Asuna escrita por Pikenna


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Então, primeira fanfic que escrevo desse anime FODA. sim, o anime é ESPETACULAR. E recomendo pra qualquer um ver. o/ Eu pelo menos adoro. Não foi revisada e contém spoilers. ODIEI minha capa. Ficou LIXO. Enfim, espero que gostem da história. :)



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Asuna

Por Rebeca/Pikenna

Capítulo Único

Ele acordou, mas preferia que não o tivesse feito, permanecendo em um sono eterno junto com ela. O que faria daqui para frente se não existia mais a possibilidade de tocá-la, de beijar seus lábios finos e bem desenhados, de provar de sua culinária deliciosa, de se aconchegar em seu colo e dormir com o toque de sua delicada mão em seu cabelo? Para Kirito não havia um mundo sem Asuna, ainda que esse mundo fosse de fato o real. Ele preferia enfrentar milhares de chefes em SAO, sabendo que poderia morrer caso seu medidor chegasse a zero, que enfrentar a perda daquela que amou verdadeiramente. Se não a amasse tanto nem se quer teria aceitado se casar com ela naquele maldito jogo, jogo este culpado por tê-la tomado de seus braços. Ela desapareceu como pó. Morreu em seus braços. Morreu sorrindo. E ele morreu junto com ela naquele exato momento. Só havia aquela casca por fora, pois o interior estava completamente oco. Vazio. Ele se sentia assim. Incompleto. Asuna, ele precisava encontrá-la. Ele queria tê-la salvo, assim como ela o salvou. Ela se jogou na frente dele para salvá-lo. Ele não ia aceitar aquela perda. Ela era um objeto imortal, não era? Como? Como ela morreu?

Então ele se levantou da cama de hospital, sua aparência física demonstrando o quão debilitado Kirito se encontrava devido aos dois anos que passou deitado. Ele precisava vê-la para ter certeza de que ela estava mesmo morta. Ele não aceitaria aquilo. Salvaria-a. Ele iria salvá-la. Porque não existia Kirito sem Asuna. Visivelmente fragilizado e prostrado, Kirito caminhou a passos curtos para fora de seu quarto, encontrando o corredor do hospital vazio. Prosseguiu em sua luta pessoal de encontrá-la. Ele tinha que dizer a ela só mais uma vez. Só mais uma vez. Eu te amo. Ele queria falar. Só mais uma vez. Mesmo que ela não pudesse mais ouvi-lo. Não. Ela certamente o escutaria. Asuna não morreu. Ela simplesmente não pode ter morrido, afinal, ela era um objeto imortal. Não fazia sentido. E ele zerou o jogo, não zerou? Ela podia estar viva como prêmio por ele ter vencido aquele maldito jogo do qual não deveria ter acordado nunca. Ele merecia esse prêmio. Pela vitória. Por salvar a todos. Como é cômica a vida! Ele salvou milhares de pessoas, mas perdeu o grande amor de sua vida.

“Asuna”. Era a única palavra que ele conseguia pronunciar. Balbuciava o nome dela com lágrimas escorrendo de seus olhos escuros. Ela não podia tê-lo deixado. Ela não tinha que ter se jogado na frente dele. Kirito ainda se perguntava como ela conseguiu tamanho feito, pois ela estava com veneno de paralisação corporal circulando por seu sistema, não estava? Kirito viu Asuna imobilizada. Ela não podia andar. Então como? Um bug? Algum erro proposital de Kayaba Akihiko? Não importava mais! Kirito... Na verdade, Kirigaya – agora ele se encontrava no mundo real e não em SAO – não ligava para isso agora. Ele só possuía uma preocupação em mente: encontrar Asuna e conferir com seus próprios olhos se ela está viva ou não. Ele precisava colocar seu ouvido em seu peito para escutar as batidas de seu coração e assim ter a certeza de que talvez houvesse alguma chance de tê-la ao seu lado novamente. Aquele sentimento compartilhado por ambos, aquela história de amor construída no jogo, aquele sorriso que ela lhe dava e aquele seu jeito de brava que o assustava não podem ter ficado apenas no virtual. Kirigaya quer tudo isso de volta, dessa vez para o mundo real.

Subitamente, a fraqueza toma conta de seu corpo e ele cai de joelhos no chão, sua respiração alterada. Ele ofegava, demonstrando que até o ato de andar ainda era difícil para ele naquele momento delicado. Abaixo a cabeça, procurando respirar direito. Então sentiu mãos tocarem-no, ajudando-o a levantar. Ele levantou o olhar. Eram pessoas vestidas de branco que o auxiliavam. Médicos. Não! Não agora! Ele precisava... Asuna... Estavam levando-o para longe dela. Kirito estava sendo conduzido de volta para o quarto. Aqueles estranhos pronunciavam palavras que o jovem não conseguia compreender, porque não passavam de meros zumbidos. Ele só pensava em Asuna. Ele tinha que vê-la. Então se debateu com todas as forças que possuía, procurando se desvencilhar dos médicos que somente queriam separá-lo de sua amada. Conseguiu empurrar uma médica e soltou seu braço de outro, mas logo caiu no chão, fraco, debilitado, fatigado. Ele apenas desejava ver sua preciosa Asuna. Chorava copiosamente no chão, como uma criança que se perdeu dos pais. Ele precisava lutar. Continuar a lutar. Não podia desistir. Não agora. Debateu-se novamente para se soltar daqueles malditos médicos insistentes que não o compreendiam.

Sentiu uma picada no braço e rapidamente sentiu seus músculos perderem o restante de força que havia restado. Sua energia foi se esgotando. Parecia que ele carregava o mundo nas costas. Estava muito pesado. Ele não conseguia mais segurar. Suas pálpebras queriam se fechar. Contudo, ele travava uma batalha consigo próprio para não permitir que seus olhos se fechassem outra vez. Não. Ele não podia voltar para SAO, ele tinha que ir atrás de Asuna. Asuna. Asuna. Asuna. Ele piscou várias vezes, segurando-se para não adormecer. Asuna. Asuna. Asuna. Esticou o braço para frente, como se estivesse tentando alcançar alguém ou algum objeto. Asuna. Asuna. Asuna. O mundo estava pesado demais, ele não podia mais suportar, mas não cederia facilmente. Aguentaria o máximo que conseguisse, porque ele precisava alcançar Asuna. Vê-la só mais uma vez. Asuna. Asuna. Asuna. Em um delírio rápido devido ao efeito do remédio aplicado em seu braço, Kirigaya viu o rosto de sua amada, os lábios repuxados em sorriso belíssimo. Ele sorriu automaticamente, as lágrimas ainda rolando de seus olhos negros. Asuna. Asuna. Asuna. Não era mais capaz de segurar suas pálpebras que pesavam muito, entregando-se ao cansaço que o dominava por completo. Então fechou os olhos e caiu num sono profundo, em que apenas existia ele e Asuna. Asuna. Asuna. Asuna.


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