–oi- disse envergonhada. agora aguenta!
–oi- respondeu e se jogou na cama ao meu lado
–você já tá pronta para o jantar?- franzi o cenho.
–como se arressem são cin...-parei de falar quando ele me mostrou as horas em seu celular- A MEU DEUS- assentiu de olhos fechados como se dissesse:"acredite, eu sei...!"
Larguei meu livro na cama e corri escolhendo uma roupa simples mas ao mesmo tempo apropriado para o jantar, nesse momento e esqueci de Damon, esqueci de beijo, esqueci de tudo, foco! foco era tudo o que tinha em mente, foquei no jantar, tinha menos de uma hora para me arrumar, corri para o banheiro tomando um banho, não lavei o cabelo, só o corpo, sai de lingerie pelo quarto que nem uma louca a procura da minha roupa, que eu havia deixado no quarto.
–Achei!- exclamei em voz alta, pude ouvir uma risada, me virei e vi Damon encarar-me. Corei instintivamente ao seu olhar malicioso e riso convencido.
–Eu estava pensando que a sobremesa era servida depois do jantar- caçoou e eu oguei uma almofada na cara dele, ele me olhou torto e eu me fui para o banheiro, totalmente vermelha.

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Me vesti, sai do banheiro e Damon estava na cama ainda.
–e você? vai se arruma Dam- disse e eu pude vê-lo sorrir.
–tá!- se levantou e caminhou para o banheiro, ouvi o barulho de chuveiro sendo ligado e suspirei, ele ainda não tocou no assunto do beijo, ainda bem!
espero que assim seja até eu conseguir pesar em algo que desvie o assunto "beijo".
Me manqueei, fiz o cabelo e me perfumei, estava linda. Mais do que eu pretendia ficar!
–Pronto!- disse Damon saindo do banheiro já arrumado, seu cabelo estava num perfeito desgrenhado, ele usava uma camiseta branca, sua eventual jaqueta de corino preta e uma calça jeans combinando com seus sapatos formais de festa.
–pronta!- disse assim que dei mais uma olhada no espelho, peguei minha bolsa e damon assentiu.
–se me permite dizer, você esta linda!- corei bruscamente ao som dessas 3 palavras sendo pronunciadas por aqueles lábios que já me faziam falta.
–você também está... É! você está legal!- disse e ele sorriu fraco, acho que esperava uma resposta diferente.
–vamos?- assenti e ele abriu a porta, enroscou nossas mãos e me deu um selinho, me pegando de surpresa, corei.
Descemos as escadas e Damon mantinha o mesmo sorriso no rosto, notei que várias mulheres, que eu suponho serem primas, tias entre outras parentes de Damon, circulavam pela casa toda provocando um imenso burburinhinho devido as conversas.
–Damon!- era josy a prima legal de Damon.
–hey, Jô- disse indo a abraçar.
–você está bem?- perguntou e ele assentiu.
–sim. E você?- perguntou.
–mais ou menos, a casa da vovó tem pedras no lugar de colchões- riram e eu os acompanhei, para lembra-los de minha "ilustre" presença ali.
–ah, oi lena- josy me cumprimentou, me abraçando e me beijando o rosto.
–oi Josy- correspondi aos seus atos de carinho.
–tudo bem Lena, mesmo você não sendo da família, pode me chamar de jô- franzi o cenho, ela sabia? olhei para damon confusa.
–Sim lena, ela sabe- assentiu e eu sorri fraco, que pena! na frente dela não poderei beija-lo nem abraça-lo com o pretexto de estarmos fingindo- conto tudo para jô, ela é praticamente, como diz a Car, a minha melhor amiga barra prima- piscou para ela que sorriu corando, MASOQ? ciúmes? não, não é ciúmes! apenas vontade de virar serial Killers.
–hum...- murmurei, dava para notar que na minha voz havia várias, várias e várias pontadas de ciúmes, mas e daí?
–bom, vou ali falar com o amigo do Elijah- sorriu e assentimos, eu já estava aliviada de ela estar indo para outro cara- mas antes, Dam vem aqui um pouquinho?- perguntou e ele assentiu, logo em seguida ela o pegou pela mão o levando para um local mais reservado, depois de um tempo Damon voltou e meus olhos transbordavam fúria, Josy saiu e foi atrás de sei lá quem, isso não me interessava muito!
fechei a cara durante o jantar todo, Damon tentava puxar assunto mas eu não deixava, respondi com murmúrios ou "sim's" e "não's".
–Qual é o problema?- perguntou, estava chovendo e eu estava de braço dado com Damon enquanto subíamos as escadas.
–nada- virei a cara, quando chegamos a porta do nosso quarto eu fui ao banheiro tomar um banho de hidro, depois de aproximadamente uma hora de relaxamento, sai do banho já vestida com uma camisola de seda, vermelha meio transparente e curta, me deitei e comecei a ler, lá fora chovia mas não trovoava, morria de medo de chuva, não consigo nem pensar, me dá calafrios!
Damon saiu do banho de cueca box preta da CK, babei!
–gosta da visão?- perguntou malicioso, fechei a cara mais uma vez, olhando para o meu livro, neguei com a cabeça, ele bufou, passou as mãos pelo cabelo em sinal de nervosismo, ele "engatinhou" de quatro até o meu lado na cama, tomou meu livro em mãos o fechando e o guardando do lado, na escrivaninha, eu analisava cada movimento dele de cara fechada e totalmente séria, foi tudo muito rápido, damon sentou na cama e me puxou para se colo me beijando com voracidade, demorei mas correspondi, ele mantinha as mãos em minhas coxas, onde o tecido não cobria, mordeu meu lábio inferior e eu segurei em sua nuca, quando senti a pressão que o volume em suas calças faziam contra mim, tratei de separar-me dele, com a respiração entrecortada, saltei para meu lado na cama assustada.
–qual é o seu problema?- perguntei nervosa.
–eu... eu... eu não sei- abaixou a cabeça- você me deixa descontrolado, é como se eu estivesse no deserto e você fosse a única fonte de água que eu teria- disse apoiando os cotovelos nos joelhos e o rosto entre as mãos.
–Damon...- pensei por um momento, ele me olhou com a esperança de eu dizer algo parecido- vai para sua "cama"- fiz aspas com os dedos e ele foi para o sofá, deitou e se cobriu eu fiz o mesmo e dormi.
acordei no meio da noite, os relâmpagos eram estrondosos e o vento era violento, batia contra as janelas emitindo assobios enquanto o céu desabava água. eu estava com frio, com medo e não sabia o que fazer.
o que fazer?Damon!
me levantei, caminhando na ponta dos pés me dirigindo ao sofá onde Damon dormia, já quase chorando e o cutuquei.
–dam...- sussurrei e logo um clarão atingiu o quarto me fazendo pular e emitir um pequeno grito com o estrondo-dam...- chamei mais baixo ainda, já chorava- Damon- o cutuquei forte no braço, Damon abriu os olhos azuis me fitando sonolento, outro trovão e mais lágrimas.
–Lena?- se sentou no sofá e eu o abracei- o que foi?
–eu... eu... eu... te-te-tenho medo de TROVÃOOOO...- gaguejava a minha frase quando mais um trovão deu as caras no meio da chuva, ele me abraçou e beijou o topo da minha cabeça.
–Calma Lens, vai ficar tudo bem- sorriu contra minha testa- você quer deitar aqui comigo- neguei com a cabeça e apontei para a cama e ele entendeu, me pegou nos braços e me deitou na cama, me tapou para logo em seguida deitar do meu lado.
–Vai ficar tudo bem tá?!- assenti soluçando, Damon me abraçou formando uma conchinha e para eu finalmente consegui dormir, com Damon e seu corpo perfeito me transmitindo a calor e segurança.
–Tudo bem?- sua voz exalava preocupação, assenti com a cabeça, ele levantou meus cabelos, os tirando, provavelmente de seu rosto.
–e você?- perguntei e ele pareceu hesitar um minuto.
–melhor agora- sussurrou ao pé do meu ouvido me fazendo estremecer- boa noite- desejou e beijou abaixo de minha orelha, me arrepiei toda, esquecendo-me de trovões, medos, traumas, frio. Me esquecendo de tudo, exatamente tudo!
–Damon...!- chamei e ele murmurou um "hum?"
–você não se sente culpado?- perguntei me virando de frente para ele, dando de cara com um Damon pensativo.
–pelo o que, exatamente?- questionou com o cenho franzido.
–quer dizer... Aquela moça, que você disse que gostava, Você... Não se sente "culpado"-fiz aspas com os dedos- por estar assim comigo?- essa ultima parte saiu mais baixo que eu imaginava.
–Por que me sentiria?- ainda confuso, só que com um sorriso brincando em seus lábios, me perguntou.
–sabe se lá! só acho que eu me sentiria culpada- dei de ombros, indiferente e ele pos uma mecha de meu cabelo para trás- bom, a não ser que não ames mais essa pessoa- conclui curiosa.
–Ouvi dizer uma música brasileira que é assim:
Olhe bem no fundo dos meus olhos
E sinta a emoção que nascerá
Quando você me olhar
O universo conspira a nosso favor
A consequência do destino é o amor
Pra sempre vou te amar
Mas talvez, você não entenda, Essa coisa de fazer o mundo acreditar
Que meu amor, não será passageiro
Te amarei de janeiro a janeiro- cantou com sua voz perfeitamente máscula e estruturada, sorri- boa noite- e com isso me abraçou e dormiu, eu fiquei matutando aquela letra de música, eu pensei em várias possibilidades, mas nenhuma delas me levou a lugar algum, era como correr em círculos, você sempre chega ao ponto de partida.
Acordei com Damon me fazendo um carinho na lateral da cintura, constatei que estava escorada em seu peito, sorri e ele saldou.
–bom dia, bela adormecida!- sorriu e eu ri com o apelido.
–bom dia!- desejei, me levantei e fui tomar um banho, refrescar as idéias e o corpo.
(roupa: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=119182769&.locale=pt-br )
sai do banheiro e Damon entrou logo em seguida, desci as escadas, tomei uma água, ninguém estava acordado ainda, subi as escadas novamente e entrei no quarto.
Foi vergonhoso, vergonhoso mas sexy!
Damon estava saindo do banho, até ai tudo bem se ele não estivesse sem cueca, sem toalha e sem vergonha na cara.
–DAMON!- exclamei "tampando" os olhos com os dedos.
–o que é? você que entra quando eu estou nú e eu que levo bronca?- riu, senti que ele caminhava pelo quarto.
–se veste logo Damon!- ordenei e ele riu, depois de uns minutos de passos pelo quarto ele disse.
–deu!- sua voz estava próxima, destampei os olhos e olhei para baixo e para cima, ele estava de box azul marinho, eu já havia o visto de cueca box, mas nunca tão próximo assim.
–feliz?- assenti, ele chegou mais perto e sussurrou- tem certeza- ele correu seus lábios por meu maxilar e beijou meu queixo, logo pôs a mão ali e a esta altura eu sentia sua respiração na minha boca e o meu coração ali também-hein, lena?- sua proximidade era tão grande que seus lábios roçaram nos meus, neguei com a cabeça atacando seus lábios sem piedade...