Amor e Rivalidade escrita por Melissa Martins de Souza


Capítulo 37
Euforia


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!
Demorei mais posso garantir que nunca abandonarei essa Fanfiction!
Espero que gostem!
Desculpem pelos erros!
Boa leitura!



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 Olho para os lados antes de atravessar a rua com Prim ao meu lado, voltamos para os nossos lugares no banco da praça. Tive que andar um pouco com ela, por que queria acalmá-la. Ficamos num silêncio tranquilo que segundos depois foi interrompido pelo telefone da Prim. 

 Ela saca o aparelho do bolso e olha para a tela, vejo o choque passa pelo seu rosto, seus olhos estão fixos na tela. 

 - Você está bem? – pergunto ansiosa. 

 - É ele. – ela fala ainda olhando para o celular. 

 - Você vai... 

 Paro de falar quando vejo ela pressionando o objeto contra sua orelha. 

 - Alô. – fala de um jeito desajeitado. A observo pronta pra qualquer coisa que aconteça. – Sim, e você? – responde tentando se manter firme. De repente, sua expressão começa a ficar cada vez mais intensa de desejo, sua respiração está tão forte que assusta. – Não. – assim que responde as lágrimas começam a escorrer silenciosamente. 

 Ela olha para mim e como se estiver esquecido da minha presença. Prim se aproxima de mim, e coloca o celular em viva-voz. 

 - Por favor, precisamos conversar. – implora Gale. 

 - Não, não precisamos. – fala Prim se ajeitando na cadeira. 

 - Eu necessito ver você. – declara Gale. – Não me prive disso, e você sabe que precisamos ter essa conversa. 

 - Você deveria ter pensando nisso, quando me enxotou pra fora do seu quarto a anos atrás, como seu fosse alguma prostituta. – Prim joga as palavras com uma dor indescritível nos olhos. 

 A linha ficou muda do outro lado. 

 - Eu já pedi desculpa. – fala Gale com a voz carregada. – Não sabia que se sentia assim. 

 - E se soube? O que você teria feito? – pergunta Prim de supetão. 

 Ouve um silêncio sufocante enquanto as palavras de Prim pairavam entre eles. 

  - Como eu suspeitei, nada. – fala Prim cansada. – Você sempre foi apaixonado pela Madge, mesmo quando namorava com outras meninas, Gale. Eu via como você olhava para ela. – ela faz uma pausa como se doesse suas palavras. – E quando dormimos juntos... Foi tão...Intenso... Que achei que talvez existiria chances de você gostasse de mim pelo menos um pouco... Mas, me enganei drasticamente. 

  - Prim, é por isso que precisamos conversar. – Gale fala com a voz entrecortada. – Eu te procurei, mas descobri que você estava na Alemanha, e no mesmo dia que eu falei a Madge que iria viajar tive que mentir dizendo que iria para a Áustria visitar uns amigos, quando falei isso, ela disse que estava grávida. Tive que ficar. – se explica Gale. – Quando meu filho nasceu, fiquei sabendo que você estava voltando para o Estados Unidos. 

 Prim, fica muda por um momento. 

  - E por que não me procurou depois que eu voltei? – pergunta Prim se arrependendo de ter perguntado logo em seguida.

  - Meu filho tinha acabado de nascer, não pude sair de perto dele. – fala num tom pesado. – Sinto muito.

  - Acho que você já esclareceu tudo. 

  - Por favor... Vamos conversar, prometo nunca mais te procurar, se quiser. – implora soluçando.

  Prim hesita e olha para mim como se estivesse pedindo um conselho meu. Lanço um olhar encorajador para que ela aceite, um suspiro pesado sai dos seus lábios.

  - Tudo bem. – sussurra.

  - Venha ao meu velho apartamento. – pede sem conter sua ansiedade. – Estou te esperando.

  - Agora?

  - Sim, agora.

  Ela desliga e se volta para mim. Ela esta esperando um tipo de permissão minha.

  - O que ainda esta fazendo aqui? – pergunto sorrindo.

  Ela me abraça e sinto seu coração a mil por segundo.

  - Quer que eu vá com você ate sua casa? – pergunta visivelmente ansiosa.

  - Não precisa, quero ficar aqui aproveitando o sol. Depois vou pra casa. – respondo a tranqüilizando. – Quero saber como foi, viu?

  Ela assente e pede para que eu busque a Penny na escola hoje, concordo com a cabeça, ela se despede de mim.

  Observo ela se afastar, espero que tudo de certo. Não quero ver nenhum dos meus amigos mais magoados do que já estão por terem feito escolhas erradas, já sofreram o bastante para um pessoa só. Foi extremamente difícil para o Gale, escolher entre o filho e a Prim, e de novo ele não à escolheu. Se eu fosse ele teria feito igual, não conseguiria deixar meu filho longe dos meus olhos enquanto fosse recém nascido. E por outro lado, também entendo à Prim, ela foi rejeitada duas vezes e isso deve machucar muito.

  Suspiro e vejo duas crianças brincarem com a terra em baixo deles, sua mãe os repreende, eles pegam o sorvete que ela lhe oferece esquecendo da terra. A mulher senta no banco perto dos pequenos.

  - Pode me dar um autógrafo? – um voz interrompe meus pensamento.

  Um homem alto me encara com um papel e uma caneta. De onde ele saiu? 

  - Claro. – falo e antes de assinar olho para ele. – Para quem? 

  - Derek Stanford. – ele me diz seu nome e autógrafo o pedaço de papel.

  O homem sorri de um modo estranho e observo ele desaparecer, sinto uma inquietação estranha dentro de mim.

  Suspiro quando vejo um papel dobrado perto de mim. Nele esta o autógrafo, pego o papel e desdobro. Tem algo escrito nele.

 

  Se eu fosse você tomaria muito cuidado com os seus filhos. 

 

  Congelo no meu lugar. O que esse maluco quis dizer com isso? Saiu do meu estado de choque olhando para todos os lado a procura do homem. Dou um pulo quando ouço o toque do meu celular.

  Não me dou ao trabalho de olhar no identificador.

 

 

  - Alô?

  - Onde você está? – a voz de Peeta esta trêmula.

  - Estou no parque perto de casa. – respondo e sinto que algo esta errado. – O que está havendo?

  - Você não esta sozinha, está?! – pergunta aterrorizado.

  - Sim, mas o que esta...

  - Fique onde está! Meu irmão está indo buscar você! – fala terrivelmente apavorado.

 - Que merda está acontecendo e onde você está?! – pergunto angustiada e muito nervosa.

  - Fique onde está!

 

 

 

  Será que isso tudo tem a ver com o bilhete. Esse telefonema de Peeta confirmou tudo, estou tão aflita que não vejo quando Marvel chega perto de mim.

  - Vamos, Katniss. – fala nervoso.

  - Não ate que me falarem o que está acontecendo. – falo de um modo teimoso.

  - No carro eu conto tudo. – fala numa tentativa de me tirar da praça.

  Ele olha para ele todos os lados enquanto me conduz em direção a sua BMW, assim que o carro começa a andar pergunto o por que disso tudo.

  - Peeta recebeu um ligação muito estranha e dizendo que era pra tomar cuidado com você. Ai ele me pediu aqui para buscar você.

  - Onde ele está? – pergunto sentindo meu estômago embrulhar.

  - Foi buscar as crianças.

  - Então é para lá que nos vamos.

  Ele olha para mim e percebe que é uma discussão perdida. O carro da a volta. Pego o bilhete que guardei no bolso e o leio mais de cinco vezes, viro o papel e fito o nome do homem Derek Stanford. Embaixo tem algo escrito, esta tão pequeno que não consigo enxergar direito.

  - Você tem um lupa? – pergunto sem tirar os olhos do papel.

  Ele remexe em umas coisas no banco de trás tirando só uma mão do volante, Marvel me entrega uma pequena lupa voltando a atenção a rua.

  Aponto o objeto para o papel tentando focar.

 

  Se contar a policia, nunca mais os verá.

 

 

  Meus olhos ficam arregalados com o que vejo, leio sem para a mesma frase, e a cada leitura vou ficando cada vez mais sem chão. O que ele quis dizer? Será que algum de nos esta correndo perigo? Marvel estaciona perto da causada e olha preocupado para mim.

  - Você não pode se estressar, Katniss. – fala com um tom confortável. – Não é nada bom para os bebês.

  Sorrio sem alegria.

  - Eu sei, mas como não se estressar em uma situação como essa. – falo sentindo minha garganta arder. 

  Pela janela consigo ver do outro lado o carro de Peeta, ele está sentado no banco do motorista, seu corpo esta jogado e seus dedos digitam sem parar. Volto a minha atenção ao portão fechado da escola.

  - Quando vão nascer? – pergunta Marvel me distraindo.

  - 25 de Agosto. – respondo me remexendo na cadeira. – Daqui a 25 dias os meus gêmeos vão nascer.

  - Está pertinho. – comenta.

  Entrego o papel a ele. Marvel se surpreende com a minha atitude inesperada, deposito a lupa de volta onde ele a tirou. Volto-me a atenção para ele e vejo o mesmo pega a lupa e olhar através dele, sua pupila se dilata enquanto sua mão joga o objeto para onde o tirou.

  - Eu a observei esse tempo todo. Não pode ter sido ela, essa letra não é dela. – fala para si mesmo.

  - Um homem me pediu um autografo e quando foi embora deixo o papel do autógrafo ao meu lado. – explico de maneira bem resumida.

  Ele para e pensa, de repente volta o olhar para mim como se tivesse acabado de se lembrar de algo ou como se tivesse percebido alguma coisa.

  - Qual é o nome completo da menininha que você salvou? – pergunta como se tivesse tentando encontrar as peças de um quebra cabeça.

  - Penny Owen Stanford... – a cada palavra que sai da minha boca o rosto de Marvel começa a ficar branco. Não pode ser?! Será que... – Derek Stanford.

  - Ele não é o único a ter o sobrenome Stanford. – fala como se contra a sua vontade se lembrasse se algo. – Aquele caça talentos que ligou para vocês? Do dia da apresentação das crianças?

  - O que tem ele? – pergunto sem entender.

  - Damien me disse que ele estava no tribunal, la nos fundos, observando o julgamento dos pais da Penny. – explica com os olhos atentos.

  - Quando ele disse isso? 

  - Eu estava esperando a apresentação acabar para ir ver eles, cheguei la e vi as crianças conversarem com ele. Me aproximei e falei que era tio deles e enquanto conversava com Damien, ele me contou. Achei que vocês fosse amigos dele, então nem me preocupei. – explica atentamente para que eu entenda tudo. – Qual é o nome dele, Katniss?

  Henry Stanford.

  

 

  Um homem se aproxima de nós, ele é alto, de cabelos castanhos e olhos verde. O terno e gravata caiu muito bem no corpo dele.

  - Olá, Sr. e Srta. Mellark. – nos cumprimenta com um sorriso gentil. – Fui eu que liguei para vocês meses atrás. Meu nome é, Henry Stanford.

  Eu e o Peera nos levantamos para cumprimenta-lo. Ele estende a mão.

  - Muito prazer. – fala Peeta apertando sua mão.

 

 

  Essa lembrança me deixa sem o que disser. O que Henry Stanford tem haver com isso tudo? Ele não quer nos fazer mal, afinal ele ajudou as crianças.

  - Henry Stanford. – falo olhando para o teto do carro.

  - Eles são familia da Penny? – pergunta Marvel sem entender. – Tem vários Stanford, pode ser coincidência?

  - E também pode ser que não seja.

  - Só têm um jeito de saber. – conclui com um olhar aflito. – Pergunte a Penny se o conhece.

  - Vou fazer isso. – confirmo sussurrando.

  Ouvimos o barulho do portão sendo aberto e as crianças saindo animadas. Alguns pais ainda estão chegando. 

  Saímos do carro e esperamos. 

  - O que estão fazendo aqui? – pergunta Peeta. Ele já não parece tão nervoso como estava no telefone. Que bom que se acalmou.

  - Você me aterrorizou no telefone, Peeta. Achava mesmo que eu iria ficar em casa sem fazer nada. – falo procurando as crianças com os olhos.

  A Penny e a Rachel saem pelos portões e sem Damien, estranho. Sempre que saem estão juntos. Meu nervosismo começa a me torturar, por favor apareçam logo. O filho do Marvel se junta a ele e percebo que as crianças estão diminuindo. Me abaixo na altura da Penny.

  - Você sabe onde estão meus filhos? – pergunto a ela.

  Ela me olha confusa.

  - Eles não vieram pra escola hoje. – fala com um tom confuso. – Só sei que David e Ethan faltaram por que foram ao dentista, mas não vi nem nenhum.

  - Mas eu os deixei aqui! Onde eles foram? – fala Peeta revoltado.

  Meu mundo parece cair, respiro fundo. "Se eu fosse você tomaria muito cuidado com os seus filhos" A frase ecoa na minha cabeça. 

  - Eu os vi. – fala Rachel fazendo a nossa atenção se voltar para ela. – Eles estavam com um homem, quando tentei ir em direção a eles mais o portão estava se fechando e não me deixaram sair. – ela se vira para Peeta. – Era o tio Derek.

  Peeta olha para mim com lagrimas nos olhos, ele olha para todos os lados em pânico com se estivesse procurando alguma coisa, procurando os filhos. De repente tudo começa a girar e a ficar escuro, sinto os braços de Marvel e Peeta me segurarem.

  - Você sabe ligar? – pergunta Marvel ao filho.

  - Sim, papai. – responde assustado.

  - O nome do homem é Finnick Everdeen fale que é uma emergência e é para ele estar na casa do seu tio Peeta. – explica. Marvel disca o numero e entrega ao filho.

  - Temos que ligar para a polícia. – declara Peeta enxugando as lagrimas.

  - Se ligar ele vai... – me interrompo sem conseguir terminar. Tiro o papel do bolso e entrego a Peeta. 

  Marvel explica dês de o momento que foi me buscar na praça até a parte em que estávamos no carro. Peeta escuta tudo com toda atenção possível, ele fica bravo quando chega na parte do Stanford. Minha cabeça gira loucamente quando tento sair dos braços dos dois, levo a mão a cabeça. Onde será que eles estão? Ele não podem estar machucados! O bilhete dizia que se eu chamasse a polícia, nunca mais poderei vê-los. Tenho que achar eles!

  - E se pedirem resgate? – pergunta Marvel.

  - Stanford, seu desgraçado! – Peeta esbraveja com ódio no olhar, ignorando totalmente a pergunta do irmão. Marvel me pega no colo e me coloca no carro.

  - Não deixe ele fazer uma loucura. – peço quando ele me acomoda do meu lugar.

  - Vou tentar.

  Em seguida, pede para que as crianças entrem no carro. Eles já estão tão apavorados que não sei o que dizer quando olho para os rostos deles. Estão tão amedrontados quanto nos.

  - Aquele miserável vai me devolver meus filhos ou eu não me chamo Peeta Mellark! – grita com uma fúria que nunca tinha presenciado.

  - Papai! – grita o filho do Marvel. – Finnick Everdeen está ligando!

  - Eu atendo. – falo estendendo a mão para o garotinho.

 

 

  - Finnick!

  - Katniss, onde você está? – pergunta preocupado.

  - Em frente a escola das crianças. – falo e minha atenção e atraída a Peeta quando o vejo chorar de raiva enquanto soca uma arvore a sua frente, suas mãos sangram muito. – Finnick, corre aqui! Por favor!

  - Estou a caminho!

 

 

 

 Assim que desligo entrego o celular de volta ao garotinho. As crianças fixaram os olhos em Peeta. Eles estão com medo e chorando muito com o que vêem. Tento acalmar mas, não adianta muita coisa.

  Suspiro aliviada quando vejo o carro do meu irmão, ele desce corre ate o nosso veículo. 

  - Por que o Peeta esta gritando igual um louco? – Finnick pergunta agitado. – O que aconteceu?

  Conto tudo o que aconteceu a ele. Sua respiração se acelera a cada palavra que sai da minha boca, ele me abraça com lágrimas nos olhos, não consigo raciocinar direito quando meu irmão me aperta em seus braços.

  - Peeta! Onde você vai?! – Marvel pergunta quando o irmão se liberta dos seus braços.

  - Encontrar meus filhos! – responde com ódio.

  Peeta corre para o carro e vai embora correndo com o veículo em alta velocidade. Marvel olha para todos os lados sem saber o que fazer. Ele pode sofrer um acidente desse jeito! Não posso perder ele! Preciso dele agora! 

  - Pega o meu carro! – meu irmão fala muito preocupado com Peeta. – Vai atrás dele, Marvel!

  Marvel obedece saindo a toda velocidade atrás do irmão. Meu desespero vai ao limite, tudo a minha frente vai ficando escuro e a ultima coisa que escuto e o Finnick me chamando desesperado.


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Notas finais do capítulo

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