Broken Crown. escrita por Paula Greene


Capítulo 14
Capitulo 14 - The Portal.


Notas iniciais do capítulo

- Veremos se Regina sobrevive ou não.
— O que aconteceu com a Belle?
— Robin morreu mesmo?
— Como Henry vai reagir?



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Belle escutava tudo acontecer amarrada e amordaçada no porão do navio tendo como guarda somente a pequena fadinha que estava inquieta batendo as asas de um lado para o outro, decidiu que estaria melhor ali depois de ver a cabeça de um homem ser arrancada de seu corpo. Quando embarcou naquele navio com Killian e Emma, Tinker não imaginava que veria aquele tipo de coisa, mas o que podia esperar de piratas? Era aquilo que eles eram e nunca mudariam, principalmente Jones que só se importava com ele mesmo.

Belle fez um barulho abafado indicando que queria falar alguma coisa, mas a fada não lhe deu atenção precisou insistir muito para conseguir que a garota lhe tirasse o pano da boca.

– Eu sei por que estou aqui, você precisa me deixar ir. – Disse suplicante.

Tinker Bell somente suspirou e já ia voltar a por a mordaça nela.

– Ruby já deve ter sentido a minha falta, ela irá trazer os guardas até vocês.

– Os guardas já estão aqui, você não esta ouvindo? Tudo isso acaba hoje. – Tinker disse, adorava fazer com que os outros parecessem bobos. – E outra, não tem como a sua amiga saber que era Killian e Emma naquelas roupas.

Belle deu um sorrisinho irônico.

– Tenha certeza de que ela sabe.

Tinker serrou os olhos para garota misteriosa, mesmo que aquilo fosse verdade o que ela poderia fazer? Se Ruby chamasse os guardas, quais as chances de acreditarem nela? E pela batalha que era travada ali em cima dificilmente o capitão iria querer ficar mais um instante se quer naquele reino para ser perseguido. Ruby não podia fazer nada, podia?

***

Emma largou a espada e correu para o lado de Regina. Henry estava agachado junto a ela chorando em desespero, o menino apertava a mão da mãe lhe pedindo que acordasse. A pele da rainha estava pálida e fria quando Emma a tocou e então a loira se juntou ao menino chorando.

– Rumpelstiltskin. – Henry murmurou em meio a lágrimas.

Emma levantou a cabeça, mas não entendia o que o garoto dizia.

– Rumpelstiltskin. – Dessa vez ele gritou alto o suficiente para que todos que estavam ali pudessem ouvir.

No mesmo instante a criatura apareceu espalhando fumaça roxa, Emma procurou pela espada que infelizmente tinha largado pra trás, mas espadas não faltaram todos os piratas inclusive Killian apontaram as suas para o homem.

– Não. – Henry se levantou ficando na frente dele. – Eu o chamei.

Rumple olhou com admiração a imagem da rainha desacordada no colo da salvadora. Tentou se aproximar, mas espadas ainda bloqueavam seu caminho.

– Por favor. – Henry se ajoelhou na frente do homem, sua expressão era sofrida e lembrava muito outro garoto que ele abandonou uma vez. – Por favor, você pode salvá-la? Por favor.

– Eu... – O homem abaixou a espada do pirata com o dedo indicador, Emma o olhava com esperança nos olhos assim como o garoto. Ele se agachou onde as duas estavam analisando o ferimento de Regina. – Você esta com ela? – Ele sussurrou.

– No porão. – Emma falou sem desgrudar os olhos do que o homem fazia.

– Uma flecha envenenada. – Ele fez a flecha desaparecer, o ferimento estava escuro e feio. – Posso curar a ferida, mas não remover o veneno. Ela vai acordar, mas o veneno a matará mais cedo ou mais tarde.

– Não importa, faça. Eu encontrarei um antídoto. – Respondeu confiante.

Rumple pôs as duas mãos sobre o corpo de Regina.

– Eu tenho um preço.

– A garota está no porão eu já disse. – Emma falou irritada, temia que a cada segundo que perdessem as chances de Regina diminuíam.

– Ah não, pelo sequestro da princesa nós já fizemos um acordo e o que vocês pediram foi ouro e ouro vocês terão. – Emma o olhou incrédula, decidiu que odiava aquele homem desprezível com seus joguinhos e acordos.

– O que você quer? – Perguntou furiosa.

Rumple olhou em volta até seus olhos cruzarem com o do capitão. Ele deu um sorrisinho de lado admirando o gancho que deixará no rapaz.

– Quero os feijões.

Killian instintivamente levou a mão ao bolso do casaco, Emma o olhou como se perguntasse porque estava demorando tanto a entregar logo os feijões mágicos ao homem. Porque todos parecia demorar tanto a fazer qualquer coisa?

Mas Killian entendia o que aquilo significava para loira, jogou a pequena sacola para o homem quem a analisou sorrindo, o que irritava Emma mais ainda.

– Tic, tac capitão. – Ele riu. – Está feito.

Emma olhou para baixo e realmente a ferida no peito de Regina não existia mais, porém ela continuava pálida. Manchas escuras se espalhavam do local de onde a flecha estava antes.

– Agora... – Continuou ele. – Preciso ver a princesa...

A loira não lhe deu ouvidos, estava muito preocupada esperando que Regina acordasse. Killian guiou Rumpelstiltskin até o porão onde a fada esperava com Belle.

Rumple deu uma olhada nela com um belo sorriso no rosto, mas a garota se encolhia tentando se afastar dele, sua expressão era de medo e suplica. Tinker Bell que tinha o coração ainda bom se virou para não ver aquilo que acontecia quando o homem pegou a menina ainda amarrada e a arrastou para cima. Ela e Killian trocaram um olhar, o dela era de arrependimento, mas não o dele, o dele era sombrio e perdido.

– Killian? – Ela se transformou para sua forma humana. – Você esta bem?

– Eu não sei. – Respondeu ele sem muito animo. – Não sei o que esta acontecendo hoje, esse dia esta muito maluco pra mim.

Tinker passou a mão pelo ombro do rapaz e lhe deu um sorriso complacente. Os dois subiram juntos e virão que Regina acordava aos poucos.

As coisas aconteciam muito rapidamente. Regina se sentou e viu que Emma e Henry tinham os rostos molhados e vermelhos, viu o corpo de Robin sem a cabeça e viu a mancha em seu peito pelo buraco em sua roupa. Seu olhar se cruzou com o de Emma e tudo o que ela queria era beijá-la de uma vez, mas Henry estava ali e tinha mais alguma coisa acontecendo.

Rumple jogou um dos feijões na água e um portal começou a se abrir, Belle se debatia tentando se ver livre do homem, mas foi em vão. Com um empurrão certeiro ele a jogou dentro do portal e pulou logo atrás dela sem nem mesmo olhar para trás.

Um uivo alto e lamentoso chamou a atenção de todos e antes que pudessem se recuperar do que acabava de acontecer e antes de o portal se fechar o lobo gigante passou correndo por eles saltando de cima do navio para dentro do portal seguindo Rumple e Belle para Deus sabe onde.


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Notas finais do capítulo

Vejo vocês no próximo que é o meu favorito hehe.