A Bela e a Fera escrita por FocaPotter


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capitulo, espero que vocês gostem. Tem muita gente que me ajudou e inspirou para escrever essa fic, mas não posso dedicar a todos eles de uma vez, então a cada capitulo uma dedicatória. Esse capitulo dedico a minha amiga Vick, foi ela que me trouxe para esse universo das fanfics, então muito obrigado Vick, espero que goste.



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–Isabela? – a voz soou preocupada por ter ouvido um barulho na porta da sala – é você minha filha?

A garota seguiu a voz, atravessou uma porta do outro lado da sala, chegando assim na pequena cozinha.

– Sou eu pais– ela respondeu com um habitual sorriso nos lábios – pensou que fosse quem?

– Nunca se sabe minha filha, poderia ser...um ladrão – o pai estava sentado em um banco ao lado da geladeira. A menina começou a gargalhar de tal maneira que assustou o pai.

– Quem é o idiota que ira tentar nos roubar? Não temos nada – ela disse.

– É, você tem razão, mas nunca se sabe...– ele respondeu fazendo a filha soltar um risinho, enquanto prendia os longos cabelos castanhos com um laço que estava preso em seu braço– já são cinco e meia– ele disse olhando para o velho relógio preso na parede em que se faltava o ponteiro dos segundos.

– É mesmo – disse a castanha olhando também no relógio para confirmar – logo a Clarice e a Mel vão chegar, melhor eu começar a fazer a janta.

Ela se dirigiu ao armário, abriu–o, nada. Suspirou dolorosamente. Foi até a geladeira, congelador vazio. Na porta se encontravam dois ovos e havia também um pote com arroz que avia sobrado do almoço.

– Ovos mexidos e arroz – suspirou a garota – pelo menos hoje teremos comida.

– O que disse Bela? – perguntou o pai indo par a sala.

– Nada – disse a garota rumando para o fogão.

A comida já estava pronta quando a porta voltou a se abrir, permitindo a passagem da irmãs de Bela. Elas chegaram reclamando de fome. Clarice era a copia perfeita da mãe na juventude, cabelo loiro, olhos azuis, e o mesmo rosto fino, com 25 anos era a única que se lembrava da mãe.

Já Melissa Foster, era extremante parecida com a mãe exceto pelos olhos castanhos do pai, e ter a aparência pouco mais jovem. Agora com 22 anos as lembranças da mãe eram apenas fragmentos, um sorriso, uma fala, um acontecimento, pequenos detalhes que a satisfazia durante o dia.

Isabela não possuía nem uma lembrança da mãe, nem aparência, nada que pudesse realmente se apegar para se sentir feliz, os olhos e os cabelos castanhos eram como os do pai. Alguns velhos conhecidos da família costumavam brincar dizendo que ela era a versão feminina do pai, enquanto diziam que as irmãs eram idênticas a mãe. Eles não sabiam como aquilo a magoava. Quando tinha 3 anos a mãe sairá para trabalhar, com a promessa de que quando voltasse, a tarde, elas brincariam coma boneca improvisada que ela tinha feito para a filha. Nunca mais voltou, foi assassinada enquanto voltava para casa. Durante noites a pequena Bela chorou a perguntava quando a mãe iria chegar, ela sempre estaria a esperar a volta da mãe, nunca aceitou esta perda. Mesmo agora, com 18 anos, Bela ainda guardava a boneca, para ter ao menos alguma coisa para se lembrar da mãe.

– A janta tá pronta – gritou Bela da cozinha, ao perceber a presença das irmãs.

– Bom estar mesmo, estou morrendo de fome – desse Mel com sua voz tão doce que chegava a ser enjoativa.

– É claro que está, pelo menos a comida essa vagabunda tem que fazer – respondeu Clarice, a essa altura as meninas e o pai já estavam na cozinha.

– Claro, falou a pessoa que faz tudo nessa casa – respondeu a garota de volta.

– Eu trabalho o dia todo, não tenho tempo para isso, você que fica em casa vagabundeando, você tem o DEVER de fazer as tarefas de casa– Clarice aumentou a voz.

– Você diz como se eu não fizesse nada– Bela também aumentou a voz.

– E não faz mesmo – foi a vez de Mel dizer enquanto se sentava com seu prato.

– é, não faço, se fosse depender de vocês duas essa casa estaria imunda– gritou Bela, todos já estavam sentados com seus pratos, mas a discussão continuava acontecendo.

–MAS ELA ESTÁ, VOCÊ NÃO LIMPA DIREITO – Clarisse gritou

– COMO NÃO?

– É SÓ OLHAR PARA O CHÃO, ESTÁ CHEIO DE MANCHAS E PEGADAS – todos olharam e descobriram que ela tinha razão.

– PEGADAS QUE O SEU PÉ GIGANTE FEZ.

– MEU PÉ NÃO É GIGANTE.

– É sim, Clarice – murmurou Mel, consigo mesma, porém todos ouviram.

– DE QUE LADO VC ESTÁ MELISSA?

– Do lado da verdade – ela se encolheu na cadeira, podia já ser uma mulher adulta, mas era tã corajosa quanto uma criança que tem medo de monstros escondidos de baixo da cama.

– A VERDADE É QUE A BELA NÃO ESTÁ LIMPANDO A CASA DIREITO.

– VOCÊ SABE MUITO BEM O PORQUÊ EU NÃO PUDE LIMPAR DIREITO HOJE

– PORQUE VOC~E É UMA VAGABUNDA!

– PORQUE EU ESTAVA PROCURANDO EMPREGO

–FINALMENTE SUA VAD...

–CHEGA – o pai,Frederick, gritou interrompendo a briga, antes que ela chegasse a outros níveis, pois Bela e Clarice com a faca.

– SENTEM, AS DUAS, AGORA – ele gritou e no mesmo instante as duas obedeceram – Agora, finjam pelo menos na hora de comer que vocês sabem se comportar.

As três ficaram em silencio.

– Obrigada – ele agradeceu – agora tenho uma coisa para fara e quero que as três fiquem de bico fechado enquanto eu falo.

Ele olhou para o rosto de cada uma das filhas para ter certeza que não o interromperiam. Como o silencio reinava começo a falar.

– Bela! Você conseguiu um emprego? – o pai encarava a filha mais nova.

A filha encarava o prato em silencio. Os segundos passavam e nada da garota responder. Frederick começou a ficar zangado, fizera uma pergunta e queria sua resposta.

– Responde menia – ele disse perdendo a paciência.

– Mas você disse para ficarmos em silencio enquanto..

– RESPONDE LOGO CARALHO! – ele gritou.

– Não pai, só consegui entregar alguns currículos – ela respondeu engolindo mais uma garfada .

– Tomara que te chamem... – ele foi interrompido

– É claro que não a chamaram, quem iria querer contratar ela – Clarice riu

– CLARICE! Já mandei calar a boca – ralhou o pai – onde eu estava? Lembrei, tomara que te chamem logo, por que... eu fui demitido.

– O QUE?! – as três disseram em coro.

– É o que vocês ouviram, mas amanha eu já vou procurar um novo emprego, não podemos ficar só com vocês duas tralhando, se não vamos morre de fome.

Após essa noticia, os quatro terminaram suas refeições em silencio. Clarice e Mel foram para o quarto, assim como o pai. Toados estavam preocupados com o futuro caso o pai não conseguisse achar um novo emprego. O que ganhavam mal dava para viver direito, agora com um salario a menos a comida poderia diminuir drasticamente. Bela foi lavar a louça, e ainda quando terminou teve que limpar a casa. Terminado seus afazeres, ela pegou um de seus livros e foi para a a sala, o sofá estava mais aconchegante que sua cama, acompanhada de um fino cobertor se deitou no sofá com seu livro. Acabou dormindo poucas paginas depois, em um sono leve profundo. Bela sempre gostará de ler, esta sua única maneira de fugir dessa vida, para mundos onde tudo é possível.


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Notas finais do capítulo

E então pessoal? O que acharam? Por favor deixem nos comentário o que acharam, duvidas, sugestões, opiniões, o que gostaram, o que não gostaram, me digam tudo. Irei lê-los e responder o mais rápido possível.



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