A pônei mais mágica de Equestria! escrita por Calena


Capítulo 3
A magia resplandece!




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Tentando resolver o enigma de Starswirl, a potra ainda não desconhecia o que ele queria dizer com aquilo. Passou a ler diversos dos seus livros, todos relacionados a coisas incrivelmente especiais, algumas delas estranhas, outras muito bonitas, entre elas a maioria eram feitiços, encantamentos e até mesmo poesia. Todos voltados para unicórnios, mas nada do que estava escrito parecia de grande ajuda para ela.

A noite chegou, e devido ao silêncio absoluto do lugar, tomou um susto quando ouviu o barulho do compartimento no céu da biblioteca se fechando sozinho. Estava cansada, precisava dormir, então seguiu o que aquele unicórnio disse para ela. Foi para o canto da biblioteca e pisoteou no lugar apontado por ele:

— Vooooooooom! — outro barulho contínuo e ainda mais escandaloso para este lugar.

— Uouh! — disse, tampando os ouvidos e com os olhos fechados.

Quando cessou, ela estava de frente para uma vista ainda mais maravilhosa: um quarto, muito bonito, de modo a ficar de frente para a intensa luz do luar. Também cercado pelas janelas de vidro onde era possível enxergar toda a cidade. Mas fechado, com cores em roxo e azul no céu da sala que mudava de cor de acordo com o brilho das estrelas. Havia, outrossim, alguns livros que não estavam na biblioteca, inclusive um chapéu de estrelas.

Ela estava cansada, mas muito mais curiosa, quando viu que havia mais livros por ali, não pensou duas vezes antes de ler. Pegou todos os que poderia e trouxe para perto da cama.

A emoção crescia mais e mais, tudo aquilo que enxergava a fazia pensar mais e mais a respeito dos unicórnios, de sua magia e tudo o que encantava o lugar. Mas nada disso parecia o suficiente para que ela fosse mágica, como uma unicórnio.

Pensou. Refletiu. Questionou. Entretanto, nada conseguia, até o momento que caiu no sono, sob todos os livros que estudava...

Assim, o tempo passou. Amanheceu. Livros espalhados por todas as partes, não somente no quarto, mas em toda a biblioteca. Aquilo estava uma verdadeira bagunça! Rapidamente ela começou a guardar todos os livros nas estantes do jeito que lhe achava mais viável.

Sim, muito rapidamente! De tanto que lera a respeito deles, sabia que os unicórnios eram bem organizados, e aquilo que havia feito era terrível.

Começou a cantar uma música que havia lido em outro livro, enquanto arrumava a bagunça:

“Oh! Starswirl! Oh! Starswirl!

Tudo o que fizestes com o tempo — sorriu —

Oh! Starswirl! Oh! Starswirl!

Às vezes a magia é como o azul do céu, anil

O meu cantarolar é muito pouco para amar,

Tem vezes que nós temos muito mais é que chorar

As lágrimas da estrela que enaltece o casto céu

A magia resplandece não tão rica quanto um anel

Mas quando tudo parece muito fácil funcionar,

A magia, tal como a estrela, vem mais simples a calhar

E quando a mágica também está presente em mim

A beleza da estrela é infinita e sem fim!

Oh! Starswirl! Oh! Starswirl!

Tudo o que fizestes com o tempo — sorriu —

Oh! Starswirl! Oh! Starswirl!

Às vezes a magia é como o azul do céu, anil!”

Para a sua surpresa, enquanto cantara, tudo pareceu tão fácil de arrumar, o tempo passou despercebido e o que parecia demorar muito tempo foi rápido e nem um pouco difícil. O quarto em que estava, tão perfeito quanto antes. Mas ainda não entendia como isso era possível.

Quando fora pegar o último livro que deixara no chão, era aquele, de como tornar-se um unicórnio, ela viu que na capa dele estava o desenho de um chapéu, o mesmo que estava na estante do quarto.

Era o chapéu do próprio Starswirl, o barbudo!

Ela ficou tão feliz, mas tão feliz! Quando vestiu o chapéu, espontaneamente ela trotou para o centro da biblioteca e também tocou em algo que não existia: vestiu uma capa invisível que estava ali o tempo inteiro, próximo a ela. E sentiu uma sensação estranha, nunca vista antes:

Tudo começou a girar, e ela, encantada, estava feliz. Aquela felicidade estava sendo transmitida para todos os unicórnios, tal como a estrela que brilhava nos céus. Ela estava pressentindo pela primeira vez a verdadeira magia, a emoção de estar intrinsecamente ligada a si mesma por ela, pressentindo a grandeza de sua própria simplicidade e a natureza ao seu redor.

Deste modo, uma estrela brilhou nos céus, não era aquilo que ela possuía, nem aquilo que antes pressentia. Era, simplesmente, ela e a magia! E assim, chorando, desta vez com harmonia e emoção, pela felicidade que encontrara: ela adquiriu a sua Cutie Mark, em forma de uma lua e uma varinha mágica.

Observando as luzes, aquele unicórnio entrou na biblioteca e, sorrindo, disse:

— Vejo que finalmente encontrou o significado da magia! — apontou para a testa da jovem potra.

Ela sorriu igualmente, correndo para o vidro da janela a ver a si mesma como um espelho, e enxergou que, agora, ela era definitivamente uma unicórnio.

— Isso é… Simplesmente… Fantástico! “...Você deve encontrar a magia em si. Explorar, delicadamente, aquilo que te faz especial, uma fagulha de magia e tudo o que for pensamento, espalhará em verdade...”, como eu não percebi isso antes!?

E então ele respondeu:

— Sim, é isso mesmo.

Ela não pensou duas vezes, correu para ele e deu-lhe um enorme abraço.

— Eu nunca conheceria a magia se não fosse por você!

— Calma, jovem querida, foi você quem primeiramente nos encontrou. Venha, vamos ver se você não ficará ainda melhor quando conhecer a nossa cidade. Faça alguns amigos, conhecer a verdade ainda é mais importante que a magia.

— Sim, sim! Claro!!

Ambos trotaram para o corredor, ela incrivelmente feliz, e ele com um sorriso no rosto.


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