavam da fama que tinham para tirar dinheiro das pessoas. Dinheiro esse que eles gastavam em bordéis, tabernas e jogos.

Foram descendo as escadas do Jolly Rogers se preparando para toda a encenação e Emma viu a multidão se abrir para que um garotinho e uma garota pudessem passar.

– Esse ai deve ser um lorde. – Killian disse observando as roupas do garoto e a forma como as pessoas recuavam quando ela passava. – Faça o seu trabalho. – Disse para fada que logo voou em direção ao garoto, mas ele a ignorou completamente.

Emma e Killian terminaram de descer as escadas e esperaram que o garoto se aproximasse.

Ele os encarou com curiosidade, seus olhos escuros lembravam muito sentimentos que Emma escondia dentro de seu coração. Não era só isso, tudo nele lembrava algo, seus cabelos escuros, a expressão inocente e quando ele estava bem perto Emma não teve duvidas de quem ele era, pois ele era realmente muito parecido com ela.

– Não um lorde, um príncipe.

Killian logo se adiantou para o garoto, os garotos sempre gostavam dele e pediam para experimentarem seu gancho, mas também foi ignorado. Emma não pode deixar de sorrir.

– Você é a salvadora? – O garoto perguntou sem fôlego.

– Sim. – Ela estendeu a mão para ele. – Emma Swan.

– Eu queria saber... – Ele começou e foi cutucado por Grace, mas a ignorou. – Porque seu símbolo é aquela flor.

Grace começou a mexer no ombro dele, mas ele só a empurrou, irritado.

– Ah, aquilo. – Emma não escondeu a surpresa, ninguém nunca tinha de fato lhe perguntado isso. – Eu tenho uma marca de nascença...

Henry arregalou os olhos e já ia puxando as mangas para lhe mostrar a sua quando escutou o barulho da multidão atrás de si. Virou-se e entendeu o porquê de Grace estar tão agitada.

Um homem alto montava um cavalo negro e vestia uma roupa de linho vermelha cheia de pedras e linhas de ouro. No peito um arco e flecha brilhavam verdes. Usava uma coroa em cima dos cabelos castanhos e estava acompanhando de um grupo com mais ou menos quinze homens de armadura.

Emma logo o reconheceu. Rei Robert.

Ele desmontou e caminhou até onde Emma, Killian, Tinker, Henry e Grace estavam. O garoto se encolheu e Grace pareceu sumir meio as outras pessoas.

– Vá para casa. – Ele disse com a voz grossa e sem dizer nada o garoto começou a correr de volta para o castelo.

O rei olhou Emma com indiferença e fez o mesmo com Killian e Tinker, mas como se houvesse de repente se lembrado de algo voltou a encarar Emma com os olhos cerrados.

– Você... Esta de volta então.

– Estou.

Ele não ousaria dizer nada na frente de todo aquele povo então se limitou a mostrar aquele sorriso perfeito que Emma tanto odiava.

– Fique longe de encrencas por aqui senhorita Swan... Ou devo chamá-la Salvadora?

Emma logo sacou que o que ele quis dizer era para ela ficar longe da família dele.

– Não estou procurando por encrencas e o rei pode chamar-me como achar apropriado.

– Tenho certeza de que posso.

Ele murmurou com um olhar ameaçador e se retirou. Emma pode ver que as coisas tinham mudado muito por aqui, o rei era um tirano e as pessoas o temiam.

Mas é claro que aquilo não era problema dela, estava ali a negócios e realmente pretendia ficar longe, bem longe de Regina e sua família feliz.


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Notas finais do capítulo

PS: Jon Snow esta muito furioso com os reviews de vocês, beijos.