Amor e Rivalidade escrita por Melissa Martins de Souza


Capítulo 6
Abandono


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!
Desculpem pelos erros...
Boa leitura!



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Pergunto ao meu irmão se ele não poderia livraria comigo hoje.Mas como todo lindo irmão diz...Não.Então resolvi ir sozinha.Saiu de casa e vou direto para a livraria mais próxima,entro me deparando com variados tipos de livros.Ando ate um que me chamou bastante atenção,tanto pelo seu nome e capa,o nome dele é Starters.Compro ele e pergunto ao moço do outro lado do balcão,onde é o banheiro,ele me guia ate lá e quando vou saindo sinto um puxão pela minha cintura,olho para o rosto.Peeta.Tinha que ser o Mellark.Sorriu,lembrando do Jantar de ontem.Ainda não estou acreditando que deixei Peeta excitado.Eu o afasto quando vejo a sua querida irmã entrar no local,ele não entende mas logo olha para Clove compreendendo o meu afastamento.Peeta vai ate a irmã,pelo que estou vendo,ela não pareceu muito convencida.Vejo sua figura se aproximar de mim.

– Eai Everdeen. – cumprimenta Clove.

– Ola Mellark.Veio comprar um livro de bruxas? – pergunto sorrindo.

– Esta falando comigo? – pergunta Clove erguendo a sobrancelha.

– Se a carapuça servir. – falo.

Peeta me olha e me lança um sorriso safado.Volto-me para Clove que estreita os olhos,olhando diretamente para o irmão.Aproveito a brecha e me afasto.

Ando ate a porta e sai do estabelecimento,vou ate a praça de alimentação e peço um suco,tomo ele e começo a dar voltas na praça.Ate que ouço um voz bem conhecida,estreito os olhos,chego mais perto do local de onde vem a voz.Caminho ate a arvore e me escondo,respiro fundo,pego o meu celular que vibra sem parar,atendo em seguida ouço a voz do meu irmão.

– Onde você esta? pergunta Finnick.

– Não posso falar agora! Me liga depois! Desculpe Finnick,mas tenho que desligar!

– Espera...

– Tenho que desliga! falo interrompendo-o.

– Não! É muito importante!...

Não dei oportunidade ao meu irmão,desliguei imediatamente o celular devolvendo o aparelho para o meu bolso.Espio atrás da árvore em que eu estou escondida e vejo Peeta e Clove conversando.Estreito os olhos...Eles estão falando de mim.Por que? Acho que não é um conversa...É uma disculção?

– Peeta! O que esta fazendo?! – pergunta Clove visivelmente irritada.

– Mas do que esta falando?! – pergunta Peeta confuso.

– Estou falando daqueles olhares estranho agora na livraria! – fala Clove estressada.

Ai meu Deus! Ela esta a ponto de descobrir! Mas é claro! Ela não é tão burra assim que não seja capas de ver o olhar que Peeta me lançou.Mas que santa inteligência,não é Peeta?! Passo a mão em meu rosto.Toma que ele seja esperto o suficiente para inventar algo plausível!

– Que olhares?! Me explica melhor,Clove!

– Isso não é de hoje,Peeta.Já percebi isso dês daquela festa dos Everdeen! Ai teve a entrevista,que a Everdeen falou que estava namorando o tal Hawthorne,você ficou todo estranho e depois dali,fui te procura e não te achei.Ontem foi o jantar em que vocês dois sumiram! E agora! Hoje na livraria! Peeta! – ela explode.

Ela descobriu! É agora! Claro é tão obviu! É só juntar as pesas,e é o que ela esta fazendo,juntando as pesas.Pela amor de Deus,Peeta! Se defenda agora!

– Você sabe que o que eu sinto por os Everdeen,é puro desprezo,não sabe?! Como pode fazer uma acusação dessas! Isso não faz sentido algum! Por que eu iria querer namorar um Everdeen! Você esta fazendo suposições falsas! – fala fingindo esta chateado com o que a irmã falou.

– De qualquer forma.Estou de olho em você Peeta Mellark!... – ela para e pensa – Pensando melhor,em vocês dois! Estou de olho! – avisa ela olhando em seus olhos.

Ótimo! Tudo que eu preciso agora,é de alguém me vigiando.Respiro fundo e me recomponho de um possível ataque de raiva!

– Fale o quanto você quiser! Mas não vai conseguir nada,Clove! Nada!

– Tudo bem! – fala ela levantado os braços no ar mostrando desistência – Se eu descobrir que você é ela estão...Vocês vão ver! Eu acabo com a careira dos dois! Só estou fazendo isso,pelo seu bem!

Antes que ele pudesse falar alguma coisa,ela sai do local o deixando sozinho.Engulo o seco.O que vamos fazer para nos vemos novamente?! Fico ali,observando Peeta no mesmo lugar,sem mexer um único músculo.Seu rosto não exibia nem sinal de desespero ao angustia,nada,absolutamente nada! "Vocês vão ver!" A ameaça de sua irmã ecoa em meu cérebro,ela quase nos pegou no banho ontem.Se nos não tomarmos cuidado,ela vai descobrir mesmo é vai nos entregar,é ai...Já era Katniss e Peeta namorando as escondidas.

Me afasto do local,quando começo a andar realmente sinto meu celular vibrar novamente,pego na expectativa de ser Finnick,mas não é.Atendo o telefone meio relutante.

– Por que você saiu daqui? pergunta de imediato.Sua voz esta calma e tranquila para quem estava discutido com a irmã.

– Não podemos nos arriscar agora,Peeta! respondo.

– Eu preciso ver você. sua voz agora esta urgente.

– Mas Peeta...

– Por favor! Eu preciso como nunca precisei antes na vida! ele pede.Não me sinto bem ouvindo sua voz de desespero.Mas ele tem que entender que não podemos nos ver agora.E eu tenho que dar um basta! Só por enquanto.Só ate a poeira abaixar.Não quero que Clove acabe com a careira do meu Peeta.Não me preocupo muito com a minha,pois nem tenho uma,mas com a de Peeta,eu não vou deixar que acabe por causa disso.Doí,mas vou ter que deixa-lo,só por enquanto.O silêncio se prolonga entre nos.

– Peeta,eu não posso mais fazer isso. respiro fundo.Sinto uma tensão se formar depois de minhas palavras.

– Não! Você disse que estava disposta...

– Peeta! Será melhor assim! Acredite! eu interrompo seu ataque de pânico.

– Você ouviu a conversa,não ouviu? pergunta nervoso.

– Isso não faz diferença! Esta ficando arriscado! Não podemos prosseguir com isso! E você sabe!

– Podemos sim!

– Não,não podemos!

– Não me deixei! pede ele mais desesperado do que o normal.

– Não me ligue mais!

– Por favor! Não! Não me deixei! Por favor! Eu preciso de você! Katniss!...

– Adeus Peeta.interrompo seu grito sentindo o desespero crescente em sua voz.

Foi melhor assim.Talvez seja melhor.Respiro fundo e começa a sair lágrimas de meus olhos.Vou para casa,tento inutilmente secar as lágrimas que caem desesperadamente de meus olhos.Assim que entro em casa corro pro banheiro,abro a torneira e lavo meu rosto.Encaro o espelho vendo meu reflexo nele.Eu estou horrível! Meu rosto esta inchado,meus olhos vermelhos.Aparentemente parece que eu estava a dias sem dormir.Abro a torneira novamente e lavo meu rosto.Saiu do banheiro e vou para o meu quarto.Tranco e me jogo na cama,soco o travesseiro com raiva,solto vários gritos fortes e agoniados.Debato-me na cama igual uma louca,levanto do colchão e pego qualquer coisa que tem ao meu lado e jogo com total força na parede...Vejo o vidro se chocar contra a parede,os cacos se espalham por todo o quarto,me aproximo para ver o que eu tinha jogado.É a foto da minha família,Finnick e eu brincando em um parque cheio de lama na chuva,e meus pais loucos da vida tentando tirar nos da terra molhada.Começo a soluçar,ouço o barulho da porta se abrir mas não me movo,continuo a fitar a foto no chão.De repente,começo a me sentir completamente zonza,ate que não vejo mais nada.A única que vem a minha mente é.Eu amo você,Peeta!

Ouço um "bip" que depois de um tempo começa a me irritar.Abro os olhos,vendo o branco a minha frente,estreito os olhos.Como eu vim parar aqui? Depois de muitas pergunta se formarem em minha mente,flash de memória começam a me fazer lembrar.Ai meu Deus! Eu quase destruí meu quarto! Procuro com os olhos de onde vem o "bip" que insiste em tocar.Paro meus olhos em um maquina perto de mim,vários fios estão ligados ao meus braços,olho e em volta e percebo que estou deitada em uma cama de hospital,estou coberta por uma camisola.Por que me trouxeram para um hospital? Sinto meu rosto pinicar,faço uma careta de desagrado.Sento e respiro fundo.Não posso ir além,pois os fios vão sair dos meus braços.Sinto um pequena pontada em meu braço quando vou me deitar novamente,estico o mesmo para ver melhor.Não são só fios que estão em meu braço,tem vários curativos.A porta do quarto abre revelando meu irmão,ele vem ate mim,sua expressão é de preocupação.Ele para ao meu lado.

– Oi.Você esta bem? – pergunto calmo.

– O que aconteceu? – pergunto ignorando sua pergunta.

– Fui ao seu quarto por que ouvi barulhos estranhos,e quando eu cheguei lá,você estava parada no meio de cacos de vidro,olhando para a nossa foto,depois você desmaiou.Fiquei preocupado e te trouxe para um os hospital. – ele resumiu.

– Por que meus braços estão enfaixados? E por que estou sentindo meu rosto dolorido? – pergunto erguendo os dois braços no ar.Ele olha fixo para o meu rosto antes de me responder.

– Você caiu nos cacos de vidro,e cortou seus braços e seu rosto. – seu olhar demostra que ele esta se sentido culpado pelo que aconteceu – Desculpe,não deu tempo de impedir que você cai-se no vidro.

– Tudo bem,não precisa se desculpar.Cadê Haymitch e Effie?

– Em New York.Eles vieram aqui,ficaram algumas horas com você e depois voltaram. – responde se sentando na cama – Por que fez aquilo com seu quarto?

Bem que eu queria dizer a verdade a Finn,mais não posso.

– Estava com raiva. – seus olhos se estreitam quando eu respondo.

– De que?

– Não quero falar sobre isso.

– Tem a ver com Gale? – sugere.

– Por favor,é complicado.Não insista.

Ele respira fundo e desisti.

Horas depois eles me liberam,vou ate o banheiro e me visto,minha aparência esta horrível,meus lábios e minha testa estão cortados,e são cortes grandes.Sai do banheiro encontrando Finnick sentado na cama,ele sorri e me acompanha ate a saída do hospital.Entramos no carro e fomos para casa,não falamos nada.

Saio do carro e a primeira coisa que eu faço quando eu entro em casa é ir para o meu quarto.Respiro fundo e abro a porta,ele esta limpo e arrumado.Acho que foi Finnick ou Effie que arrumou,vou direto tomar banho,logo em seguida durmo em minha cama .

Finnick ficou a tarde todo tentando me convencer a não ir a escola,mas não vou faltar,não quero,preciso ir,só pra me distrair.Pego minha mochila coloco nas costas e vou,no caminho encontro Gale,sorri e ele me beija.

– Você esta bem? – pergunta passando as mãos em meu rosto.

– Sim,estou. – respondo brevemente.

– Fiquei preocupado. – fala sinceramente.

– Não fique,eu estou bem. – falo sorrindo.

– Te vejo depois.

– Ok,ate. – despido-me.

Eu e Gale estudamos em escolas diferentes.Chegando na minha escola,vou ate o pátio e me sento no banco perto da quadra,tiro a mochila das costas e a deixo encostado do meu lado,passo a mão em meu curativo.Antes de eu receber a liberação do medico para ir para casa,eles colocaram um curativo enorme em meu braço.

– Oi. – fala Prim se sentando ao meu lado.

– Oi Prim. – cumprimento.

Converso com ela,conto tudo o que aconteceu quando ela me pergunta.Ela me da vários conselhos.Logo bate o sinal,ando ate a minha sala de aula,entro na sala e vejo o tempo passar devagar,na verdade quase se arrastando.Bate o sinal do intervalo,ando ate o pátio e me sento no mesmo banco,respiro fundo e observo as pessoas passarem,sinto um olhar forte em mim,procuro com o olhar e finalmente o encontro,com seus amigos,seus olhos estão fixos nos meus.Peeta parece estar preocupado e angustiado,não estou perto,mas da para ver que sua respiração esta pesada.Ficamos nos encarando o intervalo inteiro,quando termina,levanto e vou e caminho para a sala.Sinto meu braço sendo puxado,alguém me puxa ate algum local que não vejo qual é,seus braços me acolhem urgentemente,não posso ver pois esta muito escuro,mais tenho certeza de quem é.

– Não me deixei. – sussurra em meu ouvido passando a mão em minha bochecha.

– Não posso.

– Pode sim!

Peeta cola nossos lábios calorosamente,sua mão sobe minha perna a deixando na altura de seu quadril,seu beijo e caloroso e prazeroso,um certo desespero cresce entre nos,bagunço todo o seu cabelo.Um calafrio percorre a minha espinha,tento me soltar só que ele não permite se agarrando ainda mais em mim.Quanto mais eu tento mais ele me agarra,impedindo que eu sai,seus dedos deslizam por dentro da minha blusa.

– Por favor! Não me abandone!

– É arriscado! Não posso mais continuar com isso! Sinto muito.

Solto-me de seu abraço,olho em seus olhos e vejo o sofrimento contido ali,começo a me afastar,seu mão agarra meu braço e em seguida me puxa,fazendo meu corpo bater no seu,imediatamente ele me beija,com o maior esforço do mundo eu o empurro e começo a correr.


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Notas finais do capítulo

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