Amor e ódio escrita por alinefrance


Capítulo 5
Primeira aproximação


Notas iniciais do capítulo

É mais certeza que postarei mais somente amanha....

Beijinhos



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Depois que escutei o que ele falou eu voltei pro meu quarto e esperei escurecer, não estava afim de ficar em casa então resolvi dar uma volta na cidade, afinal não tinha conhecido a cidade ainda. Tomei um banho, coloquei uma calça jeans, uma blusinha, uma jaqueta vermelha e um sapato vermelho, passei uma maquiagem leve e pronto, estava mais apresentável. Desci as escadas e meus pais estavam sentados na sala de estar.

_ Onde você vai Valentina? Você ficou o dia inteiro no quarto e agora já vai sair.

_ Não sei onde vou ainda, vou dar uma voltar, esfriar a cabeça.

_ Acho melhor você fica em casa para o jantar.

_ Estou sem fome, a Ceci levou uma bandeja cheia de comida mais cedo então se me dão licença estou afim de sair.

_ Ei mocinha isso não é jeito de falar com a sua mãe, e se a gente acha melhor você ficar em casa você vai ficar em casa, está me ouvindo?

_ Eu não tenho 15 anos mais e sim 21, sou dona do meu próprio nariz, eu vou sair e pronto, vocês já estão me obrigando a ficar noiva, agora querem me aprisionar em casa? Vocês acham que é fácil sair da sua rotina tão rapidamente? acha que é fácil descobrir que estava morando com bandidos e achando que eles eram os seus pais? Como vocês acham que eu estou me sentindo? Já pararam para pensar por acaso?

_ Minha filha me perdoe, eu sei que o que está passando não é nada fácil, é que não queremos lhe perder novamente, por isso temos medo de você sair assim sozinha, se você aceitar pelo menos dois seguranças ... - não esperei ela terminar e sai, pedi pro motorista me levar pra algum barzinho, estava afim de esfriar um pouco a cabeça.

_ Ó Arthur, por favor, vai atrás dela, não a deixa sozinha.

_ Pode deixar tia que eu vou atrás dela e a trago sã e salva – fui pegar o meu carro para ir atrás dela, o motorista tinha me informado onde estava.

_ Por favor traga um vinho – pedi sentada em uma mesa no canto sozinha com os pensamentos. Bebi sei lá quantas taças de vinho, só sei que foi o suficiente para me deixar bem tonta, ainda mais porque eu bebia só de vez em quando. Olhei em volta e percebi que o bar estava quase fechando por estar somente eu.

_ Ei, moço, traga mais uma taça de vinho? - perguntei sentando nos banquinhos do balcão.

_ Valentina, vamos embora agora – Arthur disse segurando meu braço.

_ Você está me seguindo por acaso? E eu não vou embora com você. – falei me soltando de suas mãos e virando a taça de vinho de uma vez.

_ Não estou te seguindo, eu costumo vir aqui e você vai embora comigo sim, eu dispensei o motorista, então você não tem escolha ou quer ir andando?

_ Prefiro ir andando, e já que você vem tanto aqui, você pode pagar a minha conta – sai acenando pra ele com um beijinho. Na verdade eu não estava nada bem e nem sabia como voltar pra casa.

_ Pether coloca na conta pra mim por favor, agora eu tenho que ir atrás daquela doida.

_Vai mesmo atrás dela, porque ela não está nada bem, bebeu muito e chorou bastante também. E é melhor a sua família não ver ela nesse estado.

_ Ok Pether, agora deixa eu ir – essa menina é maluca, sair sem saber como voltar.

Sai do barzinho e fui andando pela rua pensando em como a minha vida tinha mudado e pra pior – Valentina, Valentina, espera, eu tenho que te levar pra casa – virei e quem estava vindo atrás de mim? Arthur, quem podia ser.

_ Me deixa, eu quero ficar sozinha, vai perturbar a vida de outra pessoa. – aumentei os meus passos, mas de nada adiantou, ele me alcançou segurou o meu braço e me fez virar pra ele, coisa que eu não queria, por estar em lagrimas.

_ Ei para de ser marrenta desse jeito, eu tenho certeza que você nem sabe onde está, o que significa que tem que voltar comigo agora mesmo, olha pra mim – disse erguendo meu queixo fazendo nossos olhos se fixarem. – Porque você está chorando?

_Realmente eu não sei nem onde eu estou, mas se você não tivesse dispensado o motorista eu não precisava te incomodar e ser um fardo pra você, principalmente porque você me odeia e não é por nada que eu estou chorando.

_Você não está sendo nenhum fardo e não te odeio tanto assim também, odeio mais é a questão de me obrigarem a casar com você, sendo que não tenho nenhum sentimento de amor por você e não é por nada que você está chorando, o Pether falou que você chorou bastante.

_É por estar exatamente aqui que estou tão triste, ninguém se importa como eu me sinto no meio disso tudo, eu sinto falta da minha antiga vida, sinto falta da faculdade, do hospital que eu fazia residência, das minhas amigas, das pessoas que realmente me amam e se preocupam comigo, é por isso que eu estou assim, será que você pode me entender pelo menos nisso e não ficar com quatro pedras nas mãos como sempre? – desabafei num pranto sentido.

_Ei vem cá, não fica assim não eu te entendo perfeitamente, sei que o que você está passando é terrivelmente atormentador, mas eu acho que bebendo assim e chorando desse jeito não vai adiantar nada e aqui você vai conhecer pessoas legais eu tenho certeza – falou me puxando para os braços dele, e como era reconfortante estar nos braços dele, sentindo o calor de sua pele, o seu perfume suave e amadeirado, eu devo estar muito bêbada mesmo pra ficar pensando nisso.

_Tomara que você esteja certo, agora você pode me levar embora, eu acho que bebi demais e está tudo rodando. – disse me afastando pra olhar nos seus olhos.

_ Claro, venha eu vou te levar, mas primeiro eu vou te levar pra tomar um café bem forte, pra ver se você melhora pelo menos um pouco, seus pais não pode te ver nesse estado, que por sinal não está nada agradável. – deu meio sorriso.

_ Ã, eu estou tão mal assim?

_ Meu Deus, as mulheres se preocupam com a aparência até bêbadas – gargalhou – anda, vamos tomar um café – disse passando o seu braço por cima dos meus ombros.

_Ei eu não preciso de ajudar para chegar no carro, eu sei andar sozinha tá – disse tirando seu braço de cima dos meu ombros.

(escutem essa música quando lerem essa parte http://www.youtube.com/watch?v=M8He7KJwhqc )

_ Eu sei que você sabe andar sozinha, mas eu quero te ajudar, pra mostrar que eu não sou tudo aquilo que você já me falou – disse me virando para olhar nos seu olhos, fomos nos aproximando até quase nossos lábios se encostarem.

_Eu acho melhor nos afastarmos.

_ Eu também acho, mas você tem algo que me fascina, acho que te odiei desde quando te vi por causa disso, seria mais fácil ficar longe de você.

_ Para de falar essas coisas, você está falando isso só porque não estou sóbria e corre o risco de eu não me lembrar depois.

_ Meu amor, até que enfim eu te encontrei, liguei no seu celular mas você não atendia, então imaginei que estivesse aqui, mas não com ela – disse me olhando de cima em baixo.

_Minha tia pediu para eu vir atrás dela, então eu vim para levar de volta pra casa.

_ Coloca ela em um taxi ou manda o motorista vir buscar ela, e vamos para o meu apartamento, estou morrendo de saudade dos seus beijos querido. – falou beijando ele na minha frente.

_ É melhor eu pegar um taxi mesmo. – acenei para o taxi que passava e entrei nele fechando a porta com raiva.

_Ei espera Valentina, eu te levo.

_ Para de ser baba disso, ela já é crescida e sabe se virar, agora vamos para a minha casa.

_ Ta bom Sofia, vamos.


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