4º desafio Sherlolly escrita por GabrielaGQ


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Vamos ver se sirvo para escrever fanfic...Espero que vcs gostem do meu casal Sherlolly ;)



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Ela adora o clima assim. Era isso que vinha na mente de Sherlock enquanto saía da Scotland Yard. Tinha acabado de resolver um super caso para Lestrade e sua mente já aproveitou os poucos minutos livres para pensar nela. Molly Hooper. Ele ainda não entendia direito o que estava acontecendo com ele, mas ver o clima chuvoso naquela tarde de quarta feira, estava o afetando mais do que ele sabia. Molly. Porque pensava tanto nela esses últimos meses? MESES? For God sake, já eram meses que a Hooper não saía da sua cabeça. Enquanto ajeitava o casaco, sentia os pingos umedecerem seus cachos. Ali parado na frente da NSY, resolveu parar um táxi e ir para Baker Street pensar. Pensar? Ah, Molly!

Ela adorava o clima assim. Uns vinte minutos distante dali, Molly estava sentada num lindo café aconchegante que ela gostava de freqüentar em Londres. Hoje era um dia em que ela descreveria como perfeito. Não totalmente perfeito, perfeito seria estar com ele. Sherlock. Já fazia alguns dias que ela não se pegava pensando tanto assim nele. Mas a chuva fez o favor de lembrá-la para quem o seu coração sempre batia mais rápido.

Mas ela sempre adorou a chuva. Desde pequena, adorava passar horas só sentindo as gotas molharem seu rosto. A chuva era algo que ela não conseguia definir e esse era todo o encanto. Todos os dias torcia para chover na hora de dormir e assim ser embalada ao sono com as gotas pingando no telhado.

Todas essas velhas lembranças se misturavam com as mais novas. Bebeu mais um gole do seu chocolate quente. Apesar de todos os acessórios quentes e coloridos que vestia, Molly sentia a temperatura caindo mais e mais. Não que ela estivesse reclamando. Reclamar? Estava aí uma coisa que ela não fazia. Nem quando ele a tratava super mal, ela não reclamava. Sherlock. É, pensando nele outra vez. Não tinha como não pensar. Desde o beijo no St. Barts tudo tinha mudado. E até a chuva tinha um significado diferente para ela agora. Não sabia se significava algo para ele também.

***

–Sherlock? Ela disse ao chegar no seu apartamento. Aqueles dias vinham sendo terríveis. A suposta morte de Sherlock, encarar a tristeza de John e escondê-lo no seu apartamento. Quão tentador aquilo estava sendo!

–Aqui em cima, no telhado! Ele disse. Como ele ama ficar em telhados viu!? Ao subir Molly se deparou com um Sherlock pensativo. Típico.

–Apreciando sua Londres Sherlock? Disse querendo manter um clima legal. Era difícil quando tudo que ela queria era ficar com ele.

–Posso falar com você Molly?- Ela sentiu um tom de preocupação na sua voz. E que linda voz!

–Claro. -Disse se aproximando. Quando ela chegou mais perto, sentiu o perfume que sempre a deixava de pernas bambas.

–Você ainda se lembra do nosso beijo no St. Barts? Ele perguntou virando e a encarando com aqueles olhos. Ela não sabia se ficava surpresa por ele se lembrar ou se surpreendia com o fato dele achar que ela pudesse esquecer.

–Claro que sim. -Ela disse mais entusiasmada do que queria demonstrar. – Mas porque a pergunta? Isso foi há um bom tempo. Disse tentando não parecer nervosa diante daqueles olhos esquadrinhadores.

–Não faz tanto tempo assim Molly. E eu não sei... -Ele parecia nervoso. –Não sei o que está acontecendo.

–Como assim Sherlock? Ela disse encarando-o, sentindo ficar nervosa. Ao fundo podia ouvir um pequeno trovão anunciando a chuva. Logo eles iriam senti-la. –Foi você quem me beijou. Eu me lembro perfeitamente. Entrou pela janela tão encantador como sempre, ajeitou seu casaco, arrumou o cabelo e me beijou.Tudo tão rápido que só entendi o que estava acontecendo longos segundos depois. E quando fui tentar retribuir, você se foi, como se nunca tivesse estado ali.

Quando ela percebeu tinha falado mais do que devia. Mas porque ele foi tocar nesse assunto logo agora? Justo nesse assunto. Então aconteceu, lentamente eles foram sentindo os pingos da chuva e enquanto ficavam ali parados, ela esperando uma resposta dele e ele completamente... completamente... sendo Sherlock sentiram a chuva. E iam ficando cada vez mais molhados. Enquanto Molly esperava uma resposta de Sherlock, Molly suspirou e começou a dizer:

–Acho que você não sabe, quer dizer, não você não sabe. Eu amo a chuva. Amo desde pequena. Me trás uma sensação de paz e alegria que eu não sei explicar de onde vem. E quando chove eu sinto isso. Acho que é porque a chuva é algo que eu não posso controlar, mas não significa que eu não possa sentir e apreciar apesar de tudo. – Ela fez uma pausa. – E a chuva agora, me lembra você Sherlock. Você e o que eu sinto é algo que eu não posso controlar. – Ela chegou mais perto dele e as próximas palavras saíram como um sussurro – Mas não quer dizer que eu não possa sentir. – Dizendo isso deu um abraço no detetive consultor e sentiu como seu corpo era frio e agora molhado devido à chuva. Mas o que a espantou foi sentir o coração dele acelerado. Seria por minha causa? Impossível. Ele não me ama e já passei tempo demais aqui. Rapidamente, Molly desfez o abraço e viu o mesmo Sherlock de sempre. Viu que ele iria dizer alguma coisa, mas não deu tempo para ele responder:

–Não precisamos conversar mais sobre isso Sherlock. Ao dizer isso se virou e desceu para o seu apartamento. Segurava as lágrimas para não se desfazer enquanto descia os degraus. Não conversaram durante toda a noite e quando acordou no outro dia, achou um bilhete de Sherlock:

Estou com Mycroft.

SH

***

A mente de Molly viajava enquanto ela esperava a chuva passar. Chuva. Sempre trazendo lembranças. Nem conseguiu finalizar seu chocolate quente, estava mais frio do que o clima lá fora. Não tinha conversado direito com Sherlock desde aquele dia no telhado e nem sabia se queria conversar. Mas sabia que não queria deixar a situação daquele jeito. Precisava resolver esse assunto. Afinal, será que ele não sente nada por mim? Precisava dessa certeza para tentar seguir em frente. Por isso não tinha dado certo com nenhum outro antes, nem com Tom. Precisava de uma resposta final de Sherlock. Resolveu passar no 221Baker Street. Nem se preocupava mais com a chuva. Ela a amava mais que tudo. Ela o amava mais que tudo.

***

Ao sair do táxi, Sherlock logo sentiu de novo a fria sensação da chuva. Suspirou ao saber que teria mais uma noite sozinho. Olhou em volta como que analisando as pessoas e procurando algo que nem ele sabia o que era. Notou então algo bem colorido se aproximando. Ajeitou os cabelos como se soubesse quem poderia ser e soube quando avistou Molly que era ela quem ele estava procurando. Não conseguiu segurar e quando viu estava sorrindo. Um sorriso para ela? Quando ela se aproximou viu o quanto ela estava molhada.

–Molly, aonde vai nesse estado? -Ele perguntou temendo que ela ficasse doente. Pronto, agora se importava com ela?

–Sherlock, eu não te perguntei naquele dia no telhado, mas porque você ainda se lembra do nosso beijo no St. Barts? -Ela perguntou querendo ouvir uma resposta verdadeira.

Ele se aproximou encarando-a, como que sabendo o efeito nisso nela. E apreciou como nunca tinha feito antes, o rosto de Molly.

–Eu ainda me lembro Molly, porque foi por aquele beijo que eu deduzi algo.

–O que? – Ela disse cética, já imaginando que palavras tristes ele diria agora.

– Eu deduzi que baseado em todas as evidências... eu amo você. –Ao dizer isso se aproximou o suficiente dela para beijá-la e foi isso que fez. Delicadamente e cheio de emoção, o beijo mais verdadeiro que ele pudesse demonstrar. E ao se afastar um pouco de Molly, ele viu que agora a chuva molhava um doce sorriso nos lábios da legista. Um sorriso que o enchia de gratidão por ser somente dele.

– Eu te amo Molly Hooper.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Sejam boazinhas kkkk Reviews!!!