I really fuckying love you escrita por Amanda Schneider


Capítulo 3
Capítulo 3




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Narrado por Luisa

Já era manhã do outro dia quando resolvi levantar para me preparar para a ida a faculdade.

Ainda em meu pijama, saí do meu quarto e caminhei até a cozinha que não ficava tão longe assim. Chegando ao cômodo pus pães na torradeira, e em seguida caminhei até a geladeira com o intuito de buscar a jarra de suco.

Porém, como de costume, sem querer acabei esbarrando em um dos enfeites da cozinha que haviam sob a pequena bancada fazendo com o que o objeto espatifasse no chão provocando um forte barulho.

– Droga! – Resmunguei.

Abaixando-me, recolhi o objeto, que por sorte, não havia se quebrado. O pus de volta no lugar e ao me virar novamente topei com o meu pai me observando encostado no batente da porta, fazendo com que eu praticamente pulasse devido ao susto enorme.

– Desculpe. – Ele disse.

– Tudo bem.

– É que eu ouvi um barulho. – Justificou.

– Pois é, eu deixei o enfeite cair. Desculpe. – Ele assentiu com a cabeça. – Mas não quebrou. – Sorri fraco. – Ainda bem. – Completei.

– Tudo bem. – Ele disse tentando ser simpático. – Já está se aprontando para ir?

– Sim.

– Não quer que eu te leve?

– Não, você precisa ficar com a Andrea. Ela está grávida, nunca se sabe quando haverá uma emergência. – Ele deu de ombros. – Falando nisso, já se sabe o sexo do bebê?

– Apenas a médica. Queremos que seja surpresa.

– E os nomes?

– Stephanie se menina e Arthur se menino. – Ele respondeu indiferente.

– Lindos nomes. – Respondi.

– Escolha da Andrea.

– Ela tem bom gosto.

– Verdade. – Ele concordou. – Eu vou voltar para o quarto. É... Boa viagem.

– Obrigada. Se despeça da Andrea por mim, por favor.

Assentindo com a cabeça, ele saiu do cômodo indo em direção ao seu quarto e de Andrea.

Quando já havia me alimentado, voltei ao meu quarto para me trocar. Quando já havia o feito, juntei tudo na mala novamente, arrastando-a em seguida para fora indo em direção a casa da Poliana para encontrar com ela e Amanda.

Chegando a sua casa, não demorou muito para que nos despedíssemos de seus pais, que por sinal eram como segundos pais para mim, e nos acomodássemos em seu carro.

– Pronta? – Perguntou quando já estava para dar partida.

– Não. – Sorri fraco. – Mas vamos em frente.

[...]

Já estávamos instaladas em um dos quartos triplos do prédio da Universidade, Amanda encarava o teto enquanto eu lia um livro. Ela parecia não gostar muito da nossa situação e então rapidamente quebrou o silêncio:

– Jura? Nós vamos ficar deste jeito a noite inteira?

Respirei fundo e disse:

– Nós não temos o que fazer a não ser dormir, Amanda.

– Claro que temos! – Levantou da cama. – Anda, se vista e vamos dar uma volta pela cidade, Poliana acorda vamos sair - disse ela pulando na cama da Poli

Cumprindo suas ordens, me vesti rapidamente com as roupas que já estava acostumada a usar: blusa de banda, botas e shorts jeans. Não, eu não sou rockeira, digo, aprecio os clássicos, mas esse tipo de roupa me deixa extremamente confortável.

Evitando qualquer comentário negativo vindo da Poliana sobre minha roupa, fui mais rápida e sai para fora do dormitório. Caminhamos por todo o campus naquela noite fria e não havia uma viva alma que nos pudesse ao mínimo dar uma informação.

Até o momento.

– Ei, também está ouvindo? – Perguntou Amanda já animada.

Era uma música alta, indicava que estava havendo uma festa em alguma fraternidade pelo local. Pensei em rejeitar o pedido de Amanda e Poliana para entrar na festa, sempre vi em filmes que essas festas de fraternidades são insanas, mas ela não me deu tempo, no mesmo momento me puxou pelo braço para caminharmos mais rápido.

A festa estava literalmente lotada, foi até um pouco difícil de entrarmos na fraternidade, mas assim que conseguimos, fomos até a mesa de bebidas onde pegamos um copo para cada uma. Depois de certos minutos, dois rapazes puxaram as meninas para longe e eu resolvi sentar num sofá por ali mesmo.

Eu usava o celular quando uma garota loira, baixinha, mas que aparentava ter minha idade apareceu gritando meu nome, o que me fez pensar em como ela já sabia como me chamava.

– Luisa! Luisa! - a garotinha começou a gritar

– O que aconteceu? – Perguntei guardando o celular de volta na bolsa.

– A suas amigas

– Amanda e Poliana? - interrompi

– Isso! É melhor vir comigo.

Não tive tempo para protestar, no mesmo instante a loira baixinha me pegou pelo braço e me puxou para o centro da festa – onde o cenário era a coisa mais louca e indescritível que já vi – e Poliana e amanda estavam dançando na escada prestes a fazer um Streep.

– Droga meninas! – Resmunguei e me aproximei da ponta da escada.

– Ei, você! – Chamei a garota que me trouxe até minhas amigas.

– Thays– Corrigiu gentilmente. – Eu cuido delas, você está num estado de nervos.

Mas é claro! Eu acabado de pegar minhas amigas fazendo um Streep e ainda quer que fique calma? Isso para mim é um motivo para surtar e já estava estampado na minha face.

– Obrigada.

Voltei até onde estava anteriormente bebendo um pouco de água para me acalmar. É impressionante como eu consigo ser bem fresca em certos momentos.

– Oi. – Um garoto claramente bêbado se aproximou. – Você quer...

– Some. – Respondi indiferente não dando tempo para que o rapaz dissesse mais nada.

Já havia feito alguns minutos que deixei Amanda e a Poliana com a tal de Thays e resolvi ir atrás das mesmas novamente para levar para casa. Procurei em todos os lugares possíveis daquele lugar mas elas haviam sumido. Pensei que ela teria levado elas de volta ao dormitório então resolvi ir para o mesmo já que meu corpo já demonstrava cansaço.

Saindo da fraternidade e andando pelo campus, aconcheguei as mãos no bolso de meu casaco apertando-o mais para mim e assim me esquentar. Senti uma presença vindo atrás de mim, mas ignorei, bufei e continuei a caminhar. Parecia que a pessoa estava me seguindo, eu já me encontrava assustada mas não queria demonstrar. Foi quando fui puxada bruscamente para trás por um dos meus braços.

Um homem, que obviamente eu não conhecia, agora me encarava com olhos maliciosos e amedrontadores. Pensei em gritar, espernear e tudo que fosse capaz, mas já estava ciente que seria em vão, todos de toda a Universidade deviam estar na festa, e sem contar que o som impedia que qualquer grito fosse ouvido.

Pegando em minha bolsa, ele se aproximou do meu ouvido e disse:

– Perdeu.

Me soltei dos seus braços e pus-me a correr, mas fui impedida por um grupo – que eu não sei de onde saiu – que parecia estar acompanhando o homem que havia acabado de me assaltar. Percebendo que estava prestes a continuar a fugir, um dos homens deu com o cano de seu revólver na minha cabeça, fazendo com que eu perdesse o equilíbrio e caísse no paralelepípedo.

– Você não devia ter feito isso. – O homem disse com a minha bolsa em mãos.

Massageei com uma das mãos o lugar em que ele havia dado com a arma e foi quando me toquei que meu supercílio sangrava. Realmente é um bom modo de começar uma nova etapa da vida.

O homem então se aproximou de mim e voltou a falar:

– Não me ignora, vadia. – Puxou meu rosto me obrigando a encará-lo e a única reação que obtive foi cuspir em seu rosto. – Filha da puta!

Com os outros três homens com as armas sacadas, percebi que o que havia acabado de me xingar estava desabotoando o cinto. Passou a mão em uma das minhas pernas, já estava se aproximando do botão do meu short quando uma voz o impediu:

– Eu não faria isso se fosse você.

Olhei para trás assustada e lá estava ele: Denis Ville Parado com os braços cruzados, ele encarava os quatro homens com um sorriso sarcástico no rosto. Eu deveria ficar com medo por estar rodeada de um mafioso e uns assaltantes, mas sejam lá quais forem as intenções de Ville, eu me senti salva quando ele apareceu.

Estava confusa, Ville era minoria e eles eram quatro, todos armados, poderiam destravar seus revolveres e acabar com Ville foi quando saquei que ele devia ter uma grande moral e reputação na cidade, os homens não faziam nada além de o olhar assustados.

– Vão continuar me encarando? – Ele descruzou os braços agora pondo as mãos no bolso da frente de sua calça. – Se afastem da garota.

Se eu já estava confusa antes, quem dirá agora! Há uns minutos atrás os homens estavam quase mijando nas calças devido à presença de Ville e agora o mesmo homem de antes o ignorou e voltou a passar suas mãos bobas sobre mim. Eu não conseguia revidar e muito menos me mexer já que um dos homens agora me segurava.

Tudo isso na cara de Denis que já estava vermelho de raiva.

– Vocês não tem amor à vida? – Ville insistiu.

Percebi quando ele sacou sua arma e em questão de segundos os dois homens que faziam a segurança já tinham seus corpos falecidos jogados no chão. Fechei os olhos assustada, pronta para chorar. Eu já tinha meu corpo trêmulo e nem isso fez com que os outros dois homens que restaram me soltassem.

– Certo, agora eu perdi a paciência. – Ele rosnou.

Se aproximando do homem que me segurava, Ville chutou com uma força indescritível um de seus braços, fazendo com que ele se jogasse no chão resmungando de dor. Foi quando me dei por mim que o quarto homem já não tinha suas mãos em mim também e estava sendo segurado por um jovem que eu não tinha notado a existência.

Dando um tiro na cabeça do homem que havia acabado de acertar no braço, Denis fez sinal para que o rapaz que o estava ajudando soltasse o ultimo homem que sobrava.

– Reza. – O homem não moveu um músculo. – Ou você é surdo, ou não tem medo de morrer. – Se aproximou dele com raiva dando-o uma rasteira. O homem agora estava de joelhos no chão contra sua vontade. – Você me conhece, cara. Odeio gente do seu tipo. – Puxou minha bolsa da sua mão e jogou para mim. – É por isso que acabo com todos. – Sorriu convencido. – Um por um. – Posicionando o cano de seu revólver na cabeça do maníaco, Ville apertou o gatilho sem mostrar um pingo de piedade. – Andrey! – Ville gritou para o garoto que antes o ajudou. – Limpa a bagunça. Eu levo a donzela aqui – Esticou sua mão para me ajudar a levantar. – para casa.


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