Anjo Pecador : A Volta Do Anjo escrita por Maria Fernanda Beorlegui


Capítulo 45
A Volta Do Anjo




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‘’É mais que um passado! Eu não sei explicar, eu apenas sei te contar a minha história, é algo tão misturado...Gerações, os anos, as pessoas! Eu conto a história, você tira as suas conclusões’’.—Maria Fernanda Barbosa (Fernanda Mills).

POV Maria

Já no dia seguinte eu acordei cedo para passear com os filhos de Maria Fernanda. Era final de semana e não tínhamos mais nenhum trabalho a fazer na empresa. Estevão estava mantendo tudo perfeito, como Maria Fernanda havia deixado. Estrella e Heitor estavam com seus filhos fazendo uma viagem pela Europa, os filhos deles eram muito espertos e queriam se distrair como podiam. Era incrível como a felicidade na minha família estava completa! Eu orava todas a noites agradecendo á Deus por esta felicidade, e pedia que ela nunca mais fosse embora. Eu não me importava mais com Victória, eu só pensava em como ela iria se virar sem seus filhos. Sim...Fernando José estava em sua própria casa com a sua família sendo formada. Maria Fernanda estava casada e já tem seus filhos, já nem se importava mais com Victória e com Cristina. Cristina estava noiva(Otávio havia me telefonado me notificando do novo noivado na família), ela iria casar com Arthur, claro. Otávio estava dando atenção a Mariana, claro, ela sentiu muito a falta de Otávio como pai.

—Esta tudo perfeito , meus anjos.—Falo entregando um pedaço de maçã bem pequeno para Maria Victória e outro para João Paulo.—Onde estará Melissa?

—Vovó!—Escuto a voz de Melissa e assim que me viro ela me abraça. Cecília havia trazido para Melissa para passar o resto do dia comigo.

—Oi, meu amor! Como passou o resto do dia com Cecília?—Pergunto a abraçando forte.—Aposto que bem.

—Ela passou o dia falando de vocês, Maria.—Cecília fala sorrindo.—Querida, me dê um minuto com a sua avó...—Ela dá ênfase no final da frase e sorri. Melissa logo sai do ambiente e eu espero o que ela tem para falar para mim.—Sobre o meu segredo, Maria...Eu andei pensando se você iria falar para alguém e esse alguém me entregasse a policia.

—Eu não falarei nada, querida. Prometi isso e vou cumprir. Mesmo sendo um pecado muito grande.—Falo e ela abaixa a cabeça.—Mas, você já se arrependo o suficiente. Então...não vejo motivos para não seguir em frente.

—Tem certeza de que você é mesmo irmã da minha irmã?—Pergunto e depois refaz a pergunta.—Digo, de Victória.

—Também me considere sua irmã. E respondendo a sua pergunta...—Falo a abraçando.—Nem sei mais o que ela é minha.

—Ela sempre foi problemática, vá por mim...Isso passa.—Fala e eu suspiro.

—Vamos?—Estevão pergunta descendo as escada e logo vemos Melissa voltar correndo até nós.—Bom dia, Cecília.

—Bom dia, Estevão.—Cecília fala.—Onde esta Maria Fernanda?—Pergunta e logo vemos Maria Fernanda e Fernando Luiz entrarem sorridentes e ficamos surpresos.

Escutar: Maite Perroni – Eclipse de Luna

—Mamãe!—Melissa exclama ao ver Maria Fernanda. Ela corre até a mãe e a abraça. Maria Fernanda suspende Melissa e a gira com alegria. Eu tento parar as duas, mais acabo sendo abraçada pelas duas.

—Calma!—Exclamo e Fernando Luiz me tira do meio da brincadeira das duas.—Que alegria toda é essa?—Falo me recompondo.—Que absurdo.—Falo ainda sorrindo.

—Explica para ela, Nando.—Maria Fernanda fala ainda abraçada a Melissa.

—Eu e ela estamos juntos...Maria Fernanda descobriu o que realmente sente por mim e desde então...—Fernando Luiz explica e todos nós nos olhamos alegres.

—Para onde vão?—Maria Fernanda pergunta curiosa.

—Eu e Maria vamos dar um passeio com os pequenos pelo parque.—Estevão fala passando seu braço na minha cintura.—Querem ir conosco?

—Não, temos outras coisas para fazer...—Maria Fernanda fala mais é interrompida por Fernando Luiz.

—Vamos, o que é que custas...—Fernando Luiz fala e ela acaba concordando.

—Também vai , tia?—Maria Fernanda pergunta a Cecília.

—Não, não...Tenho um encontro que não pode ser mais adiado.—Cecília fala dando uma piscadela para mim.

—Então vamos antes que os palhaços do parque vão embora.—Estevão fala brincalhão.—Vocês dois amavam os palhaços dali.

—Mas nenhum se iguala ao senhor.—Fernando Luiz fala acompanhando de Maria Fernanda. Estevão o olha serio e Fernando Luiz para de sorrir.

—Não fique tão sério.—Estevão fala brincando com ele.—Não vou atirar em você com uma espingarda, garoto.

—Eles não mudam?—Maria Fernanda pergunta empurrando o carrinho onde Maria Victória estava. Eu empurrava o de João Paulo.

—Pensei que já havia se acostumado com eles dois.—Falo sorrindo e ela dá uma gargalhada. Eu pensei nunca mais vê-la daquela forma.—Em breve será com João Paulo, e se um dia você quiser ter outro filho.

—Três está mais que perfeito. Se tiver que vir mais um , virá.—Maria Fernanda fala me olhando um pouco temerosa.—Mas não irá vir.

—Sei bem. —Falo um pouco irônica e logo saímos de casa. Todos nós estávamos radiantes, alegres!

(Para a música).

POV Otávio

Victória voltava a ser como era a 23 anos atrás, quando estava grávida de Maria Fernanda. Ela passava horas olhando para além da janela do nosso quarto, não se movia. Não tinha nenhuma expressão e quando tinha era de choro com um sorriso um pouco triste. Isso me preocupava muito. Todos estavam seguindo a sua vida como deveria seguir, mas Victória sempre permanecia na mesma. Ela sempre sentia uma forte dor na alma.

Talvez, ela fizesse a imagem de nós e nossos filhos brincando no jardim, que era a vista da janela do nosso quarto...Talvez ela fizesse a imagem dela com Maria e Joaquim com os pais brincando naquele jardim ou em outro lugar até.

—Victória?—A chamo e ela se virá rapidamente. Me assusto de imediato! Ela estava com olheiras e com os olhos vermelhos de tanto chorar.—Você não esta bem.—Falo me ajoelhando e ela segura os meus braços com medo.

—Fernanda Cristina esta brincando com as nossas filhas, Otávio.—Ela fala sobre a filha que iria ter com Christiano. A que morreu...—Mas, Fernando José sempre a atrai para sair para fora da casa, e as vezes para subir na árvore.—Fala descontrolada.—Maria Fernanda não ouve aos chamados de Cristina.

—Victória, aonde esta vendo isso?—Pergunto preocupado.

—Ali! Não vê?—Pergunta perdendo a paciência.—Olha, Mariana esta com Cristina brincando com as bonecas.—Fala tendo alucinações.—Eu preciso arrumar Fernanda Cristina para que Christiano a leve para ver os outros dois irmãos. Catharina e Vitor Hugo.—Fala pensativa.—Viu como ela se parece comigo? Ela se parece comigo mais do que os meus outros filhos.

—Victória, precisamos conversar. Se acalme.—Falo tentando trazer ela de volta a si.

—Quem é aquele garoto?—Victória fala apontando para a porta do quarto.—Ele tem os olhos do filho caçula de Maria.—Fala sobre Fernando Luiz, mas não havia nenhum garoto ali...—Ele disse que se chama Frederico, Otávio!—Exclama alegre e desmaia em meus braços.

—Victória! Victória! Acorda pelo amor de Deus, Victória!—Exclamo temendo o pior.—Porquê você sempre é fraca?

POV Maria Fernanda

Maria e Estevão haviam ido na frente de mim e de Fernando Luiz. Já estávamos no parque central da cidade, as crianças não paravam um minuto quietas. Fernando Luiz sempre me lembrava de que deveríamos nos casar na igreja e sobre como fazer o casamento o mais rápido possível. Eu até me animava só de pensar em vestir meu vestido de noiva e um véu.—Esse é o desejo de toda mulher, Mas, era a primeira vez que esse desejo era despertado em mim.—Pensávamos em colocar Melissa como a dama de honra, até porquê ela era mais velha que Maria Victória.

—É engraçado como o destino nos faz de personagens. —Falo e suspiro.—Não acha?

—Sim, claro. Mas porquê pensou nisto agora?—Pergunta me oferecendo algodão doce.

—Por nada...—Falo e pego uma grande parte do algodão doce dele.

O meu futuro seria maravilhoso. Bem diferente do que Maria Sófia planejou para mim. E no final eu quem havia planejado o meu e o dela, sem querer...Maria Sófia nem imaginava o que viria para ela ainda hoje. Hoje começaria o seu destino, o que ela montou para mim e que caiu sobre ela, só que bem pior...

—Pare de pensar tanto.—Fernando Luiz fala me abraçando.—Vamos assustar eles como fazíamos quando criança?—Pergunta se referindo a Maria e a Estevão.

—Não.—Falo séria e ele me olha travesso.—Esta bem, vamos.—Falo e corremos para assustar Maria e Estevão.—Será que nossos filhos serão assim?—Pergunto enquanto corremos em direção ao nossos pais.


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