É Lógico! escrita por The Corsarian


Capítulo 1
Olhos, Boca e Boca...


Notas iniciais do capítulo

Oiie povoo!!Espero que gostem!!
:3



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-Rose!-Disse minha mãe exasperada.

Dá pra acreditar que todo esse drama é por causa de um T nos N.O.M.’S?Não, não dá, porque uma família normal não seria assim tão dura.Mas acontece que sempre esperaram mais de mim.Minha mãe sempre me viu como uma cópia dela própria na infância, meu pai queria que eu não fosse como ele quando mais jovem.

Isso aí, eles queriam que eu fosse uma rata de biblioteca, que eu fosse a melhor da sala, a super-nerd, a menina que tem medo de faltar a aula.Mas acontece que eu não era assim.Eu era a jogadora de quadribol, a “gostosa” da Sonserina, a menina que pregava peças, que passava rasteira nos ignorados, a menina que todos conheciam.

E isso decepcionava meus pais.E nesse momento eu estava recebendo sermão da minha mãe, por causa de um T em Aritmancia.E meu pai do lado, olhando para mim como se eu fosse um brinquedo quebrado.E meu irmão atrás, me olhando e se perguntando o que eu fiz de tão grave.

E eu estava de saco cheio.Eu olhava para minha mãe e a única coisa que eu conseguia entender era “Blá blá nota baixa, blá blá me decepcionou, blá blá deveria largar o quadribol, blá blá castigo”.E aquilo não era novidade para mim.Era sempre assim, nota baixa, sermão, cara feia, castigo.E tudo se repetia, todas as férias eram assim.

Mas eu já estava cansada daquilo.Então, quando minha mãe fazia algum tipo de discurso sobre o impacto dessa nota no meu futuro, eu me levantei com raiva e bati a mão na mesa, ela se calou.

-Se isso te incomoda tanto, porque você não me joga na rua logo?-Gritei brava.Minha mãe me olhou impressionada.Talvez por estar acostumada a sempre me ver ali, aguentando tudo, mas eu já estava de saco cheio.-Se eu não sou boa o bastante, porque você não adota a Lysander, já que você elogia tanto ela?

Minha mãe arregalou os olhos, e meu pai se levantou irritado, ele me lançou um olhar significativo, e berrou:

-Isso é jeito de falar com a sua mãe?De cast...-Mas eu o interrompi.

-Chega!-Eu berrei. -Eu não vou ficar aqui, aguentando desaforo, de novo.Se eu sou tão ruim assim, talvez eu não deva fazer falta!-Gritei sacudindo os braços, exasperada.

-Filha você...-Começou minha mãe.

-NÃO!-Eu gritei tão alto que meu pai pulou.Eu bati os pés e virei as costas, em direção ás escadas.-Todo ano é a mesma coisa.Sermão, castigo, sermão, castigo....QUE DROGA!Talvez eu não seja a filha que vocês sempre quiseram, então porque não arrumam outra, porque eu DESISTO!

E subi, escadas acima, entrando no meu quarto, batendo a porta com força, escutando os berros dos meus pais lá fora, batendo na porta.Agradeci mentalmente a tio Jorge, que me deu de graça um artigo das Gemialidades Weasley, que trancava a porta, e nenhum feitiço a destrancaria.

Abri meu guarda-roupa, peguei meu malão, joguei ali tudo o que eu precisaria para um verão.Talvez uma temporada fora de casa esfriaria minha cabeça e a dos meus pais.Depois de um tempo, com minha mala pronta, me joguei na cama, pensando em que lugar eu poderia ficar.

Na tia Gina não, ela contaria para meu pai;no tio Jorge talvez, mas tia Angelina iria contar;Tio Gui era muito longe para eu ir para lá, além do que tia Fleur não gosta de mim;tio Percy nem pensar;tio Carlinhos até daria, se eu pudesse ir para a Romênia;Luna seria compreensiva, mas eu não sei se suportaria ficar as férias inteiras com Lorcan e Lysander.Neville não.Simas não.

Caramba!Não tem ninguém nessa Terra com quem eu poderia ficar?

Então me lembrei de alguém.

Hey, Weasley!Cuidado para não se machucar, quadribo é coisa de macho!”.

É claro!A Mansão Malfoy era o lugar perfeito!Pulei da cama e afixei meu malão na vassoura, abri a porta, e lá estavam meus pais.Minha mãe chorava e meu pai parecia que ia explodir.

-ESCUTA AQUI MOCI....

-Poupe-me.

Subi na vassoura e saí voando pela casa, o malão atrasava meu voo mas mesmo assim, a vassoura era bem rápida.Saí de casa rapidinho, e em menos de uma hora eu estava na frente da Mansão Malfoy,Respirei fundo e bati na porta.

Então Scorpius atendeu.Ele estava somente de calça de pijama, cara de sono, e uma caixa de leite na mão.Ele me olhou confuso, tomou um gole do leite e disse:

-O que faz aqui Weasley?

Encolhi os ombros e apontei para a mala.

-Tive uma briga feia com os meus pais, e, meio que, eu me expulsei de casa.-Eu falei encabulada.Scorpius riu.

-Você saiu de casa por conta própria?-Ele falou risonho, dando mais um gole no leite.Assenti.Ele riu de novo.-E o que faz aqui.

-Bem, eliminei todas as outras possibilidades, e vi que eu só poderia ficara aqui. -Falei.Ele sorriu.

-Você considerou a minha casa, Weasley?-Ele perguntou.Revirei os olhos.

-Isso não está claro o suficiente para você, Malfoy?-Perguntei sem paciência, ele ia retrucar, mas o cortei.-Posso entrar ou não?

Ele me olhou de cima abaixo.Acho que se dependesse da minha aparência, nem um mendigo me deixaria sentar do seu lado.Eu estava com uma blusa que ia até os joelhos, verde, com uma cobra prateada no centro, e os dizeres “As cobras comandam!”.Para acompanhar uma legging preta toda ferrada, com um par de botas de caminhadas.Meu cabelo parecia o de um leão, e tinha a minha cara, eu devia estar parecendo um guaxinim por causa da maquiagem de ontem que eu não tirei.

Scorpius riu e abriu um pouco mais a porta, me dando espaço para entrar.Agradeci com os olhos e entrei.Meu queixo caiu.

Ali era tipo o Saguão Principal de Hogwarts.Tinha uma escadona que levava para o andar de cima, ela tinha um carpete vermelho, e era meio que em espiral.Aquele Saguão parecia a Sala Comunal da Sonserina, com carpetes verdes e prateados, tapeçarias com cobras estampadas, móveis de madeira negra e lustrosa, paredes de pedra úmida.Resumindo, ali parecia a minha casa, confortável e chique.

-Gostou?-Perguntou Scorpius.Eu sorri.

-Acho que você não gosta da decoração. -Falei.Ele deu de ombros.

-Já me acostumei, mas mesmo assim, ainda é estranho um grifinório entrar em casa e ver isso tudo.-Falou ele rindo.Eu sorri, e roubei a caixa de leite dele, dando um gole.

-Sei como é, lá em casa parece um reino dos leões.-Eu falei.Ele riu, e passou os braços pelos meus ombros.

-Enfim, vamos para o aposento que mais interessa.-Eu sorri.Ele me guiou pela porta da esquerda.

-A cozinha!-Falamos juntos.

Cara, você não faz ideia de como aquela cozinha era perfeita, um paraíso dos gulosos(gordos).Ela era toda de madeira, com um chão imitando madeira, painéis de madeira nas paredes, balcões de madeira, com as pias negras, a geladeira no estilo retro, além dos armários, todos repletos de comida, doces, chips...

Caraca!Aquilo era um paraíso!

-Uau!-Eu disse.Scorpius sorriu.

-Uau.-Concordou Scorpius.Rimos.

Então nos sentamos em um dos

Banquinhos maneiros que tinha ali, e Scorpius jogou um monte de coisa de gordo em cima do balcão, Doritos, Nutella, Pizza, Chocolate, Danoninho, Coca-cola, Pudim, Bolo, e outros.Começamos a comer igual dois apavorados.Quando nos acalmamos um pouco, Scorpius falou para eu contar sobre a briga com meus pais.Ele concordou.

-Eu não recebo tanto sermão, mas sei como é.-Ele disse, mergulhando um pedaço de pão na Nutella.-Você teve muita coragem.

-Sei lá, é só que eles me encheram o saco.Eu não aguentava mais ficar ouvindo eles reclamarem de mim.-Falei entre uma mordida de Pizza e outra.-Irrita bastante, sabe?

-Sei.-Falou ele.Assenti.Então ele foi me mostrar meu quarto.

Fomos para o salãozão, e subimos as escadas.Chegamos num corredor, daqueles grandões, com um monte de portas, que só rico tem.Scorpius abriu uma das portas, e lá estava um quarto enorme.

Tinha uma camona de madeira clarinha, com edredom branco, as paredes azuis, e um guarda-roupa maior que a parede do meu quarto.Do outro lado, tinha uma escrivaninha de madeira clarinha, com uma daquelas lâmpadas maneiras de escritório, e uma porta do lado dela, que deveria ser o banheiro.

-Aqui está, o quarto de hóspedes.-Eu me virei para Scorpius, o queixo caído.Joguei a mala no chão.Se o quarto de hóspedes era daquele tamanho, imagina o quarto dele.

-Quero ver seu quarto.-Scorpius franziu a testa, ele ia dizer alguma coisa, mas eu empurrei, ele para fora dizendo:-Só mostra o quarto.

Ele encolheu os ombros e me guiou pelo corredor, até uma porta de madeira bem mais clara que todas as outras portas.Ela estava toda rabiscada, e cheia de adesivos, o maior deles, era um grande leão vermelho.Então Scorpius abriu a porta.

Lá dentro era incrível.As paredes estavam todas completamente cobertas por pôsteres, fotos, adesivos, cartazes, pedaços de pano, papéis de paredes repletos de desenhos, e tinha até pichações e várias outras coisas.A cama era de madeira escura, com uma colcha retalhada muito bonita.Em cima da cama, várias almofadas se espalhavam, uma mais incrível que a outra. Na frente da cama, havia uma TV enorme, também cheia de adesivos.

O guarda-roupa, que deveria ser de madeira escura, fora todo talhado, fazendo com que se formassem vários desenhos em sua superfície, além de mais adesivos e desenhos.A escrivaninha era toda bagunçada, cheia de papéis de bala, embalagens de comida, livros, miniaturas de vassouras e carros, entre outros, que deveriam esconder o notebook que estava ali em baixo daquela sujeira

Era um quarto muito, muito maneiro, além de ter quase o dobro do tamanho do quarto dos meus pais.Eu acho que nesse ritmo, o quarto dos pais de Scorpius seria maior que o andar de cima inteiro da minha casa.

-Impressionada?-Disse Scorpius divertido.Eu ri.

-Talvez.-Eu falei me jogando naquela cama enorme.Scorpius se jogou ao meu lado.

Eu liguei a TV, e fiquei assistindo, enquanto Scorpius jogava algum jogo no notebook.

Quero dizer, eu não era a melhor amiga de Scorpius, mas também não era totalmente sua inimiga.Eu tinha uma relação legal com ele, apesar de nos provocarmos mutuamente.Mas conseguíamos conviver numa boa.Depois de um tempo ouvi um barulhão lá embaixo.Provavelmente era a porta de entrada batendo.Então ouvi:

-Scorp querido!-Gritou uma voz bonita e angelical.

-Estou aqui mãe!-Gritou Scorpius de volta.Eu ri.Ele me olhou.-Que foi?

-Scorp?-Eu perguntei entre risos.-Sério?

-Não enche...-Falou ele, socando meu braço.Eu ri, e a porta se abriu, e Astória Malfoy apareceu lá.

Sério, eu quase desmaiei.Ela era, tipo, superbonita.Ela tinha cabelos pretos, bem escuros, como graxa.Tinha a pele branquinha, e um corpo de atriz de TV.Ela usava um vestido longo azul escuro, combinando perfeitamente com os olhos azuis claros perfeitos.Ela franziu aquelas sobrancelhas perfeitas, olhando para mim, que estava quase babando.

-Essa é sua namorada, filho?-Ela disse com aquela voz que quase me fez desmaiar.Então eu fiquei vermelha.

-Que isso Sra. Malfoy.-Eu falei.Ela riu baixinho.Gente!Porque tão diva?-Eu só sou...Hm tipo, colega de escola do Scorpius?

Ela riu baixinho de novo.Então o Sr. Malfoy apareceu na porta, e eu tive que me segurar para não morrer com aquela beleza toda.

Ele era loiro, alto, e fortão.Tipo, lindo.Tinha olhos cinzas e usava terno.Acho que eles estavam em algum tipo de almoço de trabalho.

-Weasley?-Perguntou ele, franzindo as sobrancelhas de gostoso que ele tinha.Corei, com o “Weasley”, eu esperava no mínimo um “Quem é essa?”, mas esse Weasley me deixou meio envergonhada.Me remexi desconfortável.

-Hm...-Tentei pensar no que responder, mas Scorpius respondeu por mim:

-Pai não enche.-Falou ele cansado.Sra. Malfoy sussurrou algo no ouvido do Sr. Malfoy, ele fez uma careta fofa, mas acho que era de nojo.-Pai, por favor, não faça essa cara.

-O café da tarde fica pronto em três horas.-Disse ele, e fechou a porta.

Eu olhei para Scorpius, uma sobrancelha arqueada.

-Porque ele mudou de assunto desse jeito?-Perguntei.Scorpius sorriu.

-Quando ele fica nervoso comigo, para ele não gritar, ele muda de assunto.-Eu ri.Ele sorriu e encostou a cabeça nos meus ombros.-Estranho, eu sei.

-Não tem problema, é melhor que meu pai, que pra não gritar, começa a falar tão rápido que ninguém entende.-Eu disse rindo e jogando a cabeça para trás.

-Agora eu sei pra quem você puxou.-Ele disse.Eu me virei para ele.

-O que você quer dizer com isso?-Perguntei.Ele sorriu.

-Quando você fica nervosa você fala rápido demais.-Scorpius falou com um sorriso de canto.Eu ri.

-Como sabe disso?-Indaguei.

-Eu sei muito mais sobre você, do que você pensa.-Ele disse.

-E você ri engraçado quando está sozinho.-Eu disse, arqueando uma sobrancelha.Ele me olhou feio.

-Como sabe disso?-Ele questionou.

-Eu conheço você, bem mais do que você pensa.-Eu falei com um sorriso sacana de lado.Ele revirou os olhos.

Então ele me olhou nos olhos.Eu tinha que admitir, Scorpius tinha herdado a divesa da mãe, e a gostosura do pai, porque pelo amor de Merlin, era impossível alguém ter um olho tão perfeito daquele jeito.Ele tinha olhos azuis-acinzentados, com sobrancelhas perfeitas.Além daquela boca maravilhosa, vermelhinha, e aquele rosto que deixaria até Narciso com inveja.Sério, acho que Afrodite reencarnou em forma de homem.

Então eu percebi que ele também estava me olhando.O que será que ele está pensando?

.*.*.*.

Ela estava simplesmente linda.Tinha olhos mais azuis que o céu lá fora, com um belo par de sobrancelhas ruivas para deixa-la mais linda ainda.E aquelas sardas lindas, dava vontade de abraçar Rose e enche-la de beijinhos na bochecha.E aí vinha a boca.Merlin, e que boca, ela era vermelha como sangue, e com lábios carnudos.Linda.

E tinha aquele charme que só a Rose tem, sério, só ela para conseguir ser perfeita até com o cabelo mais bagunçado que o do James em dia de ventania.

E foi aí que de repente, meu cérebro resolveu sair pra passear, e adivinha o que eu fiz?

Sim, eu a beijei.

Ela pareceu querer me matar, ela se debateu um monte, mas, do nada, ficou quietinha, e agarrou meu cabelo, retribuindo o beijo, de um jeito que só Rose saberia fazer.E quando a língua dela invadiu a minha boca, eu estava no céu.Eu nunca tinha beijado alguém daquele jeito.A boca de Rose tinha um gosto viciante, os lábios carnudos se encaixavam perfeitamente nos meus, aquela língua de deusa acariciava a minha de forma que só uma expert em beijos, conseguiria fazer.

Rose agarrava meus cabelos do modo certo, que fazia minha vontade de beijá-la aumentar.Minhas mãos apertavam com tanta força sua cintura, que eu sentia meus dedos doendo.Ficamos daquele jeito pelo que pareceu séculos, até o ar se fazer necessário e nos separarmos, relutantes.

Ela me olhou, levemente ofegante, os lábios inchados pelo beijo,o cabelo mais bagunçado ainda.Ela mordeu o lábio.

-Oque foi isso?-Perguntou ela.Eu sacudi a cabeça.

-Não sei.-Murmurei.Ela sorriu debilmente.

-Caraca, isso foi bom demais!-Disse ela.Eu sorri, e enlacei sua cintura.

-Quer mais uma rodada?-Perguntei.Ela jogou a cabeça pra trás, rindo.Então ela me olhou, perfurando-me com aquelas orbes azuis brilhantes.

-É lógico!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, qualquer erro me avisem, amo vocês, e quero Comments :3