–Peraí! Vocês… Se conhecem? E… Que papo é esse de Rodinei?-perguntou Amora assustada.

–Cida!- disse Maurício ignorando a noiva. –Quanto tempo! Como você ta? Ainda com a Acácia?

–Na verdade, eu tive que romper a sociedade com o Bento, pra vir trabalhar aqui na casa dos Campanas.

Os dois conversavam sorrindo, com grande intimidade, enquanto Amora esperava em pé olhando de boca aberta pros dois. Maurício em um uma blusa social azul clara lisa, e Cida com seu uniforme rosa claro.

–Quer dizer que você trabalha pra Amora?-ele perguntou olhando pra noiva.

–Pois é, eu sou a empregada da sua noiva... Como as coisas mudam! Eu realmente to muito feliz por você! Você ta lindo, rico e...

–E noivo. –interrompeu a morena beijando Maurício.

–Bom... –disse Malu puxando Cida ao reparar que Amora estava brava com ela. –Vem me ajudar a se arrumar, Cida?

–E pode se arrumar também. –disse o menino.

–Amor, o que você ta fazendo?- sussurrou Amora no ouvido do noivo.

–A Cida vai pra festa, ela é MINHA convidada.

–Mas, Mau... Quem vai servir as mesas? A Valda já ta meio velhinha e precisamos de pessoas que conheçam a casa pra guiar os garçons.

–Não tem problema, Amora. Eles vão chegar dez minutinhos antes, ela mostra a casa pra eles durante esse tempo, depois ela vem pra festa.

A it-girl estava indignada, ainda olhando pro noivo, que estava com um sorrisinho safado no rosto para a menina em sua frente. Por mais que estivesse noivo, sua paixão por Cida nunca tinha acabado, assim como a de Elano, mas ele, felizmente sabia controlá-la.

–Vem Cida. –disse Malu puxando a menina pelo braço.

–O que foi isso?!- perguntou Amora pra Maurício. –Você tirou minha autoridade! E além disso, que história é essa de Rodinei?

–Amora, eu tive uma vida antes de você, eu tive uma infância do lado da Cida e ela é minha amiga, minha convidada!

–E porque não me disse isso antes?

–Talvez porque você não me deixa falar de infância...

–Maurício, eu fui...

–Abandonada, uma menina de rua... Eu sei, eu sei... Agora quer esquecer isso e ficar feliz? Nós vamos nos casar!- ele disse empolgado.- Casar!!!- ele gritou.

Os dois se beijaram, até serem interrompidos por Valda.

–Amora, o florista chegou, onde ele põe as flores?

–Ah, cadê ele? Eu quero ver as minhas rosas brancas.- ela disse se separando do noivo.

–Ele ta ali fora, descarregando vã.

–Ok. –ela disse saindo de perto do noivo, e caminhando pelo jardim sem perder a pose.- Espero que o Google tenha acertado e esse florista seja bom mesmo... –ela falava pra si mesmo.

Ainda sem cair do saldo, ela abriu o portão e foi até a vã estacionada em frente a mansão.

–Espero que as minhas rosas estejam perfeitas!

–Estão sim! Pode apostar!- disse o florista saindo do carro.

–Quero só veeeer. –ela disse escorregando e caindo nos braços dele.

–Amora?- ele falou com cuidado e carinho em seu ouvido.

–Bento?-ela disse sorrindo.

– Quanto tempo.- os dois disseram se encarando carinhosamente.