Filho da Mentira escrita por Sirena


Capítulo 12
O Desconhecido


Notas iniciais do capítulo

Gente eu nunca fiquei tão feliz na minha vida!
Sério 3 recomendações!!!!!!!!!!!!! Vocês são máximo!
Obrigada mesmo as leitoras: Queen of Narnia, Gabi Luz e Puella Scribere. Vocês são incriveis!!!!



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Capitulo Doze

O desconhecido

Eu estava na multidão.

Apenas mais um homem no meio de milhares. Apenas observando a brutalidade insana que acontecia ali.

Observando o sofrimento daquele garoto.

Eu sabia o que ele estava passando. Sabia o que era estar preso, se deteriorando nas garras do rei.

Morrendo aos poucos.

Uma tortura excruciante que parecia não ter um fim.

E quando, num determinado momento, pensei que aquela tortura mental e psicológica iria finalmente acabar, Odin começou açoitar o garoto, com uma fúria brutal. Cada chicotada sendo acompanhada com a vibração do publico. Pessoas que para mim eram tão sádicas quando seu líder.

“Chega” pensei após a vigésima chicotada, a imagem chocante do garoto manchado de vermelho, inconsciente martelava em golpes constantes na minha mente. Como um homem em sã consciência tem a coragem de fazer isso?

Comecei a abri espaço na multidão, empurrando- os para o lado. Podia ouvir os xingamentos enquanto caminhava, porém os ignorava facilmente. Eles eram apenas pessoas idiotas seguindo um bárbaro.

–Meu povo- Gritou Odin, enquanto um dos guardas retirava as correntes que prendiam o garoto. Estava parado quase em frente a Cripta quando ele iniciou o pronunciamento fazendo-me hesitar por um instante- Para provar que sou um bom rei, não irei matar este garoto. Porém tão pouco irei salva-lo. Deixarei para vocês e suas almas e consciência decidir o destino deste traidor. Se acharem digno de salvação venha e o salve. Não os punirei. Caso o contrario, vão para suas casas, sabendo que fizeram o certo. O correto. Pois eu, como líder acredito que este menino não possui mais salvação.- Gritou, largando o chicote sujo de sangue ao lado da cabeça decepada de Garret.

Imediatamente o rei abandonou a Cripta, com passos rápidos, seguido por seus lacaios. O ultimo a sair foi Tyr que olhou rapidamente para a multidão com seu típico sorriso sarcástico.

“Maldito.” Pensei em dizer, porém mantive o silencio.

Olhei para meu redor. A multidão assombrosa que antes residia ali começou a se dissipar. Desaparecendo aos poucos. Em menos de três minutos eu era a única alma viva presente ali.

Apenas eu e o garoto.

Rapidamente, escalei a Cripta, a rocha lisa devido a chuva que impregnava a superfície cinzenta deixando um pouco mais dificultoso escalar. Mesmo com a minha falta de habilidade, em poucos segundos estava em pé, parado a poucos passos do garoto.

–Eu estou aqui para ajudar- Murmurei, caminhando até ele com passos lentos.

Era quase impossível não se impressionar com a cena. O garoto estava em posição fetal, coberto de cicatrizes, lacerações e marcações vermelhas e berrantes em todo o corpo. Apenas restos e sangue. Era tudo que se resumia Loki naquele instante.

Mas aquilo não era tudo. Seus lábios selados com aço era certamente o mais horrível e impressionante. Algo indescritível.

Como alguém teve coragem de fazer isso?!

–Fique calmo- Pedi, segurando o corpo com as mãos, minha roupa escura se manchando de vermelho quase instantaneamente- Vai ficar tudo bem. Vai ficar tudo bem- Disse, tentando reprimir o pânico que sentia.

Coloquei a mão envolta do seu pulso, tentando sentir sua pulsação, o fluxo de sangue correndo sem controle em suas veias.

Mas não ouvi nada.

–Não- Gemi, colocando a mão em seu peito tentando ouvir o coração batendo.

Nada. Nenhum batimento.

–Merda!- Xinguei, colocando o corpo frio do menino no chão, tentando realizar os princípios básicos de ressuscitação que aprendera a alguns anos. Manobras simples para fazê-lo retornar a vida.

–Você não pode morrer!-Gritei, todo o controle que tinha até agora se dissipou, extinguiu-se. Uma lembrança antiga, uma culpa dolorosa pulsando e ardendo em meu inconsciente, presa em minha mente por tantos anos, um fardo, uma corrente que era obrigado carregar, a arrastar- Eu tenho uma divida com você garoto! Você... Não... Pode.. Morrer...- Implorei, sentindo uma lagrima escorrer pelo lado esquerdo da face.

Mas não adiantava. Não havia sinal de vida naquele menino ferido. Não havia um suspiro exalando em seu corpo. Nada que demonstrasse um sinal, naquele corpo manchado de sangue escuro.

Nada.

Nada.

Nada!

Loki, estava morto.


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Notas finais do capítulo

Nossa, estou me sentindo George r.r.Martin agora...
Desculpe por isso, mas juro... Foi necessário.
Bem, depois deste "baque" adoraria comentários (embora achar que serei xingada)
PS: Este foi o fim da parte 1