As Melhores Coisas Da Vida escrita por mybdns


Capítulo 14
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Oi amores. Bom, penúltimo capítulo! Espero que gostem.



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Um mês se passou. As aulas estavam terminando e todos estavam em clima de despedida. Por insistência de Emmett, fiz uma entrevista de admissão em Julliard e aparentemente, os avaliadores gostaram de mim. O baile seria uma semana, então, Bella, Tanya, Zafrina e eu fomos comprar nossos vestidos para o baile. Estava saindo da última loja quando meu celular tocou.

– Sra. McCarty. Tudo bem?

– Na verdade, não. Nós acabamos de chegar em casa e o Emmett não quer abrir a porta do quarto. O volume do som está muito alto, eu estou com medo...

– Estou indo.

– O que foi, Rose? – perguntou Bella.

– O Emmett, não posso explicar agora. – corri até o estacionamento e dirigi o mais rápido que eu pude para a casa dele. Eu estava nervosa, não conseguia pensar em nada. Cheguei e escutei a música. Coma White. Toquei a campainha e Erika abriu. Ela estava chorando.

– O que houve?

– Não sei, querida. Ele não quer abrir. Não quer falar com ninguém.

– Porque deu isso nele?

– Eu... – ela suspirou e seu marido a abraçou.

– O que está acontecendo?

– O Emmett está morrendo, Rosalie. – gritou Bree.

– Não diga isso.

– Qual é? Será que você ainda não caiu na real? Eu amo meu irmão, não quero que ele morra, mas ele está morrendo.

Sentei no sofá e comecei a chorar. Só agora eu realmente tinha me dado conta de que sim, o meu Emmett estava morrendo e eu não podia fazer nada pra impedir. Subi as escadas e bati na porta.

– Emmett! Abra!

– Não quero te ver, Rose. Por favor saia.

– Não vou sair. Deixe de infantilidade. Abre essa porra de porta.

– Toma. – eu senti uma mão pequena puxar meu vestido. Olhei pra baixo e era Claire.

– O que é isso?

– A chave do meu quarto. Acho que dá pra abrir. – ela sorriu e eu peguei a chave, que felizmente, abriu a porta.

– Como você conseguiu? – ele disse. Estava sentado no chão. Havia garrafas de bebida e cigarros por todo o quarto. Tudo estava uma bagunça. Alguns troféus estavam quebrados e o espelho também. Um cheiro de fumaça invadiu minhas narinas e comecei a tossir. Cheguei mais perto e desliguei o som.

– O que tem de errado com você? – eu falei me sentando ao seu lado.

– O que tem de errado? Eu vou morrer. Isso que tem de errado.

– Você sempre foi tão positivo...

– Eu fui. Mais a merda do meu câncer está no meu cérebro, nos meus ossos, nos meus pulmões e sabe se lá onde mais. Não dá pra ser positivo. Não em uma situação como essas.

– Que droga, dá pra você apagar essa porra de cigarro?

– Não.

– Isso faz mal.

– Foda-se, Rosalie. Eu quero que tudo vá para o inferno.

– Emmett...

– Eu vou morrer.

– Eu te amo. – disse beijando seu braço.

– Pelo menos isso valeu à pena.

– Sua vida inteira valeu à pena.

– Só comecei a viver de verdade quando te conheci.

Tentei sorrir, mas não tive coragem. Eu sempre cuidei para não chorar na frente dele, mas não consegui controlar minhas lágrimas.

– Não chore por mim, Ursinha. – ele sorriu e tirou o cabelo do meu rosto.

– Como? Não gosto de te ver nessa situação.

– Não escolhi ter um câncer. Ele vai me matar. E depois, você vai continuar a viver, ok? Eu não quero que fique triste.

– Como eu não vou ficar triste? Você foi a melhor coisa que me aconteceu. Como eu vou viver sem você?

– Você vai acostumar. Eu estarei sempre ao seu lado, ouviu? Sempre estarei com você.

– Emmett, por favor...

– Me escute, Ursinha, por favor.

– Eu te amo, sempre vou te amar. Eu quero que você siga sua vida. Não fique de luto pra sempre, Rosalie. Lembre-se de que eu te amei. Lembre-se de nós, mas não pare de viver. Você vai conquistar o mundo ainda. Eu sei.

– Eu te amo.

– Pra sempre?

– Pra sempre.

Ele sorriu e pegou o violão. Começou a tocar Something e eu chorei mais. Quando ele terminou, eu o beijei como nunca havia beijado antes. Sentia que iria perdê-lo a qualquer hora e eu não podia perder tempo.

– Faça amor comigo, Emmett.

– Com todo prazer.

Foi ali mesmo, o chão. Ele estava fraco, então tive que ficar no controle de todo o ato. Nos amamos como se fosse a última vez. O mundo ao meu redor parou e por um instante, esqueci-me de tudo.

– Tenho algo pra te dar. – ele disse, abotoando a calça e indo até o armário. Pegou uma caixa preta e me entregou.

– O que é isso?

– Abra.

Abri a caixa e vi que havia algumas coisas dentro. Fui tirando, uma a uma. Um iPod, uma jaqueta do time de futebol, uma foto de nós dois na Times Square e uma caixinha preta.

– O que tem dentro desta caixinha?

– Eu comprei pra você. Ia te pedir em casamento, mas não vou ter tempo pra isso. – suspirei e abri a caixinha, com um lindo anel dentro.

– Me peça agora.

– Não vamos conseguir nos casar.

– Eu sei.

– Ok, Rosalie, você aceita se casar comigo?

– Sim, eu aceito.

– Desculpa.

– Pelo quê?

– Por não te fazer feliz. Por não te levar ao baile. Por te fazer sofrer.

– Cale-se. Você tem idéia do quanto você me faz feliz, Emmett McCarty? Eu te amo, sempre vou te amar. Vou me lembrar de você todos os dias da minha vida, até o meu último suspiro.

– Será uma honra ser lembrado por você.

– Eu te amo muito. – o abracei e ele começou a chorar. Eu não disse nada, só fiquei lá. Doía vê-lo daquele jeito. Doía ainda mais não poder fazer nada. Eu veria o meu Emmett morrer. Estava com medo de quando este dia chegasse.

Quatro dias depois, o dia que eu mais temia, chegou. Emmett McCarty morreu enquanto dormia, em sua casa. Sua dor, seu sofrimento e sua angústia se foram. Só restou a lembrança do que ele fora em seus dezessete anos. A lembrança de seu sorriso, da sua alegria, do seu otimismo. Meu Emmett! Nunca mais veria aqueles olhos claros novamente. Meu Emmett se fora. Pra nunca mais voltar.


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