I Wanna Be Yours escrita por Julieta


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Bem, eu gostei do retorno que a fic teve, o que me deixou animada! Então, espero que vocês continuem gostando



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Nenhum garoto de joguinhos pode ganhar meu amor, é em doçura que eu estou pensando. — Cher Lloyd, Playa Boi

Lily tomou um susto quando percebeu que já havia escurecido. A garota não costumava dormir no período da tarde, e sabia que depois de dormir a tarde inteira não conseguiria dormir a noite. Por outro lado, aquilo a havia deixado completamente disposta, e faminta. Olhou no relógio de seu iPod, vendo que acordara um pouco atrasada para o jantar. Se levantou e se trocou. Calças jeans apertadas, camiseta do acampamento, seu velho par de all star encardido, sua jaqueta de couro preta favorita e um gorro vermelho, como de costume. A jaqueta não era para esquentar, Lily apenas se sentia confortável a usando.

Saiu do chalé, se encaminhando direto para o refeitório. O pavilhão já estava vazio, a maioria dos campistas já havia ido para a fogueira; principalmente os filhos de Apolo, que adoravam cantar e tocar naquele momento tão importante do dia; que para Lily não fazia falta alguma.

Lily não gostava de cantar em público, apesar de sempre lhe dizerem que ela canta bem. Muito menos tocava violão tão bem quanto alguns de seus irmãos, por isso raramente ia para a fogueira. Preferia dar uma volta pela floresta, sentar-se sob alguma árvore perto do lago e passar o tempo ouvindo músicas aleatórias de seu iPod até o toque de recolher.

Não restava ninguém na mesa do chalé 7, a não ser Lily. Ela se sentou e encarou seu prato mágico, que logo tremeluziu, mostrando um delicioso cheeseburguer e muitas fritas. O copo se encheu de coca-cola, e Lily passou a comer, distraída.

Ela geralmente não comia essas coisas. Gostava de manter a boa forma, porque por ser filha de Apolo sua agilidade era muito importante. Não conseguiria subir em árvores com a mesma facilidade que subia, e árvores são um ponto muito importante para um arqueiro.

Lily, distraída com a música que tocava em seu iPod, começou a observar as mesas, uma por uma, a maioria vazias. Mas, quando seus olhos encontraram a mesa do chalé 13, que costumava sempre ficar vazia, seu coração parou por um segundo. Nico di Angelo estava lá, e a encarava com um olhar penetrante. Apenas o pequeno sorriso que o garoto insistia em manter nos lábios enquanto a encarava era suficiente para deixá-la irritada. Lily o encarou por alguns segundos, os olhos franzidos, enquanto finalmente compreendia de quem Nico di Angelo era filho.

Talvez aquilo a assustasse um pouco, e agora ela compreendia o porque dos calafrios que sentia quando estava perto dele. Mas ela não podia demonstrar aquilo. Tinha de manter a pose de durona, como fizera mais cedo. Sabia que talvez tivesse sido um pouco apelativa demais, mas aquilo não a incomodava, porque ele provocara ela.

Lily terminou de comer o mais rápido que pode, evitando olhar para o garoto, que insistia em fitá-la. Saiu de lá com o olhar fixo em um ponto que não fosse Nico di Angelo, e quando passou pela mesa do chalé 13, percebeu pelo canto do olho que Nico a observava, e sentiu-se corar. Deuses, ela não podia demonstrar nenhum tipo de fraqueza perante ao garoto que enfrentara tão duramente mais cedo.

Saindo do pavilhão do refeitório, Olivia seguiu o mesmo caminho que fazia todos os dias depois da janta. Desviando completamente do anfiteatro, entrou, sem medo, na floresta. Ela sabia se esconder bem, e sabia também como se virar com a adaga que carregava no sinto para casos de emergência. Caminhou silenciosamente pela floresta, ouvindo-se apenas o barulho de seus tênis pisando em galhos e folhas no chão e de uma ou outra coruja escondida nos galhos de uma árvore.

Lily só colocaria os fones de ouvido quando estivesse abrigada ao galho que costumava sempre subir, em uma das árvores perto do riacho. Ela gostava de observar o movimento da água sob a luz do luar enquanto ouvia as músicas de seu tão amado iPod.

Chegando onde queria, subiu sem dificuldade no galho mais alto da árvore. Se acomodou ali e colocou seus fones de ouvido, colocando para tocar suas músicas no aleatório, começando, como sempre, com alguma música de uma de suas bandas favoritas, Arctic Monkeys.

Ficou por alguns minutos ali, olhando fixamente para a Lua enquanto pensava sobre o que acontecera mais cedo, até sentir algo pequeno e duro atingir sua perna. Uma pedrinha, e logo depois outra. Lily olhou para baixo e percebeu o que estava acontecendo; Nico di Angelo jogava pequenas pedras nela, provavelmente para chamar sua atenção. O que mais Lily odiava era o sorriso tão insistente no rosto do garoto, que parecia a chamar para uma briga, por mais inocente que fosse.

Lily bufou e desceu irritada da árvore, observando Nico de testa franzida. O garoto se aproximou dela e sorriu mais ainda, gesticulando com a mão para que ela tirasse os fones de ouvido. Lily revirou os olhos e, contra sua vontade, guardou o iPod e os fones no bolso da calça.

— O que você está fazendo aqui? — Ela perguntou, soando ainda mais rude do que pretendia.

— Eu te segui — Nico respondeu, sorrindo ao perceber a irritação na voz dela.

— O que você quer comigo, di Angelo?

— Eu só quero conversar, Olivia Smith.

Lily se calou por um momento, confusa. Como raios ele sabia o nome dela?

— Andou pesquisando sobre mim? — Ela perguntou enquanto se sentava sob a árvore em que antes havia escalado. Nico a acompanhou e se sentou ao seu lado, o que Lily achou irritantemente desconfortável.

— Apenas perguntei seu nome para Kaya — ele deu de ombros. — A propósito, ela terminou comigo.

— Inteligente da parte dela, você sabe, seguir meus conselhos — Lily sorriu, irônica. Nico revirou os olhos.

— Eu mesmo terminaria com ela, mas Kaya era boa demais na cama para dispensar depois de apenas duas transas.

— Você é um babaca.

— O que? Ah, vamos lá, me desculpe por hoje mais cedo, mas você sabe, quanto mais regras forem quebradas, quanto mais proibido aquilo for, mais gostoso e divertido será. Sexo em um chalé tão movimentado quanto o de Apolo? Aquilo sim foi perigoso e divertido.

Lily sentia raiva por ouvir aquelas coisas, mas resolveu tentar manter a calma mais um pouco. Respirou fundo e simplesmente repetiu, calma e pausadamente:

— Você é um babaca.

— Pare de agir como uma virgem frígida, Olivia. Nós dois sabemos que você não virgem, e muito menos frígida.

Olivia se remexeu, desconfortável. Um momento de silêncio se passou, e Lily não viu outra saída.

— Você é um babaca.

Nico a encarou por um instante, tentando ler a expressão no rosto dela enquanto a garota se sentia corar.

— Espere aí — ele se aproximou, a testa franzida. — Você é virgem, Olivia?

Lily o olhou, irritada, e se levantou. Revirou os olhos e encarou o riacho, sem coragem de olhar para Nico.

— Minha vida pessoal não te interessa.

Nico se levantou, se aproximando tanto de Olivia que ela teve que dar um passo para trás para se afastar, o que foi um erro, já que suas costas se encontraram com uma árvore e Nico se aproximou ainda mais, a deixando sem saída.

— Você só pode estar brincando. Uma filha de Apolo tão gostosa como você, com dois airbags gigantes e uma bunda que fica maravilhosa nesses jeans colados, com quase 21 anos e ainda é virgem?

Olivia inalava o perfume de Nico, que ela lutava para odiar, mas gostava tanto que tudo o que queria fazer naquele momento era se esfregar inocentemente no garoto para que o cheiro dele ficasse em suas roupas.

— Não perca seu tempo comigo. Não vai conseguir nada de mim.

Lily tentava se manter forte, mas suas pernas a traíam. Ela estava tremendo, e Nico estava tão perto... ela simplesmente não pôde evitar de olhar rapidamente para os lábios levemente rosados e extremamente convidativos do garoto, desviando, por um segundo, o olhar do dele. Nico percebeu, pois sorriu.

— Lily, você não me engana. Eu sei que você quer isso tanto quanto eu — ele se aproximava um pouco mais a cada palavra.

Lily tentou sair, mas Nico foi mais rápido e a segurou, prensando seu corpo entre o dele e a árvore.

— Se você não me soltar, eu vou ser obrigada a te machucar de novo — Lily se esforçava para não gaguejar nem deixar sua voz falhar.

— Então diga — Nico sorriu, desafiador. — Diga que não se sente atraída por mim, e eu te solto.

Lily sorriu confiante, achando que aquilo seria fácil de mais. Então aproximou seus lábios do ouvido de Nico e murmurou:

— Eu não sinto nada em relação a você além de nojo, Nico di Angelo. Eu não te desejo. E eu não ficaria com você nem que você fosse o ultimo garoto do mundo — as palavras saíram tão facilmente da boca de Olivia que ela sentia que estava tentando provar aquilo para si mesma.

Nico não pareceu satisfeito com a sua resposta. Então aproximou os lábios dos dela e sorriu.

— Acontece, minha cara Olivia, que eu não sou um garoto. Eu sou um homem.

Nico a beijou, ou pelo menos tentou beijá-la. Mas Lily não cedeu passagem para Nico. Em vez disso, ela o mordeu; mordeu o lábio do garoto com tanta força que chegou a sentir o gosto do sangue dele em sua boca. Nico se afastou, com a mão na boca enquanto encarava Olivia como se ela fosse louca.

— Não, meu caro Nico, você é um garoto. E sabe por que? Porque garotos são assim, como você; só pensam em sexo, só pensam com a cabeça de baixo. Homens tem atitudes maduras e não agem assim.

Lily sorriu, satisfeita. Nico a encarava de olhos arregalados, com o lábio sangrando. Ela se virou e começou a caminhar de volta para o chalé.

— Você é louca! — Ele gritou. Lily parou de andar e se virou, soltando uma pequena risada ao ver a expressão indignada do garoto.

— Eu avisei para não brincar comigo.

Olivia soltou um beijo no ar, e Nico revirou os olhos. Um chute nas partes intimas e uma mordida forte nos lábios no mesmo dia? Nico di Angelo realmente irritava Olivia mais que qualquer um.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês gostem