Somnium Urbe - Cidade Sonhadora escrita por Alguém


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

*Dantes*



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–O que você quer comigo, meu filho. - meu pai disse enquanto pegava o fio de ouro de cima do balcão e entrelaçava-o nos dedos, um de cada vez, e depois desentrelaçava-os.

–Pai como conseguiu esse fio de ouro?

–Era sobre isso que queris conversar que não poderia esperar minha conversa com Beatrice?

–Não, na verdade não. Eu queria perguntar porque sumiu? Vim aqui umas três ou quatro vezes semana passada e não estava!

–Eu estava trabalhando! Pra rainha! Você sabe, tendo que transformar até palha em ouro para ela! - ele olhou pra mim rindo como se a piada tivesse sido perfeitamente engraçada, mas eu continuei sério então ele voltou a olhar para o fio de ouro.

–Pai..O senhor já está velho. Não tem mais que ir atrás de Flora para fazer os trabalhos sujos dela...

–Ela me chamou filho. Me pediu um favor. Não podia recusar, não com ela ameaçando matar você! Não podia recusar. Você mais do que ninguém sabe bem que não podemos, nem devemos, dizer não à um favor da rainha! Desculpe...Por tudo. - ele olhou pra mim por um segundo, e quando eu ia abrir a boca para lhe indagar qual seria o favor ele tornou a falar e a brincar co o fio de ouro. - Se isso é tudo, por favor, mande Trice entrar!

–Tá, meu pai, tá!- Meu pai é só mais um escravo da rainha. Da rainha? De todos! Serve qualquer um que lhe pague bem. Caminhei até a porta, olhei para ele ainda entretido com o fio de ouro. Abri a porta lentamente e saí, batendo-a.

–Trice, ele tá te chamando. - falei olhando para o chão. ela veio para o meu ouvido e sussurrou.

–Parabéns, não ouvi nenhum grito! - sorriu sarcasticamente e entrou.

Com o maxilar travado puxei o braço dela antes dela entrar - Toma cuidado. Ele esteve com a rainha...- ela nem olhou pra mim, simplesmente puxou o braço e entrou. Ela não confiava em mim. Ela não sabia que ele era quem tinha assassinado minha mãe. Ele esteve com a rainha... Acho que não foi uma boa ideia traze-la aqui.

Me virei e tentei abrir a porta, estava trancada...

–ME SOLTA! VELHO MALUCO!...... ME DEIXA SAIR DAQUI.... - Trice gritava - SOLTA ISSO. NÃO POR FAVOR NÃO! DANTES! ATRUS!.... - os gritos pararam. Eu tentei entrar de novo. Trancada.

Atrus correu para longe e se transformou no licantropo-leão dele, imediatamente fiz o mesmo. Corremos, juntos, em direção a porta e batemos com força. Nada.

–Gente... - Bianca falou mas não demos a mínima pois estávamos batendo a cabeça na porta de novo- Gente! - e de novo. - GENTE ESCUTA! A PORTA ESTÁ PROTEGIDA POR MÁGICA! M.Á.G.I..C.A! SABEM O QUE É? TÃO FAMILIARIZADO? Deixa eu abrir! - Continuamos em forma de leão enquanto ela enfiava a varinha na fechadura, sussurrando algo para a porta. E aí a porta abriu.

Não pensei duas vezes e entrei correndo e rugindo. mas a sala estava vazia. A não ser pelo corpo de Trice estendido no chão. Com uma poça de sangue, em sua roupa na área da barriga, e no chão, em volta dela. Havia manchas roxas no pescoço, de dedos, e manchas roxas nos braços que estavam um de cada lado. Seus olhos estavam abertos com uma lágrima parada no meio da bochecha. Sua barriga não dava sinal de transformação.

Não liguei pra Bianca, nem pra Atrus. Assim que a vi estendida no chão me transformei em humano, nú envolto por uma capa que meu pai colocara por mágica para toda vez que eu voltasse a forma humana ela estivesse lá. Tomei a cabeça de Trice em meus braços. Seus olhos não estavam mais com a cor esverdiada de rubi que costumava ter, agora estavam sem vida. Sua pele, uma vez dourada como o próprio ouro, agora estavam brancos como a areia da praia, pálida. Sua barriga não respondia a respiração, pois não havia nenhuma.

Senti uma lágrima escorrer em minha bochecha. Bianca se ajoelhou ao meu lado e pôs a mão em meu ombro. Atrus, aina em forma de leão saíra da sala assim que viu ela estendida no chão.

Só depois que vi a lagrima que caíra de meu rosto se fundir com a do rosto de Trice e depois que outras começaram a cair também, me dei conta do que havia acontecido. Meu pai matara Trice. Ela morreu. Ela morreu brava comigo. Ela morreu sem dar adeus para a sua família. Ela morreu longe de casa. Ela morreu jovem. Ela morreu igual Celaena, por uma traição. Ela morreu. Beatrice Foster estava ali. Morta. Em meus braços. Com seus olhos perdidos no espaço, ainda pedindo socorro. Trice morreu.


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Notas finais do capítulo

Primeiramente espero que tenham odiado o capítulo pela morte de Trice. Segundamente (se é que exista, o que não existe) gostaria de informar a vocês, leitores, que irei, infelizmente, parar de escrever a fic aqui.
Mas o motivo é bom: irei dedicar o meu tempo a escreve-la num papel, para assim virar um livro, eu espero. Irei dar mais informações assim que possível.
Me despeço com o até breve, caro leitores, pois tenho a intenção de, em um futuro próximo espero, poder compartilhar o tão esperado fim de Somnium Urbe, ou em livro, ou em fic.
Até breve, amigos.
Com amor,
Alguém!



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