A filha do diretor escrita por The Drama Queen


Capítulo 27
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu sei. Capítulo super-hiper-ultra-mega atrasado. Mas eu não consegui terminar o capítulo antes. Me perdoem. Eu estou mergulhada em trabalhos de escola para fazer.
Espero que gostem. Boa leitura!



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– Outro encontro? - Alysson perguntou.

– É - respondi.

Estamos na escola, mas precisamente no gramado da frente, num canto mais escondido, em pé, debaixo de uma árvore. As aulas já acabaram, mas resolvemos ficar mais um tempo por aqui. Eu estava a convidando para um segundo encontro. Por que? Porque eu estava necessitado de mais uma noite daquela.

– E onde seria?

– Onde você quiser.

– Hum… Tudo bem. Vou pensar e depois te respondo.

– Tudo bem.

– Scott?

– Sim?

– Meu aniversário está chegando. - Essa informação me atingiu como um soco no rosto. Durante todo esse tempo, eu nunca nem pensei em perguntar quando era o seu aniversário.

– E quando é?

– Mês que vem, 3 de maio. Estamos planejando uma festa e… queria pedir a sua ajuda.

– Pode contar comigo.

– Obrigada - agradeceu e me deu um beijo rápido.

Eu não me contentaria com um beijo rápido.

Antes que ela se afastasse demais, pus minha mão sob seu cabelo e puxei sua nuca, a envolvendo num beijo demorado.

Eu nunca vou me cansar de tocar esses lábios. Eles me dão uma sensação diferente. Eu não sei. Ultimamente eu não sei de nada, e a culpa é da dona desses lábios. Ela me tira a razão, a capacidade de pensar, de raciocinar. Aquela sensação de formigamento, de queimação, se espalha por todo o meu corpo, ainda que apenas nossos lábios e narizes se toquem, e o resto do corpo esteja separado. É como se nossos corpos estivessem mais unidos do que nunca, mesmo não estando juntos. Nossos lábios se movem de uma forma tão conjunta, que parece ensaiada. Separo nossos lábios delicadamente. Ela abriu um sorriso, o qual eu não pude deixar de retribuir.

Ficamos ainda um tempo ali antes de eu a deixar em casa.

Já é fim de tarde. Estou no sofá vendo um filme de ação. Já tinha visto esse filme antes, e é um dos meus preferidos.

Senti meu celular vibrar, anunciando a chegada de uma nova mensagem. Quando eu vi de quem era, meu coração disparou. Eu não sei se devo ficar feliz ou receoso. Sem poder controlar a curiosidade, abri a mensagem:

Tudo bem. Talvez você não estivesse mentindo, talvez você goste mesmo dela e talvez eu esteja sendo idiota. Mas só talvez. E, talvez, eu deveria ter te perdoado antes. Mas… é difícil, Scott.Você entende, não é? Espero que sim. Você é um grande amigo, quase um irmão. E eu já não sei se consigo viver sem a sua amizade. Por mais que você tenha errado, eu sinto a necessidade de te perdoar. Será que poderíamos fingir que nada aconteceu e voltar como éramos antes? Eu ficaria feliz se a resposta fosse sim - Sarah

Sarah Foster. Não preciso dizer que, quando acabei de ler, tinha um sorriso que mal cabia no rosto. Ela resolveu me perdoar afinal. E meu dia, que já estava bom, ficou ainda melhor. Como eu já disse, eu sinto falta dela. Sarah é diferente, assim como a Alysson. Eu tenho um carinho especial por ela. Assim como ela e Lilyan tem um instinto de proteção em relação a Alysson, eu tenho o mesmo em relação a ela. Sarah é a irmãzinha que eu nunca tive e, estar brigado com ela, foi uma das piores torturas que eu já passei. Ainda mais porque era por uma estupidez minha.

Mas o bom é que tudo está acertado.

Não sabe quanto eu esperei por essas palavras, Foster. E, se é assim que você quer, o passado ficou para trás. Que seja como se nunca tivéssemos discutido - Scott

– Na minha casa, então? - perguntou Alysson.

– Pode ser - Sarah respondeu.

– Que horas? - perguntei.

– Depois da aula.

Todos concordaram. Então estava combinado: grupo de estudos na casa da Alysson, depois da aula.

E sim, nós vamos estudar mesmo. Nada de brincadeiras. Estamos perto da segunda metade do ano. Temos que começar a diminuir o ritmo da “brincadeira”. Matemática, biologia e física estão aí pra matar. E eu, particularmente, preciso muito estudar. Mas eu tenho certeza de que não ficaremos só nos estudos, principalmente agora que eu e a Sarah voltamos a nos falar.

Como combinado, depois da aula, nos encontramos no portão do colégio. Nos dividimos nos carros da tia Sally e da Lilyan e fomos para a casa da Alysson. Ross foi o único que não pôde ir.

– Meus pais não estão em casa - Alysson avisou.

– Ainda não voltaram da casa da sua tia? - perguntei e ela negou com a cabeça.

– E você ficou com a casa toda só pra você?! - disse Zac.

– É - Alysson disse, como se não fosse nada demais.

– E você não pensou em fazer uma festa? - James perguntou. Alysson paralisou por um momento, e eu sei bem porque. Alysson não tem um histórico muito bom com festas.

– Não. Não pensei.

– Mas não seria má ideia.

– A gente podia ajudar a planejar - Zac disse. - Eu conheço um DJ…

– Zac, James. Calem a boca! - ordenei. - Viemos aqui para estudar, não para planejar festas.

E eles se calaram.

Nos sentamos na sala mesmo. As meninas no sofá e os outros no chão.

– Ah, eu esqueci de avisar - Alysson começou. - A Chloe está ficando aqui em casa. Ela deve estar na rua ainda, mas daqui a pouco ela chega. - Ninguém comentou.

Ficamos entre equações, fórmulas e até mesmo filósofos. Zac está levando bomba em filosofia. Por sorte, Lilyan é amante de filosofia, então, os dois foram para um canto mais isolado da sala. Como eles ainda estavam no nosso campo de visão, ficaram só estudando mesmo. Mas eu acho que, depois daquela cena no cinema, Lilyan não vai encostar seus lábios em mais nada por um bom tempo. Sarah está ajudando James em matemática, o que é estranho. James é um craque da matemática. É uma das poucas coisas em que ele é bom. Mas… tudo para conseguir dialogar com a Sarah. Sobramos eu, Anthony e Alysson estudando química. Foi estranho. Nó três, sozinhos, num canto separado… Anthony pareceu igualmente desconfortável.

Ainda não consegui me livrar das palavras que ele disse. Elas ainda latejam na minha cabeça.

Alysson não é um objeto que é dado para aquele que viu primeiro. Ela tem que ficar com quem ela quer. E está na cara que ela quer você.

Isso não me parece certo.

Não posso negar que parte de mim ficou feliz em ouvir isso, mas, por outro lado, eu queria que ele dissesse o contrário. Que eu estava certo e que eu deveria me afastar dela. Mas não… Não, ele tinha que dizer aquilo. Eu estou me sentindo idiota por estar com raiva dele por isso. É um tanto estranho sentir raiva por esse motivo.

Enfim, nós três ficamos juntos por pouco tempo. Logo Chloe chegou e puxou Anthony para outro canto. Não sei se eles estavam conversando ou estudando. Alguma coisa me diz que eles não iriam estudar enquanto estão num canto… Mas eles só estão falando. Só pra deixar claro.

– Cansei! - Sarah gritou. - Vamos fazer uma pausa, pelo amor de Deus!

– Eu estou com ela - James afirmou.

– Eu também! - Zac gritou.

– Quem topa um filme? - Alysson perguntou.

Todos ergueram as mãos e gritaram “Eu!” ou “Tô dentro!”. Depois de tirar na sorte, ficou decidido que as meninas escolheriam o filme. Isso não foi legal. Porque elas vão escolher filme de menina.

Minhas suspeitas foram confirmadas quando “A Última Música” começou a ser reproduzido na tela da televisão. Um filme estrelado por uma tal de Miley Cyrus.

Filmes de meninas...

No fim, as quatro meninas estavam desidratadas de tanto chorar. Tudo bem, o pai da garota morreu, mas é só um filme. Não era necessário esse drama todo. Mesmo assim, fiquei abraçado a Alysson até que ela se acalmasse.

Acabamos saindo para comer sorvete, para ver se essas meninas saiam da depressão. Ao entardecer, estávamos os 8 no parque, conversando/beijando.

Quando fomos deixar Alysson e a prima, juntamente com Sarah e Lilyan, na casa dos Cooper, fomos recepcionados pelo diretor Cooper e sua esposa, Marie Cooper. Eles tinham acabado de chagar de viajem, e as notícias não eram muito boas. A irmã do diretor, aquela que estava doente, morreu. Ele não deu muitos detalhes. Alysson ficou triste, claro, mas não ficou tão abalada, porque, como ela mesma disse, não é tão próxima a esse lado da família. Logo, a morte da tal tia não a afeta tanto. Mas o diretor tinha uma cara péssima. Eu realmente sinto muito por ele. Perder um irmão não deve ser nada fácil. Não sei o que eu faria se Anthony ou Dylan morresse.

Anthony e eu fomos para casa. Ficamos um bom tempo sentados no sofá, assistindo um filme realmente bom na TV. Minha atenção foi tirada do filme quando senti meu celular vibrar. Mensagem da Alysson.

Me encontre no meu quarto daqui a 20 min. Entre pela janela sem que meus pais te vejam. 3° janela da direita para a esquerda, segundo andar - Alysson

– Quem é? - Anthony perguntou.

– Alysson.

– Ah… - Me levantei do sofá e peguei a chave da casa. - Vai sair?

– Vou resolver umas coisas. Não sei que horas volto. - Saí de casa antes que ele respondesse.

Fui a pé, já que é para não chamar a atenção.

Já está de noite, mas as ruas são bem iluminadas. De qualquer forma, eu não tenho receio de andar essa hora da noite sozinho. Eu me garanto.

Demorei um pouco mais do que 20 minutos para chegar a casa da Alysson, afinal, eu estou a pé e a casa dela é consideravelmente distante da minha. As luzes de alguns cômodos estão apagadas, mas a janela indicada na mensagem está com a luz acesa. 3° janela da esquerda para direita. É no segundo andar, mas não vai ser tão difícil de escalar. Rapidinho eu estou dentro do quarto. Mas… Estranho. A janela parece estar fechada. Ou talvez esteja apenas encostada, para não chamar atenção ou algo assim.

Atravessei o pequeno jardim da frente e comecei a escalar, depois de me certificar de que a rua estava completamente vazia. Como eu previ, foi a coisa mais fácil do mundo. Olhei sutilmente pela janela antes de entrar. O quarto parece estar vazio. Empurrei a janela, e a mesma se abriu. Entrei pela janela, assim como ela pediu na mensagem.

Um closet, uma cama de casal, dois criados-mudo, uma porta que parece ser uma suite, uma mesa cheia de papéis, uma estante cheia de livros. É isso que compõe o quarto. Ele tem um aspecto rústico. As paredes pistadas de bege, o chão de madeira, o teto branco. Um mural na parede da esquerda me chamou atenção. Um mural de fotos. Tem fotos com várias pessoas diferentes, alguns jovens, outros mais velhos. Mas na maioria das fotos se encontravam rostos familiares: os pais da Alysson. Ela deve gostar mesmo deles.

– Scott? - uma voz masculina perguntou.

Me virei sobressaltado. Diretor Cooper está parado na porta me encarando.

Não era ele quem eu estava esperando.


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Notas finais do capítulo

Então, vamos lá. Mais Scalysson, Sarah perdoando Scott, tretas com o diretor, Sames, Zilyan e hum... Anthony e Chloe.
Sobre a treta com o diretor. O que acham? Erro do Scott, erro da Alysson ou armação? Vocês acham que o diretor vai arrancar os olhos ou o fígado do Scott primeiro?
Sobre os capítulos extras, os que eu posto no blog: os capítulos anteriores não terão (a menos que vocês queiram de alguma cena específica, nesse caso, é só vocês me falarem pelos comentários ou MP e eu escrevo com o maior prazer). Esse capítulo (26) vai ter e vai ser de um personagem surpresa. E eu não sei quando eu vou postar, porque como eu já disse, estou atolada de trabalho.
Acho que é só isso.
Beijos de amora :*



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