Depois de tomarmos café-da-manhã juntas, nós ficamos assistindo televisão na sala. Quase todo minuto pensava em uma maneira de dizer isso para ela, mas eu não achava coragem para falar. Até que eu desembuchei:

– Cat, vou pegar minha moto e viajar para Seattle.

– Porque vai ir pra lá, você não disse que a sua amiga tinha ido morar com seu pai na Itália?

– Sim, a Carly foi para a Itália, mas não é ela quem pretendo visitar.

– Quem seria então?

– Meu amigo Freddie, que também fazia o iCarly comigo.

– Freddie, interessante... – Disse Cat maliciosamente.

– Não é nada do que você está pensando não, ok! – Eu disse começando a me irritar.

– Sei... mas eu não pensei nada demais. – Cat insistiu.

– Olha Cat, para agora com essas besteiras porque com certeza você não vai querer ver uma Puckett irritada. – Eu falei já sem nenhuma paciência.

– Ok, eu paro senhora nervosinha!

– É bom mesmo!

Fiquei super brava com a Cat fazendo graça. Ok, ela estava certa, mas ninguém podia saber ou desconfiar do meu amor, nem mesmo ele.

Quando recuperei parte da minha paciência, expliquei para ela que eu ia passar uma semana em Seattle, ou seja, voltaria de lá no sábado e chegaria em Los Angeles no domingo.

Cat não gostou nada da ideia, porque queria ir junto e não ficar em casa sendo babá por uma semana sozinha.

Logo que ela disse isso, falei:

– Primeiro: Você não pode ir junto porque alguém precisa ficar aqui trabalhando. Segundo: Ontem você me deixou sozinha cuidando do Richard enquanto se divertia com o Robbie. Ele fez a maior bagunça na casa e parecia que estava ligado na tomada, de tanto que ficava correndo e tentando quebrar tudo que via pela frente. Se não fosse eu arrumar toda desordem que ele causou, a casa ia ter ficado no avesso! Agora é minha vez de me divertir!

Claro que o Richard não tinha feito nada daquilo, mas mentir valeu a pena, já que Cat se convenceu e concordou com a minha viagem!

Estava totalmente empolgada, embora não demonstrasse para a Cat. Afinal, em apenas algumas horas eu estaria reencontrando meu amor. “Preciso parar de ser tão doce.” – Pensei naquele momento.

Eram dez horas quando estava saindo de casa. Cat estava consciente que a viagem para Seattle demoraria aproximadamente um dia (12 horas), motivo pelo qual pediu para eu tomar cuidado.

No geral, a viagem foi calma. Durante todo o caminho não parava de pensar no meu reencontro com Freddie e no que ia dizer para ele, afinal qualquer coisinha errada que eu falasse ou fizesse poderia resultar em desastres e corações partidos.

Quando finalmente cheguei em Seattle, fui direto para o Bushwell. Antes de entrar resolvi ligar para o Freddie:

– Alô, quem fala? – Disse ele.

– Você sabe quem está falando seu nerd. Sua mãe está aí? – Eu disse grosseira, tentando esconder meus sentimentos.

– Só podia ser você depois dessa né Sam. Ela não está aqui, por quê?

– É que eu estou aqui em Seattle e eu não queria ter que ver a cara da sua mãe de novo.

– Uau, você veio pra cá, pra ficar? – Disse Freddie sem poder conter seu entusiasmo.

– Não, daqui uma semana vou voltar para Los Angeles. Daqui a pouco vou aí. Tchau.