Anjo Pecador : A Volta Do Anjo escrita por Maria Fernanda Beorlegui


Capítulo 50
El Vuelo A La Felicidad — FIM


Notas iniciais do capítulo

Cheguei, pessoas...Com o ultimo capitulo deste história. espero que vocês tenham gostado do que escrevi aqui durante um ano! Peço que escutem todas as musicas citadas neste capitulo, não é obrigatório, mas ficaria melhor.
OBS: Maria Victoria de ''As Cores Do Meu Céu'' ira fazer uma participação especial neste capitulo.
Agora leiam, anjos.



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‘’Escrevemos a nossa vida, a construímos pouco a pouco. Eu fiz a minha parte escrevendo para vocês sobre uma mulher que pensou em morrer jovem. Que, sem querer, uniu pessoas que jamais se encontrariam. Maria Fernanda é o exemplo de que só seremos felizes errando ao extremo, de que o tempo corre muito rápido e que ele é o pior inimigo para o perdão. Ela também mostrou que, às vezes, o chamado do sangue falha com o da alma. Eu, meus queridos leitores, acredito na vida após a morte. Maria Fernanda ainda ‘’voltará’’ como exemplo na vida real e em histórias também. Além de ela levar meu nome, ela ‘’levou’’ parte da minha história, dos meus pensamentos e até dos meus planos profissionais. ‘’Anjo Pecador’’ foi uma história, é uma história que ainda tem muito que se contar ainda... Mas, para isso eu preciso viver mais.

Agradeço a Naeane Lopes, por ter me incentivado MUITO a fazer esta historia. Ela é a inspiração de ‘’Catharina Castro’’, um dos personagens desta história. Agradeço a Carminha, minha avó, sem ela eu não teria feito uma Maria melhor. Agradeço também a minha grande irmã, Sâmara Colares a ‘’Cristina’’ desta história... Por ter sempre comentários perfeitos ao longo deste um ano de história. Dia 06/02/2013 eu escrevo minha primeira e ultima fanfic Maristevão, a qual ira acabar até o meu ultimo suspiro de vida... ’’—Fernanda Mills, a autora.

Cinco Anos Depois...

POV Maria

Eu havia perdido muitas pessoas ao longo de todos esses anos. Minha vida se resume em injustiças e perdões. Sempre lutei comigo mesma para ter o meu tão esperado e demorado final feliz. Foi então que eu descobri que a minha vida não terá fim, eu sempre irei voltar á este mundo para amar e ser amada.

—E estas duas ultimas rosas são para vocês meus irmãos. —Falo jogando as duas ultimas rosas que desceram água a baixo na cachoeira da fazenda ''Anjo Pecador”.


—Vovó!—Escuto a voz de Melissa e a olho com a filha mais nova de Cecília e Christiano, Verônica. Desde todos estes anos eu guardei o terrível segredo de Cecília , ela merecia ser feliz apesar de tudo.

—Já vou , meu amor.—Falo saindo das pedras e vou até Melissa.

—Vovó!—Frederico exclama correndo e pula em mim. —Vai passear conosco? —Ele pergunta risonho. —Não queremos ouvir piano hoje.

—Vamos cantar e passear por toda a fazenda?—Pergunto e ele sorri. —Sabe de sua mãe, Mel?

—Ela viajou para a Suíça.—Melissa fala. Eu não gostava de quando Maria Fernanda ia até aquele pais. —Não gosta de que ela vá para lá porquê a senhora se lembra de quando ela brigava com Maria Sófia, não é?

—Sim, sua mãe não deveria ir sozinha para aquele pais. —Falo e eu vou com meus netos andar pela fazenda.

—Pode cantar "Viveme''?—Frederico pergunta e eu começo a cantar e eles logo começam a cantar também. Além dos meus netos, também estavam os filhos de Cristina, Fernando José e a filha de Cecília.


Ouvir; Voltaire - When You're Evil.

POV Maria Fernanda

Era a Suíça. Passos longos e apressados eram dados no corredor daquela clinica psiquiátrica, eram os meus. Eu entro acompanhada por uma enfermeira na ala de casos graves. Era naquele quarto pequeno e escuro que eu coloquei a única pessoa que eu mais odeio, a que destruiu a vida do pai da minha filha mais velha, a minha filha Melissa.

—Me deixe sozinha com a fera. —Falo para a enfermeira que logo vai embora. Eu observo a pessoa internada por uma pequena janela na porta. Eu sorrio ao ver a pobre diaba no chão. Eu abro a porta e a olho, um sorriso maléfico é dado em meu rosto...

—O que você faz aqui?—Ela pergunta e eu dou uma risada.

—Vim te trazer isto, Maria Sófia. —Falo seu nome e entrego o livro "Anjo Pecador”. —O final deste livro é tão vago quanto o seu fim, minha querida. —Falo próxima do seu rosto.

—Você me deixou aqui, trancada por todos estes anos...—Maria Sófia fala chorando.

—Você matou e quase que me destruiu, e mesmo sendo da minha família eu
não te perdoo. —Falo brava enquanto ela continua no chão. —Melhor do que
morrer, é ficar aqui.

—Você não mudou. —Fala se levantando e com algo na mão. —Eu vou te
matar, assim como matei Marco Túlio.—Fala e logo eu vejo uma faca em
sua mão.

—Faça. —Falo varias vezes e ela vem para cima de mim. Eu consigo tirar a faca de sua mão e ela bate a sua cabeça na minha me fazendo ficar zonza. —Desgraçada!—Exclamo chutando a sua barriga, ela da um grito de dor. Eu dou outro chute em suas costas, o qual faz gritar mais uma vez. —Espero que goste da vida que estou te dando aqui, prima. —Falo ajeitando meus cabelos enquanto ela agoniza no chão de dor. Eu fecho a porta daquele minúsculo quarto, para sempre.

Maria Sófia ficaria ali para sempre. Eu poderia pagar por fazer isto com ela, mas ela também pagaria por tudo o que fez comigo. Não a mataria, eu me igualaria á ela. Apenas a deixei onde ela nunca mais irá sair...

(...)


Ouvir: Cada Color Al Cielo – Laura Pausini

Eu andava sozinha pelas ruas da Suíça , até que passei por uma das praças. Aquela praça era belíssima, era aconchegante e me fazia lembrar de um certo episodio de quando eu era criança. Eu tinha cerca de uns onze anos, foi logo no inicio quando me mandaram com meu marido e com meu irmão para cá, na época em que Victória e Maria haviam ficado cegas. Era um passeio , uma especie de aula em campo que acontecia fora do colégio interno. Eu havia ficado nesta praça com Maria Sófia, e ela se distanciou...Foi quando eu conheci uma jovem chamada Maria Victoria, ela estava prestes a fazer dezoito anos.

Flash Back On

—Olá.—Uma moça fala comigo enquanto eu esperava Maria Sófia com os outros.—Qual o seu nome?

—Porque deveria falar meu nome a senhorita?—Falo.—Sei que quer me conhecer, tudo bem. Mas eu não quero conhecer você.

—Nossa, que deselegância da sua parte.—Fala séria e depois sorri.—Me diga sua idade pelo menos.

—11 anos.—Falo e ela se surpreende.—Quantos anos você tem?—Eu me deixei levar.

—Estou prestes a fazer dezoito anos.—Fala.—E estou admirada com a sua...Com sua incoerência, moça. Porquê você é uma simples criança e já é tão evoluída...

—Eu não quero ficar aqui. Eu , meu irmão e um outro parente viemos para cá por causa de nossas mães.—Falo.—As duas ficaram com um probleminha na vista, e do nada nos mandaram para cá.—Falo e ela me olha apreensiva. Ela seguro o meu queixo com seus dedos e fala.

—Você vai ver que tudo isso logo, logo vai passar. Nada é para sempre.—Fala dando um sorriso.—Você será extremamente feliz, mas agora tem que aproveitar a sua infância.—Fala com os olhos cheios de lagrimas.

—Me chamo Maria Fernanda.—Falo de uma vez e ela sorri mais uma vez.—Você tem irmãos?

—Sou filha única.—Maria Victoria fala.—Na verdade, eu fui adotada. Mas isso não vem ao caso, Fernanda, eu quem quero te conhecer...—Fala me lembrando da minha má educação.

—Me desculpe , pela forma que te tratei.—Falo e ela dá uma piscadela para mim.—Você é legal, sabe? Só eu que sou tão fechada.—Falo.

—Você , mesmo sendo extremamente nova, vai muito pela razão.—Fala.—Espero um dia te encontrar de novo, Fernanda...

—Eu estou á passeio pelo meu colégio. Eu fico o dia todo trancada lá.—Falo e ela desanima.—Talvez nos encontremos por ai, no nosso pais de origem.—Falo e ela me abraça.

—Preciso ir, meu voo para o nosso pais é daqui a meia hora.—Fala ainda abraçada á mim.—Não se preocupe, você voltará para lá.—Fala pegando um táxi. Assim que ela entra no táxi ela me solta um beijo. —Eu te encontrei!—Ela grita e eu aceno para ela com as minhas mãos.

—Eu irei em breve!—Grito vendo o carro se distanciar ainda mais.—Ou talvez nunca mais...

Flash Back Off

—Eu nunca te achei, Maria Victoria.—Falo.—Talvez seu nome tenha influenciado no nome da minha segunda filha.—Falo sorrindo e me sento no mesmo banco onde estivemos á tantos anos.—Por onde você anda, Maria Victoria?—Pergunto ficando sozinha naquela praça.

Ouvir: Nos Hizo Falta Tiempo - Luis Miguel

POV Cecília

Maria compartilhava o meu segredo comigo fazia muitos anos. Ela soube que eu contei a Victória antes dela cometer suicídio, mas ela nunca falou o motivo para os demais, porque desta forma todos descobririam o meu segredo. Eu agora tinha uma filha com Christiano, minha pequena Verônica. Ela havia ido passar as suas férias de verão na fazenda de Maria Fernanda.

—No que tanto pensa querida?—Christiano pergunta curioso.

—Em nada. Eu só olhava para a paisagem e me lembrei de algumas coisas. —Falo tentando mudar o meu estado...

—Melhor assim, não quero te ver infeliz.

—Não tem como eu ficar infeliz. —Falo. —Tenho você e as minhas filhas. —Falo e ele fica pensativo...

—Você percebeu que a história se repete com Melissa e com Verônica , da mesma forma que foi contigo e Victória?—Ele pergunta.

—Espero que não aconteça com elas o que aconteceu comigo e com Victória... —Falo e fico nervosa, que não aconteça comigo o que aconteceu com meus pais.

Ouvir: Perdón-Camila

POV Melissa

Logo eu avistei a minha mãe na entrada dos portões da fazenda. De onde eu estava ficava muito longe para ir até ela, ela desceu do carro e veio andando até nós. Eu deixei Maria, com seus olhos verdes e brilhantes, junto com meus irmãos e primos e fui correndo atrás da minha mãe. Ela dá um sorriso enorme ao me ver e logo corre também. Logo ela se ajoelha e me abraça ali mesmo, no meio de todas as plantações de maçãs. Acabamos caindo no chão e nos melamos com a terra.

—Pensei que iria demorar mais.—Falo a abraçando forte.—Porquê viajou de ultima hora?

—Precisava buscar algo lá, filha.—Fala e logo ela sorri ao ver meus irmãos.—Como vocês dois estão?—Ela pergunta para Maria Victória e João Paulo. Eu tinha 11 anos, os gêmeos sete e Frederico tinha cinco anos apenas.

—Estávamos com saudades, mamãe. —Maria Victória fala e minha mãe a abraça.

—Cuidou bem dos seus irmãos?—Minha mãe pergunta para João Paulo. Ela balança a cabeça dizendo que sim e minha mãe sorri para ele.

—Não se esquece de ninguém?—Maria pergunta e as duas logo se abraçam firme. —Pensei que iria demorar mais...

—Foi só para matar as saudades de lá.—Minha mãe fala enquanto Frederico se agarra em suas pernas.Os meus primos haviam ido com a babá para dentro de casa.

—Vovó, vai tocar o piano agora?—João Paulo pergunta para Maria.

—Precisamos conversar.—Minha mãe fala pegando no meu queixo , ela sorri.—Depois vocês veem sua avó tocar piano, vamos andar pela fazenda?

—De novo?!—Os gêmeos falam e minha mãe os olha incrédula.

—Deixe-me com os dois, filha. Eles querem porque querem me ver tocar...—Maria fala e minha mãe concorda.

—Eu levarei Melissa e Frederico comigo. —Minha mãe fala e logo Maria e meus irmãos vão para a nossa casa. —Vocês dois, senti muita mais falta de você. —Minha mãe fala e começamos a andar por dentre as plantações.—Queria saber o que vocês dois querem fazer agora...

—Mamãe, eu preciso ir com a vovó, agora que eu me lembrei...—Falo sem jeito e ela me olha incrédula.—Na verdade, estou um pouco cansada de tanto andar.

—Então vá com a sua avó, filha. E antes do almoço tome banho.—Minha mãe fala beijando a minha testa e eu corro atrás da minha avó.

Ouvir: Limpido- Laura Pausini

POV Maria Fernanda

Eu fiquei sozinha com Frederico, ele não se cansava de andar comigo por todos os lados da fazenda. As vezes ele ''mandava'' nos peões que trabalhavam na fazenda, o que fazia tudo ficar um pouco engraçado. Ele falava coisas como ''Porque ele trabalha mais que você? Ele não consegue sozinho! Ajude-o!'' ou as vezes falava ''As maçãs vão cair sozinhas se vocês demorarem mais!'', e os trabalhadores , agora, o chamavam de ''patrãozinho''. Todos que trabalhavam ali sabiam que eu havia mudado muito, mas sempre comparavam Frederico á mim. Meu filho caçula era diferente dos outros, ele tinha uma personalidade mais forte.

Melissa era mais calma e tranquila. Sempre era justa com os irmãos e muito atenciosa com os demais. Ela sabia a hora exata de agir, e a hora de ficar calada.

Maria Victória era como Estevão, calma e paciente...Mas as vezes perdia a cabeça por alguns minutos. Era uma mistura incrível nela! Com a personalidade igual á Estevão, mas a aparência com as das duas avós.

João Paulo era como Fernando Luiz, não se importava com coisas fúteis e tolas. Ele as vezes sentia muitos ciumes de Frederico, claro. Era o que mais fica grudado em Maria, onde ela esta ele também esta.

E Frederico, bom...Já estavam o chamando de ''mini-Maria Fernanda em versão masculina''. Ele era o que mais gostava de andar pela fazenda, e o que mais se preocupava com tudo sem ao menos entender nada.

—Patroa!—Um peão grita por mim enquanto.—Venha ver isso!—Ele exclama e eu vou até ele. Ele me guia até que eu vejo Frederico cavando a terra com as próprias mãos. —Ele disse que se não descem as ferramentas para cavar, ele mesmo cavaria com as próprias mãos.

—Esse garoto realmente não existe.—Falo sorrindo e ele me olha, logo levanta os braços para o alta e sorri.

—Irmã.—Cristina fala e assim que eu me viro vejo seus filhos e Mariana. Mariana estava prestes a dar a luz.

—Até que em fim!—Falo abraçando as duas.—Nosso irmão veio?—Pergunto enquanto beijo os filhos de cristina.

—Ele já esta em casa, não quis andar pela terra.—Mariana fala.—Até porque Catharina não quer que o mais caçula fique por aqui.

—Pérola.—Falo e as duas se olham.—O que foi?

—Catharina esta grávida , de novo.—Cristina fala e eu fico incrédula.—Somos um bando de coelhos reprodutores.—Fala rindo e eu fico sem acreditar. Cristina e suas piadas!

—Este daqui já esta para vir ao mundo.—Mariana fala e sorri.—O Frederico não muda, não?—Pergunta vendo meu filho na terra.

—Esse garoto só é pequeno no tamanho, Mariana.—Cristina fala enquanto Mariana vai até Frederico.—E aqui estamos, Fernanda...Estamos juntas como sempre deveríamos estar.—Fala enquanto eu pego uma maçã.

—Sempre juntas, sempre fortes.—Falo e sorrimos. Logo eu á levo com os seus filhos para mostrar toda a plantação da fazenda.

—Tirou férias do hospital?—Cristina pergunta curiosa.

—Sim, mas não consigo ficar muito tempo longe de lá.—Falo e ela dá uma piscadela para mim.

(...)

—Não acha que deve voltar para casa?—Fernando Luiz pergunta enquanto eu me despeço de todos.—Em breve todos irão almoçar, e você ainda esta aqui...

—Eu precisava deixar tudo organizado para amanhã.—Falo. Frederico corre em direção do pai e pula em cima dele.

—E você, como sempre, com a sua mãe.—Fernando Luiz fala brincando com ele. Logo me assusto ao ver Frederico de cabeça para baixo se apoiando nos braços do pai.—Vou te jogar no chão.

—Não, não!—Frederico grita com alegria.

—Vamos para dentro de casa, logo!—Falo e Fernando Luiz me abraça e coloca Frederico no chão. Logo nosso filho tenta nos separar.—Calma, garoto.—Falo sorrindo do ciumes dele.

Ouvir: Viveme – Laura Pausini

POV Maria

Os gêmeos decidiram por eles mesmo que eu tocaria ''Viveme'' . Eles cresceram comigo tocando essa musica no piano, eles simplesmente amavam esta musica, assim como eu e Estevão. Eu logo comecei a tocar as primeiras notas e eles dois escutavam atentos a cada nota que era emitida. Os dois até cantavam alguns partes da música, às vezes, eu os acompanho também. Eles já tinham feito com que eu cantasse essa musica varias vezes quando andávamos pela fazenda, ou até na hora deles dormirem.

Depois de algum tempo percebi que todos os meus filhos, os meus netos e os demais familiares me olhavam atentos. Alguns até choravam de emoção ao me ver tocar, dar vida a cada nota. Assim, quando eu parei de tocar eu recebi vários aplausos, até dos pequenos.

—Sempre brilhando, minha Maria. —Estevão fala tirando uma mecha do meu cabelo e me beija. Todos aplaudem mais fortes. —Eu te amo, Maria!

Todos os casais ali com os seus filhos, todos haviam feito as suas famílias, de forma certa ou errada, cedo demais ou quase muito tarde. Mas, todos fizeram a sua parte. E eu... Eu fiz meu papel ao sofrer vinte anos por um crime que não cometi, pelos meus filhos, sofri pelos meus pais e por Victória. E ainda temo o paradeiro de Maria Sófia...Eu não fazia a minima ideia de onde ela estava.Mas de qualquer forma, eu estou feliz. Feliz e realizada pelo meu papel nesta história.

—Eu te amo muito mais, Estevão. —Falo e sorrimos. Olhamos ao mesmo tempo para todos os casais, principalmente para Fernando Luiz e Maria Fernanda com seus filhos. —Em fim, fizemos com que eles fossem felizes.

—Eles merecem, assim como nós. —Estevão fala e o beijo. —Eu te amarei por toda eternidade, sempre. —Estevão fala e o abraço. Eu vejo Maria Fernanda com um belo sorriso no rosto e dou uma piscadela para ela.

A minha Maria Fernanda... Eu cuidei dela por todos esses anos, e cuidarei por mais mil se for preciso. Cuidarei de todos até quando não haver mais forças em mim. Amo cada um deles aqui presente, amo mais do que eu devo.

—Toque mais uma vez.—Maria Fernanda pede e eu faço o sinal para ela vir comigo até o piano.—Você toca e eu canto?—Ela pergunta e eu aceno que sim.

—Agora, tocarei ''Lo Siento''.—Falo e ela sorri para mim com um sorriso que fazia esconder as suas lágrimas.—Me acompanhe...

—Sempre, mamãe.—Fala e logo eu começo a tocar e ela a cantar.

Era assim que iriamos ficar, amados e felizes. Vivendo com intensidade e bravura. Maria Fernanda não é uma santa, nem um de demônio...Ela é um anjo pecador. Meu anjo pecador.

Tempos Depois...

POV Frederico

Eu havia vindo para uma festa de uma amigo meu, Gabriel. Todos os meus amigos estavam nesta festa, menos os meus irmãos. Gabriel era de família humilde e sua família trabalha na fazenda da minha mãe. As coisas na minha casa não estavam boas, minha mãe e Melissa eram unha e carne, sempre julgavam todos. Isso me irritava bastante nas duas, eu não as entendiam. Houve uma vez que Melissa chegou no meu colégio porque simplesmente eu estava na mesma sala que Gabriel, e que ele era diferente de mim. Tudo se acalmou quando minha avó Maria chegou no local, foi um escândalo em casa. Minha avó brigou com a minha mãe e com Melissa, mas logo se acertaram. Mas eu não! Minha mãe e minha irmã tinham o mesmo defeito, se achar maior que os outros. Sempre me falaram que minha mãe foi assim quando adolescente, mas que depois que eu nasci ela mudou muito. Mas agora ela estava voltando a ser como antes...Maria Victória e João Paulo sofriam como eu, mas nunca falavam nada, apenas escutavam. E isso era o mesmo para o meu pai.

—Sua mãe sabe que você esta aqui?—A mãe de Gabriel pergunta e eu suspiro. Eu tinha apenas nove anos, e sai de casa sem autorização da minha mãe. Antes mesmo deu dar uma resposta a porta da casal foi aberta, todos se dividiram fazendo uma passagem para a pessoa que acabava de chegar passar. Pensei que fosse Melissa á mando de minha mãe, mas agora minha mãe veio. E isso era péssimo.

—Nossa, já é a segunda vez que me chateio com festa aqui.—Minha mãe fala e eu tremo. A primeira vez foi quando tia Cristina fugiu do internato e veio para a fazenda, ela foi horrivelmente humilhada por minha mãe.—Não se preocupem, não farei como fiz da ultima vez.—Fala andando enquanto eu me escondo dela.

—A senhora nem precisava ter vindo, não tem nada aqui que possa ser da senhora.—Gabriel fala. Ele mentiu. Primeiro porque todos estavam nas terras dela, e segundo, eu estava aqui.

—Garoto, eu não vou nem lhe dirigir a palavra.—Fala.

—A senhora e sua filha mais velha são iguais, malvadas. Porque isso?—Gabriel pergunta e eu sinto minha mãe o olhar com fogo nos olhos. Se ela pudesse queima-lo vivo, ela o faria. —O que a senhora quer?—Gabriel perguntou e minha mãe estava a ponto de responder, ele daria uma resposta com uma filosofia acida para um garoto de nove anos entender, somente eu entendia. Resolvi sair dali e acabar com tudo aquilo.

—Eu, ela me quer. Nada mais que isso.—Falo e todos me olham apavorados. Minha ma~e dá um sorriso de orgulho por simplesmente me ver e eu me aproximo dela. Ela seguro meu queixo com sua mão e sorri mais ainda.

—Este é o meu garoto.—Fala.—O meu herdeiro de personalidade. O meu pequeno príncipe que vai me orgulhar sempre.—Fala. Todos falavam que ela era obcecada por mim, e isso era verdade.—Vamos para nossa casa.—Fala e começamos a andar. Ela olhava para todos com cara de nojo, mas não falou nada.—Podem continuar a festa sem o meu filho.—Fala enquanto passamos da porta da casa.—O futuro dono de tudo isso.—Fala com orgulho e eu começo a ficar com medo. Minha mãe me idolatrava, e idolatrava Melissa. Ela nunca rebaixou Victória e Paulo, mas era diferente. Melissa e eu eramos os ''filhos preferidos'' dela. Só que eu não agia como ela, mas isso era o que ela mas desejava.—Tenho muito o que te ensinar, filho.—Fala e eu a olho.—Escute-me bem.—Fala me olhando seriamente.—Você e seus irmãos, especialmente você...—Fala com lagrimas nos olhos. Especialmente eu porque eu fui o ultimo neto que minha avó Victória pegou nos braços, aquilo era uma ''honra''.—Você, você vai ser muito forte quando se tornar um homem. Vai ultrapassar barreiras e vai passar por cima de tudo o que possa ficar em sua frente, Frederico. Não me desaponte, a partir de hoje você não é apenas meu filho , é meu aprendiz.

—O que eu irei aprender?—Pergunto e ela sorri de canto.

—Irá aprender a ser forte, apesar de já ser. Mas também irá ser o novo anjo pecador.—Fala e eu me lembro de quando Maria a chamou disto pela ultima vez.—Tão belo e destemido como eu.—Fala e voltamos a andar. E era aqui que o mundo ganhava mais um anjo pecador...

FIM


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Notas finais do capítulo

Eu não estou bem com o final desta fanfic. Eu estou simplesmente jogada, morta,falecida, em coma! AUHAUHUAH Na verdade estou feliz também, feliz por ter agradado todos vocês.
Foi um prazer escrever, e conhecer todos vocês.
Sobre este fim: Que fim nada AUSHAUSHAUSHAUH o mundo esta cheio de Anjos Pecadores e vocês achando que só tem em fanfics? asaushuahuahsh se cuidem,viu?



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