Bones - A reviravolta de Zack escrita por Queen of the lab


Capítulo 7
Eu o declaro...


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda!! Gostaram do hiatus surpresa da Fic?? Acho q não. Me desculpem mesmo. Esse últimos 3 meses foram uma loucura. Eu comecei a escrever um livro!! e outras fics. Só pra dizer que um escritor fica muito feliz quando comentam a história porque é muito importante saber o que vocês estão achando. Eu acho que eu nunca agradeci de fato aos meus leitores fieis, que comentam toda capítulo, que favoritaram a história, que recomendaram e até aos que somente leram. Vocês tornam meu dia feliz, principalmente nesses últimos tempos q aconteceram umas coisas não muito legais na minha vida... Mas não estamos aqui para falar de mim! Aproveitem esse capítulo não vou demorar tanto para postar o outro.



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Não adiantava correr, por mais que tentasse, Zack não conseguia sair do lugar. Ele já se acostumara com isso, mas ainda assim era quase impossível não sair correndo quando estava prestes a ser cercado por fogo; - “é só mais um pesadelo”, dizia para si mesmo; - “nada vai acontecer com você”, mas o calor causado pelas chamas e a fuligem o sufocando eram tão realistas e intensos que a racionalidade era deixada de lado. Na maioria das vezes o pesadelo seguia um padrão: Zack estava em meio a um incêndio, havia gritos de socorro e ele não conseguia sair do lugar. Mas naquela noite não houve gritos nem o som do fogo consumindo as coisas ao seu redor. Na verdade... não havia som algum exceto uma voz grossa e rouca que lhe dava medo e dizia “você acha mesmo que vai sair daqui? Que vai encontrar seus amigos, família e tudo voltará a ser perfeito? Deixe de ser estúpido! Você nunca vai sair daqui. Você não merece depois do que você fez. A morte daquele homem a mais de seis anos atrás foi culpa sua. Você vai apodrecer aqui nesse inferno e ninguém nunca mais vai voltar a te ver. Aqueles que se dizem seus amigos, na verdade, não o suportam. Você acha que alguém gosta de você? Não. Porque você não merece”. Zack tentara fazer a voz parar, mas ela continuava ecoando dentro da sua cabeça.

O despertador tocou e Zack acordou num pulo. Às vezes achava que seus pesadelos não podiam ficar piores, mas a cada noite se superavam! A dor de cabeça estava absurdamente forte e o fazia ficar com uma tontura intensa. Ele realmente sentia saudades de quando seus maiores pesadelos envolviam monstros embaixo da cama e esqueletos o perseguindo. Ele ficou deitado esperando o remédio até perceber que ele não estava em seu antigo quarto no instituto psiquiátrico. Após ter sido declarado mentalmente capaz, havia sido liberado do manicômio e estava passando a ultima semana da casa do Dr.Fillz, que oferecera a hospedagem e, já que Zack, por não ter onde ficar, aceitou. Hodgins tinha insistido muito para que Zack fosse morar com ele mas não era como antes; agora Hodgins tinha uma família e Zack não queria atrapalhar nada.

– Deixe de besteira, Zack, você não atrapalha em nada.

– Claro que atrapalho. Agora você tem uma família e eu sei que você já não tem tanto dinheiro como antes. Eu não posso fazer nada. Eu só seria um incomodo.

– Amigos nunca são incômodos.

– São sim e não insista mais, a resposta é não.

Zack tivera muitas conversas como aquela com Hodgins, até que o amigo parou de insistir, e naquele momento Zack estava na casa de Jordan Fillz provisoriamente. Ele se levantou e foi tomar seus remédios. Mesmo saindo do hospital psiquiátrico ele ainda tomava os medicamentos. Quando a dor começou a melhorar, Zack foi se arrumar para o julgamento. Ao olhar no espelho via como estava diferente. Ele estava muito magro e o antigo terno ficava extremamente largo, o cabelo estava comprido, quase nos ombros, e franja já cobria levemente os olhos e tinha uma palidez fantasmagórica. Mas não havia tempo para mudanças naquele momento, ele tinha que ir para o tribunal para descobrir finalmente se sua liberdade se tornaria real ou continuaria existindo somente em seus sonhos.

Hodgins estava muito nervoso, o tempo parecia não passar e sua ansiedade só aumentava a cada minuto.

– Calma, querido. Vai dar tudo certo. - dizia Angela com calma.

–E se não der? - indagava Hodgins

– Bom... se não der, o Zack vai pra prisão com uma passagem só de ida.

Hodgins olhou sério para Angela, ele não estava com um humor muito bom.

– Calma, amor. Eu só estou tentando amenizar o clima, Você esta muito nervoso. Até parece que você não confia nas suas habilidades e nas de Brennan. - disse Angela.

– Eu confio e muito, mas saber que só temos uma chance de ajudar Zack me deixa nervoso. O julgamento é daqui a pouco e ele ainda não chegou. Será que ele desistiu?- indagou Hodgins, enquanto consultava pela milésima vez o relógio no pulso direito.

– Jack Hodgins, se acalme agora e preste atenção no que você está falando! Você realmente acha que ele desistiu? Depois de tudo o que ele passou? Agora sente aí e espere pois ficar olhando para o relógio a cada segundo não vai fazer que seus ponteiros andem mais rápidos.

Hodgins olhou surpreso para Angela e se sentou em um dos bancos de madeira da sala de espera. Às vezes Angela tinha que ser mais firme com Hodgins, principalmente quando ele tinha uma de suas crises de euforia.

Toda a equipe estava reunida na pequena sala de espera do tribunal. Só faltava uma pessoa até que uma das portas laterais de mogno se abriu e Zack entrou. Todos olharam para a figura abatida que entrava na sala.

– Finalmente! Achei que você não vinha mais – falou Hodgins quebrando o silêncio da sala.

Após todos os comprimentos, Angela não resistiu e foi arrumar a gravata de Zack como já havia feito muitas vezes.

– Você nunca consegue fazer isso direito- disse Angela enquanto fazia o nó.

– Pra que se você sempre vai fazer melhor?- indagou Zack

– Nesse ponto você tem razão – respondeu Angela rindo.

Após alguns minutos o julgamento começou. Do lado de fora do tribunal as coisas iam tranquilas. A manhã estava clara e havia poucas nuvens no céu. O sol emanava um calor aconchegante, os parques estavam cheios e a área forense do instituto Jeffersonian estava praticamente vazia, pois Cam havia dado o dia de folga para que ela pudesse ir ao julgamento que já estava acontecendo havia algumas horas. Quanto mais o tempo passava, mais nervoso Zack ficava. Todos foram ouvidos até que tudo estava nas mãos do júri e não restava mais nada a não ser esperar a decisão final.

Zack foi chamado de volta à sala. Era a hora de ouvir o veredicto. O suor molhava as mãos e o gosto de bile preenchia sua boca. Zack não conseguiu prestar atenção nas palavras do juiz. Apenas uma importava. “Vamos, diga. É só dizer. Uma palavra só”, pensava ele. Ao olhar para o júri não via expressão “é isso, culpado. Só pode ser. Ninguém ia inocentar alguém como eu pelo que eu fiz. Foi tudo culpa minha. Agora acabou tudo. Eu vou para a prisão e provavelmente eu vou ser morto lá”.

–Inocente – decretou o juiz.

Zack não acreditou no que ouviu. Inocente. Não era possível, provavelmente era tudo mais um sonho, mas ele logo ouviu as comemorações atrás de si e ele sabia que os seus sonhos nunca tinham um final feliz. Uma mistura de alegria, esperança e surpresa o dominavam e se sobrepunham a cada outra emoção. Logo depois foi impossível conter a enxurrada de abraços vinda de sua antiga equipe.

– A comemoração vai ser lá em casa- disse Brennan – eu acho que a gente merece.

Para a surpresa de Zack, Booth foi falar com ele.

– Parabéns garoto, agora você está livre – parabenizava Booth enquanto apertava a mão de Zack.

– Muito obrigado - respondeu Zack meio sem jeito.

– Não pense que eu queria que você ficasse trancado naquele lugar para o resto da sua vida. Eu só quero que você não tenha outro surto de idiotice que acabe magoando a minha Temperence. Caso você fizer isso... eu acho que você já sabe - Booth disse a ultima frase de um jeito ameaçador.

– Sim, eu sei o que você quer dizer.

– Agora vamos que estão nos esperando.

Zack olhou para cima para admirar o céu. Fazia anos que ele não fazia isso mas a manhã estava tão linda que era quase um crime não fazê-lo. Tudo estava perfeito, ele estava livre, sua vida voltaria ao normal, mas, no fundo, Zack sabia que logo alguma coisa ia acontecer porque, para ele, jamais algo podia ser totalmente perfeito.


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Notas finais do capítulo

Só pra lembrar que eu não mordo e que comentar não doí!!



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