Distance escrita por Lia, Janie


Capítulo 6
Amber, Órion e Ártemis


Notas iniciais do capítulo

YES, BABYS!
Bom, eu não pretendia postar tão cedo por motivos de:
— Eu tive quase nenhum review no capítulo anterior, e isso me deixou profundamente magoada;
— faz um tempo que eu não escrevo mais capítulos em Distance.
— eu vou começar uma fic original super perfeita
Mais resolvi postar por motivos de:
— O NYAH VOLTOU!
— E eu tenho assinaturas novas super divas que eu quero usar.
— e sou um autora piedosa que ama vocês e que não fica um mês sem postar.
— e por que eu amo a narração do Luke, coisa mais linda do mundo, que eu adoro escrever.

Então, espero que amem esse capítulo, por que é meu segundo favorito e tals



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/490960/chapter/6

Luke

– Muito bem – Sorriu Berry. – Todos já sabem suas partes no plano?

Assenti, assim como Thalia.

Eram cinco da tarde do mesmo dia. Fazia algum tempo que Amber havia chegado, parecendo muito aborrecida. Quando ela tinha chegado, Thalia, eu, e Jason, o irmão sério e meio depressivo de Thalia estávamos fazendo hambúrgueres de micro-ondas. Quando a viu, Jason perguntou:

– Nossa! Você por acaso é sol...

– Sou lésbica – Cortou Berry, sem olhá-lo nos olhos uma única vez. Sentou-se na mesa, revirando os olhos a cada cinco segundos.

– Eaí – cumprimentei.

–Bom, eu tenho uma notícia boa – Berry disse, arrancando um pedaço do meu hambúrguer. Deu uma mordida, engoliu. Depois prosseguiu: - Ártemis me fez limpar a sala inteira dela, tipo, inteira mesmo. Quando fui abrir os arquivos, havia uma pasta...

– Tá, e aí? – Perguntou Thalia, impaciente.

–... Ela tinha as Iniciais A.C. – Concluiu, mordendo mais um pedaço do meu lanche.

– não entendi – falei.

– Você é mesmo um jumento! – Exclamou a loira. - A C podem ser as inicias de Alyssa Castellan!

–Ou de Annabeth Chase. – disse Thalia. – Ou de Antônio Carlos. Ou de...

– Ou de Antes você com a boca calada e viva, do quê com ela fechada e morta. – Resmungou Berry para Thalia, fuzilando-a com o olhar.

– Mesmo assim, Thalia está certa – afirmei, tentando esconder o resto que restava do meu lanche – Talvez sim, talvez não.

– Precisamos de ajuda – Disse Young, dando um suspiro – pra, hm, verificar os arquivos da escola. A ficha de Alyssa ainda deve estar lá.

– Você quer dizer invadir – cortou Thalia.

– É, isso também. Mais é por Aly.

– Tá, mais onde vamos achar alguém bom o suficiente no computador pra invadir os arquivos na escola? – perguntei.

– É verdade – concordou Lia – Os arquivos da escola são confidenciais. Atena implantou o melhor tipo de sistema de segurança neles, que são protegidos pela lei. Quer dizer, deve ter umas vinte senhas.

Berry suspirou nervosa. Acho que nós estávamos nervosos o suficiente pra não falar mais nada. Mais aí, do nada, uma garota morena e bonita que eu conhecia como Reyna entrou, com um notebook de última geração debaixo do braço. Ela exibia um sorrisinho mínimo, mais parecia levemente aborrecida.

– Eaí Rey – cumprimentou Jason, que mesmo não tendo nada a ver com aquela operação, estava ali por motivos desconhecidos.

– Oi – ela disse, parecendo irritada.

Thalia olhava fixamente para a mesa. Levantou os olhos lentamente, como se estivesse meio fora do ar.

– Reyna – chamou com uma voz meio bêbada – Você já concluiu aquele seu curso de informática?

Reyna crispou os lábios.

– Sim, por quê?

Ergui a sobrancelha.

– Você vai...?

– Reyna, acha que conseguiria invadir os arquivos do colégio, sem ser descoberta? – Indagou Thalia, se levantando. Havia um brilho estranho em seus olhos.

– Sim, mas... Eu precisaria de ajuda. Infiltrar-me na sala de informática do local, conectar algumas coisas. Câmeras precisariam ser desligadas, e...

– Ótimo – decidiu Thalia. – Vamos começar.

***

N/a

– Pra onde estamos indo? – Perguntou Luke, apertando a alça da mochila. Dentro dela, estavam todas as coisas que ele havia pegado da casa dos Castellan. Seria naquele dia em que ele iria se mudar para a casa de Thalia e Jason.

Os dois caminhavam pelas ruas da cidade. O som das botas de Thalia produzia um efeito de raiva nos ouvidos do loiro.

– Cale a boca, Castellan. O apartamento de Ártemis deve ser a alguns quarteirões daqui.

Não tinha sido fácil conseguir o endereço. Berry, é claro, tinha sido quem arquitetara o plano. Enquanto ela própria conversava com a secretária, Thalia seria a encarregada de roubar uma das pastas da sala da diretoria.

– E eu? – Luke perguntou na ocasião, profundamente indignado.

– Você? – Berry ergueu a sobrancelha, numa falsa expressão pensativa. – Pode dirigir o carro da fuga.

O plano dera perfeitamente certo. Por sorte, Amber era uma atriz excepcional, que enganava qualquer um. Aparentemente, a família de Ártemis era bem rica, e morava na parte mais desenvolvida da cidade.

– É aqui. State life, andar número 560, apartamento 67 – Disse Thalia, verificando no papel.

– E se ela estiver em casa? – Perguntou Luke.

–Daí nos fingimos que fazemos parte da faxina.

– mais não é ela quem contrata os faxineiros?

– Ah, detalhes. Pra quê você tem que me lembrar deles?

– Pra te irritar, Thatha.

– Não me chame de Thatha, Lukito.

– A única pessoa que pode me chamar de Lukito é Silena – resmungou ele. – Pra você ver, a última vez que Alyssa me chamou de Lukito, acabou com as marcas da unha de Silena na cara.

– Bom – Thalia deu de ombros – Eu adoro correr alguns riscos.

Os dois atravessaram a porta de vidro do prédio silenciosamente, trocando alguns breves olhares apreensivos. Caminharam até o elevador, em silêncio. Thalia apertou o número 560.

– Acha que vai dar certo?

– Tem que dar.

Quando o elevador os deixou no andar, Thalia arrastou Luke para trás de um coluna.

– Nós vamos revirar o apartamento dela em busca de pistas. Ninguém pode nos ver, nem no corredor! Ninguém. Sacou?

– Tá – respondeu Luke. – Se esconder de qualquer um. Sem ser vistos. Parece fácil.

– Veremos – Thalia tirou uma pequena mecha negra da frente dos olhos, prendendo o resto delas em coque firme no topo da cabeça.

Luke inclinou a cabeça para ter um visão privilegiada do corredor.

– A barra tá limpa – sussurrou.

Thalia assentiu e os dois saíram silenciosamente de trás da grande coluna. Já estavam quase no número 67 quando Luke a empurrou para o chão, segurando-a pela cintura.

–Que diabos é isso Castellan? – grunhiu ela.

– Câmeras – ele disse, indicando duas atrás e na frente deles. Por pouco Thalia não tinha sido flagrada.

Thalia não teve tempo de se desculpar. Tão rápido quanto a derrubou, Luke a levantou, novamente pela cintura, e a empurrando na frente da porta número 67. A câmera não estava mais virada pra eles.

–Abra – sussurrou ele, olhando para os dois lados do corredor. Thalia sentiu um leve arrepio.

– Ok. – respondeu ela.

Com um pontapé, a porta foi arrombada. Os dois, que estavam apoiados na porta, caíram de cara no assoalho.

– É – disse Luke, gemendo de dor. – Acho que você não conhece uma coisa chamada “truque do grampo.” Aquele que alguns agentes secretos usam nos filmes dos anos 70, sabe? E...

Já estou indo seu Órion, já estou indo – resmungou uma voz BEM conhecida. – mais que diabos!

Thalia se levantou, e quase caiu de novo quando viu quem falava. Berry estava ali.

– AMBER? – exclamou Luke.

– Sério, o quê vocês fazem aqui? – perguntou ela.

– Eu ia perguntar isso pra você, mais deixa quieto.

– Eu trabalho aqui – resmungou Berry, pegando um pacote de cereal de cima da mesa de centro. – Como empregada. Pensei que fosse Órion chegando com a namorada.

– Namorada? Mais esse não é o apartamento de Ártemis?

Ela ergueu a sobrancelha.

– O endereço que estava na pasta é...

– É esse. – afirmou Thalia, estendendo o papel para Berry comprovar.

– Ah, meu Hades – suspirou ela. – acho melhor vocês darem um fora. Se Ártemis for mesmo a namorada do Órion ... Eles vão chegar logo e vocês vão se fuder.

– Não mesmo – resmungou Luke. – Vamos ficar aqui, escondidos. Se Ártemis vier aqui, estaremos preparados.

Thalia olhou firmemente pra ele.

– Como alguém pode ser tão idiota? – perguntou para si mesma.

– Eu espero que você não esteja se referindo a mim – rebateu ele.

– Cala a boca, senhor óbvio.

– Está insinuando que...

– DÁ PRA CALAR A BOCA! – exclamou Berry, olhando-os com fúria. – Tem alguém no corredor.

Luke e Thalia se entreolharam.

– Ah, Amber... Só uma última pergunta. Você sofre de transtorno de bipolaridade? - perguntou Luke. Já fazia alguns minutos que ele vinha notando a mudança de humor repentina da loira.

–Ah, hm, talvez. Isso por acaso é da sua conta? – Thalia arregalou os olhos. Havia grossas lágrimas escorregando pelo rosto de garota – agora andem, tem alguém vindo!

Luke

É hoje Amber ia acabar comigo.

Não que eu não fosse discreto nem nada, mais Thalia me empurrou para trás do sofá, e ele não era um esconderijo muito bom. Eu estava prestes a falar isso pra ela, quando a porta se abriu. Abaixei a cabeça, grato pelo sofá ser encostado em uma das paredes, deixando espaço suficiente atrás dele pra eu e Thalia não sermos vistos de longe, o quê era bom, já que eu não estava animado pra ser preso por invasão de domicílio.

Quando Ártemis entrou, eu quase explodi numa risada.

Quer dizer, Órion era um adolescente. Devia ter uns quatorze anos, no máximo quinze. Era extremamente baixo, cabelos castanhos bem claros, olhos beirando o azul. Já a pessoa que infelizmente me dava calafrios, parecia uma daquelas mães que aparecem em filmes de internato. Ela fazia bem o perfil de mãe que teria filhos delinquentes, com aquela sua pose de delegada.

Dei um sorrisinho malicioso.

– É – sussurrei, pra ninguém em particular, o quê é idiota, por que só Thalia poderia me ouvir ali. – Parece que alguém está sendo estuprado.

– Pois é – sussurrou Thalia de volta. – Luke, Ártemis está segurando alguma pasta? Ficha, algo assim?

Talvez ela estivesse me perguntando pelo fato de estar no canto de trás do sofá, e só poder ver os pés das pessoas. Provavelmente ela havia deduzido que o tal Órion era um adolescente pelos pés. É, estou começando a me sentir menos seguro, pelo tipo de gente que estou andando. Tá, isso foi muito gay.

– Bom – Espiei, tentando ao máximo não ser visto. Ártemis lançava um olhar de pura reprovação na direção de Berry, enquanto se aproximava de Órion. Quando ele pegou em sua cintura, fiquei com uma súbita vontade de vomitar. Tentei fixar o olhar nas mãos dela, o quê foi difícil. Havia uma pequena bolsa, com um papel pardo aparecendo. – Tem um papel ali, mais...

Senti uma mão meio pequena e deliciosamente aveludada apertar meu braço, que concluí ser de Thalia. Tentei não sorrir com isso. Desviei meu olhar rapidamente pra ela, que parecia preocupada.

– Tá – murmurei, pensando em algo inteligente pra se dizer. – Hm, o papel parece ser importante. Ele foi feito de árvores. E Órion e Ártemis estão se beijando agora. Certo, isso é nojento. Tá, eu falando isso é muito gay.

Ela riu.

– às vezes você consegue ser idiota e incrível ao mesmo tempo – comentou.

– Hm – murmurei. – Acho que devo encarar isso como um elogio.

Ouvi alguns passos barulhentos caminhando em nossa direção. Amber ajoelhou-se, com um espanador em mãos. Fingiu tirar a poeira do chão, e resmungou em nossa direção:

– Não é hora de flertar agora, seus merdas.

– Dá pra você arranjar uma maneira de nos tirar daqui a trás? Tá ficando calor - pediu Thalia.

Amber deu um sorriso malicioso. Fuzilei Thalia com o olhar:

– da próxima vez que você pedir alguma coisa pra Berry, eu vou te derrubar desse prédio.

É, eu estava certo.

– Seu Órion – Amber caminhou até ele, falando com uma voz debochada. – Aquele cara do apartamento ao lado está me assediando. Quer dizer, ele aparece todo santo dia seminu na janela da área de serviço. – ela fez um biquinho. Ao meu lado, Thalia fez uma careta. – você precisa dar uma dura nele!

– Hm – disse o garoto. – Bom, acho que temos que resolver isso. Amor – ele se voltou para Ártemis, que parecia estar fazendo força para evitar uma careta. – gostaria de me acompanhar?

A ruiva lançou um breve olhar para Berry e assentiu.

– vai ser bom conhecer os vizinhos, por alguns minutos.

Em alguns minutos, o único barulho era o estrondo da porta se fechando.

– YEAH! – Berry gritou, pulando no sofá.

– Cala boca e fala onde podemos nos esconder – falei.

– Infelizmente, vocês não podem passar pelo corredor, por que tem câmeras nele e Órion disse que as verifica todos os dias. Então... – Ela olhou maliciosamente para a janela.

– Ah não! – protestei.

~*~~


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Distance" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.