Nossa Eterna Maldição escrita por Clary Morgenstern Herondale


Capítulo 3
Sonhos e Preparativos


Notas iniciais do capítulo

oiiee, everybody! mais um cap caprichado para vcs! bjoss e a gente se ve la embaixo!



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Pov. Rose

Havia se passado uma semana desde aquele dia, e os preparativos para o casamento de meu irmão e Francesca já estavam em andamento. A cerimônia seria dali a um mês, no auge da primavera.

Eu e Brienne seriamos as damas de honra, então ajudaríamos Francesca a escolher o vestido. Fiquei extremamente próxima de Brienne, ela era uma garota muito inteligente e bondosa, apesar de seus eventuais surtos.

Lucile me disse uma vez que a vira se cortando com uma faca de cozinha e que a achava uma maluca. Acho que ela estava com ciúmes por eu estar passando mais tempo com ela ultimamente.

Não vi Castiel em momento algum, ele estava sobrecarregado com os deveres na empresa. Tentei não pensar nele, mas a cada prova de vestido, eu me imaginava casando com ele no jardim da mansão.

Edmund não estava nem um pouco animado com o casamento, ele vivia tentando alguma coisa com Brienne, mas ela se enojava com ele. Francesca, a quem eu aprendi a odiar, só sabia reclamar de tudo no vestido e na decoração.

Uma vez, Lucile foi apertar melhor um dos vestidos e acabou furando acidentalmente o quadril de Francesca, que a estapeou até seu nariz sangrar. Depois disso, o Sr. Caravaggio mandou Luce trabalhar em outro setor da mansão.

Agora eu estava indo para a biblioteca, para tentar relaxar um pouco. Andei calmamente pelos corredores de livros em busca de uma nova aventura. Peguei um exemplar de Hamlet e me dirigi ao andar de cima da biblioteca, onde haviam pequenos bancos estofados para me sentar.

Após subir o último degrau, percebi que não estava sozinha. Castiel estava sentado em um dos bancos, massageando as têmporas com os dedos e tentando ler um jornal.

Ele nem levantou os olhos do jornal quando eu me sentei do outro lado do corredor. Ele apenas disse:

– Você está me evitando. Por quê?

– Não estou te evitando. Só estou ocupada organizando um casamento!- Eu disse o mais secamente possível.

Ele levantou os olhos pela primeira vez e eu estremeci, estavam vermelhos, com olheiras de cansaço. Ele disse:

– Você acha que entende de trabalho? Já trabalhou alguma vez na vida? Ou passou a vida inteira como uma dondoquinha lendo seus livrinhos idiotas enquanto sua amiguinha escovava seus cabelos, hein?!

Engoli em seco ao ouvir o tom ríspido em sua voz. Ele limpou a garganta e disse:

– Me desculpe, não deveria ter falado dessa forma. É só que... Céus, é tão difícil!

Levantei-me e me sentei ao seu lado. Eu disse:

– O que é difícil?

Ele parou por um instante e me olhou nos olhos, e disse com a voz mais suave que eu já ouvi:

– Ficar perto de você e saber que nem com todo o dinheiro do mundo poderei tocar você como eu quero, olhar para você como eu gostaria e sentir o aroma do seu corpo contra o meu. Eu...

Ele se interrompeu por um instante, percebendo o que tinha dito, e se levantou rapidamente. Senti o sangue subindo para o meu rosto e meu coração batia acelerado.

Ele disse como quem se desculpa:

– Eu não devia ter dito isso, não devia.

E desceu as escadas o mais rápido possível. Eu sorri para mim mesma ao ouvir a porta bater.

Ele me queria. Me desejava tanto quanto eu a ele, e isso o estava matando. Tinha que haver um jeito de ficarmos juntos, e eu iria descobrir.

Pov. Castiel

Não estava acreditando que havia dito aquilo à Rose. Ela já deve ter contado ao meu pai sobre meu disparate e ele com certeza já deve estar me procurando.

Corri para o único lugar onde poderia ir sem ser descoberto.

A mansão Lovelace parecia um palácio de contos de fadas, com um estilo provençal elegante. Entrei sem bater, procurando por Carole, a irmã mais nova de Catarina. Carole tinha quatorze anos e era uma grande amiga minha. Ela sempre me ouvia quando eu estava com problemas e desprezava a irmã, então sei que não contaria nada.

Carole estava no jardim, sentada em frente a um carvalho alto. Ao contrário da irmã, ela tinha cabelos louros e ondulados, e preferia roupas mais simples.

Ela sorriu ao me ver e perguntou:

– Problemas com seu pai de novo?

Balancei a cabeça negativamente e disse:

– É uma garota, Rosaline, que está me deixando assim.

– Sei quem ela é. Cat chegou em casa bufando a uns dias atrás dizendo que você tinha outra- ela disse.

Ótimo. Agora Catarina também está com raiva de mim. O que mais falta acontecer?

– Não se preocupe, eu calei a boca dela antes que ela contasse aos nossos pais- Carole disse tentando me tranquilizar- Essa tal de Rosaline deve ser bonita, minha irmã quase arrancou os cabelos de tanta inveja.

Sorri ligeiramente com o comentário, mas ele me fazia lembrar de Rosaline e seus cachos ruivos reluzentes, seus olhos brilhantes e seu sorriso de deusa.

Ela não me amava. Como poderia? Eu sou o homem mais tolo que já existiu por me expor desse jeito.

Não era para ser assim.

Pov. Narrador

Estava em chamas, seus olhos ardiam. Sentia o fogo saindo de suas veias. O céu estava negro, raios brilhavam acima de sua cabeça. Brienne levantou os olhos e viu um anjo com asas negras em chamas estendendo-lhe a mão. O toque do Anjo queimava e seus olhos reluziam uma luz azul.

Repentinamente, o fogo cessou e um frio intenso tomou conta de seu corpo. Lágrimas salgadas escorriam por seu rosto. À sua frente havia um homem, muito bonito, jazendo morto sob seus pés. Ele tinha uma adaga fincada no peito. Ao se aproximar, Brienne percebe de quem é a adaga. É a adaga de seu irmão.

Ao acordar de seu pesadelo, Brienne olha para o pulso, que latejava, e se assustou. No local onde o Anjo havia lhe tocado, havia uma marca. Um número. 75.


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Notas finais do capítulo

hi again! que sonho sinistro esse da bri, não é mesmo! e o Castiel, revelando seus sentimentos! comentem!



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