Quem é você, Tiffany? escrita por Mellynnaa


Capítulo 4
Tiffany


Notas iniciais do capítulo

Oláa! Aqui está o capítulo com a Tiffany. Boa leitura ;)



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Acordei um pouco mais cedo naquela manhã. Tomei um banho demorado, sem preocupações. Ao descer para o café, me deparei com Grace na cozinha. Ela olhou para mim e sorriu. Abri o armário e peguei um pacote de bolachas de limão, ignorando-a completamente. Eu não havia superado o divórcio, e não seria tão cedo que isso aconteceria.

Caminhei rapidamente até o ponto de ônibus, avistando Addie a uns dois metros de distância. Caminhei mais devagar ao vê - lá, respirando fundo. Eu havia começado a suar, minhas mãos começaram a tremer e minha barriga estava doendo. As típicas dores de quando se está apaixonado.

– Olá – disse ela, dando um beijo em minha bochecha como sempre fazia.

– Oi – respondi, esticando a mão para mostrar-lhe o saco de bolachas. – Quer um pouco?

Ela pegou o pacote e pegou duas bolachas.

– Obrigada pelas bolachas – ela sorriu, enfiando metade de uma delas na boca. – Tiveram mais uma briga, não é?

Addie sabia que eu não me dava muito bem com minha família. Ela evitava ir a minha casa devido a isso. Não era um ambiente muito agradável, e todos sabiam disso.

– Acontece muito – respondi. – Posso morar com você por um tempo? – perguntei, querendo que isso fosse verdade.

– Não – respondeu ela, parecendo sincera. – Por que não tenta entender o lado da sua mãe? Se o casamento não deu certo, é porque alguma coisa aconteceu. E tenho certeza de que é algo que você entenderia se a ouvisse.

Franzi a testa, fingindo concordar com ela. O ônibus virou a esquina, e deixei com que Addie subisse e se sentasse primeiro. Addie me elogiava diversas vezes por meus atos cavalheiros – como dizia ela. Eu me sentia incrível pelo que ela dizia.

– A aposta ainda está de pé? – perguntei, sentindo-me ansioso por uma resposta.

– É, acho que sim – ela sorriu.

O sol não estava tão forte naquela manhã. Descemos do ônibus às pressas, Addie andando mais rápido que o normal. Ela parecia um tanto ansiosa naquela manhã. Provavelmente, conversaria com Harry Thomaz sobre a carta que recebera. Aquilo me deixava chateado. Ver a garota pela qual você meio que está apaixonado saindo com outro garoto totalmente idiota – e que não seja você – não é uma boa sensação.

Passamos pelas aulas mais demoradas de todo o mês. Addie não me esperou ao final da aula. Ela definitivamente saiu correndo, tremendo e sorrindo.

Decidi me conformar de vez que logo ela e Harry estariam saindo. Era a coisa mais estranha de todas. Não que Addie não fosse bonita, mas imaginar ela e Harry juntos me deixava triste e chateado.

Caminhei lentamente até o meu armário, olhando para o chão fixamente. Ao abrir meu armário, uma folha de papel azul caiu perto do meu tênis. Abaixei para pegar, já sabendo do que se tratava. Pensei em joga-la fora, mas se fizesse isso, Addie não daria um beijo em mim, e eu não queria isso. Abri a carta lentamente, suspirando de tédio.

Era apenas uma pequena frase, escrita em letras maiúsculas:

HOJE O DIA NÃO ESTÁ TÃO QUENTE. SERÁ QUE REPAROU?’

Ri comigo mesmo devido ao conteúdo do cartão. Que tipo de pessoa pergunta sobre o dia em uma carta de amor? Isso era babaquice, mas eu teria que responde - lá, e faria isso quando chegasse em casa.

Caminhei rapidamente até o ponto de ônibus, mas Addie não estava lá. Minha decepção estava ficando cada vez maior. Caso ela tivesse algum outro meio de voltar para casa, poderia avisar pelo menos, para que eu não ficasse preocupado. Mas, pelo visto, ela nem ligou.

Cheguei em casa, joguei minha mochila na sala e corri em direção ao meu quarto, com a intenção de responder a garota o mais rápido possível. Mas havia um problema: não havia como responder a garota, afinal, eu não sabia quem ela era. O beijo iria ter que esperar, afinal de contas.

Abri meus e-mails. Uma nova mensagem piscava na tela. O autor do e-mail era desconhecido. Li a mensagem em voz alta:

‘Sei que não sabe quem sou eu, mas sou a garota do clima. Talvez entenda, talvez não. Só queria dizer que é um prazer poder conversar com você – mesmo que seja apenas eu que esteja enviando-lhe mensagens. ’

Sorri ao ler seu parágrafo rapidamente escrito. Cliquei em escrever um novo e-mail e digitei:

‘Sim, eu reparei que o dia não está tão quente, e sim, é apenas você que está enviando mensagens para mim. ’

Enviei o e-mail, arrependendo-me pelas palavras e pela forma grosseira como ele soava. A aposta era responder da forma mais gentil possível, e não era isso que eu estava fazendo. Recomecei:

‘Tudo bem, me desculpe pelo mau começo. Me chamo Stuart. Qual o seu nome?’

Esperei impaciente por alguns minutos, até que uma nova mensagem apareceu na tela.

‘Tiffany.’


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Notas finais do capítulo

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