Querida Jadelyn escrita por ScissorsandCoffee


Capítulo 12
Você sempre foi a mesma


Notas iniciais do capítulo

Oi! É né? Demorei alguns dias há mais... Só que eu tinha que deixar este capítulo bom no mínimo, né? Haha, meu bloqueio criativo aparece justamente quando eu mais preciso escrever!
Mas aqui está mais um capítulo da nossa história que começou a chegar no final! :(
Boa leitura,



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POV Beck

O teatro estava quase vazio outra vez. Alguns alunos simplesmente brotaram ao redor de Jade e passaram a perguntar coisas que ela havia dito trilhões de vezes durante toda a tarde. Todos perguntavam basicamente a mesma coisa. E ela dava a mesma resposta, um tanto que irritada.


É, eu conhecia aquele sorriso forçado. Eu a obrigava a dar algum assim e pedir desculpas toda vez que era malvada com alguém próximo. Acho que agora ela nem estava mais aguentando toda aquela situação.


Peguei minha mochila e olhei para ela de novo, coloquei as mãos no bolso e decidi esperar. Aproveitei que não havia sinal do Daniel por perto.


– Ei... – Eu chamei quando a vi pegando sua bolsa e dando tchau para o Sinjin, que ainda arrumava a câmera e os outros acessórios e suspirou apaixonado.


– E aí? – Ela respondeu sorrindo. Estava bastante animada. – Eu tenho muito trabalho pra fazer hoje à noite. – Jade olhou para mim. – Quer me ajudar?


– Claro! – Mostrei empolgação demais? Limpei a garganta e suspirei. – Claro, se você quiser.


– Pode ser na minha casa, hoje às sete? – Ela andou ao meu lado e eu segurei a porta do teatro para ela.


Assenti. – Uma boa.


– Ahhh... Jade! - Alguma líder de torcida que estava com seu grupinho do outro lado do corredor chamou por ela, e correu até a gente. A reconheci imediatamente como amiga daquela outra que parecia bastante interessada nas pernas de Jade.
– Oi, Amanda.


– Olha só, a Sue está indo dar uma festa de aniversário amanhã de noite na casa dela e você está convidada, tá bom? Ela fez este bilhete para você, com o convite em primeira mão. – E a tal Amanda entregou o convite para Jade. Sue deveria ser a lésbica, provavelmente.


E antes da Amanda ir embora toda empolgada, ela parou e se virou para mim. – Ora, ora. É o Beck Oliver... – E sorriu. – Quer vim também? Vai ter muita pegação por lá... – Ela piscou para mim me entregou outro convite. Eu nem pude falar nada e apenas peguei, sendo que olhando de volta ela já havia ido para o outro lado do corredor de novo.
Eu não estava nem um pouco a fim de ir nesta festa, mesmo sabendo que toda a Hollywood Arts estava conversando sobre ela há mais de semanas. Só que tinha um detalhe importante: Jade estava indo... E eu não queria deixá-la ir só! E se o Daniel aparecesse? Ou pior, esta tal de Sue começasse a dar investidas?


– Hm... – Olhei para Jade enquanto andávamos pelo corredor. Ela estava ocupada lendo o seu bilhete especial. – Sue, hein?
– É, eu nem conheço. Acho que é aquela japa.
– Hm. – Assenti. Será que ela poderia se interessar por outra garota? Ela não imaginava que eu já tinha problemas demais tentando me livrar do Daniel? Agora tem mais essa?
Suspirei pesadamente enquanto fazia o meu caminho ao lado dela para o Asphalt Coffee, Jade se despediu de mim para ir em direção ao seu próprio carro e eu resmunguei comigo mesmo o quão ruim era o nosso estado agora.
Claro que era um bilhão de vezes – Jesus Cristo, mesmo! – um bilhão de vezes incomparavelmente melhor do que estávamos antes... Completamente ignorantes e afastados um do outro. E agora? Era um sonho comparado àquilo. Mas eu não poderia levá-la para casa em meu carro, passar meu braço ao redor da sua cintura em público ou protegê-la do Daniel e daquela nova pretendente. Eu me senti tão fraco e sem opções, eu só queria ter a Jade exclusivamente para mim!
Sete horas da noite eu estaria com a Jade outra vez, na sua casa, sozinhos agora... Isto quer dizer que não teria nenhum ser irritante para fazer-nos companhia e se eu conseguisse falar o que sentia sobre isto eu poderia fazer numa boa. O problema era só falar, eu não sei se estava disposto a correr este risco.
Fui para casa, tomei um rápido banho e troquei de roupa. Me preparando também mentalmente para a ver. Eu já perdi a conta de quantas vezes personifiquei-a nestes dias: ela estava tão mais misteriosa, mais perigosa, desejável e por fim, muito diferente. Eu não sei o que ela queria-me dizer falando toda hora “Eu quero sair para beijar caras”, “Eu gosto do Daniel” e coisas relacionadas no sentido de que ela era livre agora e eu não poderia tê-la só para mim. Isto era enfim, a pior coisa. As ações e gestos dela eram totalmente confusos para mim... Não sei se era pelo fato de eu realmente não estar acostumado com a "nova" Jade West que dava espaço para caras flertarem e que gostava de usar cores não-pretas. Eu estava tão confuso e perdido, mas mesmo assim eu decidi encontrá-la.
Quer dizer... Como que eu poderia perder uma chance de ficar com ela? A sós? Mesmo que para não falar ou fazer nada de mais, só de ter a Jade West pacificamente calma ao meu lado era tranquilizador – era como se ela quase voltasse a ser a antiga Jade que eu amava tanto, só quase. Mas isto já era o suficiente para me acalmar um pouco.
Enquanto tocava a campainha de sua casa que parecia não ter os carros dos pais na garagem, percebi o quanto eu estava muito viciado nela. Eu só pensava sobre ela o dia todo, mas fazer o que? Eu respirava Jade West e eu estava bem com isto!
Nunca em toda a minha vida eu me encontrei tão obcecado por uma garota, muito menos por uma ex-namorada. E apesar desta ex-namorada (eu nem gosto de me referir a ela só como ex-namorada, é bem vago para o que ela realmente é para mim) ter sido a melhor garota que apareceu na minha vida e a que fez o meu coração bater mais rápido verdadeiramente; eu sei que estou agindo de uma maneira totalmente não natural... Assim como ela... Só faria de tudo para te-la de volta, e de preferência, como a antiga Jade.
Foi ai que tive a ideia de colocá-la na parede e perguntá-la qual era a dela.
Jade abriu a porta no mesmo instante em que isto se passava em minha mente. Eu sorri para ela quando vi um sorriso lindo de seu rosto. Ela estava bastante deslumbrante e vi vestígios de minha Jade antiga.
O rosto sem maquiagem, mas ainda sim impressionantemente perfeita, e quanto ela abriu a porta com aquela hospitalidade que ela oferecia sem nem perceber – vejam, Jade West conseguia ser hospitaleira sem querer e nem percebia isto – reparei em seu corpo macio, quente e sua pele pálida. Ela estava usando agora uma regata preta que se encaixava tão bem na parte superior do seu corpo, contrastava com a delicadeza de seu pescoço e a sua cintura fina. Vi um pequeno pedaço de pele líria branca quando a regata curta terminava e dava espaço para uma calça de moletom folgada da cor cinza. Jade completava seu visual-Jade-de-ficar-em-casa-que-eu-tanto-conhecia-e-amava com o seu cabelo despenteado caindo em um coque mal feito no topo da cabeça.
Era como se ela estivesse pronta para comer pipoca no sofá enquanto assistia mais uma vez seu filme favorito, The Scissoring... Tantas vezes ela fazia isto em meu RV, havia quase virado rotina como respirar. Eu sorri com as lembranças.
– O que é tão engraçado? – Ela perguntou num bom-humor suave que era muito raro.
– Você sendo toda maravilhosa. – Eu sorri para ela sem prestar muita atenção no que eu dizia.
– Nossa. – Ela cruzou os braços sob o peito. Tive que me concentrar para tirar minha visão de suas curvas tão bem definidas e femininas, realmente, Jade era capaz de me sufocar só com um sorriso simples... Imagina o que ela conseguia fazer comigo usando o restante do corpo? – Eu e meu pijamas, sem maquiagem até... Oliver. Sinceramente, você é muito bajulador.
– Isto só foi uma verdade, Jade. – Só uma verdade. Sentamos em seu sofá e ela passou a rodar o que gravou mais cedo dos participantes do teste, ela me disse que já tinha uma ideia de quem iria escolher mais era muito vaga e precisava ter a certeza. Só era ela com seu TOC e perfeccionismo minuscioso, como sempre.

POV Jade

Eu havia ficado até meio esquecida dos meus problemas só ao ter o Oliver comigo mais uma vez, claro, que de uma maneira diferente. Não estávamos envolvendo sexo, atração, favores ou algo assim do gênero. Era completamente diferente, era como um dejavú dos meses que passamos juntos. Ele conseguia me deixar tão leve, relaxada e solta sem tentar nada. Só por ser ele. E eu de fato havia sentido uma saudades destes tempos assim. Era como uma noite comum de filmes de Beck&Jade no RV dele. Enfim, eu não sei se eu estava sentimental demais, mas eu sabia que iria sentir falta disto para sempre.
Só não poderia correr o risco de me machucar com ele, apesar de todos os benefícios, ele só é aquele que no fim me faz um mal danado. E se eu tentar voltar agora teria estragado todo o objetivo desta semana sendo que ela iria terminar justamente amanhã!
Eu sabia que teria que arrasar e que eu faria o meu melhor. Eu e Beck já havíamos revisados os vídeos um par de vezes, (que tinha uma opinião bem parecida com a minha sobre os participantes) decidimos quem entraria e que nem chegaria perto do palco, então eu já tinha todos agendados para a minha peça fantástica e toda a escola estaria super animada para ir sabendo que eu dirigiria e sabendo de quem participaria. Então, o primeiro objetivo estava completo. Meu pai a veria e saberia o sucesso que foi e eu tornaria Backfire a minha peça mais especial.
O meu segundo objetivo consistia em deixar o Beck um pouco enciumado, fazendo-o passar pela dor que eu passei durante todos estes anos e durante este término estúpido. E também consistia em me divertir um pouco com outras pessoas, conhecer gente nova como o Daniel. Apesar de ter dado quase certo, eu não me sentia tão bem com o Daniel... Era um garoto fofo, tímido e muito legal... Mas ele não tinha a pegada que eu sentia falta. O jeito do Beck.
O jeito do Beck que eu experimentei bem nestes últimos dias e relembrei bastante de como ele me fazia sentir, só ele me conhecia bem. Eu queria ve-lo sofrer, mas eu fui bem mais além até distorcendo este segundo objetivo... Eu dormi com ele algumas vezes - não tinha conseguido resistir a tentação... Ao hálito quente dele no meu ouvido, os seus lábios nos meus, sua boca tracejando delicadamente e sensualmente o meu pescoço... Eu não resistia ao Oliver e em como ele sabia me fazer feliz.
De fato, foi uma experiência em qualquer caso. E eu a fecharia com chave de ouro amanhã, indo para alguma daquelas festas irritantes e alcoólicas de adolescentes mimadas de Hollywood Arts. Mas seria outra coisa só para experimentar mesmo.
Olhei para Beck enquanto ele escrevia o post com os resultados no meu The Slap, e eu pensei outra vez no quanto eu estava feliz perto dele. Mas se mesmo que eu decidisse voltar... E o Daniel? Ele merecia esta desilusão?
Estava tão confusa agora. Era claro que eu queria o Beck Oliver para mim mais uma vez, pois eu o amava tanto e tanto. Mas ele era o único que me machucou da pior forma o possível, e agora ele parece tão disposto e bem para mim... Eu realmente não sabia. Sendo que o Daniel poderia me dar um futuro tão bom quanto o Oliver daria.
– É, eu acho que está na hora de ir, moça. – Beck me entregou meu celular. – E foi muito divertido passar o dia com você.
– Moça? – Eu levantei uma sobrancelha. – Esqueceu meu nome, Oliver?
– Não. Jadelyn West. – Ele piscou para mim. – Minha antiga Jade. – Pude percebê-lo sussurrar.
– S-Sua? – Eu indaguei. Que história era esta?
– Minha. - Ele deu de ombros e não se importou tanto, como se falasse sobre uma coisa qualquer.
Fiquei muda, sem reação. Como dele? Como sua “antiga Jade”? Eu não estava mais com ele... Ele não tinha o direito!
Quando percebi seu sorriso bobo e brincalhão, o que eu tanto adorava ver nele, bati com força em seu ombro e gritei.
– Qual é o seu problema, Oliver? Eu não sou sua mais para você me referir como “minha” e ainda sim, que história é esta de antiga? Eu sou quem eu sou agora, entendeu? – Eu gritei com ele, havia ficado com muita raiva daquela afirmação idiota... Mesmo gostando demais de ter recebido-a. – Não tem mais esta de Jade antiga, e de sua Jade antiga. Eu não sou de ninguém. Agora eu sou diferente, eu saio com pessoas diferentes e me visto de maneira diferente! Ouviu? Eu sou a Jade nova!
Ele se levantou do sofá e ficou em pé na minha frente. Eu mal percebi toda sua calma e seu sorriso dócil. Mas que porra? Eu estava gritando com ele e ele parecia ter acabado de receber um elogio!
– Jade... – Beck olhou para mim com aqueles olhos brilhantes que me faziam derreter. Sua voz estava tão tranquilizadora... Era o meu Beck me tranquilizando outra vez igual a tantas e tantas vezes no passado. – Você não é a nova Jade. Não existe nova Jade.
Eu fiquei perplexa. O que? Do que ele estava falando, como assim? É claro que existe! Sou eu! Sou a farsa aqui durante esta semana, eu existi durante esta semana!
Seu olhar se fixou em meu rosto e ele chegou perto de mim. – Você é a velha Jade, a Jade que sempre foi. Sabe por quê?
Não acredito que no momento, de tão confusa que estava mal emiti um som.
– Porque você gritou comigo como a Jade de sempre faria. – Ele sorriu, orgulhoso de si mesmo e eu sabia que no momento ele estava com o ego no alto. Beck se inclinou e beijou-me na minha testa, tocando no meu queixo e levantando o meu rosto. – Eu te amo ainda, como sempre, porque você é a mesma Jade. – Ele sorriu outra vez. – Você não muda em nada, você é única.
Beck pegou seu casaco e se virou rapidamente, me dando um tchau. Eu ainda estava tão perplexa que fiquei paralisada em meu lugar. Eu não sabia que poderia explodir assim! Estava tudo tão bem, eu estava agindo dócil e feliz... E não como a Jade antiga, eu estava sendo a Jade nova nesta noite. Como que do nada eu gritei com ele? Como que eu pude deixar bem claro de uma maneira tão fácil que eu não tinha mudado?
Mas que droga. Eu queria acabar com a mente dele! Eu queria deixá-lo confuso, irritado e enciumado como eu sempre fiquei quando estava ao lado dele. E agora tudo vai por água abaixo?
Eu olhei para a porta de entrada aberta da minha casa, por onde ele tinha acabado de sair. Sai correndo em sua direção e o vi entrando no seu carro.
– Ei! – Gritei. – Oliver!
Ele se levantou de novo e me fitou. – Oliver é outra coisa que só a Jade "velha" fala.
– Não brinque mais, seu idiota. – Eu cruzei meus braços sob meu peito. Estava tão furiosa.
– O que foi, minha Jade? – E lá no fundo eu sabia que ele só estava falando estas coisas por que sabia que iria me irritar mais do que eu já estava irritada.
– Amanhã, Beck. – Suspirei e respirei fundo. – Amanhã.
Ele parou com o sorriso, levantou uma sobrancelha. – O que tem amanhã?
– Amanhã é sexta. O último dia desta semana... Ou seja, você sabe... – Fiquei com vergonha de revelar. – Eu comecei com esta loucura na segunda, Beck. E agora ela acaba.
Ele ficou calado e apenas me fitou.
– Eu sempre fui a mesma Jade, você tem toda a razão.
Não tive coragem de olhá-lo. Este plano estava indo tão bem e tê-lo estragado tudo na última jogada de uma maneira tão boba e idiota me irritava em níveis extremos, eu quase que me odiava totalmente agora... Tinha até vergonha de mim mesma! Era também uma vingança e eu nunca estrago as minhas vinganças, nunca. Mas enfim, há uma primeira vez para tudo. Correto? Bem que eu até poderia continuar calada até amanhã, não falar este pedaço da verdade : mas isto iria me consumir de culpa de qualquer forma... Já que ele foi o único felizardo a perceber que por dentro eu continuava a mesma Jade. Então Beck merecia pelo menos alguma pequena explicação.
Ah, e eu estava curiosa também. Como ele pode perceber algo assim?
– Como você percebeu? – Eu perguntei. Ele se aproximou de mim, saindo de perto do carro vagarosamente. – Quer dizer... Eu de vez em quando estava gritando alguns desfavores às pessoas e também agi indiferente bilhões de vezes nesta semana e ninguém percebeu nada, ou seja... Como você percebeu?
– Eu te conheço. – Ele sorriu outra vez com aquele sorriso todo orgulhoso, de fato ele deveria estar. E eu devo admitir que também fiquei meio orgulhosa dele. – E você gritou Oliver e não Beck. Só a Jade grita Oliver quando verdadeiramente está com raiva, durante esta semana você mesmo gritando comigo falou sempre Beck... Nenhum Oliver, com verdadeira raiva. Então quando você disse eu soube que você nunca tinha mudado. Nunca.
Não consegui esconder o meu sorriso, eu ainda estava meio frustrada com isto... Mas ele percebeu este deslize tão bem, só ele mesmo poderia perceber.
– E você vai voltar a ser a Jade de novo amanhã? A Jade que eu amo e que eu conheço bem? – Ele piscou para mim, ainda sorrindo. – E que não sai com caras aleatórios o tempo todo e nem usa roupas vulgares?
Neguei, piscando para ele em troca. – Amanhã vou fechar com chave de ouro, na festa. Compareça para não perder nada... Depois disto, nada de cores ou de caras. Eu prometo. Só não posso prometer nada referente a parar com minha vulgaridade.
Beck riu e ficou perto o suficiente para segurar minha mão. – Eu te amo, e eu amo cada detalhe seu. Desde a maneira que deixa solto seu cabelo ao jeito que amarra os cadarços da bota, desde os seus lábios vermelhos sedutores às saias curtas que você adora usar. Eu te amo desde quando grita “Oliver!” para mim com a maior raiva do mundo e também quando fala o meu nome usando aquele seu tom de voz suave... – Ele me fitou outra vez. – Eu te amo, Jade. Você não precisa mudar de roupas, de atitude ou qualquer coisa assim. Você por dentro sempre vai ser a Jade que eu estou apaixonado. Sempre e isto vai ser o meu remédio tranquilizador quando você passar a agir louca assim de novo.
Eu mordi meus lábios, tentando não mostrar um sorriso. Minhas dúvidas acabaram por aqui. – Sempre?
– Por toda a eternidade. – Ele de fato me conhecia bem. – Mas Jade, por quê? Por que você quis fazer isto tudo? Qual foi a finalidade de ter saído com o Daniel, feito amizade com as líderes de torcida e tudo mais?
Eu ri. – Você não precisa saber agora, Beck. Até amanhã de manhã. - Me inclinei e beijei-o na boca.
Quando fui quebrar o beijo curto porque eu decidi encerrar a conversa ali, ele me puxou com força de novo e me beijou outra vez. Pude perceber ele murmurrando o quanto havia sentido falta disto, sorri entre os beijos. E antes de tudo isto se transformar em uma diversão a mais dentro do carro, na varanda ou em qualquer lugar mais próximo dentro de casa.
Virei-me e dei tchau correndo de volta para dentro, pois eu não usava casaco e a noite estava demasiada fria.
– Até, Jade. – Ouvi sua voz ressoando antes de eu entrar, para então perceber o barulho de motor de carro... Logo estava tudo silencioso outra vez. Eu fechei os olhos e suspirei em paz. Amanhã seria a última oportunidade que eu teria para arrasar com o Oliver e com todos como a Ann... Mas com a Jade, não. Como Jade, todos os dias seriam oportunidades para arrasar sendo eu mesma. Sem dificuldade alguma.


E eu estava feliz porque o Oliver sempre iria me amar.


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Notas finais do capítulo

Oh, Beck descobriu.
Oh, Jade decidiu o que quer.
Mas será mesmo? Com quem ela volta? E quando?
E o Beck... Vai à festa da Sue com ela?
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