I really fuckying love you escrita por Amanda Schneider


Capítulo 6
Capítulo 6




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Narrado por Luisa

– Poliana! O que aconteceu? – Perguntei assustada.

Já estava no anoitecer do dia seguinte, havia chegado ao dormitório depois de um dia exaustivo no clube e encontrei Poliana com machucados espalhados por todo o corpo e uma vermelhidão em torno de seu olho esquerdo.

– Eu fui ao subúrbio e...

– Subúrbio, Poliana? – Puxei os cabelos desesperada. – Você sabia que lá é onde há a maior distribuição de drogas da cidade? – Gritei, mas foi quando assimilei as coisas. – Eu não acredito! – Me aproximei de seu corpo jogado na cama. – Você falou que iria parar, Poliana. Você prometeu!

– Eu só...

– Como você quer minha confiança se pisará na bola novamente? – Passei a mão sob um corte em sua face. – Eu não quero te ver daquele jeito de novo Poliana, não quero que sua mãe lhe afaste de mim novamente.

– Foi uma recaída. – Levantou-se e sentou a cama. – Eu não farei isso novamente.

– É a ultima vez que lhe dou minha confiança, Poliana. – Respirei fundo. – Quem fez isso com você?

– Uns dos moleques que vendem a droga no local. Eu não tinha o dinheiro suficiente para a quantidade que queria e ele não aceitou a situação.

– Temos que ir a policia.

– Não!

– Poliana tem um maníaco andando por aí!

– Isso ficará entre nós.

– Eu não posso deixar com que isso continue assim e...

– Será que você pode deixar esse seu lado certinho de um lado pelo menos uma vez? – Gritou impaciente em meio as lagrimas.

Engoli em seco.

– Tudo bem. – Tentei não mostrar que aquilo havia me abalado. – Cade a Amanda?

– Foi na biblioteca rever algumas matérias - disse ela ao meio do choro

[...]

Já era de madrugada quando adormeci em minha cama ao som dos gemidos de dor vindos de Poliana.

Acordei algumas horas depois com a sede dominando meu corpo, abri a pequena geladeira do cômodo em busca de qualquer coisa para saciar minha sede mas nada havia. Decidi então, um pouco apreensiva, ir até a cozinha do andar buscar algo que me ajudasse.

Ainda em meu pijama, abri a geladeira da cozinha e rapidamente meus olhos se encontraram com uma garrafa na primeira prateleira. Fechando a porta topei com uma face masculina me observando com um sorriso sacana no rosto, meu coração pulsava forte, minha respiração estava ofegante e eu não pude conter um grito.

Narrado por Denis

– Te assustei, medrosinha? – Disse.

Ela vestia um pijama extremamente curto mas não era isso que me deixou vidrado em sua pessoa, foi sua aparência de cansaço estampada em sua face, a ponta de seu nariz avermelhada, o que indicava que havia chorado, e o som de seu coração que praticamente ecoava por todo o cômodo de tão forte que pulsava.

– Denis! – Gritou.

– Shhhh. – Pus a mão em sua boca. – Fale mais baixo.

– Como conseguiu entrar?

– Medrosinha, eu assalto bancos, entrar aqui não é nada comparado a isso.

– Não é permitido homens aqui. – Disse com seu tom de voz mais baixo.

– Eu sei. – Eu disse. – Mas precisava saber porque me deu bolo hoje. Eu vi sua mensagem e não gostei nada.

– Problemas.

– Sua mãe?

– Não.

– Seu pai?

– Não.

– Quem porra? – Perguntei impaciente.

– Poliana.

– Poliana? Quem é Poliana?

– Por que você quer tanto saber da minha vida?

– Mas que saco, você não vai me contar?

– Não quero falar sobre isso. Que eu me lembre quem precisa de alguém para conversar é você.

– Eu não estou afim de conversar. – Ele deu de ombros.

– Mas eu estou. – Disse rude. – E adivinha sobre o que quero conversar? O que aconteceu naquele dia quando eu estava dentro do seu carro? – Perguntei.

– Achei que não tocaria nesse assunto.

– Como pôde achar isso? Eu apenas não perguntei naquele dia no clube porque não tive chance, foi tudo tão rápido. Mas agora – Sentei sob a bancada da cozinha ainda o encarando. – eu quero saber.

Eu sei, eu estava ali para conseguir sua confiança o suficiente para tê-la em minhas mãos, mas era complicado. Para dizer a verdade, ela é complicada. Seu medo de mim misturado com respeito era perfeitamente estampado em sua face, mas, ao mesmo tempo era possível perceber que ela realmente estava se esforçando para encarar seus medos, me encarar.

Mas apenas se esforçando.

Ela não me intimidava nem um pouco, mesmo fazendo de tudo para isso.

Mesmo com o meu objetivo, eu não tinha paciência nem um pouco com essa garota, com suas chatices e afins. Ela me irritava por completo.

Mas o que não fazemos por oitocentas pratas, certo?

Narrado por Luisa

– E se eu não quiser lhe contar? – Ele me encarou.

– Que pena. – Cruzei os braços.

– Repito: você é muito chata.

– E esquisita. – Completei o imitando.

– Que bom que você sabe disso. – Ele disse. – Eu tenho que ir agora. – Ele mudou de assunto.

– Então você vai embora toda vez que o assunto se torna interessante?

– Sim, eu vou. E não há porra nenhuma que você pode fazer quanto a isso.

– Você é inacreditável. – Balancei a cabeça em negação impaciente. – Como pude ter o desprazer de te conhecer?

– Olha o que você fala se quiser continuar com a sua língua no lugar. – Ameaçou-me.

– Quer saber? Meu tempo é precioso demais para perdê-lo com você.

– Eu digo o mesmo. – Ele sorriu cínico.

– Ótimo.

– Ótimo. – Repetiu.

– Tchau.

Bufei impaciente e me retirei do local, e poucos segundos depois pude ouvir seus passos rápidos seguindo na direção oposta a minha.

Como esse garoto é desprezível!

Só há algo bom em tê-lo conhecido: eu já não sou aquela tímida de antes.

Narrado por Denis

– Alô? Andrey?

Diga, cara. – Ele respondeu do outro lado da linha.

– Acho melhor desistirmos da aposta.

O que? – Gritou incrédulo. – Eu não acredito que estou ouvindo isso de você!

– Eu sei, eu sei, para dizer a verdade também não acredito, mas essa garota me tira do sério!

Eu avisei! – Ouvi uma voz no fundo, era de Matheus.

– Matheus está aí?

Para dizer a verdade, todos estão.

– Eu estou desistindo da aposta.

Não, você não fará isso logo agora que o jogo está ficando interessante.


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