Querida Jadelyn escrita por ScissorsandCoffee


Capítulo 7
Uma recaída, era o que eu precisava.


Notas iniciais do capítulo

OLÁ! Nossa, reviews de vcs são perfeitos mesmo, hein? - Se superam sempre.
Eu amei saber a parte favorita de vcs, a cena ou sei lá o que mais gostaram. Assim eu fico sabendo qual é a preferencia do meu público.



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POV Jade

Eu mal imaginava a uma meia hora atrás que isto tudo que aconteceu poderia, de fato, acontecer. Principalmente me encontrar novamente no RV do Beck... Tantas lembranças, tantas histórias, tantas coisas aconteceram aqui... Não pensei que um dia pudesse pisar os pés aqui mais uma vez, sentir a atmosfera, sentir o sol entrado pelas persianas ou o cheiro de café que ele fazia, ou ver Friends passando na TV dele, sentada no sofá dele e abraçada á ele.

Tudo seria muito mais belo se simplesmente ele tivesse me levado aqui por algum motivo normal. Mas as coisas aconteceram como aconteceram, e eu agradecia a ele por ter me levado para cá de qualquer forma. Quais seriam as coisas que teriam acontecido se eu me encontrasse na escola naquele estado?

Ele sim era meu herói.

Parece tão clichê, tão infantil, tão normal... Mas ele é. Ele é a pessoa que me salvou, definitivamente me salvou. De tudo que estava acontecendo, daquele cara, daquele estupro, de mim mesma e dos meus pensamentos. Ele apenas me segurou no colo, ignorou meus protestos idiotas, e me levou. Persistente.

Eu sempre seria grata ao Oliver, apesar de odiá-lo por ele ser meu tudo, eu sempre seria grata a ele. E a demonstração de carinho que me deu?

Além de ter me salvado, me levado para sua casa, curado minhas feridas, denunciou o caso para mim e me deu todo o amor que eu precisava. Nem todo, quase. Ele me beijou na testa e aquele gesto havia sido o melhor de todos.

Um beijo.

Depois de meses separados.

O seu cheiro, o seu sorriso, o toque de sua pele, a maciez de seus lábios, a textura e cor de seus cabelos, a temperatura da sua pele... Tudo isto, junto e misturado fazia meu coração pular desesperadamente em meu peito.

Eu queria tocar nele de novo.

Entrei no banheiro da RV, tirando logo o que sobrava das minhas roupas e tratando de tomar um banho quente. Era bom. Limpou minha alma até. Meu corpo, principalmente costas e braços doíam muito, mas era suportável. Por que eu levava em mente que era Beck que estaria comigo em breve, aqui mesmo, me dando carinho.

Como eu queria o amor dele...

Como eu queria. Mas eu tinha que me vingar, eu precisava disto. Não quanto seu amor – mas eu sabia que era algo que eu tinha que fazer.

Logo, as marcas vermelhas e quase arroxeadas em meus braços se suavizaram. Talvez com o calor da água. Estava tudo um pouco melhor. Sequei-me com a toalha dele, e enrolada na mesma, sai do banheiro me lembrando de que eu não tinha mais roupas aqui.

Eu não queria voltar a usar meu short e blusa desconfortáveis ou colocar nos pés a minha bota de combate. Decidi vasculhar alguma coisa para vestir dele.

Coloquei uma camisa sua quase três vezes o meu tamanho e batia no meio das minhas coxas – deveria ficar folgada nele também. Mas era incrivelmente confortável, tinha a estampa The Hauthers em preto (era uma banda dos anos 70 que ele curtia) e era toda azul. Eu me lembrei de todas as noites que eu vestia uma camisa dele assim para dormir.

Melhores noites. Melhores sonhos. Melhores roupas.

Tudo é melhor quando ele está envolvido. Sorri para este pensamento, que ainda sim deveria ser algo miserável para mim. Decidi parar de pensar e deitei-me em sua cama, dormindo o mais rápido que o normal.

Acordei com um cheiro tão conhecido para mim como minha própria vida. Café. Mas não era café, só café, era café do Beck. Aquele cheiro doce, aquela água na boca, o pensamento sobre quanto açúcar iria ter. O melhor café que o mundo, ou no caso que eu já fui capaz de experimentar. Barrava qualquer porcaria mediana que a StarBucks era capaz de criar, ou que eu era capaz de criar – mesmo usando minha nova cafeteira vermelha.

Aquele café... Aquele aroma... Tão doce e forte ao mesmo tempo...

Quando me dei conta já estava sentada, esfregando os olhos por causa da claridade.

– Jade? – Ouvi a voz dele.

Uma coisa melhor que aquele café era o Beck. O próprio Beck.

– Você está melhor? – Ouvi passos e senti o cheiro dele, misturado com o do café, vindo até mim. Finalmente consegui abrir meus olhos.

– Sim. – Pisquei algumas vezes. – Quase. – Olhei em volta, vendo a claridade da janela. – Que horas são? Por quantas eu dormi?

– São três horas da tarde agora, eu cheguei meio dia. Não faço ideia de quando você começou a dormir. – Ele colocou a mão em minha testa. – Está bem mesmo? Suas costas estão doendo? E seu pescoço?

– Mais ou menos. Dói um pouco mais não é tanto quanto antes. – Eu olhei para ele. – Muito obrigada.

– Eu fui à delegacia. – Beck me entregou o café que segurava. Eu agradeci mentalmente e o bebi rapidamente. Aquele gosto era o melhor, eu senti tanta mais tanta falta de provar aquilo! – Fizemos a ocorrência e acredita que aquele cara já havia tentado fazer isto com outras meninas?

– Sério?

Ele assentiu. – Os policias disseram que o levariam para uma sessão de menores criminosos. Na verdade, eles têm um caso mais sério com este garoto. É provável que ele tenha matado uma dançarina de bar na semana passada.

Arregalei meus olhos. – Meu Deus.

Beck sentou-se ao meu lado na cama. – Ele é o único suspeito da morte daquela mulher, Jade. O único. E olhe só o seu pescoço mordido, olhe as marcas nos seus braços e nas suas costas. E se você fosse a próxima?

Congelei. Beck tinha razão sobre aquilo, e se eu fosse a próxima? O que teria acontecido se ele não tivesse chegado?

Imediatamente senti as lágrimas embaçando minha visão, caindo no meu rosto. Deixei o café de lado e abracei-o instantaneamente. Como se fossemos namorados. Ele passou o braço ao meu redor, e uma de suas mãos pousou em minha cabeça, alisando meus cabelos.

– Me desculpe. – Ele murmurou para mim. Eu não conseguia parar para fazer alguma coisa, a não ser chorar. Apertei meus olhos com força, na tentativa de fazer aquilo parar. Agarrei Beck com mais força ainda, o que fez redobrar o abraço sobre mim. – Me desculpe, Jade... Eu não queria ter dito isto.

POV Beck

Eu não imaginava que aquelas palavras iriam a machucar de uma maneira tão rude quanto aquele cara havia a machucado. Eu imediatamente a abracei quando vi lágrimas nos seus olhos.

– Meu santo Deus... – Murmurei para mim a apertando contra o meu corpo. – Me desculpe.

Eu a amava tanto, eu a amava muito. De uma maneira que era catastrófica porque não tinha como continuarmos juntos... Por que se estamos juntos, brigamos. E se brigamos nós não paramos. Não era saudável ter um relacionamento assim, sabíamos disto. Era necessária uma quebra. Por mais que eu tenha me arrependido de maneiras incalculáveis por causa disto, por mais que eu queria beijá-la toda vez que a via, e que eu queria mandá-la trocar de roupa porque a saia estava curta demais e que eu queria brigar com ela por estar se insinuando para outro cara... Eu queria mais era abraçá-la, falar ‘bebê’ me referindo a ela, tocar em seu corpo e no seu cabelo, no seu rosto. Beijar sua boca e sua bochecha, fazê-la sorrir só para mim... Eu sabia que não poderíamos voltar sem nos machucar ainda. Estava muito cedo, estava muito errado.

Eu a queria, mas não tinha como.

Era algo impossível.

E a menina a qual eu havia quebrado o coração da pior maneira o possível, não tinha para onde ir e fugir, e agora chorava desesperadamente em meus braços, e eu só queria a proteger, a abraçava demonstrando todo o amor que poderia usar.

– Desculpe a mim. – Ela ergueu a cabeça, soluçando e suspirando. Seus olhos ainda derramavam lágrimas e seu rosto estava vermelho. – Me desculpa por ter usado aquilo, por ter falado com ele, por ter beijado aquele garoto, por estar andando com as meninas da torcida, por ter parado de ser quem era, por ter te dado uma vingança.

Ela falou tão rápido, num fôlego só. Eu mal entendi algumas coisas. Mas não me importava. Ela não precisava pedir desculpas, ninguém iria imaginar que isto poderia acontecer.

– Você não precisava falar nada. – Olhei em seus olhos límpidos como cristais. E eu não sabia o que mais dizer ou fazer. Eu queria beijá-la mesmo, queria mostrar que a amava. Mas eu não sabia como. Ela estava tão fraca, ela só estava aqui porque eu havia aparecido e eu era o único para ajudá-la. Ela me odeia por ter quebrado o seu coração, por tudo ser culpa minha, e eu tenho certeza disto.

Porque é a verdade. Nada mais que isto.

Eu me inclinei e beijei-a. A partir daquele momento eu não conseguiria mais pensar com raciocínio e lógica. Eu não sabia o porquê estava fazendo isto, só sabia que fazia e ela devolvia o mesmo. O beijo dócil e cheio de amor logo virou, por minha parte, digamos assim... Uma batalha feroz de dominação.

Eu sabia que não poderia machucá-la mais do que já estava, eu sabia disto. Mas não consegui me controlar, e quando percebi, ela já estava deitada e eu em cima dela.

Como eu senti falta daquilo, como eu senti falta dos seus beijos, do seu sabor, da sua boca. De ter os braços e mãos dela vagueando por meus ombros, meu pescoço, meu cabelo. De ter seus dedos em meu rosto, de sentir o cheiro do seu cabelo, de tocar em sua cintura, suas pernas, bunda e o que mais me apetecesse tocar. E eu senti falta da maneira em que ela respondia positivamente mordendo meus lábios como só ela era capaz de fazer. A intensidade e o calor foi aumentando, eu beijei seu pescoço onde não estava machucado, de forma gentil, beijei e fiz questão de fazer diferente de como aquele cara havia feito, e assim ela não iria se lembrar dele. E ela estava sussurrando meu nome, bem baixinho como se ela nem tivesse falando.

– Beck, Beck, Beck, Beck... – Não faça isto, eu sabia que ela pensava, não faça. Você não pode me beijar assim, não deve, não namoramos mais...

Eu sabia que não podia, mas eu fiquei em cima dela e levantei a camisa que ela usava. Puxei para cima e a tirei com toda a delicadeza. Jade de sutiã e calcinha, seu corpo, seu delicioso corpo em minha frente e em minha cama novamente. Como eu havia sentido falta daquilo. Beijei, chupei, mordi, cada pedaço de pele branca irresistível que se encontrava amostra nela. E minha Jade continuava murmurando meu nome, de olhos fechados, como se nem estivesse aqui.

“Um cara havia quase abusado sexualmente dela nesta manhã e você vem fazer isto? Você que deveria ser o namorado dela, o namorado fiel e protetor. Mas é apenas um ex que a ama mais que tudo, e num momento de fragilidade por parte dela você apenas vai aproveitar-se da situação?”

Aquilo havia se passado pela minha cabeça antes que minhas mãos pudessem encontrar o caminho para o fecho de seu sutiã. Jade continuava de olhos fechados, com o corpo em minhas mãos, sabendo que ela me deixaria fazer o que eu quisesse com ela.

Inclinei-me e beijei seus lábios, e ela mal se moveu. Jade piscou algumas vezes e abriu definitivamente os olhos, a me ver beijando sua testa.

– Você? – Era sussurrou para mim e me fitou. Era algo como ‘você parou?’.

– Eu não posso fazer isto. – Me sentei ao seu lado. – Estamos separados há meses, e eu mal resisto estar perto de você sem querer beijá-la. Mas você sabe que não dá, você sabe disto. Hoje principalmente que isto tudo aconteceu... Eu não quero que você use seu corpo para fazer qualquer coisa.

– Beck. – Ela disse meu nome outra vez, com uma expressão triste e quase choramingando. – Por favor, Beck... Por favor... – Ela se aproximou, tão perto, tão quente... Tão perfeita. Eu mal pude ver e ela havia passado uma perna para o outro lado do meu colo, sentando em cima de mim, de frente para mim. Ela beijou meu pescoço e se moveu lentamente contra meu corpo. – Por favor... – Ela murmurou para mim. – Por favor... – E fez de novo, e decidiu usar mais força para esfregar os nossos corpos.

Eu só deveria estar no pior dos infernos... Mesmo.

Detestei-me pelo resto da vida por ter feito aquilo: segurei em seus braços, e com toda a facilidade e cuidado a levei para fora do meu colo. Levantei-me da cama, e sim eu continuava com um amigo desconfortável nas calças jeans e ela sabia disto.

– Por favor... – Ela murmurou, indo se levantar da cama para pular em mim de novo.

– Não. – Eu a impedi. – Você sabe que não vamos fazer isto. Não vamos.

– Me dê um motivo! – Ela pediu e voltou a me abraçar, Jade pulou e envolveu as pernas ao redor do meu corpo e por instinto eu a segurei na cintura. – Aquilo não é suficiente, eu estou bem! Eu te imploro, por favor.

Eu me abracei a ela e sussurrei. – Nós não podemos, não me faça isto. Não tem um motivo certo. Mas você precisa descansar agora, eu tenho certeza. Por favor, durma.

– Mas Beck! – Ela desceu do meu colo e iria tentar debater comigo. – Eu amo tanto você...

Suas palavras saíram pesadas, tensas: algo que me deixou surpreso. Era como se ela odiasse o fato de que me amava. Era como se ela não quisesse estar passando por isto, ela me odiava.

Jade rapidamente colocou as mãos em cima da boca, com os olhos arregalados. Eu sabia que ela nem estava acreditando no que acabou de dizer. – Me desculpa. Não, não era para eu ter dito isto. Não era para eu ter falado algo assim, Beck. Nós terminamos...

– Tudo bem. – Eu respondi para ela, certo de que não estava nada bem. – Não estamos num momento favorável principalmente com tudo isto que aconteceu hoje, você deve descansar mais.

– Mas você... – Ela parou por si própria e se virou para mim. - Olha para mim. Ignore todos os meus machucados, mas olhe para o meu corpo. – Jade estreitou o olhar e se aproximou de mim. – Por favor, Beck... Eu nunca quis ter tanto algo na minha vida, por favor... Eu nunca nem peço por favor... – Eu fiquei sem reação, eu sabia que se por acaso cedesse eu iria apenas machucá-la mais e mais, e eu não queria fazer nisto. Não sendo que algumas horas atrás um cara desconhecido quase fez. Jade viu que eu não iria responder, sendo que era claro que eu a queria, e a queria muito, mas eu não poderia fazer nada. Então me olhou. – Beck, eu vou para casa então.

– Não, você não pode. Você vai precisar de alguém. Quem estará lá para você?

Um brilho de raiva atingiu seu olhar, eu nem imaginei o que poderia ter feito aquilo ocorrer.

– Eu mesma, porra. Como sempre foi desde que você terminou comigo! – Ela falou aquilo com puro terror e veneno, como se quisesse esquecer agora que há poucos segundos estava em cima do meu colo e me beijando.

– Jade... Jade – Eu nem sabia o que falar. Ela rapidamente foi atrás de suas roupas. Vestiu em poucos segundos seus shorts e abotoou sua camisa branca. Jade jogou os cabelos para trás e calçou as botas de combate.

– Você não precisa ir. Você está machucada, Jade, você tem que deitar e descansar.

– Não é necessário eu fazer isto aqui. – Ela amarrou um dos cadarços. – Você não sente mais porra alguma por mim, então que se dane tudo.

– De onde você tirou isto? Eu só estou falando que hoje nós não precisamos fazer isto. Por que não? Eu estou aqui para você, não estou? – Eu tive cuidado para não levantar o tom de voz. Eu sabia que ela estava machucada e que não adiantaria nada discutir com ela, o certo seria dá-la todo o apoio que necessitaria. – Jade?

– Não do jeito que eu quero que você esteja! – Ela gritou comigo. Fiquei calado, como que ela queria que eu estivesse? – Você não sente nada mais por mim, não é? Você não me ama mais ou até não gosta mais de mim, eu sou nada para você, absolutamente nada. Nem mesmo para ser apenas uma puta e fazer sexo com você durante uma noite você me quer mais. Ou, - ela riu com o maior desgosto do mundo –... Ou se é que um dia você chegou a me querer alguma vez.

Com isto ela abriu a porta do RV e rudemente desceu as escadas, correndo para fora.

Eu mais uma vez, pela segunda vez no dia, fiquei parado em meu lugar. Não sabia o que fazer. Como ela pensava isto? Como ela chegou a esta conclusão? O que se passava na cabeça dela, o que? Nunca que eu iria deixar de amá-la, parar de gostar dela, ou parar – olhe só, preste bem atenção – parar de desejá-la. Como eu seria capaz de fazer uma coisa destas? Mesmo se eu quisesse para o bem da minha vida!

– Jade? – Eu gritei ao passar correndo pela porta. Eu simplesmente não acreditava nisto. A vi há uma boa distancia de mim, com seu corpo pálido bem iluminado pela luz do sol forte da Califórnia. – Jade! Vem cá... Mas que merda!

Corri atrás dela, o mais rápido que pude. E o fato de que ela mal poderia se mexer sem sentir dores em toda a parte superior do corpo me ajudou a me aproximar mais ainda dela. Toquei em seu braço quando cheguei perto o suficiente e meus gritos não a fazia se virar para trás.

– Jade. – A puxei pelo braço, me esquecendo completamente de que ali haviam machucados.

Ela estremeceu e gritou agudamente, mas logo mordeu os lábios para se calar. Seus olhos lacrimejavam. Eu quase me dei um tiro por isto, eu juro, que se tivesse uma arma na minha mão eu teria feito isto – sem nem pensar duas vezes.

– Me desculpe, Jade. Eu esqueci completamente! – Eu tentei de tudo para fazê-la parar de sentir dor naquele momento. Não veio mais ideias na minha mente, apenas a puxei para um beijo.

Nem começou calmo, já era áspero, cheio de paixão e violento assim como o nosso amor. Ela me agarrou fortemente e eu senti o gosto de sangue de seu lábio – o inferior, quando ela mordeu para não gritar mais. Novamente me senti um bastardo inútil, mas levei este pensamento para longe da minha mente. A segurei no colo com facilidade e colei nossos corpos o quanto possível.

O nosso beijo se quebrou assim que ficamos sem ar. Jade arfava e estava de olhos fechados. Eu olhei para ela. – Por favor, me desculpa.

– Não. – Ela me disse em claro e bom som. – Você não precisa. Você tem razão, Beckett. – E enquanto eu me encontrava surpreso para o que ela iria dizer, Jade desceu do meu colo. – Nós não estamos mais juntos e se fizéssemos o que eu queria fazer, isto não seria o suficiente para acordamos namorados pela manhã. Eu ainda sairia com outros caras.

– Jade. – Era a única coisa que eu conseguia dizer.

Ela olhou para o chão. Cabelo bagunçado, bochechas rosadas, lábios inchados e vermelhos, e é claro o olhar mais azul e mais lindo que o céu. Ela era tão linda, tão sedutora, ela me fazia morrer. Sairia com outros caras? Eu já não era o suficiente para ela?

– Beck, eu tenho coisas para fazer com outras pessoas. Você já me fez o que foi possível fazer, por enquanto. – Ela olhou para as nuvens. – Eu sinto sua falta e aprecio o fato de ter me dado tudo que eu precisava nesta tarde, e ter me salvado daquele canalha. Mas eu mudei. – Ela suspirou e colocou as mãos nos bolsos. – Afinal de contas você foi o único a terminar comigo.

Eu olhei para ela, incrédulo. Na verdade suspirei por fim. Não iria entrar neste assunto primeiro, não queria falar do nosso relacionamento e ficou bem claro que ela também não queria. Jade quase que se virou para ir, mas antes, ela se inclinou para mim rapidamente e roubou outro beijo meu.

E eu não fazendo ideia de que seria o último ou não, apenas correspondi com o maior amor, luxúria, desejo e paixão pudesse ter. Logo ela estava com os braços ao redor dos meus ombros e suas mãos em minha nuca, e eu com as minhas mãos explorando seu corpo.

Jade quebrou o beijo quando viu que as coisas estavam indo para onde não deveriam ir. – Até mais, Oliver.

Eu não queria me despedir. A dei um olhar de compaixão.

Eu não queria falar que a amava, pois eu sabia que só iria sair mais machucado. Ela não me amava mais – ela queria outros caras.

Observei-a andar pela calçada.

– Você não quer carona?

– Não preciso da sua. – Ela se virou para mim. – Eu estou mostrando as pernas e tenho peitos fartos, consigo qualquer coisa que eu queira.

Ela tinha razão, eu suspirei, não imaginando o que fazer.

– Por que você está fazendo isto? Você nunca foi atrás de coisas desta forma. – A perguntei. Ela parou de andar e se virou outra vez para mim. – Por que está usando estas roupas e agindo assim? Por que beijou o Daniel hoje no vestiário masculino?

Ela sorriu e eu senti meu coração quebrar, levando em conta pela primeira vez a possibilidade de que Jade West poderia nunca mais ser minha.

– É algo que você não precisa saber agora.


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Notas finais do capítulo

Capítulo grande! TSC TSC!
O que acharam disto? REVIEW, hein?
Cena favorita. Fala favorita. Ou o que vc quiser me mandar!



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