Anjo Pecador : A Volta Do Anjo escrita por Maria Fernanda Beorlegui


Capítulo 36
Fracassada




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POV Maria

Percebi que algo estava acontecendo em um dos corredores da casa. Eu fui andando até que percebi que Fernando Luiz estava furioso com Maria Fernanda e Christiano. Victória estava a ponto de armar o maior escândalo. Eu precisava fazer algo para que o pior não acontecesse. Com certeza Fernando Luiz viu algo entre Maria Fernanda e Christiano. Ela mentiu, ela havia falado que estava certa de que realmente amava Fernando Luiz. Isso que ela esta fazendo só pode ser um joguinho! Maria Fernanda esta passando dos limites, meu Deus! Primeiro faz com que a policia leve Cristina da fazenda, e agora Cristina esta prestes a ficar em um orfanato correndo risco de ser adotada porque segundo a lei Otávio e Victória não tem domínio sobre ela. Depois de Estevão a pessoa que eu mais confio é Maria Fernanda. Eu sempre a coloquei em primeiro lugar, sempre! Primeiro que meu casamento, primeiramente na frente dos meus filhos, da minha vida e ate de mim mesma! E agora ela faz isso? Ela simplesmente nos faz sofrer mais do que já sofremos com ela e com suas ações, novamente. Não... Eu não posso mais confiar nela. Eu não quero mais vê-la na minha vida! Eu não irei mais defende-la, irei enterra-la na minha memoria. Irei fazer com que eu mesma acredite que ela morreu!

–Esta louca? Você não pode simplesmente fazer o que der na telha, Maria Fernanda! –Fernando Luiz exclama extremamente bravo. –Que espécie de mulher é você? –Ele pergunta entre os dentes e Maria Fernanda fica furiosa.

–Por favor, deixe-me em paz! –Maria Fernanda exclama sem paciência. –Eu não lhe devo mais explicações ! Nenhuma!

–Claro que deve! Você é minha noiva! Mãe dos meus filhos...Vivemos as nossas vidas juntos. –Fernando Luiz fala e ela perde completamente a sua paciência.

–Vivemos errado! Começamos como dois irmãos, lembra? Depois me deixei levar por um amor de adolescente e infantil , Fernando Luiz! –Maria Fernanda exclamou tirando todo o ar de seus pulmões. –Eu sou sua irmã legalmente, sou sua prima. NADA PODERIA TER ACONTECIDO ENTRE NÓS! –Grita colocando sua raiva para fora.

–Você como sempre querendo confundir tudo, Maria Fernanda. Quando vai parar de se fingir de boa puritana? Quando vai parar de querer nos cegar com a sua falsa bondade? –Victória perguntava sem parar e Maria Fernanda estava sem querer ouvir. –Não sabe como me envergonha! –Exclama. Maria Fernanda fica parada , com lagrimas nos olhos. Isso foi algo muito doloroso para ela. –Não chore, você não é digna de chorar! Você não é a filha que eu quis ter! Não é mas a pessoa que eu pensei que fosse, me ouviu? Você me envergonha assim como envergonha seu pai! Envergonha todos nós com suas atitudes, Maria Fernanda! –Victória exclamou entre os dentes deixando o clima mais tenso ainda. Eu tentava tirar Fernando Luiz dali, mas ele insistia em ficar. Christiano estava atrás de Maria Fernanda, cabisbaixo. Estava tentando tirar Maria Fernanda dali, mas não tinha coragem o suficiente para isso.

–Deveria ter pensando nisso antes de me colocar no mundo. Porque não abortou, Victória?! –Maria Fernanda disparada com raiva bem perto de Victória. Em seguida apenas escutamos o som da mão de Victória no rosto de Maria Fernanda. Christiano a segura, ela quase cai no chão. Fernando Luiz vira o rosto para não vê-la naquele estado. Eu penso em ajuda-la, mas a dor de suas ações contra mim me fazem ficar no mesmo lugar.

–Vamos. –Chamo Fernando Luiz para sair do corredor.

–Você é muito ingrata! Você não agradece pelo o que tem, Maria Fernanda. –Victória fala e logo vejo ela pegar no braço de Maria Fernanda e a puxar pela casa.

–Victória não! –Exclamo em um fio de voz. Ela a puxa ate o portão. Maria Fernnada percebe que ela ira empurra-la do portão para fora. Logo Maria Fernanda segura em seus braços assim como Victória segura-a pelo braço esquerdo com força e raiva.

–Me solte! –Victória exclama e a joga para fora do portão. Christiano estava do lado de fora com medo. –Desapareça daqui! Só volte a colocar os pés nesta casa quando se torna uma boa pessoa. Quando deixar todas as suas atrocidades de lado! Até lá...Você não é minha filha! –Victória exclama fechando o portão. Maria Fernanda se aproxima e chora apavorada. Ela soluçava muito. Fernando Luiz e Victória entraram dentro da mansão tentando esconder as lagrimas.

–Espero que tenha gostado de perder duas filhas, senhora Mendonza. –Maria Fernanda fala e Victória para de andar. –Não pense que irei sem meus filhos.

–Meus filhos não tem mãe! –Fernando Luiz exclama. Rapidamente me lembro de Melissa. Fernando Luiz e Victória entram na mansão de uma vez e eu começo a andar com passos leves.

–Não sabe como eu os odeio! –Maria Fernanda exclama chorando. –E ao mesmo tempo os amo... –Fala baixo saindo com Christiano do portão. –Deixe-me ir sozinha. –Fala para Christiano que a deixa ir sozinha . Mas para onde? Para onde ela iria?

POV Maria Fernanda

Sai andando pelas ruas , sozinha. Maria Sófia havia ganhado de mim em uma parte desta história. Eu perdi tudo, perdi minha família. Perdi meu lar, perdi as minhas raízes sem mesmo a morte as levarem. Era um terremoto acontecendo dentro de mim. As paredes do meu coração estavam sendo derrubadas, os vidros das janelas da minha mente estavam trincando com a frieza que tomava conta de mim. Era algo tão depressivo... Eu me destruí.

Rapidamente percebo que um carro passa diante de mim e abre a porta para que eu entrasse. Era Maria...

–Apesar de ter magoado meu filho e eu, apesar de ter feito tanto mal, você ainda é a minha filha. –Maria fala e logo começa a chover. Eu dou um passo a frente para entrar no carro. Porém nego a sua ajuda...

Acelero meus passos e ao mesmo tempo tenho medo de escorregar e cair. A chuva ia ficando mais forte a casa segundo. Até que sinto sua mão no meu ombro me puxando para que eu pare de andar.

–Venha comigo. Te deixo no meu apartamento. –Fala e eu rapidamente me lembro do apartamento que ela tinha no centro da cidade. Eu não tinha para onde ir. Seria um grande erro ir para a casa de Christiano, ele não merecia ter alguém como eu na sua casa.

–Esta bem. –Respondo percebendo que estávamos de uma chuva extremamente forte. Rapidamente entramos no carro e vamos em direção ao apartamento.

–Vamos logo, você precisa voltar cedo para casa. –Falo e ela sorri. –Ou vai me colocar para dormir como nos velhos tempos?

–Irei te colocar para dormir como nos velhos tempos. –Maria fala concentrada na direção. Como ela poderia gostar tanto de mim?


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