‘’Yes at times you found it hard to understand me

Shaping how you wanted me to be

I'm still here

While fragments of the past return

And it's not what you think

E so che sostenere il colpo

Non sarà mai facile

Ma so che non importa in fondo

Ciò che penserai di me’’

POV Maria Fernanda

Eu estava no jardim da mansão San Román quando escuto a risada de Melissa. Assim que me viro em direção ao que o som da sua risada era emitido eu vi ela com Maria Victória e João Paulo. Eles corriam por todo o jardim, não paravam de rir. Mesmo os gêmeos sendo bem novos, eles se viravam como podiam. Melissa os ajudava para que eles não se machucassem, isso era o maior presente que eu poderia ter. vê-los brincando, comigo por perto e sem nenhuma preocupação recente.—Mamãe?—Escuto a voz de um homem e logo me viro para o outro lado. Estávamos em outro lugar, estávamos na fazenda...

—No que tanto pensa, mamãe?—Ele pergunta e eu fico sem entender.

—Estava pensando em como você cresceu rápido, meu filho.—Uma mulher responde quando eu comecei a abrir minha boca para perguntar se eu o conhecia.

—Eu estava atrás da senhora para tocar o piano para mim de novo, como a minha avó Maria fazia.—Ele fala e eu caio em si.

Aquela mulher será eu quando mais velha. E aquele garoto...Ele não tinha nada de João Paulo. Quem ele poderia ser?

—Eu estou sonhando.—Falo e eles não me escutam. Até que eu para uma senhora na casa dos 40 não estava nada mal, ou seria 50 anos?

—Ninguém se comparava a ela, Frederico.—Assim que a senhora fala recordo o nome dele. Era um dos meus prediletos, não coloquei no meu primeiro filho porquê não achei correto.—Venha, vou lhe ensinar a tocar.—Fala e logo os dois desaparecem.

(...)

—Mamãe?—Escuto Melissa me chamar e eu finjo que estou dormindo. E realmente eu queria estar, aquele sonho foi ótimo...— Mutter!—Me chama de ‘’mãe’’ em alemão. Melissa era muito esperta.

—O que foi, meu amor?—Pergunto a agarrando e ela começa a rir.— Der Schlaf der seine Mutter ist sehr kostbar.— Falo ‘’ O sono da sua mãe é muito precioso’’ em alemão para ela e ela ri mais.—Não sabia que você falava alemão, filha.

—A mamãe Cecilia me ensinou pouco.—Fala e eu sorrio orgulhosa. Melissa era muito, muito inteligente.—Minha avó Maria estava subindo comigo. Todos estão te esperando para tomar café.

—Sua mãe sempre foi de se atrasar, Melissa.—Maria fala entrando no quarto e beija o topo da minha cabeça.—Bom dia.—Fala.

—Bom dia. Vou me arrumar para tomar café com todos.—Falo me levantando da cama.—Nunca pensei que Melissa falaria alemão comigo.

—Und warum nicht?—Melissa fala ‘’E porquê não?’’ e desce da cama contente.— Welche Zeit ich zur Schule gehen, Oma?—Melissa pergunta para Maria que me olha sem entender.

—Traduza, por favor...—Maria pede.—Ainda não me interessei pelo alemão.

—Ela perguntou que horas ela vai para a escola...—Falo.—Vovó.—Falo sorrindo e ela sorri também.

—Agora mesmo. Tem que afiar mais este seu alemão.—Maria fala.—Cecilia já esta na porta te esperando.—Assim que ela fala isso minha filha me dá um beijo e vai correndo ao encontro com Cecília.—Não corra nas escadas, querida.

—Ela é minha filha, Correr é algo natural até quando está dormindo.—Falo terminando de trocar de roupa.—Vamos.

—Filha, temos visita.—Fala e eu me surpreendo.—Sim, você deve estar achando quem viria tão cedo.—Fala temendo algo.—Victória esta aqui.—Fala e eu suspiro pesadamente.—Com Cristina.

—Eu não falarei nada, exceto se falarem algo comigo.—Falo e ela parece um pouco aliviada.—Não quero mais problemas na minha humilde vida.—Falo e vamos as duas juntas para a sala de jantar.

—Quando abre seu consultório?—Maria pergunta contente.

—Tenho muito o que preparar, mamãe.—Falo quando descemos as escadas.—Nem reparei que nós duas estamos vestindo roupas com a mesma cor.—Eu com um vestido vermelho acima dos joelhos e ela um blazer feminino vermelho com uma calça vermelha também.—Vermelho é a nossa cor.

—Não se esqueça do preto.—Fala divertida e chegamos na sala de jantar. Logo vejo Cristina e Victória na mesa e logo vou ao meu assento.

—Bom dia.—Falo alegre.

—Bom dia.—Respondem uns com boa vontade e outros com má.

—Onde está Fernando Luiz?—Carmen pergunta e logo vejo um sorriso no rosto de Maria e Estevão. Tia Carmen havia viajado há muitos anos e pouco dava noticias, e ali estava ela...se escondendo detrás de Estevão.

—Titia!—Exclamo alegre e ela logo vem me abraçar.

—Como cresceu, como esta linda!—Tia Carmen exclama contente.—Nunca muda fisicamente, filha.—Fala alisando meu rosto.—Estava com tantas saudades de você! Maria, você cuidou muito bem dela.—Fala indo ao seu respectivo lugar.

—Sim, cuidei muito bem.—Fala e logo vejo Fernando Luiz entrar na sala. Ele estava...deslumbrantemente lindo. Ele se sentou ao meu lado e eu pude notar que ao lado esquerdo de Estevão estavam Maria,eu, Fernando Luiz e tia Carmen. E do outro lado estavam Cristina e Victória.

—Bom dia.—Fernando Luiz fala assim que olha para mim.

—Bom dia.—Falo e ele sorri de canto. Assim todos nós nos servimos sem nenhuma briga ou indireta.

POV Maria

Assim que terminamos de tomar o café eu fui com, Estevão para um lugar mais reservado para conversarmos. Ele sabia muito bem que Victória e Otávio teriam que resolver todos os assuntos das duas empresas. Mas, Otávio não veio junto com Victória, ela trouxe Cristina. E eu até agora não estava entendendo o porquê dela estar aqui.

—Talvez ela queira refazer o contrato.—Estevão fala.—Se no caso algo acontecer com ela e Otávio quanto das parcelas irá ficar com cada filho.

—Talvez seja por causa de Mariana.—Falo e logo mudo de opinião.—Ou ela vai tirar Maria Fernanda.

—Não exatamente.—Victória fala me assustando.—Eu irei tirar Maria Fernanda do contrato e colocar Mariana. Foi o que Otávio me pediu.—Fala e logo vemos Maria Fernanda se aproximar, ela ouviu o que Victória falou. Ela dá meia volta e Estevão me olha preocupado.

—Tem certeza?—Estevão pergunta ainda tendo esperança de Victória desistir.

—Ela não estará como herdeira daquela empresa, nem de nada.—Victória fala.

—Mesmo ela tendo feito tanto por aquela empresa? Ela fez coisas que nem você nem Otávio fariam em beneficio daquela empresa, Victória.—Falo.

—Eu não voltarei atrás. Ela não se beneficiou porquê não quis. Ela ainda ficou com a fazenda...—Victória fala um pouco brava.

—Que você deu á ela no aniversario de Cristina.—Falo me lembrando deste dia.

—Exatamente, era o meu aniversario, não o dela.—Cristina fala brava e eu a encaro.—Ela nem deveria ter ficado com aquela fazenda.

—Ela te entregou a fazenda e depois você entregou á ela de volta!—Exclamo brava e ela fica sem ter o que falar.—Vocês duas são iguais, só pensam em dinheiro, em serem donas de propriedades quando na verdade o maior tesouro que vocês precisam zelar é a família.—Falo saindo daquele local.

Tudo esta certo comigo , com meus filhos. Mas, eu não consigo mais me relacionar bem com Victória. Nem ela com Maria Fernanda , muito menos Cristina. Mas, eu não estava me importando para o que ela e Cristina iriam fazer, nem se elas deixassem de aparecer na minha casa.

—È como se elas não estivessem valendo nada para mim.—Falo passando minhas mãos em meus cabelos.—Como se eu estivesse vivendo a minha felicidade sem precisar delas.

—Falando sozinha?—Maria Fernanda pergunta com João Paulo nos braços.

—Sim, estava pensando alto.—Falo sorrindo para João Paulo.—Ele esta lindo a cada dia que se passa.—Falo pegando ele dos braços de Maria Fernanda e ele começa a pular.—Tão alegre.

—Meu anjo da alegria.—Maria Fernanda fala contente.—Estou feliz, a senhora não sabe o quanto.—Fala brincando com João Paulo.—Nada me falta, eu encontrei o meu lugar, mãe.—Fala carinhosa e me abraça.

—Permitem que eu e minha filha entremos neste abraço também?—Fernando Luiz pergunta com Maria Victória nos braços.

—Entrem.—Falo sorrindo.—Eu pensei que nunca seria feliz, mas agora percebo que a felicidade chegou na minha vida de surpresa.—Falo chorando de emoção.—De tanto eu pedir eu ganhei a minha felicidade.

—A senhora merece, mamãe.—Fernando Luiz fala enxugando as minhas lagrimas.—Nunca mais seremos infelizes.

—Eu só queria ver vocês dois como um verdadeiro casal.—Falo e eles se olham com vergonha.

—Talvez, mamãe.—Fernando Luiz fala e eu olho para Maria Fernanda.

—Quem sabe. Se for para completar a sua felicidade eu farei até o impossível.—Maria Fernanda fala me beijando na bochecha.—Te amarei até o fim do mundo!

—E eu cuidarei da senhora até não aguentar mais, mãe.—Fernando Luiz fala me abraçando forte.

—Vamos parar porquê as crianças estão sentindo os nossos sentimentos.—Falo e percebem que os gêmeos estavam ficando inquietos.

—Esse daqui puxou á mim.—Estevão fala se aproximando de nós. Logo percebo que Cristina e Victória estavam nos olhando de longe.—Venha com o vovô!—Estevão fala e eu me dou conta de que ele falava com João Paulo.—Que garoto forte!

—Maria Victória esta se parecendo com a senhora.—Maria Fernanda fala pegando sua filha nos braços. Victória se aproxima um pouco envergonhada e Maria Fernanda recua.

—Eu posso pegar ela nos braços?—Victória pede para Maria Fernanda. Ela tinha um amor fora do normal por Maria Victória. Maria Fernanda olha séria para Victória, ela pensa em dar Maria Victória para Victória mais depois desiste.

—Não, não entregarei ela para você acaricia-la. Ela não é nada sua, assim como eu.—Maria Fernanda fala olhando seriamente para Victória.

‘’Si pudiera regresas el tiempo
Esta vez no escondería lo que siento
El silencio fue el engaño más violento
Mi terrible experimento falló

Si te alejé de mi, si te fallé y me fui
Fue porque mis mentiras me daban miedo
Tú me creíste y yo me volví tan bueno
Fingiendo.’’