A Pedra de Gelo e Fogo escrita por Letícia de Pinho da Silva


Capítulo 4
Capítulo Três




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/491472/chapter/4

Thiago correu o mais rápido que pode de volta ao salão comunal, se esforçando para não fazer nenhum barulho alto de mais. Quando estava chegando ao salão, pensou que talvez a melhor pessoa para falar sobre o acontecimento, era Teddy. Mas Teddy não era de Grifinória, era de Corvinal, e Thiago não fazia a menor idéia de onde ficava a sala comunal da Corvinal, e muito menos sua senha.
Sem contar que seria um risco enorme entrar no meio da noite na sala comunal de Corvinal, só contando com a sorte de que todos os Corvinianos estariam dorimindo.
É claro que Thiago, sendo filho de Harry, não podia esperar até amanhã para contar tudo a Teddy, e muito menos era medroso para não encarar essa pequena aventura. Ele pensou por um momento em frente a porta da Grifinória, onde uma estátua de um soldado, Nicolas Quase-Sem-Cabeça, para ser mais exato, escondia a entrada. Ele lembrou de alguém que com certeza sabia como levá-lo até Corvinal.
– Patinhos de borracha. disse ele para a estatua, Não sei quem achou engraçado colocar a senha da sala comunal, com um objeto trouxa. Cujo o uso meu pai não sabia explicar. Disse ele para si mesmo.
Ele subiu correndo os degraus até a porta do dormitório feminino, suspirando, contou até três, criou coragem e entrou.
Thiago andou pelas pontas dos pés, passando por cada cama, até encontrar Victoire. A garota loira de olhos azuis dormia profundamente na terceira cama, o que preocupou, teria que passar por duas camas sem acordar seus ocupantes, e pior ainda, rezar para que Victoire não fizesse nenhum barulho ao ser acordada.
Nas pontas dos pés Thiago caminhou até a cama dela, se agachou ao seu lado e começou a cutucá-la levemente, mas ela não acordou, logo ele teve que chacoalhá-la para que ela acordasse.
– O q...? dizia a garota, mas Thiago tampou sua boca antes que ela terminasse a frase.
– Venha comigo. sussurrou ele.
Thiago se dirigiu para fora do quarto, enquanto Victoire acordava e se levantava, seguindo primo. Tudo estava tão calmo e vazio no salão comunal.
– Preciso que me leve até Teddy. disse Thiago sem demoras.
– Thiago, já passou do toque de recolher. respondeu a garota Você não pode esperar até amanhã?
– Por favor Victoire, é importante. insistiu Thiago, por um tempo a garota ficou em silêncio.
– Tudo bem. suspirou ela ao responder Mas só se Rose fizer minha lição de casa.
– Claro que ela faz, ela gosta de lição de casa.
– E se formos pegos, você me obrigou. E me ameaçou com uma Avada.
– Não se preocupe, o professor Longbottom estava de vigia esta noite, agora está ocupado levando Severo para detenção.
– Alvo? perguntou ela confusa O que ele fez?
– Vic, podemos ir logo, por favor? implorou ele Conto tudo quando estivermos com Teddy.
– Está bem. ela revirou os olhos e saiu da sala comunal, direto para o corredor vazio e sombrio.
Thiago não tinha medo de ser apanhado, tinha medo de dar de cara com a pessoa mascarada novamente, e isso lhe dava calafrios.
Caminharam o mais rápido que puderam, tentando não fazer barulho. Naquele silêncio escuro qualquer barulhinho parecia ser alto de mais aos seus ouvidos, o som de seus sapatos batendo no piso de pedra parecia percorrer todo o castelo, aumentando de volume a cada esquina.
Chegaram ao dormitório de Corvinal, em frente a um quadro Victoire disse torta de maça e a passagem se abriu, revelando um salão comunal todo decorado nas cores da casa, azul e bronze.
– Fique aqui, já volto com Teddy. disse Victoire, desaparecendo pelas escadas.
Não demorou muito e ela estava de volta com Teddy ao lado.
– Thiago? Aconteceu alguma coisa? perguntou ele preocupado.
– Bem... Sim, mas não é nada grave.
Thiago contou toda a história para os dois, que ouviam atentamente.
– Isso é besteira Thiago. disse Teddy.
– Você acha que tio George mentiu para mim? perguntou Thiago, magoado.
– Tio George é meio fora da casinha, - disse Victoire papai diz que ele perdeu completamente a cabeça depois que Fred morreu.
– Ah, tio George tem a cabeça no lugar, Vic. respondeu Teddy, puxando a namorada para seu colo Ele pode ser louca, mas não é mentiroso. Talvez o ministério esteja com tanto medo de Voldemort ainda, que chegam a acreditar nessas coisas loucas.
– Voldemort não seria capaz de ser pai. disse Victoire Ele não tem cara de ser paterno.
– De jeito nenhum.
– Tudo bem, - concordou Thiago - considerando que não seja o filho de Riddle, alguém misterioso estava roubando a biblioteca, alguém que provavelmente estava roubando lá fora, e assassinando Bruxos e não-sangue-puros.
– Garanto que vão achar o culpado Thiago, mas não acredito que o culpado esteja sobre o teto de Hogwarts. disse Teddy, tentando acalmar o suposto sobrinho.
– Teddy! exclamou Thiago Eu pensei que você acreditaria em mim!
– Thiago, eu só acho improvável que seja o filho de Riddle de que estamos falando.
Thiago levantou-se, abalado, ele tinha tanta certeza que teria o apoio de Teddy, mas não o teve. Ele se dirigiu para a porta, e então parou.
– E se não fosse o procurado pelos roubos e crimes, quem seria então, a pessoa que Severo e eu vimos na biblioteca?
– Algum aluno talvez.
– Alguém querendo terminar um trabalho atrasado. completou Victoire.
– Não entendo porque um aluno reviraria toda a biblioteca só para achar um livro sobre a história de Hogwarts, nem se quer era um livro proibido. disse Thiago Era mais fácil esperar até amanhecer, perguntar a tia da biblioteca Thiago sempre esquecia o nome dela e retirar o livro. Tão simples para um aluno de Hogwarts.
Dito isso Thiago deixou a sala comunal, de volta a sua. Ao deitar em sua cama e tentar dormir, percebeu que não conseguiria até o irmão voltar. Assim que Alvo adentrou o quarto com o olhar triste, Thiago relaxou. O irmão teria que ajudar a organizar toda a biblioteca novamente, e quem sabe esfregar alguns vasos. O que ao meu vez, foi melhor do que ser expulso.
Na manhã seguinte os dois discutiram se contariam para as garotas, ou não. Hugo era novo de mais para saber, mas ai Thiago lembrava que no primeiro ano seu próprio pai teria enfrentado Riddle, por mais que Hugo Weasley fosse medroso que Alvo Severa dizia que era herdado do pai, Rony -, ele também estava qualificado para esta aventura. Lembrando que sem o pai e a mãe dele, seu próprio pai não teria conseguido salvar o mundo da magia.
Assim como Harry Potter precisava de Rony e Hermione, eles precisavam dos Weasley para resolver esse mistério.
Ao chegar na sala comunal, Lilían, Rose e Hugo já estavam comendo, era impossível saber a extensão do estomago de Hugo.
– Bom dia. disse Alvo ao se sentar.
– Olá garotas, garoto. disse Thiago.
– Olá. eles foram saldados por um coro.
– Alvo, é verdade que você destruiu a biblioteca? perguntou Rose, espantada.
– Quem te disse isso? perguntou o garoto, corado.
– Eu fui buscar um livro esta manhã, e encontrei a biblioteca destruída. A Srta. Tross não vai gostar nada disso. Ah, esse era o nome da tia da biblioteca, pensou Thiago.
– Não foi ele. disse Thiago defendendo o irmão, mas Rose não deu bola, Lilían estava avoada olhando para alguma coisa, enquanto Hugo prestava atenção na comida.
– A Srta. Tross vai acusá-lo de roubo Alvo Severo Potter. continuou Rose em um tom de desaprovação Você roubou um livro da biblioteca?
– Claro que não! protestou Alvo.
– A Srta. Tross disse que um livro sumiu, Alvo, Neville Longbottom o pegou na sena do crime.
– E Neville Longbottom pode confirmar que ele saiu de lá de mãos vazias. disse Thiago em voz alta, defendendo o irmão.
– Uffa, pensei que meu primo era ladrão. Ainda bem que não é. ela sorriu como se nada fosse.
– Alvo não destruiu a biblioteca.
– Rose, olha quem esta olhando para você! exclamou Lilían, tirando a atenção de Rose em Thiago.
– Oh meu Deus, Scorpius Hyperion Malfoy está olhando para mim! exclamou Rose.
– Que nojo irmã! exclamou Hugo.
– Não é?
– Que mal gosto dele. respondeu o garoto rindo, enquanto a irmã fazia cócegas nele.
– Mas então Thiago, - disse Rose depois de um tempo discutindo com Lilían sobre garotos quem foi o culpado?
– Esqueça Rose. disse Thiago irritado.
– Só não fui eu, OK? completou Alvo.
Irritado Thiago saiu da mesa, com Alvo ao seu lado.
Alvo se deparou com Emma, o que acabou separando-o de Thiago, ambos planejavam contar tudo a seus irmãos e primos, mas a atitude de Rose deixou ambos irritados, o que fez isso ser deixado de lado. O dia passou, enquanto Alvo se divertia com Emma, a garota se ofereceu para ajudá-lo a organizar a biblioteca logo depois da janta, e ele aceitou muito animado.
Hugo perseguia Teddy pelos cantos quando não estava na aula, admirando aquele que ele chamava de tio. Enquanto isso Thiago remoia a raiva e a curiosidade, Rose o havia ofendido, e Teddy e Victoire não acreditavam nele, mas ele tinha certeza, e se ninguém ajudasse, ele se ajudaria sozinho. Rose estudava, e estudava, concentrada na aula sempre. Lilían tentava fazer amigas, mas todas eram tão vaidosas que não deixavam uma pessoa com um nome famoso como o dela, ofuscar elas.
Assim o dia passou e as aulas acabaram. E Lílian e Rose se encontraram...
Lilían caminhava a passos largos, com Rose ao seu lado, as duas estavam em uma longa conversa, que havia começado no salão comunal mais sedo. Elas falavam de Scorpius Malfoy.
– Ele não é completamente feio, Rose. disse Lilían à prima.
– Ele não conseguiu fazer um simples feitiço de levitação. respondeu a bruxa.
– Você parece sua mãe falando. respondeu a outra, rindo.
– Lembre-se que os Malfoys são nosso inimigos.
– Rose, eles não são nossos inimigos. Eles se redimiram, lembra?
– Ah, tanto faz, Scorpius não é pra mim, por mais que tente me paquerar.
As duas riram, mas logo pararam, pois um forte vento fez as chamas do corredor se apagarem. Lilían agarrou o braço da prima.
– Vamos Lilían, não tenha medo do escuro. disse Rose, que voltou a caminhar, levando a prima junto.
Em silêncio, as duas escutaram alguns sons estranhos, vindo de um corredor próximo.
– Parece que vem dali. disse Lilían.
– Venha, vamos ver o que é. disse Rose.
– Rose, não!
– Lí, alguém pode estar precisando de ajuda!
Relutante, Lilían seguiu a garota ruiva. O som ficava mais forte a medida que caminhavam, se parecia muito com o bater de assas, misturados a mais alguma coisa. Quando as duas estavam próximas, as chamas misteriosamente voltaram, iluminando os corredores.
Na parede em frente as duas havia uma figura de capuz preto, carregando uma coruja negra nas costas. Mas não foi isso que chamou a atenção delas, mas sim o que ele fazia. Escrevia com uma tinta vermelha nas paredes.
O mundo da magia nunca terá descanso
As duas engasgaram ao ler a mensagem, fazendo com que a pessoa em sua frente parece de escrever, virando a cabeça um pouco pro lado. Notando que estava sendo observado, o misterioso homem encapuzado correu pelos corredores, deixando as duas para trás.
Elas teriam corrido atrás dele só para descobrir quem era, mas não foram. Porque em baixo da frase escrita na parede, jazia o corpo de um estudante.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem por favor ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Pedra de Gelo e Fogo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.