Anjo Pecador : A Volta Do Anjo escrita por Maria Fernanda Beorlegui


Capítulo 2
Diferenças




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POV Maria Fernanda

A chuva caia sobre mim enquanto eu andava pelas ruas sem destino algum.Passei por praças,igrejas, passei por todos os lugares que me faziam tanta falta.Mas tudo estava deserto, não havia ninguém pelas ruas onde eu passava.Até que eu encontrei o meu carro onde eu havia o deixado estacionado.Assim que o liguei e sai andando pelas ruas até o hotel onde eu tinha me hospedado.Assim que o sinal abriu para mil um outro carro passou em alta velocidade na minha frente e eu parei com medo.Mais um pouco e teria batido com tudo no meu carro.Logo percebo que tem um homem parado na chuva observando-me no carro.Der repente me deu um medo enorme e eu sai dali com medo do que aquele homem pudesse fazer.

—Que coisa.—Falo aumentando a velocidade mesmo coma a chuva forte.

Aquilo homem me parecia ser familiar.Ele me fazia lembrar alguém, Fernando José.Seus olhos eram o mesmo.Se eu não tivesse o visto melhor diria que poderia ser ele.Fiquei um bom tempo pensando o quanto os dois eram parecidos.E isso me fazia lembrar que agora eu sabia da verdade.De que eu era filha de Otávio e de Victória.

—Eu não sou uma San Román.—Falo estacionando o carro em frente ao hotel.Fico parada só pensando o que tinha feito com Maria.O que faz com todos.Mas nada disso teria acontecido se Victória tivesse me abandonado.Mas a culpa também era de Maria, porque se ela não tivesse sido tão obsessiva á ponto de não querer me entregar para Victória eu não estaria sendo a pessoa que sou agora.—A culpa não é só minha.—Falo vendo a chuva cair.

Eu sempre fui a adotada de Maria e Estevão.Nunca fui irmã de Heitor e Estrela, nem muito menos prima de Ângelo.Apenas sou sobrinha de Maria, prima de Heitor,Estrela e de Fernando Luiz.Não!O pai dos meus filhos é também o meu primo!—Logo as lágrimas começam a descer pelo meu rosto.—Eu sou apenas a filha rejeitada de Otávio e de Victória.Tive seu amor de mãe sem saber que ela era a minha...Que ela apenas era a mulher que me deu a vida.

—Como eu vou seguir em frente?—Me pergunto com as mãos no volante.—Todos me veem com nojo e ódio.—Falo.—Não posso nem se quer olhar para nenhum deles e pedir que me perdoem.—Falo chorando com mais tristeza.—Eles vão fazer a questão de me humilhar...—Falo imaginando como seria.—Mas eu não vou permitir que façam isso comigo.—Falo com raiva.—Agora eu tenho um motivo para viver, agora eu tenho um ódio real por eles.—Falo parando de chorar.—Vou destruí-los nem que seja a última coisa que eu faça.

—Maria Fernanda!—Escuto a voz de Cristina e assim que me viro á vejo do lado da janela do carro.—Podemos conversar?—Pergunta sorrindo e sendo molhada pela chuva.

(...)

—Toma.—Falo oferecendo uma toalha para ela.—Quer café?—Pergunto e ela me olha estranhamente.

—Quero.—Fala.—Você esta bem?—Ela pergunta enquanto preparo seu café.—Por saber da verdade?

—Quer saber da verdade?—Pergunto e ela acena que sim.—Estou bem.—Respondo.—Para mim nada mudou.—Falo e ela me olha incrédula.

—Maria Fernanda noss...—Ela para ao ver minha reação.—A minha mãe escondeu isso por tantos anos com medo que você a odiasse.—Fala incrédula e depois sorri.—Você não a odeia.

—Não.—Respondo.—Mais isso não significa que a amo.

—E por quê pediu para que ela e Maria cuidassem dos seus filhos?—Pergunta e eu lhe dou o café.

—Por quê eu achava que Maria era minha mãe e que Victória fosse apenas a minha madrinha.—Falo.—Madrasta, tia...

—Você só ama a minha mãe como madrinha?—Ela pergunta bebericando o café.

—Não á amo mais como nada.—Respondo e ela me olha surpresa.—E amanhã vou buscar meus filhos.

—Não pode leva-los.—Ela adverte.

—Eles são meus filhos, Cristina, nem Maria nem Victória vão me impedir de trazê-los comigo.—Falo com raiva.—Quando você tiver filhos vai entender.

—Você não os queria.—Ela rebate.

—Victória também não.—Respondo irônica.—Mais eu não serei tão inocente como ela, Cristina, e vou passar por cima de quem for preciso para ter meus filhos comigo.

—E Fernando Luiz?—Pergunta e eu reviro os olhos.—Você não o ama?

—Amor é um sentimento passageiro, Cristina.—Falo a olhando com maldade.—Um dia você será tola de amar, e depois vai ficar assim.—Falo e ele não entende.—Como eu.

—Má?—Pergunta e eu me irrito.—Digo...

—Isso mesmo, Cristina, sou má e perversa como todos pensam.—Falo e ela se assusta.—Agora vá como uma menina mimada e conte tudo isso para todos.—Falo entre os dentes.—Por quê eu vou infernizar a vida de você até o meu ultimo suspiro.—Falo e ela começa a chorar.Ela fecha os olhos e depois os abre ainda chorando.

—Não precisa ser assim.—Fala.—Você não foi humilhada nem magoada.

—Fala isso por quê não foi abandonada na porta de uma casa com estranhos que apenas te aceitaram por luxo e egoísmo.—Fala alterando a voz.—Sua mãe é assim também.—Falo irônica.—Todas nós seremos.

POV Maria

Eu acabava de chegar na casa de Victória.E o que era mais estranho era que não tinha ninguém em casa.Mas quando entrei na cozinha á vi junto com a empregada da casa.Fazia tanto tempo que não vi Marisa, ela é empregada da casa de Victória desde que nos conhecemos.As duas conversavam animadamente enquanto faziam uma torta.E pelo aroma eu sabia qual era a torta.Era de pêssego.Eu odiava torta de pêssego, mais Victória adorava.Essa era uma das coisas em que eu e ela não éramos iguais.

—Torta de pêssego?—Pergunto e ela se vira para mim.Logo percebo que ela cortou seus cabelos com um corte de cabelo que a deixou parecer um pouco mais jovem.—Esta se distraindo com culinária?

—Antes isso do que ficar vagando pela cidade sem rumo.—Fala e olha para mim e sorri falsamente.—Maria Fernanda tem esse habito que eu sei.

—Você conhece bem nossa filha.—Falo e Marisa levanta sua cabeça.Victória á olha e ela sai da cozinha com receio.

—Você as vezes se acha no direito de ser mãe dela.—Fala me desafiando.—Quando na verdade você é somente a tia.—Fala e eu fico incrédula.—Nem isso de verdade você é.

—Você acha que Maria Fernanda vai escolher entre nós duas?—Pergunto sínica.—Claro que ela vai escolher á mim.

—Por quê tudo tem que ser você, Maria?—Pergunta friamente.—Por quê nossos pais te escolheram apara viver junto á eles e não á mim?—Pergunta me empurrando contra a parede.—Será que vou ter que te matar para viver sem uma pedra no meu caminho?

—Eu sou sua irmã.—Falo.—E você não é mais forte e resistente do que eu.

—E se morrêssemos juntas?—Pergunta me dando medo e depois sorri.Se afasta e eu fico aliviada.—Quer torta?—Pergunta ingênua.Ela não sabia que eu odiava torta de pêssego.

—Claro.—Respondo e ela sorri com mais alegria.

—Desculpa pelo susto.—Fala retirando um pedaço de torta.—Só queria te dar um susto, apenas isso.


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