Anjo Pecador : A Volta Do Anjo escrita por Maria Fernanda Beorlegui


Capítulo 17
Tudo Requer Uma Mudança




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POV Maria Fernanda

Eu não sentia mais o chão, não sentia mais nada naquele momento. Aquelas palavras que Maria falou me fez chorar por dentro. Eu não queria acreditar nas palavras que Fernando Luiz falou nem muito menos escutar a voz dele novamente. Eu não queria acreditar que o meu noivo e pai dos meus filhos falou aquilo de mim para Maria. Isso me fazia ter raiva de mim mesma! Se eu nunca tivesse feito mal a Maria Sófia talvez hoje Marco Túlio estivesse vivo com a minha filha e nada disso teria acontecido! Se eu nunca tivesse conhecido Demetrio, ou melhor! Se eu nunca tivesse ido parar na família San Román!

–Como se sente? –Fernando Luiz pergunta me tirando dos meus pensamentos. –Esta mais calma? –Ele pergunto e eu sorrio. Aquele sorriso era falso, porém era a minha única chance de ‘’virar o jogo’’.

–Claro que sim... Não me lembro o que me levou a fazer isso. –Falo olhando as minhas mãos enfaixadas. –Se não fosse por você eu não sei o que faria da minha vida. –Falo tentando ser mais doce possível.

–E-eu... Você sabe que eu nunca desistiria de você. –Fala mentindo e eu tento não mostrar a minha raiva. –Logo vai receber alta e ter uma psicóloga te acompanhando...

–Eu não estou louca! –Exclamo com raiva e ele me olha incrédulo. Logo me recomponho. –Eu não estou louca, mais você me trata como uma...

–Eu só quero o bem para a mulher que amo. Para a mãe dos meus filhos. –Fala tentando me acalmar. Sinto raiva ao perceber o seu teatro...

–Então não me obrigue a ser tratada por um psicólogo. –Falo tranquila e ele me olha por uns minutos.

–Esta bem... Como você quiser. –Fala beijando o topo da minha cabeça. Assim que ele sai do quarto eu comemoro.

–Isso vai ser mais interessante do que eu imaginava. –Falo e logo paro de comemorar ao ver Estevão entrar no meu quarto. Virou festa... –Oi, papai. –Falo tentando ser carinhosa com ele. –O senhor esta bem?

–Eu que te pergunto isso, filha. –Fala e logo me abraça. –Bom, isso não importa. O que importa é que você esta viva.

–Prometo que da próxima vez que me derem como morta vai ser pra valer... –Falo e ele cai na gargalhada.

–Trouxe isto para você. –Fala tirando algo da bolsa que estava em suas mãos. Era a manta que tinha a sigla ‘’MF’’. Ele me entrega e eu começo a chorar. Dessa vez não era só fingimento... Ele sabia o quanto aquilo era significativo para mim. –Para você se sentir melhor nas piores horas. –Fala e por impulso eu o abraço. Eu não era mais uma menina, mais para ele eu sempre seria uma.

–Obrigada. –Falo e me sinto culpada pelo o que eu falei para ele um dia. –Me desculpe se falei algo que não devia falar para você, papai.

–Eu te amo da mesma forma... –Fala interrompendo o abraço. –Soube que vai ensinar a filha de Cecilia a andar de cavalo.

–Assim que eu puder leva-la a fazenda. –Falo com alegria ao me lembrar de Melissa. –Melissa é tão doce...

–Talvez um dia Maria Victória seja igual a ela e você se orgulhe. –Fala e eu penso nos meus filhos. –Você era assim quando pequena. Doce e esperta.

–Espero que ela não se torne igual a mim quando ficar mais velha. –Falo pensando no que já fiz para todos.

POV Cristina

Eu estava muito preocupada com Maria Fernanda. Certas vezes eu pensava que poderia perde-la de vez ou ela mesmo voltar a fazer o que fazia antes. Não me importava com ela somente por ser minha irmã, mais também porque existe pessoas que realmente a ama. Sabia perfeitamente que Maria havia desistido dela com medo de que isso fosse mais uma das farsas de Maria Fernanda. Logo ela que sempre falou que nunca abandonaria a minha irmã nas horas mais difíceis e que era a ‘’mãe’’ dela e que mais ninguém poderia julgar Maria Fernanda se não ela mesma. Maria nunca foi mãe de Maria Fernanda! Ela sempre quis ser algo que nunca soube ser e nunca será. Juro como as vezes tenho certeza que Maria sempre quer destruir a felicidade da minha mãe, sempre quis toda a felicidade para ela...

–Ou talvez não... –Falo distraída ao atravessar a rua. Minha cabeça estava doendo muito agora, eu não me sentia completamente bem. Estava entardecendo enquanto eu andava sozinha pelas ruas. Me sentia zonza mais mesmo assim insistia em continuar andando sem pedir ajuda para ninguém. –Que dor... –Falo ao sentir minha cabeça ‘’pesar’’.

Eu fico completamente sem forças e caio no chão. Logo não vejo mais nada nem escuto mais ninguém em minha volta.

POV Victória

Maria era minha irmã, sei muito bem disso. Somos acima de tudo amigas e responsáveis por Maria Fernanda-Mesmo ela sendo bem adulta para sofrer as consequências de suas ações-. Eu nunca poderia imaginar que Maria simplesmente desse as costas para a nossa filha como se ela não fizesse parte do quebra-cabeça que é a nossa historia.

–O que te preocupa, irmã? Cecilia pergunta me assustando e eu sei querer derrubo minha bolsa no chão. –Você esta bem?

–Estou nervosa, Cecilia. Mas não se preocupe com isso... –Falo e ela me olha preocupada. Ainda não conseguia acreditar que ela havia mudado.

–Como não me preocupar? É tudo que eu tenho fora Melissa. –Fala e me abraça com ternura. Fico comovida e em choque. Eu me sentia tão bem com ela, parecíamos ser irmãs de sangue. –Agora desabafe comigo.

–Maria deu as costas para Maria Fernanda...

–Pelo o pouco que conheço Maria sempre quis ser a verdadeira mãe dela. –Fala e eu começo a chorar. –E agora que Maria Fernanda precisa de ajuda ela da as costas? Ela é sua irmã de sangue e eu não , mas... –Para de falar e me olha confusa. –Ela esta sendo egoísta.

–O que eu devo fazer, Cecilia? –Pergunto.

–Viaje para a fazenda com seus filhos. –Sugere contente. –Vou com você, lá é o lugar perfeito para esquecer os problemas. –Fala e logo o telefone toca. Fernando José que aparece logo atende. Nós duas prestamos atenção nele e percebemos que ele fica incrédulo. –O que houve?

–Cristina foi encontrada desmaiada na rua. –Fala e sinto meu coração apertar. –Vamos para o hospital.


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