A filha do diretor escrita por The Drama Queen


Capítulo 46
Capítulo 45


Notas iniciais do capítulo

Lilyan vai reaparecer por aqui também e vai ser bem importante para...
Ruby aparecendo por aqui de novo também. Eu gosto pra caramba dela, sabiam?
Enfim, mais um capítulo da maratona final de "A Filha do Diretor".
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/490814/chapter/46

Baile de formatura. Os preparativos pra essa coisa chegou. É, eu não sou muita fá desses eventos, mas sei lá. Deve ser legal, afinal, é um dos últimos momentos com o pessoal daqui. Meu último momento com a Alysson. Não que ela vá olhar na minha cara no baile. É mais provável que ela não vá ao baile. Mas James falou com ela.Talvez tenha dado algum resultado. James é louco do jeito que é, mas sabe o que faz. Pelo menos eu acho que sabe.

Enfim, eu não estou muito envolvido com esse lance de baile, e nem que me envolver, mas estou bem ansioso. Nunca fui em um, para falar a verdade. Nunca tive vontade. Mas esse ano me bateu uma curiosidade… Deve ser porque essa é a minha última oportunidade de ir à um baile como aluno. Talvez até seja legal. O único problema vai ser o par. Se eu não for com a Alysson, talvez eu vá sozinho. Não sei se suportaria uma dessas garotas enjoadas a noite inteira. Pode ser que convide a Ruby, não sei. É tudo muito incerto ainda. Só sei que não vou faltar.

Sarah, não sei como, conseguiu voltar a falar com a Lilyan e a convenceu a falar comigo, como se fosse uma segunda chance. Acho que ela falou das coisas que descobrimos com Paris. Isso deve ter sido o bastante para convencê-la.

– Não estrague tudo, por favor. Eu quase tive que deixá-la inconsciente para trazê-la até aqui.

Estamos na praça, aquele em que eu sempre converso com a Sarah. Aquelas conversas que nunca terminam bem. Pois é… Vai ser um pouquinho difícil convencer a Lilyan, eu penso.

– Você dois podem parar de cochichar. Eu sei sobre o que estão falando - Lilyan gritou e andou até nós. - Não estou mais com raiva de você, Scott. Sarah me contou toda a história. Te peço desculpas por isso e por Zac.

– Então, vocês voltaram? - perguntei.

– Não. Não voltamos e nem pretendemos voltar. Zac é muito imaturo pra mim.

– Ou você que é madura demais? - Sarah perguntou.

– Eu acabei de perdoar vocês, não me façam voltar atrás - Lilyan ameaçou.

– Eu não falei nada - me defendi. - Só ela abriu a boca. - Apontei para Sarah, a qual me deu um tapa na parte de trás da cabeça.

– Tudo bem, o que você quer , Scott? - Lilyan perguntou.

A resposta é simples, pensei, É tudo o que eu venho querendo há meses.

– Eu quero a Alysson de volta.

– Você está brincando, certo? Eu lutei pra arranjar motivos pra te separar dela, e agora você quer que eu desfaça tudo? Que eu jogue todo meu trabalho no lixo? E, mesmo que tentasse, eu já provei para ela que você não e de confiança, que você mentiu esse tempo todo. E você ajudou bastante contando a sua história de vida.

– Bom, se você ouviu bem a minha “história de vida”, sabe que a culpa da maior parte disso é do Peter. O único erro que eu cometi foi no início, na aposta.

– E outro com a Paris, e com a Ruby, e mais outro com a Paris, depois um outro com a Ruby… Você comete muitos erros, não é?

– Eu só queria saber de onde vem tanto ódio de mim - eu disse. - Eu sei que errei e reconheço meus erros, aliás, reparei todos eles com a Alysson. Menos o da aposta, claro. Mas você não estava tão furiosa antes.

– Não é nada - Lilyan respondeu.

– Olha, Lilyan - Sarah começou. -, eu sei que você só quer o bem da Alysson. Todos nós queremos. Mas você precisa nos ajudar a nos reaproximar da Alysson. Ela não pode ficar sozinha do jeito que está.

– E eu sou o que? - Lilyan gritou, nervosa. - Um móvel? Uma bonequinha de enfeite?

– Nós não quisemos dizer nesse sentido - eu falei. - Você sabe, por causa do…

– Scott! - Sarah me interrompeu. Olhei para ela, meio surpreso, e ela balbuciou um “ela não sabe”.

– O que vocês estão me escondendo?

– Sarah, eu até entendo o seu ponto de vista, mas eu já escondi coisas assim das pessoas e nada acabou bem. Eu vou contar. - Me virei para Lilyan. - Acho melhor você sentar. É uma longa história.

Então, ficou combinado o seguinte: Lilyan vai falar com a Alysson. Fim.

Percebi que a Sarah ficou meio chateada comigo por eu ter contado tudo para a Lilyan. Mas, como eu disse, a última vez que eu escondi esse tipo de coisa das pessoas, tudo acabou mal, muito mal. Sem falar que tem a ver com o Peter. Todos estão sujeitos ao perigo, principalmente ela, Lilyan, que agora é a que está mais próxima da Alysson.

James entrou em contato comigo esses dias. Não deu certo. Eu sabia que não daria. Mas valeu a intenção. Ele disse que ela chegou a jogar um vaso na cabeça dele, por ele ter se recusado a sair da casa dela. Eu me acabei de rir. O quê? Ele contando foi engraçado.

Eu li uma vez em algum lugar, que há duas formas de se contar uma história ruim: você pode enfatizar o lado ruim, ou pode contar acrescentando uma grande quantidade de humor. James escolheu a segunda opção. Esse cara é demais!

Espero, sinceramente, que eles não tenham o mesmo fim de Zac e Lilyan, mesmo que as provabilidades sejam mínimas. Quer dizer, eles meio perfeitos um para o outro. Até para ficar contra mim eles concordam um com o outro, eles tem a mesma mentalidade… Na verdade, eles não tem nada a ver com Zac e Lilyan. São totalmente contrários.

Falando agora de colégio. Eu tenho ido todo dia, mas porque… Não sei porque. Eu vou, mas não presto atenção a nada nem a ninguém. E eu estou dispensado das aulas por causa da minha tia.

Por falar na minha tia, aquele sinal renovou a esperança dos médicos de que ela possa acordar, mas não houve nenhuma mudança radical no estado dela. Ela ainda está respirando com a ajuda de aparelhos e essa coisa toda. Não vou negar que eu ainda estou bastante preocupado com ela (quem não estaria?), mas o fato dos médicos estarem esperançosos me deixa esperançoso.

Voltando ao colégio. A semana que passou foi semana de provas. Fiz todas elas. Não faço ideia de como foi meu desempenho nelas, mas suponho que tenha sido horrível. Não estudei nada, faltei aula pra caramba e não prestei a mínima atenção às questões. A minha sorte, é que foi o diretor em pessoa que disse aos professores sobre a minha tia e essa coisa toda. Não pensem que eu estou tirando proveito disso tudo. As vezes que eu faltei foram porque eu realmente precisei, ou que eu não estava nem um pouco disposto para ir ao colégio. E, vamos combinar, não tem como me concentrar com isso tudo acontecendo. Sejam compreensivos.

Hoje decidi ir ter outra conversa com Ruby. Não vou negar que ela tem me saído uma ótima amiga. Não melhor do que a Sarah, óbvio. Sarah é única nesse mundo. Tem todo esse ar de quietinha, doce, amigável, gentil, e por dentro é uma agente 007. Certo que eu não entendo metade do que ela diz, mas é muito maneiro ter uma amiga que parece uma agente do FBI, ou da CIA. E vocês nunca saberão como é isso, porque não tem uma Sarah.

Enfim, cheguei à sorveteria no final da tarde, porque passei a tarde com a minha tia. Ruby estava trabalhando como sempre. Me sentei naquela mesma mesa que eu sento desde o primeiro dia. Ruby, como sempre, não demorou a vir me atender.

– O que vai querer pra hoje? - perguntou com seu típico sorriso.

– Uma taça de conversa.

– É pra já! - Ela terminou de atender as poucas mesas que faltavam e se juntou a mim. - Qual é o problema dessa vez? Descobriu mais alguma coisa?

– Eu não descobri mais alguma coisa. Eu descobri a coisa. - Dei ênfase no “a”.

– Ah, fala logo. Está me deixando curiosa!

– Bom, sabe o Peter?

– Lógico que eu sei!

– Então, descobrimos o porquê de o Peter querer fazer tanto mal à Alysson. - Fiz uma pausa de suspense.

– E aí? Conta logo, Scott!

– Ele tinha um caso com a mãe da Alysson e ela deu um pé na bunda nele.

– Não! - ela gritou. - Não acredito nisso!

– Pode acreditar. Eu não brincaria com algo assim.

– Cara, que coisa mais louca.

– Nem me fala.

– O diretor já sabe? - ela perguntou.

– Não. Nem a Alysson sabe ainda. Até onde eu sei, apenas eu, Sarah, Lilyan e James sabem.

– E agora eu.

– E agora você - concordei.

– Já sabem o que vão fazer?

– Temos uma ideia.

– Precisam de ajuda.?

– Talvez. Qualquer coisa eu te aviso. - Ela assentiu

– Toma cuidado, está bem?

– Eu sempre tomo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não tenho muito o que falar aqui. Revelações? Não teve. Tretas? Não teve. Reconciliações? Também não. Cenas fofas? Muito menos. Então, comentem qualquer coisa aí e vamos para o próximo capítulo!
Ah, falando em comentários, chagamos a 200 comentários! É isso aí. E tudo graças a vocês, lógico. Quero deixar um agradecimento especial a Isabelle Sousa Costa Magalhaes por ter sido a autora do 200º comentário! Muito obrigada, meu anjo.
Beijos de amora :*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A filha do diretor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.