As crônicas de Tartarotti escrita por Matheus Lopes


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Crônica é uma narrativa histórica que expõe os fatos seguindo uma ordem cronológica.
Uma crônica explora a caracterização de seres, descrevendo-os. E, ao mesmo tempo mostra fatos cotidianos.



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Soni Tartarotti se encontrava atrás de uma árvore cujo tronco caberiam dois homens adultos um do lado do outro, livres da vista dos viajantes que passavam por ali. Durante um momento Soni deleitava-se ao ver entrelaçados, brincando próximo aos arbustos. Soni era jovem. Não menos que vinte anos. Passava grande parte dos dias á espera de viajantes. Homens que mostravam ter mais posses que ele já tivera.

Sua concentração foi quebrada ao ouvir os sons da carruagem e dos cascos dos cavalos. Cavalos jovens e fortes de puro sangue. Que pareciam dizer:

–Sou um animal puro. ­–Imaginou os cavalos falando.

Enquanto estava á espreita, ajoelhado com a mão no tronco da árvore ele esperava a carruagem passar por ele, sendo puxadas pelos dois belos cavalos. Guiados por um homem de meia idade que aparentava ter pouco mais de quarenta anos.

Era uma carruagem de lona, que já mostrava a coloração amarelada. Obra dos dias que passava nas viagens seguidas pelas chuvas e sol. Sua única e discreta abertura encontrava-se na lateral.

­–O que fazer? – Perguntou ao ver a carruagem no local exato.

–Levantar. Correr. Saltar e agarrar.

Como um lampejo que precede o grande barulho do trovão. Lá estava ele, preso entre a estrutura. Ofegante. Olhando para duas figuras desconhecidas. Um homem de olhos azuis cabelos e barba castanhos claro. Vestido de forma elegante.

–Vejam! Um nobre. – Exclamou Soni ao analisar o homem.

Então virou a cabeça e olhou para a mulher sentada do lado oposto.

Tinha cabelos compridos. Escuros e sedosos. Sua roupa era simples. Porém de qualidade e elegância invejadas.

Quando finalmente parou de ofegar e olhar surpreso para quem estava ali dentro percebeu o intuito da mulher, que pretendera esconder algo. Lá estava o prêmio. O pagamento de três dias esperando um alvo pensou Soni ao ver a pequena caixa de ouro e prata com uma jóia cravada em sua lateral.

Dê-me isso. – Indagou Soni enquanto seguia em direção a mulher.

– Não solte a caixa! – Disse o homem. Que já estava de pé.

Soni ao ver a motivação dele e perceber sua vontade de proteger a caixa o deixou mais curioso para tê-la para si. O homem portava uma espada. Soni a viu e num impulso, supostamente de sobrevivência atacou o homem com uma faca. Uma das que sempre carregara consigo.

A lâmina perfurou a fina malha vestida pelo homem, ele deixou que o peso do homem ao cair tirasse a lâmina de sua mão. Enquanto ele caía para trás no chão da carruagem e deixava formar uma poça de sangue. A faca entrou na barriga do homem.

Soni voltou-se a olhar para a mulher. Ela o encarava. Talvez por assistir a queda de seu parceiro diante de seus olhos. Um olhar frio pairava sobre Soni. Fúria que a mulher sentia no momento.

Ela levantou, mas Sonia empurrou de volta de volta enquanto puxava a caixa de sua mão. Soni percebeu conhecia bem a cidade. Quando se virou viu a proximidade com a rua comercial da cidade. Antes de costas para a mulher e para o homem caído no piso. Agora lá estava ele esgueirando-se pelas pessoas da multidão, desaparecendo no mar de gente.


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