A filha do diretor escrita por The Drama Queen


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Hey, amorinhas. Aqui está o capítulo prometido. E na hora. Vou contar uma coisa: quase que ele não sai agora a tarde. Mas isso não importa agora hahaha Boa leitura.



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– Boa tentativa, Scott. Mas você precisa ser muito mais do que conhecedor de autores e de alguns poucos livros pra valer a pena. - Dito isto, ela me empurrou e entrou e casa. Eu fiquei parado como um idiota na calçada, por não sei quanto tempo, tentando processar e entender o que acabou de acontecer.

Eu, sinceramente, acho que a Alysson não é normal. Quer dizer, primeiro ela me faz trazê-la em casa, depois, dá a entender que vai me beijar, e então, me dá um fora. Qual o sentido isso tudo? Essa garota está me deixando louco.

Voltei para casa, depois de alguns minutos andando por aí. Me tranquei no quarto o resto da noite. Não falei com ninguém, não olhei para a cara de ninguém, não comi nada, não atendi telefonemas, não respondi mensagens. Não fiz nada. Apenas fiquei deitado na minha cama, olhando para o meu teto azul escuro, sentindo o meu celular vibrar ao meu lado e ouvindo as batidas insistentes na porta. Eu não estou ficando deprimido, nem nada parecido. Eu só estou… Intrigado. Acho que essa seria a palavra certa para definir meu estado.

Se isto não é o suficiente, então, do que mais eu preciso?

Acabei caindo no sono.

Preciso falar contigo. Urgente. - Scott

Tudo bem. Só não pode ser pessoalmente. - Sarah

Está brincando, né? - Scott

Você lembra o que aconteceu da última vez - Sarah

Tudo bem. Tem Skype?

Ficamos de nos falar no meio da tarde, porque ela teria que sair com o Ethan. Não sei como ela aguenta ficar com ele. Quer dizer, se ele a tratar como tratou da última vez que eu vi.

Durante as aulas e o intervalo, não troquei nenhuma palavra com ninguém. Por mais que tentassem puxar assunto comigo, eu não conseguia me concentrar no que diziam. Eu só conseguia pensar no que ela me disse. Alysson está mesmo mexendo com a minha cabeça. O que essa garota tem para me deixar assim?

Eu devia ter acreditado quando me disseram que ela era difícil. Bom, pelo que eu vi até agora, ela é quase impossível. Acho que se não fosse pela aposta eu já teria desistido dela há muito tempo. Fáceis demais são ridículas, difíceis são atraentes, mas quase impossíveis são um saco!

Depois da aula, resolvi passar numa livraria. Sim, uma livraria. E sim, eu lembro do que a Alysson disse.Mas não custa nada prevenir, comprando e lendo alguns livros. Quer dizer, custa o meu dinheiro, mas quem liga? Tem mais de onde veio esse.

Comprei alguns dos livros preferidos da Alysson. Imagino se vou conseguir ler isso tudo sem morrer de tédio. Comprei uns dez livros, todos de gêneros e autores diferentes. Quando voltei pra casa, já eram quase 15h. A casa parece vazia, a não ser por Anthony que está vendo TV na sala. Subi para o meu quarto sem dizer nada. Joguei os livros na minha mesa, me joguei na cama e liguei meu notebook. Quase que imediatamente, Sarah me ligou.

Qual é o problema?– Ela disse.

– Oi pra você também.

Vamos pular a ironia. Não tenho muito tempo.

Contei a ela tudo o que aconteceu no dia anterior, e a última coisa que ela disse. A frase que tanto me atormenta: Boa tentativa, Scott. Mas você precisa ser muito mais do que conhecedor de autores e de alguns poucos livros pra valer a pena. Sarah ficou em silêncio por um tempo, talvez analisando tudo o que acabei de contar.

Eu sabia que ela não ia ceder tão fácil. Eu te avisei.– Não posso negar. Ela realmente me avisou.

– E o que eu faço agora? - Quando ela ia responder, alguém abriu a porta do meu quarto.

– Quero falar com você. - Anthony disse. E ele não estava com uma cara muito boa. - Agora! - Ordenou.

– Falo com você depois. - Disse para Sarah e desliguei o notebook. - O que foi?

– Você e a Alysson. Vocês…?

– Não. Não estamos juntos… ainda.

– Você faz isso pra me provocar, não é? - Ele explodiu. - Você… Você faz isso de propósito!

– Ei, ei! Vai com calma. Do que você está falando? - Droga! Eu sei do que ele está falando! Mas porque ele tinha que tirar satisfações agora que tudo estava começando a dar certo?

– Sim, você sabe, Scott. Dylan me contou. - Filho da mãe!

Suspirei. Tenho que escolher as palavras certas agora. Tudo o que eu não quero é arrumar problemas, não com ele. Depois da morte dos meus pais, essa família foi tudo o que me restou.

– Anthony, cara, me escuta. - Comecei.

– Não venha com essa de “cara” pra cima de mim, cara.

– Anthony, é só uma aposta.

– Talvez pra você, mas não pra mim. Isso pode soar muito ridículo - ele disse calmamente -, você pode me zoar o quanto quiser, mas ela é importante pra mim, cara.

– Eu sinto muito, Anthony. Mas eu não posso voltar atrás agora. Espero que entenda.

– Você espera que eu entenda? Scott, você acha que eu vou ficar parado vendo você brincar com os sentimentos da Alysson?

– Anthony…

– Você está muito enganado, Scott. - Disse e saiu do quarto batendo a porta.

Parece que, quanto mais eu tento resolver os problemas, mais problemas aparecem. Eu queria poder fazer alguma coisa pelo Anthony, mas como eu disse, não posso voltar atrás agora. Se ele tivesse me dito antes, talvez, mas agora… Eu não queria que fosse assim, mas não tive escolha

Depois de quase duas horas dentro do quarto, resolvi sair, esfriar a cabeça. Pensei em ir para a sorveteria, mas eu não estava com paciência para falar com a Ruby hoje. Pensei na praça, mas minha vida já está melodramática demais. Eu não preciso ficar olhando para as criancinhas brincando felizes e repetindo mentalmente que minha vida é uma merda. Decidi ir ao cinema. Assim pelo menos eu me distraio.

Não voltei para casa assim que o filme acabou. Fiquei jogando tempo fora no shopping, comendo e andando, olhando as coisas, mas não comprando nada. Até que fiquei extremamente entediado e resolvi voltar. Quando cheguei, todos estavam em casa. Minha tia perguntou por onde eu andei e eu só respondi:

– Andando por aí. - Não estava a fim de dar explicações.

Ela pareceu um preocupada, mas não perguntou mais nada. Meu tio, como sempre, nem olhou pra minha cara. Anthony fingiu que eu não existia e Dylan subiu atrás de mim.

– Beleza, o que está acontecendo? - Perguntou quando entramos no meu quarto.

– Você ainda pergunta? Você que disse para o Anthony que eu sabia que ele é a fim da Alysson.

– Ah, isso.

– Ele veio tirar satisfações comigo mais cedo. Muito obrigado, Dylan.

– E o que você disse? - Ele perguntou sentando na minha cama.

– Que não podia voltar atrás agora.

– Tenso.

– Tenso? Isso é tudo o que você tem pra me dizer? Tenso?!

– O que você quer que eu diga?

– Eu não sei, Dylan. - Gritei.

– Tudo bem. Eu vou te deixar sozinha. A gente conversa depois.

Assim que ele saiu, suspirei e me joguei na cama. Não queria dormir, a internet estava começando a me irritar e TV estava entediante. Olhei para minha mesa, à direita da cama, e vi os livros que comprei mais cedo.

– Não tenho nada melhor para fazer, mesmo.

Peguei um deles, o menor que tinha. Harry Potter e a Pedra Filosofal. Vai ser esse mesmo. Me joguei na cama novamente e comecei a ler.

O sol estava entrando pela janela do quarto, as lâmpadas ainda estão acesas e eu ainda não dormi. Simplesmente não consegui largar o livro. Eu não sei… Eu só precisava saber o que iria acontecer a seguir, como iria acabar. E agora, eu preciso da continuação desse, se não vou ficar louco.

Batidas na porta me assustam. A porta se abre e Dylan coloca a cabeça para dentro do quarto.

– Vai na praia com a gente hoje?

– Anh… Não. Não estou no clima de praia hoje. - Dylan enruga a testa.

– Você, Scott Miller, não está no clima para ver garotas de biquine? - Agora ele estava com o tronco reto e metade do corpo para dentro.

– Exatamente. Semana que vem eu vou.

– Semana que vem você vai estar preso num acampamento junto com a diretora, professores chatos, colegas de classe idiotas e… garotas. - Ele assumiu um ar pensativo quando disse “garotas”. E, repentinamente, voltou a sua expressão normal. - Tudo bem. Eu perdôo dessa vez. - Quando ele ia sair, enrugou a testa novamente e forçou os olhos como se tentasse enxergar algo (que estava próximo a mim). - O que é isso? Isso é um livro? - Uma expressão estampada tomou conta de seu rosto, então ele gritou: - Ai meu Deus, Scott! Você está lendo?

– Talvez. - Respondi.

– Deixa eu adivinhar: Alysson? - Assenti. - Cara, essa garota está mesmo mexendo com você. - Um silêncio se seguiu.

Eu sei que ela está mexendo com a minha cabeça. Droga, eu sei. Quando alguém nesse mundo me imaginaria lendo? E pior, gostando? Cara, eu não sei onde isso vai acabar, só sei que não vai acabar bem.

– Eu já vou indo. A gente se fala. - E saiu do quarto.

Fiquei sentando na cama mais alguns segundos até arruar coragem pra levantar. Então fui ao banheiro, fiz minhas higienes matinais e desci em busca de alguma coisa pra comer. Na cozinha, encontrei a tia Sally e o tio Paul… se beijando. Não foi uma cena agradável, como podem imaginar.

– Wow! - Disse me virando e saindo da cozinha.

– Scott? - Ti Sally disse vindo atrás de mim. - Eu pensei que tivesse ido com os meninos.

– É. Eu não fui. E foi mal aí por…

– Não. Tudo bem. - Ela disse apressadamente. E ficou um silêncio constrangedor.

– Eu acho que vou tomar café fora. E almoçar fora também. Aliás, vou ficar o dia inteiro fora.

– É uma ótima ideia. - Ela disse. Eu fui ao meu quarto rapidamente e peguei tudo o que precisava. Tio Paul me emprestou o seu carro. Peguei as chaves e saí.

Fui ao primeiro lugar que eu imaginei para tomar café: uma confeitaria. Sou um ser humano viciado em bolo de chocolate. Então eu pedi dois pedaços de bolo de chocolate e um capuccino. Depois de acabar, pedi uma torta de limão (que estava divina!). Bom, talvez eu não seja viciado apenas em bolo de chocolate.

Assim que saí da confeitaria, fui shopping. Assisti a um filme qualquer de ação, que eu, sinceramente, não prestei nenhuma atenção. Quando a sessão terminou, fui a livraria e comprei os 3 próximos livros de Harry Potter: Harry Potter e a Câmara Secreta, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban e Harry Potter e o Cálice de fogo. Já eram 13:30h quando saí da livraria. Resolvi ir almoçar, o que eu fiz na praça de alimentação mesmo. Fiquei sentado lá por mais um tempo, pensando em onde ir em seguida. Sorveteria. E foi pra lá que eu fui. Como de costume, assim que eu entrei, Ruby apareceu.

– O de sempre? - Perguntou, mais fria que o normal.

– Isso. - Respondi. Ela foi e logo voltou com o pedido. - Obrigado.

– Tanto faz. - Murmurou e saiu rebolando.

Peguei o livro da sequência e comecei a ler enquanto comia sorvete.

– Se está fazendo isso pra tentar me impressionar, talvez não tenha escutado o que eu disse da última vez. - Abaixei o livro para ver Alysson sentada a minha frente, me encarando.

– Nem tudo é sobre você, sabia?

– Então, é pura coinscidência que eu chegue aqui e você esteja lendo um dos meus livros preferidos?

– Exatamente.

– E se eu não acreditar? - Ela perguntou.

– Vai continuar sem acreditar.

– Nossa. Pra quem me chamou pra sair ontem, você até que está bem ignorante. - Suspirei.

– Tudo bem. Desculpa.

– Tudo bem.

– Tudo bem. - Eu repeti.

– Vamos ficar repetindo isso?

– Não. Podemos ficar em silêncio enquanto eu leio isso aqui.

– Ou podemos conversar.

– Conversar? Agora você quer conversar?

– Está vendo? É disso que eu estou falando. - Ela disse apoiando as costas no encosto da cadeira. - Você ficou estranho.

– Não é para menos. Não depois de ontem.

– Bom, me desculpe se eu te magoei.

– Não se preocupe com isso. Não magoou. - Eu disse fechando o livro, percebendo que ela não vai me deixar ler. - Eu só não entendi uma coisa: “valer a pena”. O que você quis dizer com isso?

Ela pensou por um momento, mas logo respondeu:

– Ah, você sabe. Ser bom o suficiente pra eu querer alguma coisa com você. - Ergui uma sobrancelha. - Não me olhe assim. Você que perguntou.

– Você sempre foi assim? - Ela inspirou profundamente, e expirou todo o ar pela boca.

– Não. Algumas coisas na vida nos fazem mudar.

Não ficamos ali muito tempo. Eu fiquei o resto da tarde na sorveteria lendo, enquanto a Alysson teve que sair. Tinha um encontro com o Kyle. Voltei pra casa no fim da tarde. Na semana seguinte eu não tive aula. Todos os dias da semana, passei a tarde na sorveteria lendo.Deixei para comprar os outros livros de Harry Potter, quando terminasse de ler os outros que comprei. Só não sei se vou conseguir esperar até lá. Só mais um fim-de-semana e vamos para o acampamento. Sinceramente, não estou muito animado. Mas, sei lá, vai que eu consigo me divertir, pegar algumas garotas na mata… É, pode ser legal.


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo já começa o acampamento. E ele vai até o capítulo 19 (no meu planejamento. Mas pode ser que ocorra algumas mudanças de última hora).
Já estou começando a planejar o capítulo extra, que será no ponto de vista do nosso divo Anthony Dare. Não tem data certa para sair.
Aviso: semana que vem começam são as minhas provas (de terça a sexta). Então, provavelmente, não postarei capítulos semana que vem. Vou tentar postar outros esse final de semana, mas não prometo nada, porque eu não sei como vai ficar minha vida...
Então, é isso. Beijos de amor. E não esqueçam de comentar :*