Nossa Eterna Maldição escrita por Clary Morgenstern Herondale


Capítulo 1
Primeira parte, 1912: O início


Notas iniciais do capítulo

Oiee, minha primeira fic original!!! Espero que gostem e chequem também minhas outras fics. Nos vemos lá embaixo, Bjosss!



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Pov. Rose

Meu nome é Rose Winchester. 19 anos. Nasci e cresci na Inglaterra. Meu pai, Richard, é um comerciante falido, mas tem um bom coração. Minha mãe, Elizabeth, é a mulher mais gentil e bondosa que o mundo já viu, em minha opinião. Já o meu irmão, Edmund, é outra história. Edmund é um bêbado desempregado que, ainda por cima, é um pervertido.

E por causa dele estamos agora em uma embarcação rumo à Itália. Meu pai lhe arranjou um casamento com a filha de um rico empresário italiano que é amigo da família.

Depois de dias de viagem, chegamos ao porto. Eu havia escolhido usar um vestido de bordado francês, devido ao auge da primavera, e um prendedor em formato de flor de lótus para prender as mechas ruivas de meu cabelo que insistiam em balançar ao vento.

Lucile, minha melhor amiga e filha da empregada, havia vindo conosco. Ela possuía uma beleza excepcional, com seus grandes olhos azuis e sua pele aveludada. Meu irmão sempre tentava algo com ela, mas eu sempre intervia. Não permitiria que ele a machucasse.

Lucile pegou as minhas malas, mais por costume do que por obrigação, e desceu a plataforma. Meu irmão saiu sendo empurrado por meu pai. Luce ajudou minha mãe a descer e me sorriu com o canto da boca.

Há alguns metros, havia um grupo de pessoas nos encarando. Não pude ver seus rostos, mas meu pai gritou em direção a eles:

- Carlo! Quanto tempo!

Então parece que aquela era a tal família Caravaggio. Nos aproximamos até estarem em nosso campo de visão. Havia um homem, que devia ser o tal Carlo, ele tinha cabelos negros e profundas olheiras. Ao seu lado estava uma mulher de mais ou menos 25 anos, extremamente bonita, com cabelos negros como os do pai e olhos azul turquesa e possuía um certo ar arrogante. Ao seu lado havia outra garota, mais nova, devia ter no máximo 16 anos, com cabelos castanho-mel e um olhar doce. Meu irmão olhava de uma a outra se perguntando qual seria sua esposa. Algo em seu olhar me dizia que ele preferia a mais nova.

Parei de prestar atenção em todos quando o vi. Ele tinha longos cabelos loiros, olhos azuis profundos e um rosto perfeito. Quando nossos olhares se encontraram, ele sorriu, e aquele era o sorriso mais lindo que já havia visto em toda minha vida.

Sorri de volta, meio desnorteada, quando Carlo começou a nos apresentar:

- Olá, sou Carlo Afonso Caravaggio e estes são meus filhos, Francesca, Brienne e Castiel.

Castiel. O nome mais bonito que já ouvi. Depois de meu pai nos apresentar, o Sr. Caravaggio disse a Castiel:

- Preciso que cuide da empresa hoje, temos muito o que fazer.

O sorriso fugiu de minha face, eu não o veria mais hoje. Ao se afastar, Castiel se virou momentaneamente e sorriu para mim. Senti minhas bochechas corarem. Meu pai me lançou um olhar de reprovação. Em geral ele não era um homem ciumento, mas algo naquele olhar me dizia que Castiel Caravaggio não era uma opção.

O Sr. Caravaggio nos conduziu até a carruagem, mas meus pensamentos estavam em outro lugar, viajando pelo desconhecido atrás de Castiel.

Pov. Castiel

Estávamos no porto há duas horas, esperando pela chegada da família Winchester e do futuro noivo de Francesca. Ela havia odiado a ideia de se casar com um bêbado sem um tostão no bolso. Houve uma vez em que sugeriu que ele se casasse com Brienne, mas meu pai negou, dizendo:

- Brienne não está em condições mentais para cuidar de uma família.

Brienne era minha irmã mais nova, apenas 16 anos, e sofria de depressão e esquizofrenia. Os médicos dizem que a culpa pela morte de nossa mãe havia consumido sua sanidade. Ás vezes, entro em seu quarto e encontro versos escritos com tinta nas paredes. Meu pai e minha irmã a chamam de louca, mas acho que de todos nós, ela é a mais sã naquela casa.

Minha mãe, Angelis, morreu durante o parto de Brienne e meu pai sempre a culpou. Eu sempre a apoiava, não sentia nenhum rancor com relação á ela. Já minha irmã, por ter vivido mais tempo com nossa mãe, sempre fez da vida dela um inferno. E assim vive nossa família, no ambiente mais pacífico da Itália.

Ouvimos o barulho do barco chegando ao porto. Lá estavam os Winchester. Eu esperava que o novo marido de Francesca fosse um verdadeiro crápula, era o que ela merecia.

Quando se aproximaram, eu vi a criatura mais bela na qual meus olhos jamais repousaram. Tinha longos cachos ruivos e lindos olhos azul-esverdeados. Olhava em minha direção com certo facínio. Eu a olhei nos olhos e sorri, ela retribuiu com um sorriso tímido que derreteu meu coração. Nossos pais fizeram as apresentações:

- Carlo, esta é minha esposa Elizabeth e meus filhos Edmund e Rosaline.

O nome dela era como música aos meus ouvidos. Meu pai, como sempre, acabou com a diversão me fez ir para a empresa. O sorriso de Rosaline se desfez na hora. Me virei para olhá-la nos olhos mais uma vez e nossos olhares se encontraram. Sorri e a vi corar, antes de me virar e ir embora.

Mal sabia eu que aquela era a primeira de muitas despedidas.

Pov. Rose

A mansão dos Caravaggio era imensa, o salão de entrada possuía enormes colunas em estilo grego, com estátuas ornamentais. Depois havia uma porta de madeira que levava à sala de jantar, onde havia uma comprida mesa de madeira importada, com cadeiras com retalhes em ouro e um lustre majestoso no teto.

Depois haviam os corredores de mármore que levavam aos quartos. Mais a frente havia um enorme jardim que acabava em uma estufa. Mas a minha parte favorita na mansão era, sem dúvida, a biblioteca. Era imensa, com uma infinidade de livros e até havia um segundo andar, com teto em forma de abóboda. A única parte da mansão a qual não teríamos acesso era o sótão, onde guardavam os pertences da falecida Lady Angelis.

Entrei em meu quarto e me surpreendi. Ele era lindo, com uma enorme cama de casal com lençóis lilases, uma escrivaninha de madeira polida com alguns livros separados e um guarda-roupa cheio de peças caras, que haviam pertencido a Francesca.

Coloquei um vestido verde que realçava meus cabelos e fui a sala de jantar, ansiosa para ver Castiel de novo. Para minha infelicidade total, ele não estava lá. As coisas na empresa haviam deixado-o muito ocupado.

Terminei o jantar e fui para meu quarto. Coloquei uma camisola de seda perolada e me deitei. Meus sonhos nessa noite foram todos com ele, Castiel.


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Notas finais do capítulo

Oiii, então pra quem ficou curioso sobre a aparência dos personagens, pode conferir as fotos deles lá na minha conta no face Taly Fanfics.
Comentem o que acharam do cap. e se devo continuar postando,
Bjosss, Taly!



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