Amor e ódio escrita por alinefrance


Capítulo 8
Lua de Mel


Notas iniciais do capítulo

Meninas me desculpem ter deixado vocês sem nem um capitulo essa semana, é que eu estava com gripe alérgica, imaginem a situação que eu estava, mas agora estou melhor e sempre vou postar aqui.
beijos...



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_Você passou a noite aqui em vez de ir para o quarto?

_Nem vi que tinha amanhecido Arthur, acho que peguei no sono aqui mesmo no chão. – disse me levantando.

_Você é linda até mesmo descabelada. Já preparei o café da manhã, vem vamos tomar e depois voltaremos para a realidade.

_E quando voltarmos para a realidade você vai continuar sendo assim comigo ou você vai virar um ogro de novo? – segurei seu braço fazendo ele olhar nos meus olhos.

_Acho melhor esquecer tudo o que houve aqui.

_Porque temos que esquecer, não seria mais fácil se fossemos sinceros uns com os outros e admitíssemos que estamos gostando um do outro?

_Não é tão fácil como você imagina Valentina, tem a Sofia e eu não vou ser bom o suficiente para você.

_Porque você afirma tanto que não vai ser bom pra mim? O que você faz de tão ruim?

_Eu não sei está bom? Eu só sinto que não vamos dar certos juntos. É tipo um sexto sentido.

_Para com isso, vamos tentar eu sinto algo por você, algo que eu nunca senti por ninguém e isso ficou claro pra mim ontem quando estávamos juntos. Desde o dia que eu te vi, eu senti uma atração muito forte, como se as nossas almas já se conhecessem a muitas vidas e agora estamos tendo mais uma oportunidade de estarmos juntos, não jogue isso fora por favor.

_Para Valentina, eu não acredito nessas coisas.

_Está bem, se você prefere não acreditar nessas coisas é melhor ficarmos longes um do outro, pelo menos até no casamento. Agora vamos embora.

_Vamos sem tomar o café da manhã? – Não respondi, simplesmente fui direto para o carro, fizemos todo o percurso calados, de vez em quando ele tentava puxar conversa, mas eu fingia que não estava escutando nada. E ficamos assim durante 6 meses, sem um conversar direito com o outro somente o necessário. Até que chegou o dia que todos esperavam, menos a gente, o nosso casamento.

_Ô minha linda, como está perfeita neste vestido, só está faltando um sorriso nesses lábios.

_Como você quer que eu sorria vovó sendo que o Arthur me rejeita, ele não quer nem saber de mim, mesmo depois de eu ter falado tudo aquilo que eu já te contei e não vou contar novamente.

_Minha pequena Valentina, você é muito jovem para entender os desígnios de Deus, eu acredito plenamente em que você me contou, senti a mesma coisa com o seu avô, e sei que não temos somente uma vida. Mas vocês ainda vão dar certos e vão ter 3 filhos lindos.

_A senhora virou vidente agora é? – perguntei sorrindo

_Mais ou menos isso minha linda. Agora vamos que o seu pai está te esperando para levar a sua preciosidade ao altar.

_Vovó, só uma pergunta, vamos ser felizes?

_Isso minha jovem somente Deus sabe e depende somente de vocês dois, peço somente uma coisa, não desista dele tão facilmente, ele tem esse jeitão, mas no fundo ele só precisa ser amado por você.

_Mas como ele vai ser amado por mim, sendo que ele não deixa?

_Com o tempo você vai descobrir.

_Você fala como se já tivesse visto a nossa vida juntos. – ela somente sorriu e me levou para os braços do meu pai. Fomos para o jardim, onde seria a cerimonia e a festa. Parei na entrada, dei um suspiro quando vi o homem da minha vida parado no altar me esperando, olhei para o meu pai, segurei firme no seu braço e caminhamos sorrindo para todos até onde o Arthur estava.

_Cuide bem da minha filha.

_Pode deixar que eu cuidarei sim tio.

_Você está de tirar o folego minha Valentina. – falou no meu ouvido, dando um beijo no meu pescoço em seguida. Apenas sorri, não tinha força para responder, as minhas pernas estavam bambas, minha mãe estava gelada e suava frio, meu coração batia descompassadamente a cada palavra que eu repetia, principalmente quando trocamos alianças e o padre falou – Pode beijar a noiva – quando o Arthur me segurou pela cintura, o meu mundo se abriu em baixo dos meu pés, tudo girava e a única coisa que eu sentia era que as nossas almas estavam entrelaçadas não agora, mas a tempos e que eu ansiava mais que nunca em ser beijada e abraçada por ele. Eu o amava com todos as minhas forças e a partir de agora iria lutar pelo seu amor, iria fazer ele me amar na mesma intensidade.

_Arthur meu filho, eu e minha mãe achamos melhor vocês passarem a lua de mel no nosso rancho, o que vocês me falam?

_Se tiver cavalos eu aprovo?

_Você gosta de cavalos?

_Tem muita coisa de mim que você ainda não sabe Arthur.

_Tem muitos cavalos Valentina e é um lugar lindo, sei que você vai gostar

_Eu sei que vou vovó. – dei um abraço em todos e fui arrumar as minhas malas, quando estava tudo pronto, eu e Arthur fomos para a nossa lua de mel.

_Realmente esse lugar é lindo, parece que eu fui pra algum filme de época. Gosto de arquitetura antiga assim. – falei dando uma última olhada antes de entrar e me surpreender ainda mais, toda a mobilha era antiga, me atrevo a dizer que é do século XIX e do século XX.

_Também gosto e sempre que venho aqui parece que já vivi aqui em outras épocas, mas mudando de assunto, você pode escolher qualquer quarto e deixando bem claro que a gente não vai dormir no mesmo quarto.

_Como você queira. Amanhã eu quero cavalgar cedo, você vem comigo ou eu vou sozinha? – perguntei subindo as escadas.

_Pode ir sozinha.

_Está bem, eu irei sozinha. – não era o que eu queria escutar, escolhi o meu quarto e depois fui tomar um banho, não demorei muito para ir pra cama e logo dormi. Acordei era 7:15 da manhã, vesti a minha roupa de montaria e fui tomar meu café. Cheguei na sala de estar e não tinha ninguém, mas a mesa estava com um desjejum maravilhoso. Depois de comer fui para as baias escolher um cavalo.

_Bom dia senhora Valentina, precisa de ajuda pra escolher algum cavalo?

_Não, não, eu deixo que eles me escolham, gosto de sentir uma ligação antes mesmo de montar. - falei passando a mão em alguns, mas um em especial me chamou a atenção, era caramelo e as crinas eram da mesma cor, parecia que seu pelo era de ouro tanto que brilhava, cheguei mais perto e não pude deixar de notar que era uma égua nova. – gostei dessa égua, aa e qual é o seu nome mesmo?

_Pode me chamar de Tião senhora, boa escolha, essa égua nem foi adestrada direito, mas é muito dócil quando gosta de alguém e por sinal adorou a senhora.

_É, eu também gostei dela, onde fica a sela por favor?

_Não gostaria que eu selasse a égua?

_Não, eu mesmo gosto de fazer isso, pode deixar que eu me viro muito bem. – falei sorrindo, logo ele saiu e voltou com uma sela nas mãos, selei a égua e já fui montando. – Tião como a égua chama?

_Flicka senhora.

_Pode me chamar só de Valentina Tião. – sorri e sai cavalgando pela fazenda, a verdade é que eu amava esse ar e cavalgar, sentir o vento no rosto, sair sem rumo me dava uma sensação de liberdade incrível.

_Ela cavalga muito bem né Tião.

_Cavalga sim senhor Arthur e ainda selou a égua sozinha, só tenho medo dela se perder no meio desse pasto todo.

_Ela é esperta, não se perde tão fácil não. Vou cavalgar também, sela o Veloz pra mim por favor.

_Ei Flicka, olha que cachoeira mais linda, vamos parar aqui um pouco. – falei descendo da Flicka e indo direto para a beira da cachoeira, olhei em volta e não tinha ninguém, estava muito calor, então eu decidi dar uma mergulhada, me despi e entrei de uma vez, sei lá por quanto tempo eu fiquei ali parada olhando a natureza e imaginado o tanto que seria ótimo se o Arthur estivesse aqui comigo. Cai na real e sai da cachoeira e fui me vestir.

_Você não mudou nada nesses últimos meses em Valentina, continua linda e incrivelmente sexy sem querer. – dei um pulo quando reconheci a voz, peguei as minhas roupas e coloquei na minha frente tentando me tampar o máximo possível.

_O que você está fazendo aqui? É propriedade do rei não sabia?

_Meus pais tem uma fazenda aqui, que por incrível que pareça faz divisa com a do rei, vem cá Valentina, para de tentar tampar o que eu já cansei de ver e que por sinal me deu vontade de fazer outras coisas te vendo assim, só de calcinha e sutiã. – falou chegando perto de mim e tentando me agarrar.

_Me solta Marcus, para com isso, você está me machucando. – falei esperneando, tentando fazer ele me soltar. – você esta tentando deitar comigo como da última vez é? Saiba que eu passei a te odiar e te repudiar desde aquele dia seu cretino. – ele deu uma tapa no meu rosto que me fez ir para no chão, a Flicka estava agitada e não parava de relinchar de onde estava amarrada.

_Quando que você vai entender que sempre será minha Valentina? – falou deitando-se em cima de mim, beijando-me a força.

_Socorro, socorro, me solta, sai de cima de mim, eu te odeio. – gritei com todas as minhas forças.

_Cala a boca sua vadia.

Estava indo a procura da Valentina, ela tinha sumido e não a achava em lugar algum, só tem um lugar que eu ainda não fui e é certeza que se ela achou ela se perdeu no tempo. Andei por mais uns 15 minutos e escutei um cavalo relinchando.

_ Socorro, socorro, me solta, sai de cima de mim, eu te odeio.

_Essa voz está parecendo com a da Valentina. – andei mais rápido, desci do Veloz e não posso dizer o quão nervoso eu fiquei de ver aquele cara em cima dela tentando estupra-la.

_Seu credito sai de cima dela agora. – agarrei em seu braço e dei um soco quando virou para mim, não demorou 2 minutos para estarmos no chão batendo um no outro. A Valentina tentou nos separar e o Marcus acabou emburrando ela, fazendo-a cair no chão e bater a cabeça em uma pedra.

_Seu idiota olha o que fez – fui olhar como ela estava. Olhei pra traz e o Marcus já estava longe, a nuca dela estava saindo um pouco de sangue e ela estava desacordada pra piorar a situação. Peguei ela no colo, coloquei-a em cima da Flicka e montei o veloz, fui conduzindo a Flicka até a casa grande.

_Tião, Tião, me ajuda aqui por favor, leva o Veloz e a Flicka para o estabulo que eu vou levar a Valentina para o quarto e por favor chame um médico o mais rápido possível a nuca dela está sangrando – falei dando as costas pro Tião e fui direto para o quarto, só quando a coloquei na cama que eu fui perceber que ela estava de calcinha e sutiã ainda. Peguei uma coberta e cobri-a e não pude deixar de reparar que ela era exatamente perfeita, tinha um corpo escultural, nada demais e nada de menos, tudo era proporcional o que a deixava ainda mais bela.

_Onde eu estou, ai – falei tentando me levantar.

_Está no seu quarto agora e acho bom você ficar bem quieta, porque você bateu a cabeça e o médico já está vindo te ver.

_Obrigada Arthur.

_Não precisa me agradecer por nada, eu faria isso por qualquer pessoa e só me responde uma coisa, como esse Marcus veio parar aqui?

_Ele disse que os pais dele é proprietário da fazenda que faz divisa com essa, você sabe quem são os donos da terra vizinha?

_Como assim, os pais dele é dono da fazenda vizinha?

_Foi o que ele me disse quando eu perguntei o que ele estava fazendo aqui, você sabe quem são os donos Arthur?

_Não, não pode ser, os donos são os tios da Sofia, isso significa que o Marcus é primo da minha namorada.

_Essa história está muito estranha, o que ele etária fazendo no Brasil em vez de ficar aqui com a família?

_Não sei Valentina, mas a gente vai descobrir o que está acontecendo. Agora para de se preocupar e fique deitada esperando o médico. – falei dando um beijo na testa dela e levantei para sair.

_Não me deixa aqui sozinha, fica pelo menos hoje aqui comigo. – falei segurando o seu braço, impedindo-o de sair do meu quarto.

_Só hoje que eu vou ficar e dormir aqui com você viu, só porque você está fragilizada com tudo o que aconteceu, e agora enxuga essas lagrimas que eu não vou te deixar sozinha. – falou passando a sua mão do meu rosto e sentando do meu lado.

_Obrigada, eu gosto quando a gente não briga sabia. – falei dando meio sorriso.

_Eu também gosto, eu me sinto em paz ao seu lado, como eu nunca senti antes do lado de alguém. Você é especial e eu gosto de você.

_Senhor Arthur, o médico chegou, posso mandar ele subir. – Tião falou do outro lado da porta.

_Pode sim Tião.

O médico me examinou e falou que era só um corte na nuca, me receitou uns remédios para dor e mandou eu ficar 2 dias de repouso.

_Fica esses dois dias comigo?

_Fico sim, mas é só porque você está fazendo essa cara de piedade viu. – apertou meu nariz.

Levantei da cama, mas logo tive que me amparar nos braços do Arthur.

_Ei, você está bem? Vem que eu vou te levar no banheiro. Você deve estar querendo tomar banho.

_Fiquei tonta, acho que levantei rápido demais, mas não precisa me levar ao banheiro não, ou você quer me dar banho agora?

_Não seria nada mal. – falou rindo.

_Eu deixo só se você tomar banho comigo. – disse chegando a minha boca bem perto da sua e me virei para ir pro banheiro.

_Você gosta de me provocar né Valentina, e se eu disser que aceito.

_É só você vir comigo ué. – dei um selinho nele e fui tomar banho.

_Acho melhor não, quem sabe outro dia, você deve ter batido a cabeça muito forte para estar me convidando assim.

_Eu estou muito lúcida e não foi nada, você não escutou o médico.

_Vou preparar alguma coisa pra você e já volto. E fica bem cheirosa porque eu vou dormir com você.


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