White Past escrita por Lina


Capítulo 3
O gato


Notas iniciais do capítulo

Oi gente !Desculpem a demora, mas aqui está! Espero que gostem :3



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Segurei firme aquele papel em minhas mãos e sentei no chão.
Aquele gato, ela está me dizendo que aquele gato matou Adelaide, não só ela como todas aquelas outras pessoas ? Um gato? Isso é loucura. Não, agora eu não consigo acreditar que nada impossível.
Eu preciso pensar, considerar todas as possibilidades, talvez aquele gato consiga mudar de forma, quem sabe uma forma humana, ficar entre nós e matar silenciosamente, pode ser isso. Nesse momento ele deve estar atrás daquela velha, eu não quero que ela morra, não quero que mais ninguém morra, eu preciso achar esse gato, mas isso não vai ser nada fácil, preciso pensar num plano.
Me levantei e joguei o papel no chão, eu tinha pensado em um plano fácil e eficiente, que tinha muitas chances de dar certo, talvez 90%. Era simples, iria trazer a velha para ficar comigo e a protegeria o tempo todo, ele provavelmente não iria atacar de cara mas ele não vai ter escolha ele terá que pensar bastante antes de tomar uma decisão, o objetivo deles é não deixar que ninguém interfira em seu plano, ela é uma enorme ameaça e ficando comigo vai ser uma ameaça tão grande que ele terá que aparecer na minha frente pra matá-la antes que ela interfira mais.
Acabei deixando um sorriso escapar pois havia ficado surpresa quando percebi o quanto eu podia ser inteligente, considerando todas as possibilidades, encontrando uma solução o mais rápido possível, mas eu não tinha tempo para me vangloriar, eu tinha que ir atrás dela.
Abri a porta e corri o mais rápido que eu podia, quase caindo muitas vezes e fazendo barulho, pulando os degraus torcendo para não cair, eu morava em um prédio bem velho e no penúltimo andar, teria que descer muitas escadas, eu tinha que me apressar, eu temia que talvez ele já tivesse matado-a. Quanto mais eu descia mais podia ouvir mais claramente um choro, não tava nem pra choro, alguém estava berrando. Olhei mais perto e meu coração disparou, era aquela velhinha, ela estava se afogando em lágrimas, eu estava errada, eu pensei que ela estava preparada para morrer desde que ela resolveu contar tudo, pois isso colocou sua vida em jogo, ela disse que era minha culpa, mas ela mesmo resolveu me ajudar, sua bondade me lembrava ainda mais Adelaide, eu percebi que ela estava extremamente triste, ela havia se segurado o tempo todo em quanto esteve lá no meu apartamento para não chorar, depois desceu o suficiente para poder chorar sem que eu a escutasse lá de cima. Só consegui perceber depois de algum tempo, mais eu estava chorando, resolvi limpar a cara antes que ela percebesse, afinal eu estava lá para ajudá-la e não pra deixá-la mais triste.
_Velha, pare de chorar e venha para o meu apartamento, eu prometo que farei um café melhor.
_Não preciso da sua piedade, isso só vai te complicar mais, vá embora.
_Cala essa boca! Que raiva, sinceramente, vamos logo, acha mesmo que vou te deixar aí chorando sozinha acha que sou uma pessoa tão horrível assim?! Se for pra chorar que seja no meu ombro, droga - acabei deixando escapar algumas lágrimas - Olha, você foi muito boa comigo, me contando tudo, arriscando sua vida pra me ajudar, pela Adelaide, não vou deixar você morrer.
Pego sua mão gelada e a ajudo a se levantar. Ela não parava de chorar, chorava até mais do que antes, só que dessa vez era de felicidade. Eu estava me segurando para não chorar também, eu não queria mais ser fraca, eu tinha que fazer alguma coisa, estava cansada de só esperar aquele tal dia chegar para minhas perguntas serem respondidas, não dava mais pra só ficar parada e ver as coisas acontecerem, eu estava com muita raiva, minha mente estava barulhenta, não conseguia pensar direito.
Tudo estava tão silencioso naquele prédio, só dava pra ouvir a velha chorar e os passos nos degraus ecoando, a maioria das pessoas que moravam lá foram embora da cidade, acho que até o dono do prédio foi embora, ainda tinham algumas pessoas desesperadas trancadas em seus quartos temendo ser mortas, eu queria falar para elas irem embora, não ficarem perto de mim, mas se eu fizer contato com elas é mais provável que aquele maldito os mate, o que me dava ainda mais raiva. Eu precisava encontrar aquele maldito gato, seja lá o que ele for, eu precisava. Eu não sabia direito o que eu queria, não sabia se era vingança, se eu queria ouvir suas palavras, ou o que ele sentiu ao matar Adelaide, mas eu tinha que ficar cara a cara com ele, ver a coisa que matou todas essas pessoas, saber o motivo. Eu sentia que a raiva estava transbordando do meu corpo, era estranho. Olhei para o cordão e ele estava brilhando, olhei para a velha e ela cessou o choro.
_Se acalme Sam, por favor.
_Velha, eu preciso encontrá-lo, eu preci-.
_Você é fraca.- Ela me interrompe - Fique mais forte e controle seus poderes antes de ir atrás dele, sua idiota. Fica aí, alimentando sua raiva, se continuar assim vai acabar quebrando seu cordão, vamos logo pra lá, você está me devendo um café bom.
Subimos, eu sabia que ela estava certa, infelizmente, mas eu já tinha um plano, eu só não podia contar para ela pois ela não deixaria eu fazê-lo ele era bem imprudente mesmo, mas de qualquer forma, eu já estava decidida, eu estava preparada para encontrá-lo. E eu definitivamente iria encontrá-lo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, comentem o que acharam ! :D



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