Oi De Novo! escrita por katnissberry


Capítulo 9
Capítulo 9




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Amora? O que faz aqui? –perguntou Cida.

–Eu... Eu vim falar com o Bento. –ela disse se arrumando.

–E acabou o beijando? Pensei que fosse noiva do Maurício, e não do Bento. –disse Cida.

–O que você tá fazendo aqui?-perguntou Bento.

–Eu vim... Ver como você está. Mas já percebi que ta muito bem. Bem até demais.

–Pronto, agora que o show acabou, vamos pra casa. –disse Amora. –Eu te levo, e não aceito não como resposta.

Cida foi caminhando em direção ao carro.

–Cida, volta! Deixa eu me explicar.

–Deixa ela, Bento. –disse Amora.

–Me desculpa, Amora. Eu não deveria ter te beijado. –disse Bento.

–Tudo bem, vamos fingir que não aconteceu.

–Ok, mas o que você queria me contar mesmo? –ele perguntou curioso.

–Eu queria te chamar para um evento. É uma festa do pai do Maurício, o Natan. Vai ter todo o tipo de imprensa lá! Você vai poder fazer propaganda da Acácia.

–Eu não sei, Amora. Primeiro que o Maurício não vai gostar, e além do mais, eu não gosto muito dessas coisas.

–Vamos Bento! O Mau não vai ligar, sem contar que vai ter música, comida... Vai ser divertido. –ela falou entrando novamente na casa dele.

–Eu não sei... –ele falou confuso.

–Pensa que a gente vai se rever e vamos nos divertir bastante! –ela falou pegando a bolsa e tirando um convite.

–Tudo bem... –ele falou o pegando.

–Hoje a noite, começa as oito, mas pode chegar as nove. Vai arrumado. –ela falou sorrindo e indo para a porta. –Tchau Bento. –ela disse carinhosamente.

–Tchau, Amora. –ele falou dando um beijo em sua bochecha.

Assim que saíra do ponto de vista de Bento, Amora entrou no carro brava. Sentou no banco de motorista e acelerou o carro até sair da Casa Verde e então estacionou olhando nos olhos de Cida, que estava sentada ao seu lado, no banco do passageiro.

–Quem você pensa que é, menina? –disse Amora brava.

–Desculpa Amora. Mas é que eu só tava indo visitar um amigo, e então eu vi vocês dois juntos, foi sem querer...

–Então ta bom. A partir de hoje você está proibida de ver o Bento e Mauricio sem mim por perto, ou então você e a sua madrinha querida vão pra rua.

–Mas... Você não pode fazer isso. –ela falou triste.

–Enquanto você trabalhar pra mim, eu faço o que eu quiser. –disse Amora a encarando. –E pra você... É dona Amora. –ela disse voltando a acelerar.

...

As horas passaram rápido, e logo, o relógio já marcava oito horas. Amora desceu as escadas, vestindo um lindo vestido salmão, com o cabelo arrumado e uma linda maquiagem. Maurício a esperava sorridente no sofá, e quando ela finalmente chegou ele lhe deu um beijo apaixonado.

–Ontem eu nem tive a chance de te dar um presente de noivado. –ele falou entregando um buque.

–Eu sou alérgica a flores, esqueceu, Maurício? –ela falou jogando o buque no sofá.

–Mas e a sapatos? –ele perguntou mostrando uma sacola.

Ela arrancou o par de sapatos da sacola.

–Maurício! São lindoos! Só tem uma coisa mais bonita do que eles em todo esse mundo. –ela falou o beijando. –Vou guardá-los com muito carinho, eu já volto.

Maurício se sentou novamente, e cruzando as pernas começou a ler as notícias pelo IPhone.

–Dona Amora, é pra... –disse Cida entrando na sala. Sem graça, ela encarou o Maurício e deu meia volta. –Desculpa, eu pensei que ela estivesse aqui. –ela falou saindo.

–Não, espera, Cida! Vem aqui. –pediu Maurício. Sem graça ela caminhou até o sofá. –Eu dei essas flores para a Amora mas ela é alérgica. Quer pra você?

–Maurício! Eu nem sei o que dizer! Elas são lindas! –ela disse pegando o buque.

–Mau! Vamos? –disse Amora descendo as escadas. –Cida. O que faz aqui? –ela perguntou a metralhando com o olhar.

–Fui que a chamei. Pra saber se ela quer as flores que eu ia te dar. –disse Mauricio sorrindo para a empreguete.

–Mas a Cida não gosta de flores. –disse Amora brava.

–Ela me disse que adorou. –falou Maurício ainda sorrindo.

–Bom, tanto faz. Vamos embora. –disse Amora, apressada indo para a porta.

–Cida, quanto você calça? –perguntou Maurício.

–37. –ela respondeu confusa.

–Igual a Amora. –disse Maurício.

–Chega de perguntas sem motivo, e vamos, Mau. –disse Amora.

–Não são perguntas sem motivo. Amora, empresta um par se saltos e um vestido para a Cida. Ela vai com a gente.

–Mas, Mau! Ela é só uma empregada, e já são oito e meia.

–Ela se arruma em quinze minutinhos, afinal, você só queria chegar lá as nove mesmo. Sem contar, que a Cida também é minha amiga, e meu pai não vai se incomodar por um convidado a mais.

Cida sorridente, subiu e pegou um vestido com Amora, enquanto ela, se mordia de inveja.

...

Amora pegou sua primeira taça de champanhe enquanto dançava com Maurício. Cida, sentada em frente ao balcão entediada, brincava com o dedo em torno de um copo de refrigerante. Os minutos se passaram, e então, como mágica, todos sentiram o tempo parar, e tudo se congelar. Todos encaravam a entrada da festa, todos, principalmente Cida e Amora admiravam a chegada do dono daqueles lindos fios negros e o par de olhos verdes. Bento, vestido com terno e gravata, provavelmente algum antigo traje do tio Gilson, sorria para Amora, que encantada, retribuía com um olhar meigo. Por mais que tudo parecesse maravilhoso, não durou muito, logo Lara puxou seu microfone e pediu para Pexinho começar a gravar.

–Amanda Campana! Fontes seguras nos confirmam que aquele ali é o seu amor de infância. E Maurício, filho dos famosos Natan e Verônica também está revirando o baú da infância, não é mesmo? Pelo visto, a convidada de última hora, Maria Aparecida, também presente no casamento dos dois já foi namorada do seu querido noivo.

–Da onde vocês tiraram isso? –perguntou Maurício espantado com o excesso de informação.

–Isso é tudo uma farsa. –disse Amora em alto e bom som. –Bento e Cida são apenas antigos amigos. O destino mudou completamente as nossas vidas, é só vocês prestarem atenção. Hoje eles trabalham pra nós. Não passam de empregados. –soltou Amora.

Cida deixou uma lágrima cair. A festa inteira tinha escutado. Bento surpreso, nem se deu o trabalho de ficar mais um segundo naquela festa. Ele foi até Cida e a puxou pelo braço, sem fazer força.

–Acho que é melhor os empregados irem embora. –ele disse olhando para Amora, chateado.


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